segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Parabéns Hugo


Na passada 3ª feira fui ao cinema.
Não tinha nenhuma expectativa relativamente ao filme
mas confesso que fiquei fascinado pela magia
da cativante atmosfera Parisience,
pelas 3 dimensões de mecanismos de relógio gigantescos
e pelos deliciosos instantâneos 
de pequenos/grandes afetos humanos.
Fiquei muito contente com os 5 óscares 
que hoje foram atribuídos a esta verdadeira obra-prima:
"...
- Imaginava que o mundo inteiro era uma grande máquina.
Sabes, as máquinas nunca trazem peças a mais.
Vêm sempre com a quantidade exacta de peças que precisam.
Por isso pensei que se o mundo é uma grande máquina,
eu não poderia ser uma parte extra.
Eu tinha de estar aqui por alguma razão.
E isso significa que tu também tinhas de estar aqui 
por alguma razão."
Parabéns!
Manuel Filipe Santos.


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Uma caixa talvez, um tempo no horário

Começamos hoje, Quarta-Feira de Cinzas, a Quaresma de 2012.
Diante de nós, um tempo único.
Dias de oração,
dias de jejum,
dias de esmola.
Há alguns anos, num tempo também de crise, na nossa paróquia, foi-nos proposto um gesto muito concreto - nas sextas-feiras da Quaresma comeríamos só sopa.
Aderimos com entusiasmo, o meu marido e eu. Aos filhos contámos sem qualquer imposição. Mas aderiram também.
Pusemos uma caixa na sala e nela cada um ía colocando a sua renúncia.
Gestos simples. Uma caixa. Uma palavra.
Senhor, que neste dia inicial, o nosso jejum se transforme na partilha concreta que ensinaste.
Que os nossos passos se dirijam ao canto recolhido da Tua Palavra,
num tempo talvez marcado num horário.
Que a oração tudo perfume e tudo envolva.

Que esta Quarta-feira de Cinzas

seja, Senhor, Quarta-feira de Cinzas para toda a nossa vida.

Maria Teresa Frazão

fonte: Oração da Manhã (Rádio Renascença)

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

«Job» (Rádio Renascença)

O Livro de Job descreve com linguagem pungente
uma vivência do sofrimento, da carência, da injustiça e do desespero,
tão comum à experiência destes tempos
que não há quem escape de ali se ver retratado de alguma maneira.
Reconheço-me próximo deste Job no desalento que por vezes experimento
quando me sinto castigado injustamente pela vida.
Mas o que mais admiro neste homem sofredor
é o facto de nunca ter abandonado a sua relação com Deus,
num diálogo de coração aberto e com a certeza de que era ouvido
ainda que nada mudasse no quotidiano da sua miséria. 
É este pedido insistente o que mais me aproxima de Job,
porque também eu sei pela fé e pela experiência
que não há forma mais humana de atravessar a dor.
Peço-Te Senhor, a mesma certeza deste homem bom,
para que como ele eu seja capaz de dizer no meio da tribulação:
«Eu sei que o meu redentor vive e prevalecerá, por fim, sobre o pó da terra;
e depois de a minha pele se desprender da carne,
na minha própria carne verei a Deus.
Eu mesmo O verei, os meus olhos e não outros O hão-de contemplar!»
Ajuda-me a viver assim,
mendicante da Tua Graça,
confiante na Tua justiça,
certo da Tua Presença,
grato pelas Tuas bençãos!

Rui Corrêa d’Oliveira
fonte: Oração da Manhã (RR)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Este não é o meu céu! (RR)

Durante as últimas 3 semanas vivi numa terra do extremo oriente. Uma terra sem céu, o dia sem sol, a noite sem estrelas. Dizia-me um amigo de lá que ainda se recorda de como era o céu com estrelas. “Quando era adolescente o céu estava azul e de noite ficava estrelado”, dizia com saudade na voz.
Em poucos anos, uma densa bruma de poluição pintou o céu de cinzento e o ar poluído irrita os olhos e a garganta.
Não é bom viver assim.
Um meu colega de trabalho dizia, vezes sem conta: “este não é o meu céu!”. E eu dizia: “Tem razão. Também não é o meu!”
Mal cheguei à minha terra subi a um lugar alto da serra da Cabreira para encher os olhos com o céu azul, para respirar o ar frio e puro, para sentir o vento gélido que faz doer o nariz e para deixar que o olhar se perdesse pelo horizonte fora. O silêncio no cimo da serra encheu-me de paz.
Senti-me tão grata à natureza por ser tão generosa! Senti-me privilegiada por este céu na terra: o meu céu, mas que não me pertence; não é minha propriedade; é, sim, minha responsabilidade. Para que o céu nunca deixe de ser céu. Para que as estrelas continuem a brilhar e a natureza não fique doente, por tanta negligência e tantos maus-tratos e nós pereçamos de tristeza.

