sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Respeito

Agora vou escrever umas palavras sobre o respeito ou mais adequadamente:
Auto-Respeito.

Desde o dia do meu aniversário que estou a tentar vencer a minha batalha
contra a Impulsividade mas ainda não consegui alcançar o meu objectivo inicial,
tendo tido hoje a mais grave das falhas deste meu propósito.

Passaram exactamente 77 dias e já falhei um total de 15 vezes.

É verdade que não estou fechado num convento e, por isso,
estou em contacto com potenciais conflitos.
É verdade que o meu nível de exigência tem vindo a aumentar.
É verdade que cada vez tenho maior foco nas questões mais importantes.
É verdade que estou a conseguir bons resultados tendo chegado a alcançar
um recorde de 15 dias de sucesso, segundo critérios cada dia mais exigentes,
mas repito:
- Hoje tive a maior das falhas mas tive também a minha maior lição.

A lição Final ( pelo menos assim espero :)
Se me faltarem ao respeito eu devo comunicar o meu sentimento,
por exemplo de humilhação que existe como fruto da minha necessidade
de me sentir respeitado. Esta necessidade é minha e só eu a posso questionar.

Sendo expressa e não havendo entendimento,
mesmo aplicando as melhores técnicas de Comunicação Autêntica (Não-violenta),
então resta-me calar.

Já me perdoei pela minha falha de hoje mas, já agora, e para concluir,
vou tentar clarificar o que entendo por respeito.
Por Respeito entendo a consideração que devo ter
para com todas as pessoas que me rodeiam
não as discriminando ou ofendendo,
tal como devo tentar respeitar a mim próprio.

Este objectivo duplo é quase uma missão impossível,
pois em situações de conflito, como diz o provérbio,
é complicado agradar a Gregos e a Troianos.

O impasse surge da recusa do outro em reconhecer que não respeitou,
pois na mente dele, ou dela, essa falta de respeito não existia.
Quando o outro argumenta que a falta de respeito só está na nossa mente,
estão criadas as condições para uma brutal discussão,
pois é muito fácil o outro, ou a outra,
usarem expressões agressivas, como por exemplo:

- És doido!
- A verdade é que nunca gostaste de mim/dele/dela!
- És sempre o mesmo complicado.
- Só vês problemas onde não existem.
- Eu só queria ajudar...
- Tu não queres é ajudar!
- Estás a bloquear o processo porquê?
- Não consegues ter uma atitude mais construtiva??
- Já sabia que não podia contar contigo...

Se não tivermos o discernimento para entender que
por trás daquelas expressões só está um problema de comunicação
e que, com maior ou menor dificuldade até poderia ser resolvido,
está o caldo entornado...

Resumindo, se bater com a minha cabeça na parede vou apenas magoar-me.

Mano ( quase lá - afinal o nascimento só deve ser para o ano que vem )
Oeiras, 14 de Dezembro de 2018.


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