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segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Religião Vs Espiritualidade

Pierre Teilhard de Chardin


A religião não é apenas uma, são centenas.

A espiritualidade é apenas uma.

A religião é para os que dormem.
A espiritualidade é para os que estão despertos.

A religião é para os que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados.
A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.

A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.
A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.

A religião ameaça e amedronta.
A espiritualidade dá-lhe paz interior.

A religião fala de pecado e de culpa.
A espiritualidade diz-lhe: “aprenda com o erro”.

A religião reprime tudo, e te faz falso.
A espiritualidade transcende tudo, e te faz verdadeiro!

A religião não é Deus.
A espiritualidade é Tudo e, portanto, é Deus.

A religião inventa.
A espiritualidade descobre.

A religião não indaga nem questiona.
A espiritualidade questiona tudo.

A religião é humana, é uma organização com regras.
A espiritualidade é Divina, sem regras.

A religião é causa de divisões.
A espiritualidade é causa de união.

A religião busca-o para que acredite.
A espiritualidade você tem que buscá-la.

A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.

A religião alimenta-se do medo.
A espiritualidade alimenta-se na confiança e na fé.

A religião faz viver no pensamento.
A espiritualidade faz viver na consciência.

A religião ocupa-se com o fazer.
A espiritualidade ocupa-se com o ser.

A religião alimenta o ego.
A espiritualidade faz-nos transcender.

A religião faz-nos renunciar ao mundo.
A espiritualidade faz-nos viver em Deus, não renunciar a Ele.

A religião é adoração.
A espiritualidade é meditação.

A religião sonha com a glória e com o paraíso.
A espiritualidade faz-nos viver a glória e o paraíso aqui e agora.

A religião vive no passado e no futuro.
A espiritualidade vive no presente.

A religião enclausura nossa memória.
A espiritualidade liberta nossa consciência.

A religião crê na vida eterna.
A espiritualidade faz-nos conscientes da vida eterna.

A religião promete para depois da morte.
A espiritualidade é encontrar Deus em nosso interior durante a vida.

Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual.
Somos seres espirituais passando por uma experiência humana…

~Pierre Teilhard de Chardin 

foi padre jesuíta, teólogo, filósofo e paleontólogo francês que tentou construir uma visão integradora entre ciência e teologia.

fonte: Religião x Espiritualidade



sexta-feira, 16 de julho de 2021

uma razão convincente para ser espiritual na vida

 

O que é espiritualidade e qual é a necessidade de ser espiritual na vida?
(Uma pergunta no Quora).

Para mim, espiritualidade significa transformação de vida. É a compreensão de que estamos todos interconectados e interdependentes. É ver a unidade e a totalidade da vida e viver nossa vida pela unidade e como um todo. É como uma folha que percebe sua unidade com a árvore inteira e vive sua vida para o bem-estar de toda a árvore.

Se vivemos a vida espiritual, contribuímos para a unidade, paz, justiça, igualdade, libertação e harmonia no mundo.

Se não vivemos a vida espiritual, contribuímos para a divisão, violência, injustiça, desigualdade, opressão e desarmonia no mundo.

Portanto, há uma razão convincente para ser espiritual na vida.

sexta-feira, 19 de março de 2021

cuidado com a falsa espiritualidade...!

