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domingo, 13 de agosto de 2023

fixing the world

 

mural da Sónia (original post)

A vida não é tanto sobre vencer
mas mais sobre reunir,
tudo aquilo que, na Verdade,
nunca esteve separado.

Manuel Filipe Santos
Oeiras, 13 de Agosto de 2023




quarta-feira, 20 de julho de 2022

quero ir buscar quem fui

Leituras Livres

A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.
~Fernando Pessoa



domingo, 6 de junho de 2021

O que eu quero ser...

David Bowie

Envelhecer é um extraordinário processo
em que te tornas a pessoa
que sempre deverias ter sido.
~David Bowie

Nota:
passei todo o dia de ontem a tentar lembrar-me 
do nome dele, sem recorrer ao Google,
para, aparentemente do nada, 
acabar por ser presenteado com esta pérola 
de verdade e criatividade 🙏

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Depus a máscara e vi-me ao espelho


Depus a máscara e vi-me ao espelho. —
Era a criança de há quantos anos.
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
É-se sempre a criança,
O passado que foi
A criança.

Depus a máscara e tornei a pô-la.
Assim é melhor,
Assim sou a máscara.
E volto à personalidade como a um terminus de linha.
18-8-1934
Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Ática, 1944 (imp. 1993)

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Pensar a Família

4ª feira passei a manhã na AR, na Sala do Senado. Fui convidado para o evento pela APFN, representado nesta sessão pelo seu Presidente Fernando Castro, que, como é seu apanágio, pôs o dedo de forma magistral em muitas das feridas do actual sistema.

Numa iniciativa promovida pelo Partido Social Democrata, a proposta foi: "Pensar a Família". Principal conclusão de um debate pleno de figuras públicas de reconhecido valor - não existe família sem crianças!

A criança é o núcleo da vida familiar. Um "Estado" que não assume os Direitos básicos da criança está condenado à morte...


Próxima sessão:

O Grupo Parlamentar do PSD organiza, no próximos dia 24 de abril, umas jornadas com o intuito de “Pensar a Família”. A realizar na Sala do Senado da Assembleia da República, as Jornadas contam o seguinte programa:

24 de Abril
09h05 - Receção
09h15 - Abertura – Manuela Ferreira Leite (Ex Ministra de Estado e das Finanças)
09h35 Família e políticas sociais
Moderador:
António Prôa (Deputado)
09h50 Cidades amigas da Família
Diogo Mateus / João Pedro A Costa / Nuno Grande
Urbanista Arquiteto Arquiteto
10h35 - Debate
11h05 Família e políticas sociais
Moderadora:
- Nilza Mouzinho de Sena (Deputada)
11h15 Como mulheres de sucesso fazem a conciliação da carreira com a família
Maria Salomé Pais (Prof Catedrática e Secretário Geral da Academia das Ciências de Lx)
Glória de Matos (Atriz e Professora)
Isabel Leal (Psicóloga e Psicoterapeuta)
Assunção Cristas (Ministra da Agricultura, do Mar, Ambiente e Ordenamento do Território)
12h15 - Debate
12h45 - Súmula
Nilza Mouzinho de Sena (Deputada)
13h00 - Sessão de encerramento
- Marco António Costa (Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social)
Luís Montenegro (Presidente do GP-PSD)


domingo, 23 de setembro de 2012

Marcos 9, 30-37


Naquele tempo, Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes:
"O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará."
Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes:
"O que discutíeis pelo caminho?"
Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior.
Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse:
"Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!"
Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a, disse:
"Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou".
Marcos 9, 30-37

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Quero ser criança

Neste Dia da Criança, publico um texto que escrevi há quase 4 anos. Curiosamente a Clarinha nasceu cerca de 10 meses depois, em Julho de 2009.