Isabel Varanda

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

The Happiness Advantage (Shawn Achor)

Shawn Achor is the winner of over a dozen distinguished teaching awards at Harvard University, where he delivered lectures on positive psychology in the most popular class at Harvard.

His research and lectures on happiness and human potential have received attention in The New York Times, Boston Globe, The Wall Street Journal, as well as on NPR and CNN Radio, and he travels around the United States and Europe giving talks on positive psychology to Fortune 500 corporations, schools, and non-profit organizations.
Achor graduated magna cum laude from Harvard with a BA in English and Religion and earned a Masters degree from Harvard Divinity School in Christian and Buddhist ethics.
visit GoodThinkInc

Aprendendo com um movimento de pés descalços


No Rajastão, na Índia, um professor ensina mulheres e homens de comunidades rurais (muitos deles analfabetos) a se tornarem engenheiros de energia solar, artesãos, dentistas e  médicos em seus próprios povoados. Tudo isso acontece na  Universidade  Barefoot (Pés Descalços), idealizada  pelo educador Bunker Roy, que explica nessa palestra do TED como a instituição funciona. 

Roy conta que frequentou as melhores escolas do país e que, por conta disso, seu destino seria se torna médico, professor ou diplomata. “O mundo inteiro estava ao meu alcance. Tudo estava aos meus pés. Eu não poderia fazer nada de errado. E aí pensei, só de curiosidade, eu gostaria de viver e trabalhar e simplesmente ver como era um povoado”, diz.

Assim, ele foi para um povoado no estado de Bihar na Índia, e viu de perto a extrema pobreza e pessoas morrendo por inanição. “Isso transformou minha vida”, conta. Depois dessa experiência, Roy decidiu mudar de vez o rumo de sua vida e criar uma universidade exclusiva para pessoas pobres, que refletisse o que era realmente importante para elas e reforçasse as habilidades e conhecimento que possuíam.

A Universidade Barefoot não possui professores diplomados, e sim pessoas detentoras de habilidades que possam ser oferecidas à comunidade, que tenham competência, confiança e convicção, como vedores, parteiras e oleiros. “Estes são profissionais no mundo inteiro. Isto precisa ser usado, aplicado, precisa ser mostrado ao mundo afora – que este conhecimento e habilidades são relevantes ainda hoje”, opina.

Seguindo os estilos de vida e trabalho de Mahatma Gandhi, a faculdade não possui contratos formais, todos comem, dormem e trabalham no chão e ninguém ganha mais de R$185 por mês. “Só pelo dinheiro você não vem para a Universidade Barefoot. Mas sim pelo trabalho e desafio. Nós queremos que você tente criar as idéias. É a única faculdade onde o professor é o aprendiz e o aprendiz é o professor”, diz. Além disso, é a única universidade onde não se confere diplomas, “você é certificado pela comunidade que serve”, conta Roy.

Com base nesses princípios, os alunos da universidade construíram o campus da instituição, instalaram painéis solares, impermeabilizaram os telhados e cultivaram diversas plantas onde diziam que o solo era infértil. Lá também se cozinha em fornos solares, se coleta a água da chuva e têm avós analfabetas que são dentistas. Nas escolas noturnas (já que é o único horário em que as crianças podem estudar) se ensina lições de democracia, cidadania, como medir terras e cuidar de animais doentes.

Conhecimento repassado

As mulheres que passam pela universidade também têm a chance de repassar seus conhecimentos para outras mulheres, de outros países e vilas, que, por sua vez, multiplicam os ensinamentos com os moradores de suas comunidades. Assim, habitantes de vilarejos da índia, Afeganistão e Serra Leoa já estão instalando painéis solares e construindo habitações sustentáveis com base nos ensinamentos dessas avós.

“Acho que não precisamos procurar soluções lá fora”, diz Roy. “Procure soluções no interior e ouça as pessoas que têm as soluções na sua frente. Elas estão no mundo inteiro. Não ouça ao Banco Mundial, ouça às pessoas ao seu redor. Elas têm todas as soluções”, concluem.

Assista à palestra na íntegra (para ver com legenda em português, selecione a opção ao lado do play):


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Your Song (Elton John)


It's a little bit funny this feeling inside
I'm not one of those who can easily hide
I don't have much money but boy if I did
I'd buy a big house where we both could live

If I was a sculptor, but then again, no

Or a man who makes potions in a travelling show
I know it's not much but it's the best I can do
My gift is my song and this one's for you

And you can tell everybody this is your song

It may be quite simple but now that it's done
I hope you don't mind
I hope you don't mind that I put down in words
How wonderful life is while you're in the world

I sat on the roof and kicked off the moss

Well a few of the verses well they've got me quite cross
But the sun's been quite kind while I wrote this song
It's for people like you that keep it turned on

So excuse me forgetting but these things I do

You see I've forgotten if they're green or they're blue
Anyway the thing is what I really mean
Yours are the sweetest eyes I've ever seen
Your Song
Elton John
O Amor é para Sempre (Zimbórios)