Vejo muitas pessoas adotando a espiritualidade como mais uma máscara do ego.
Percebo muita gente dizendo: "eu sou médium, eu tenho uma essência felina de Sírius, eu fui um mágico na vida passada, eu sou importante porque sou uma alma índigo" entre tantas outras coisas que, minha gente, eu me pergunto o que é que está acontecendo!?
Muitas pessoas discutem diariamente suas teorias insanas de espiritualidade nos grupos espiritualistas que tem por aí no Facebook e no Whatsapp.
Pessoas se agredindo verbalmente, julgando uns aos outros pelas crenças, pelas diferentes opiniões.
Cadê a espiritualidade?
Será que espiritualidade realmente é isso?
As pessoas buscam a espiritualidade como meio de encontrarem mais felicidade, mais paz, mais contentamento e satisfação, mas, acabam se prendendo nas teias do ego, mais uma vez.
Infelizmente, as pessoas costumam utilizar tudo como meios para suprir as necessidades e desejos egocêntricos do falso centro - o ego, a individualidade.
A verdadeira espiritualidade é a que nos coloca de volta em contato com nós mesmos além desse personagem mascarado a que chamamos de ego.
A verdadeira espiritualidade é a que nos faz descobrir quem somos de verdade, sem a influência do mundo externo, sem a influência de mestres, livros, gurus, pessoas, opiniões, teorias, doutrinas, religiões.
É por isso que todos os grandes mestres de si mesmos diziam aos homens: "Conheça-te e terás as respostas para tudo!".
Quando nós mergulhamos para dentro e descobrimos que não somos nosso ego, que não somos essa mente incessante de desejos loucos e insanos, nós nos libertamos dessa influência viciante que sempre nos atormenta e passamos a viver na real espiritualidade de viver em amor, em paz, em silêncio, em contemplação!
De nada adianta você ser um Ser que veio de Órion, que é do raio branco, que tem os chacras ativos, que tem a aura de 5 metros, que é médium clarividente, mas que, na verdade, é egoísta, julga aos outros, vive projetando suas culpas e erros na costa dos outros, se acha melhor do que os que não adotaram nenhum caminho espiritual, se acha superior àqueles que cometem seus erros, etc...
A única espiritualidade que existe é a de autoconhecimento e de transcendência e, cá entre nós, esse caminho é para poucos, porque a maioria ainda quer brincar de ego.
Sair da roda de Samsara é para poucos, porque ela é viciante, ela fortalece o ego e as pessoas estão dominadas pelo ego.
Sair da roda de Samsara exige abandono total do ego - é a gota que se dissolve no Oceano da Divindade Suprema.
Transcender Samsara e atingir o Nirvana é um caminho para aqueles que, de forma sincera, almejam uma vida real, de verdades e não de mentiras ou de ilusões.
Porém, as verdades são árduas para a transcendência e para a libertação suprema.
Já, as mentiras, são gostosas para a mente daqueles que se prendem à individualidade e ao poder.
Eu lhe pergunto: você realmente está em um caminho espiritual?
Fonte: Portal da consciência
Arte: Chie Yoshii

fonte: Amor Om

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Dia de Portugal

Visão de D. Afonso Henriques do Anjo Custódio
Olá Mano Abençoado,

Hoje é celebrado o Dia de Portugal,
de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Celebramos a data de 10 de Junho de 1580,
data da morte de Camões,
sendo também o dia dedicado ao Anjo Custódio de Portugal.
O Anjo da Paz, São Miguel Arcanjo.
fonte wiki

Hoje acordei mais cedo com um sonho.
Era um sonho em que eu gritava com um antigo colega de trabalho.
Um ex-colega que em determinada data me decepcionou um pouco.

Noutra parte anterior do sonho recordo um outro colega de trabalho,
de quem não tenho razão de queixa tão directa
mas que de certa forma também me entristeceu.
No entanto, foi-me dada uma visão abonatória em seu favor,
pois tentava claramente cooperar
mas foi nítido para mim que ele não conseguia fazer melhor.

Este sonho foi algo revelador para mim.

A isto quero juntar a lição de ontem de Um Curso em Milagres (160)
que, não sendo fácil, foi bastante reveladora.

Ouvi-a várias vezes e não pude deixar de reparar que,
a cada vez que a ouvia, dispersava.
Por isso voltei a ouvi-la vezes sem conta,
tentando perceber o que me perturbava,
o que provocava a minha dispersão e
a minha perda de atenção.

