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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Ajudem o Haiti (AMI)


in http://ami.blogs.sapo.pt/
Ajude a Missão da AMI no Haiti

Contribua para esta missão através do NIB:
0007 001 500 400 000 00672


Multibanco:
Entidade 20909
Referência 909 909 909 em Pagamento de Serviços
in http://www.ami.org.pt/
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Caros amigos,

Umas breves palavras para vos dizer que a AMI parte amanhã para o Haiti, com uma equipa de dois elementos, que avaliará in loco as necessidades reais e as possibilidades que teremos de ajudar aquele povo.
Custa-me, mais uma vez, constatar que a injustiça continua a ser grande e que catástrofes com dimensões idênticas por vezes têm consequência menores (basta que aconteçam em países ditos "avançados"), outras dizimam populações inteiras. Mas apraz-me perceber que cada vez mais os cidadãos do Mundo se unem, estão alerta, têm iniciativa e agem.
Apercebo-me que, globalmente, a indiferença vai sendo combatida. Porque pobres ou menos pobres, todos sonhamos, porque todos somos seres humanos.

A AMI lá estará, a partir de amanhã. A fazer o que puder, com o que tiver para dar.

Fernando Nobre
Quarta-feira, 13 de Janeiro de 2010
in http://fernandonobre.blogs.sapo.pt/

Lisboa – Uma missão da Assistência Médica Internacional (AMI) parte esta quinta-feira para o Haiti para levar a cabo uma acção no terreno.

O intuito da deslocação dos dois elementos da AMI, que esta quinta-feira partem para o Haiti, é estabelecer uma intervenção no terreno, numa acção concertada com duas organizações não governamentais (ONG) locais.
Por ser uma região com grande propensão a catástrofes naturais, e à fraca capacidade do país de fazer face às mesmas, a AMI realizou em Setembro do ano passado uma missão baseada na prevenção de fenómenos consequentes das alterações climáticas.
No Haiti, um dos países mais pobres do mundo, 53,9 por cento da população vive em situação de pobreza extrema, com menos de um dólar por dia.
in http://www.jornaldigital.com/noticias.php?noticia=20735

MISSÃO DE EMERGÊNCIA HAITI
14 de Janeiro de 2010
Tânia Barbosa (Directora do Departamento Internacional) e Marta Andrade (Coordenadora de Projectos) partem para o Haiti. Estes dois elementos da AMI levam 20 mil dólares que serão usados na aquisição de água, medicamentos, desinfectantes e necessidades logísticas.
A acção dos elementos da AMI no terreno passa numa primeira hora por avaliar as necessidades mais urgentes e coordenar acções de emergência com os parceiros locais para desenvolver uma ajuda humanitária concertada e mais eficaz.
A AMI conta já com o apoio da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação e com a SIBS através do multibanco.
Recorde-se que a AMI esteve, em Setembro, no Haiti, numa missão centrada precisamente na prevenção de catástrofes naturais atendendo à propensão desta região das Caraíbas no que respeita a fenómenos consequentes das alterações climáticas (furações e cheias) e ainda para a escassa capacidade do país em enfrentar catástrofes naturais.
in http://www.ami.org.pt/

sábado, 12 de dezembro de 2009

Humanidade e Espiritualidade (Fernando Nobre)

Fernando José de La Vieter Ribeiro Nobre nasceu em Luanda em 1951. Em 1964 mudou-se para o Congo e, três anos mais tarde, para Bruxelas, onde estudou e residiu até 1985, altura em que veio para Portugal, país das suas origens paternas. É Doutor em Medicina pela Universidade Livre de Bruxelas, onde foi Assistente (Anatomia e Embriologia) e Especialista em Cirurgia Geral e Urologia.

see http://fernandonobre.blogs.sapo.pt/

Bibliografia:
Imagens Contra a Indiferença, Círculo de Leitores / Temas & Debates, 2008
Histórias que contei aos meus filhos, Oficina do Livro, 2008
Gritos Contra a Indiferença, Temas & Debates, 2007
Viagens Contra a Indiferença, Temas & Debates, 2004

see http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Nobre


Dia 3 de Dezembro, foi lançado um novo livro:
"Humanidade - Despertar para a Cidadania Global Solidária"
Temas e Debates/Círculo de Leitores

«A razão deste livro é simples: ser um espaço de liberdade e de total frontalidade, onde exprimo, sem constrangimentos nem rodeios ou intermediários, as minhas reflexões e pensamentos mais enraizados sobre os desafios, ameaças e esperanças globais que me interpelam enquanto cidadão do Mundo e português, consciente dos meus deveres de alertar consciências após mais de trinta anos de deambulações pelas quatro partidas do Mundo. Tal responsabilidade obriga-me a dizer e escrever exactamente aquilo que penso em nome da Humanidade, pois só perante ela me sinto obrigado: não posso esperar ter cem anos para o fazer! O meu lema resume-se a uma postura simples: recuso acomodar-me e não aceito inevitabilidades ou fatalismos. Nem em nome do universo, do planeta, da Europa ou de Portugal. Neste Mundo cheio de desafios e ameaças, porque em mudança instável, acelerada e multifacetada, onde o efémero nos quer engolir triturando os nossos valores, as nossas poucas certezas e a nossa ética, ainda há esperanças.» Fernando Nobre
in http://portalivros.wordpress.com/2009/12/03/humanidade-de-fernando-nobre-apresentado-em-lisboa-a-3-de-dezembro/
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Espiritualidade
Poderá parecer estranho a muitos, e em particular a quem me julga conhecer, que eu me debruce, mesmo que sucinta e superficialmente, sobre um tema difícil, sensível, para alguns esotérico ou nebuloso até.