Quero ser criança

Hoje, pela primeira vez que me lembro, vi Jesus em sonho consciente. Fiquei fascinado quando vi claramente a sua expressão em imagens formadas por uma espécie de nuvens. Quando quis identificar o seu rosto com maior detalhe, as nuvens desapareceram lentamente, e apareceu somente um céu azul e limpo, sem nuvens. Lindo! Noutra altura, desta mesma noite, compus um texto, que gostaria muito de ter gravado, porque não me lembro rigorosamente de todas as palavras mas guardei as ideias principais que vou tentar transcrever:
- Vivemos num mundo que não tem espaço para a Criança. Acredito que quando uma criança nasce, tem sempre uma missão e que é sempre uma missão de Paz, de Ensino, de Aprendizagem, de Crescimento, de Partilha, de União, de Ternura, de Alegria, de Vida e Harmonia. No entanto, ela nasce neste nosso mundo imperfeito, neste mundo que ainda vive em guerra e ainda não conseguiu encontrar a Paz. Neste processo, são poucas as pessoas que têm consciência da sua missão. Estas são especialmente abençoadas. Acredito que são as mais coerentes, as mais seguras, aquelas que lideram e arrastam multidões com a sua boa causa. Outros há, grupo no qual me incluo, que desesperadamente procuram identificar a sua missão, pois sabem que precisam desse sentido mas muitas vezes a vida termina sem que o tenham encontrado. Há ainda pessoas que, sem terem consciência da sua missão, nem exaltarem as suas glórias, a cumprem (a sua missão) de forma humilde e exemplar. Incluo neste grupo, pessoas como o meu querido, e já falecido, avô e familiares ainda vivos como a Titi, a Mã, a minha Nocas e os seus pais. A grande maioria das pessoas não sabe, e/ou nem acredita, que tem uma missão. Perde-se no meio das dificuldades da vida, a doença, o abandono,  a luxuria, a inveja, a tristeza, a prepotência, a angústia, a frustração, o medo, a mentira e a morte. Mas as crianças, como ensinou Jesus (e particularmente me ajudou a perceber o Sr. Padre Horácio), são os nossos melhores professores.

Hoje foi o dia em que percebi que para descobrir a minha missão, tenho de voltar a ser criança, de recordar os sonhos e a magia que o tempo apagou. No sonho complexo que hoje tive, vi um ser, com um capucho – como um monge, que estava de lado, sem lhe conseguir ver o rosto, numa varanda, ou no cimo de uma escada, de uma estrutura que me pareceu medieval. Queria ver-lhe a cara, por isso brinquei ladrando, como que para lhe chamar a atenção e conseguir ver a sua cara, mas durante esse processo comecei a sentir um medo inexplicável e o latir transformou-se em gritos de terror. Acordei com os meus próprios gritos e um encontrão da Xanoca, a minha querida mulher. Não consigo entender este medo, porque sinto que me identifiquei com esta figura, por isso não deveria ter nada a recear. A figura era pequena, como uma criança, mas muito misteriosa. Sinto que representava algo do meu ser que eu gostava de identificar mas que, simultaneamente, receio encontrar. Aguardemos.

O texto, a que me referi no início, era uma espécie de grito de desespero de uma criança que quer brincar, aprender, descobrir os porquês de tudo mas que é literalmente abafada por uma sociedade que, na melhor das situações, só tem para lhe oferecer obrigações, regras de conduta, rigor, exigência e responsabilidade. Infelizmente, muitas crianças só conhecem fome, guerra, agressão e sofrimento e os seus sorrisos perdem-se no meio das lágrimas que são a única prenda que este nosso mundo tem para lhes dar.

Cada criança que fomos, e podemos ser, é esperança de “Sorriso Eterno”, de nascer de um novo dia, anunciado pelo cantar dum “Galo Vencedor”. Se há Poder na Terra que seja das Crianças e de todos aqueles que as amam.

Manuel Filipe Santos
Salir, 13 de Setembro de 2008
Interior Castelo de Guimarães ( fonte - Google images )

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Alarga a porta, Pai

in MOSTRA-ME O TEU ROSTO de Ignacio Larrañaga (Paulinas - 6ª edição, pág. 433)

"...
Quando morreu Miguel de Unamuno, entre os manuscritos encontrados sobre a mesa do seu escritório, estavam estes versos:
«Alarga a porta, Pai,
porque não posso passar.
Fizeste-a para as crianças
E eu cresci a meu pesar.

Se não me alargas a porta
diminue-me por piedade.
Volta-me àquela idade
em que viver era sonhar!»
..."