Consegui chegar ao final sem desvios:
"Cristo não esquece ninguém.
Não falha em te dar nem um só dos teus irmãos para que te lembres,
para que o teu lar possa ser completo e perfeito
tal como foi estabelecido.
Ele não te esqueceu.
Mas tu não te lembrarás de Cristo
até olhares para tudo como Ele o faz.
Todo aquele que nega o seu irmão está negando a Ele
e recusando-se, assim, a aceitar a dádiva da vista
através da qual vem a salvação,
o seu Ser é claramente reconhecido
e o seu lar relembrado."
fonte: ACIM160

E a lição de hoje vem,
como que por magia,
completar o puzzle de ontem.



Por isso aqui deixo a minha sincera gratidão,
A cada um dos Filhos de Deus do meu sonho,
A ti que lês agora estas palavras,
A cada um dos Portugueses de todos os tempos,
A toda a Humanidade intemporal,
sem exclusão alguma...

Dá-me a tua bênção,
Filho santo de Deus,
Mano.
Oeiras, 10 de Junho de 2019

sábado, 12 de dezembro de 2009

Humanidade e Espiritualidade (Fernando Nobre)

Fernando José de La Vieter Ribeiro Nobre nasceu em Luanda em 1951. Em 1964 mudou-se para o Congo e, três anos mais tarde, para Bruxelas, onde estudou e residiu até 1985, altura em que veio para Portugal, país das suas origens paternas. É Doutor em Medicina pela Universidade Livre de Bruxelas, onde foi Assistente (Anatomia e Embriologia) e Especialista em Cirurgia Geral e Urologia.

see http://fernandonobre.blogs.sapo.pt/

Bibliografia:
Imagens Contra a Indiferença, Círculo de Leitores / Temas & Debates, 2008
Histórias que contei aos meus filhos, Oficina do Livro, 2008
Gritos Contra a Indiferença, Temas & Debates, 2007
Viagens Contra a Indiferença, Temas & Debates, 2004

see http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Nobre


Dia 3 de Dezembro, foi lançado um novo livro:
"Humanidade - Despertar para a Cidadania Global Solidária"
Temas e Debates/Círculo de Leitores

«A razão deste livro é simples: ser um espaço de liberdade e de total frontalidade, onde exprimo, sem constrangimentos nem rodeios ou intermediários, as minhas reflexões e pensamentos mais enraizados sobre os desafios, ameaças e esperanças globais que me interpelam enquanto cidadão do Mundo e português, consciente dos meus deveres de alertar consciências após mais de trinta anos de deambulações pelas quatro partidas do Mundo. Tal responsabilidade obriga-me a dizer e escrever exactamente aquilo que penso em nome da Humanidade, pois só perante ela me sinto obrigado: não posso esperar ter cem anos para o fazer! O meu lema resume-se a uma postura simples: recuso acomodar-me e não aceito inevitabilidades ou fatalismos. Nem em nome do universo, do planeta, da Europa ou de Portugal. Neste Mundo cheio de desafios e ameaças, porque em mudança instável, acelerada e multifacetada, onde o efémero nos quer engolir triturando os nossos valores, as nossas poucas certezas e a nossa ética, ainda há esperanças.» Fernando Nobre
in http://portalivros.wordpress.com/2009/12/03/humanidade-de-fernando-nobre-apresentado-em-lisboa-a-3-de-dezembro/
+++
Espiritualidade
Poderá parecer estranho a muitos, e em particular a quem me julga conhecer, que eu me debruce, mesmo que sucinta e superficialmente, sobre um tema difícil, sensível, para alguns esotérico ou nebuloso até.

Eu, médico, especialista em cirurgia e em urologia, que participei em tantas missões humanitárias concretas, na tentativa quantas vezes infrutífera e inglória de salvar umas vidas. Eu, o homem com os pés bem enraizados no solo terreno, porque se assim não fosse não teria sobrevivido sem enlouquecer, de tanto ter convivido com o sofrimento alheio, e até com o meu, o que tenho eu a ver com a espiritualidade e até mesmo com a religiosidade?