Eu, médico, especialista em cirurgia e em urologia, que participei em tantas missões humanitárias concretas, na tentativa quantas vezes infrutífera e inglória de salvar umas vidas. Eu, o homem com os pés bem enraizados no solo terreno, porque se assim não fosse não teria sobrevivido sem enlouquecer, de tanto ter convivido com o sofrimento alheio, e até com o meu, o que tenho eu a ver com a espiritualidade e até mesmo com a religiosidade?

Mas tudo! Nunca poderia ter feito o pouco que fiz se não tivesse os pés bem enterrados e simultaneamente a cabeça, nas “nuvens”! Foi porque permanentemente me interroguei sobre a minha própria essência e sobre a razão profunda de ser da minha efémera existência, que sempre levantei os olhos para os meus semelhantes e para o “céu” à procura de explicações e, porque não dizê-lo, de consolo.

À eterna questão que sempre se me colocou com particular acuidade, “de onde venho e para onde vou”, questão eterna que desde tempos imemoriais o ser humano racional se coloca (ainda há uns anos a vi gravada no México numa estela Olmeca do século VIII d.C.), a pouco e pouco fui encontrando resposta no contacto com outros povos, outras culturas e com alguns violentos embates que a vida, geralmente generosa para comigo, me foi reservando.

Hoje sei (é das poucas certezas que tenho nesta fase outonal da minha passagem terrena) que a razão de ser da minha existência é - sortudo que fui em nascer com o acesso ilimitado à cultura, ao conhecimento e aos outros povos – a de tentar dar o meu contributo para que os meus irmãos do mundo sofram menos e para que todos eles, assim como a minha mulher, meus filhos, familiares e amigos possam viver com dignidade e, se possível, contribuir um pouco para a sua felicidade.

Membro de uma cadeia fraterna sem fim, vinda de nenhures e a caminho da sua total plenitude e harmonia, eu, poeira infinitérrima, sou insubstituível, como todos vós, porque sou único e parcela dessa entidade que se convencionou apelidar de Deus ou de outros milhares de nomes. Sem mim, sem vós, sem todos nós em união, esse Deus está incompleto e possivelmente ferido de morte.

Para mim, é esse o sentido da Espiritualidade. Sem essa Força que move montanhas, continentes, planetas e galáxias, nada seria possível! Só Ela permitirá que ultrapassemos os nossos mortíferos egoísmo, indiferença, intolerância e ganância que tantos genocídios tem praticado entre nós, fazendo-nos compreender o seu completo “não senso”.
Só ela, a Espiritualidade, nos permitirá, com “os pés no chão e a mente no rodopio das galáxias” vencer os desafios globais e implementar soluções esperançosas como a Espiritualidade Global Fraterna.

Já tenho idade, vivências e conhecimentos acumulados suficientes para dizer exactamente o que penso, quando e onde entender, sem insultar ninguém.

A Espiritualidade exige frontalidade com Amor. Pouco me importa o que as carpideiras disserem. A minha preocupação é deixar bem claro quais são as minhas opções de fundo e qual é a visão que eu tenho para o Mundo, o Universo e o meu País, Portugal. Esse é o meu Dever e o meu Direito mais sagrados de que não abdicarei jamais como ser livre e centelha divina que sou, à semelhança de todos vós.

Acredito que a verdadeira e bem entendida Espiritualidade nos conduz inevitavelmente para o valor mais sublime: a Solidariedade activa para com o nosso irmão mais infeliz, último nome de Amor.

Assim acredito. Assim tento e tentarei actuar até ao fim: com dignidade e coerência teimarei em dar o meu singelo contributo para que entendamos todos que o que está verdadeiramente em causa é uma imperiosa e profunda mudança do paradigma das relações entre os seres humanos. Se assim não for, nada será duradouro e as Crises suceder-se-ão com o seu infindável cortejo de sofrimento para muitas centenas de milhões de seres humanos.

Temos que apostar nos Valores Universais, tais como o Amor, a Ética, a Equidade, a Justiça, a Tolerância, o Perdão, a Solidariedade, a Fraternidade, a Dignidade, a Honra e o Civismo… sem os quais nada será possível, nomeadamente o restabelecimento da insubstituível e indispensável confiança entre os Cidadãos, o Estado e o Mercado. Isso também é Espiritualidade…