Mas tudo! Nunca poderia ter feito o pouco que fiz se não tivesse os pés bem enterrados e simultaneamente a cabeça, nas “nuvens”! Foi porque permanentemente me interroguei sobre a minha própria essência e sobre a razão profunda de ser da minha efémera existência, que sempre levantei os olhos para os meus semelhantes e para o “céu” à procura de explicações e, porque não dizê-lo, de consolo.

À eterna questão que sempre se me colocou com particular acuidade, “de onde venho e para onde vou”, questão eterna que desde tempos imemoriais o ser humano racional se coloca (ainda há uns anos a vi gravada no México numa estela Olmeca do século VIII d.C.), a pouco e pouco fui encontrando resposta no contacto com outros povos, outras culturas e com alguns violentos embates que a vida, geralmente generosa para comigo, me foi reservando.

Hoje sei (é das poucas certezas que tenho nesta fase outonal da minha passagem terrena) que a razão de ser da minha existência é - sortudo que fui em nascer com o acesso ilimitado à cultura, ao conhecimento e aos outros povos – a de tentar dar o meu contributo para que os meus irmãos do mundo sofram menos e para que todos eles, assim como a minha mulher, meus filhos, familiares e amigos possam viver com dignidade e, se possível, contribuir um pouco para a sua felicidade.

Membro de uma cadeia fraterna sem fim, vinda de nenhures e a caminho da sua total plenitude e harmonia, eu, poeira infinitérrima, sou insubstituível, como todos vós, porque sou único e parcela dessa entidade que se convencionou apelidar de Deus ou de outros milhares de nomes. Sem mim, sem vós, sem todos nós em união, esse Deus está incompleto e possivelmente ferido de morte.

Para mim, é esse o sentido da Espiritualidade. Sem essa Força que move montanhas, continentes, planetas e galáxias, nada seria possível! Só Ela permitirá que ultrapassemos os nossos mortíferos egoísmo, indiferença, intolerância e ganância que tantos genocídios tem praticado entre nós, fazendo-nos compreender o seu completo “não senso”.
Só ela, a Espiritualidade, nos permitirá, com “os pés no chão e a mente no rodopio das galáxias” vencer os desafios globais e implementar soluções esperançosas como a Espiritualidade Global Fraterna.

Já tenho idade, vivências e conhecimentos acumulados suficientes para dizer exactamente o que penso, quando e onde entender, sem insultar ninguém.

A Espiritualidade exige frontalidade com Amor. Pouco me importa o que as carpideiras disserem. A minha preocupação é deixar bem claro quais são as minhas opções de fundo e qual é a visão que eu tenho para o Mundo, o Universo e o meu País, Portugal. Esse é o meu Dever e o meu Direito mais sagrados de que não abdicarei jamais como ser livre e centelha divina que sou, à semelhança de todos vós.

Acredito que a verdadeira e bem entendida Espiritualidade nos conduz inevitavelmente para o valor mais sublime: a Solidariedade activa para com o nosso irmão mais infeliz, último nome de Amor.

Assim acredito. Assim tento e tentarei actuar até ao fim: com dignidade e coerência teimarei em dar o meu singelo contributo para que entendamos todos que o que está verdadeiramente em causa é uma imperiosa e profunda mudança do paradigma das relações entre os seres humanos. Se assim não for, nada será duradouro e as Crises suceder-se-ão com o seu infindável cortejo de sofrimento para muitas centenas de milhões de seres humanos.

Temos que apostar nos Valores Universais, tais como o Amor, a Ética, a Equidade, a Justiça, a Tolerância, o Perdão, a Solidariedade, a Fraternidade, a Dignidade, a Honra e o Civismo… sem os quais nada será possível, nomeadamente o restabelecimento da insubstituível e indispensável confiança entre os Cidadãos, o Estado e o Mercado. Isso também é Espiritualidade…