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sexta-feira, 26 de agosto de 2022

sobre o fanatismo...

Charge do Laerte

Antes de me ir deitar, uma palavra sobre o fanatismo que tanto me incomoda:

Fanatismo é, para mim, sinónimo de mania, obstinação e de intolerância. Manifesta-se quase sempre por uma intolerância pela diferença, em relação a quem não é como eu, a quem não pensa como eu. E este fanatismo aplica-se a qualquer área da vida humana. E infelizmente, muitas das vezes, quando menos deveria existir, ou seja, quando aliado aos mais nobres ideais. Os mais nobres ideais deveriam ser acompanhados de união, inclusão e equilíbrio mas o fanatismo é precisamente divisão, exclusão, exagero, desequilíbrio, doença. E esta doença é particularmente grave pois quem dela sofre, considera-se muito saudável, sendo sempre os outros que estão mal. É a eterna história dos bons e dos maus, do preto e do branco, do Yin e do Yang.
Importa ver que num mundo complexo como o nosso, nada é 100% preto, nem branco. Temos na verdade, um mundo colorido, com milhares de tons de cinzento, em que o equilíbrio é essencial para prosseguirmos o nosso caminho. É um caminho que percorremos juntos e temos todos uma origem comum, partilhando uma mesma casa que nos devemos esforçar por preservar nas melhores condições. O fanatismo prejudica muito este processo pois aumenta os conflitos ao invés de dar lugar aos consensos. Potencia a destruição, no lugar da construção.

Resumindo, a tolerância e o respeito são requisitos essenciais!

Boa noite!
🙏
Mano, 26 de Agosto de 2022.

domingo, 30 de setembro de 2012

O verdadeiro discípulo não tem inveja do bem que os outros fazem

Estamos ainda em Cafarnaum, a cidade de pescadores situada junto ao Lago de Tiberíades. Jesus está “em casa” rodeado pelos discípulos. A ida para Jerusalém está próxima e os discípulos estão conscientes de que se aproximam tempos decisivos para esse projeto em que estão envolvidos.

O tema principal aparece na primeira parte do Evangelho. Refere-se à necessidade da comunidade cristã ser uma comunidade aberta, acolhedora, tolerante, capaz de aceitar como sinais de Deus os gestos de amor que acontecem no mundo.

O Evangelho deste domingo apresenta-nos um grupo de discípulos ainda muito atrasados na aprendizagem do “caminho do Reino”. Eles ainda raciocinam em termos de lógica do mundo e têm dificuldades em libertar-se dos seus interesses egoístas, dos seus esquemas pessoais, seus preconceitos e sonhos de grandeza e poder… Eles não querem entender que, para seguir Jesus, é preciso cortar com certos sentimentos e atitudes incompatíveis com a radicalidade exigida pelo Reino. As dificuldades que estes discípulos apresentam, no sentido de responder a Jesus, não nos são estranhas: também fazem parte da nossa vida e do caminho que, dia a dia, percorremos.

Assim, a instrução que, neste texto, Jesus se dirige aos Seus discípulos serve também a nós. As propostas de Jesus destinam-se aos discípulos de todas as épocas; pretendem ajudar-nos a purificar a nossa opção e a integrar, de forma plena, a comunidade do Reino.

Antes de tudo, Jesus mostra a eles que a comunidade do Reino não pode ser uma seita arrogante, fechada, intolerante, fanática, que se arroga na posse exclusiva de Deus e das Suas propostas. Tem de ser uma comunidade que sabe qual é o seu papel e a sua missão, mas que reconhece não ter a exclusividade do bem e da verdade e que é capaz de se alegrar com os gestos de bondade e de esperança, os quais acontecem à sua volta, mesmo quando esses gestos resultam da ação de não-crentes ou de pessoas que não pertencem à instituição da Igreja.

O verdadeiro discípulo não tem inveja do bem que os outros fazem, não sente ciúmes se Deus atua por meio de outras pessoas, não pretende ter o monopólio da verdade nem ter “exclusividade” em relação a Jesus. O verdadeiro discípulo se esforça, a cada dia, por testemunhar os valores do Reino e se alegra com os sinais da presença de Deus em tantos irmãos com outros percursos religiosos, que lutam por construir um mundo mais justo e mais fraterno.

Os discípulos de que o Evangelho de hoje nos fala estão preocupados com a ação de alguém que não é do grupo, pois temem ver postos em causa os seus sonhos pessoais de poder e de grandeza. Por detrás dessa preocupação dos discípulos não está o bem do homem (aquilo que, em última análise, deveria “mover” os membros da comunidade do Reino), mas a salvaguarda de certos interesses egoístas. Nas nossas comunidades cristãs ou religiosas, há pessoas capazes de gestos incríveis de doação, de entrega, de serviço aos irmãos; mas há também pessoas cuja principal preocupação é proteger o espaço que conquistaram e continuar a manter um estatuto de poder e prestígio. Quando afastamos, com o pretexto de defender a pureza da fé, os interesses da moralidade ou tranquilidade da comunidade, aqueles que desafiam a comunidade a purificar-se e a procurar novos caminhos para responder aos desafios de Deus, estaremos a proteger os interesses de Deus ou os nossos projetos, os nossos esquemas interesseiros, as nossas apostas pessoais?

Jesus exige dos discípulos o corte radical com os valores, os sentimentos, as atitudes que são incompatíveis com a opção pelo Reino. O discípulo de Jesus nunca está acomodado, instalado, conformado, mas está sempre atento e vigilante, procurando detectar e eliminar de sua existência tudo aquilo que lhe impede o acesso à vida plena. Naturalmente, a renúncia ao egoísmo, ao comodismo, ao orgulho, aos esquemas pessoais, à vontade de poder e de domínio, ao apelo do êxito, ao “aplauso das multidões”, é um processo difícil e doloroso; mas é também um processo que gera vida nova.

O que é que eu necessito, prioritariamente, de “cortar” da minha vida, para me identificar mais com Jesus, para merecer integrar a comunidade do Reino, para ser mais livre e mais feliz?

O apelo de Jesus à sua comunidade, no sentido de não “escandalizar” os pequenos, faz-nos pensar na forma como lidamos, enquanto pessoas e enquanto comunidades, com os pobres, os que falharam, os que têm atitudes moralmente reprováveis, aqueles que têm uma fé pouco consistente, aqueles que a vida marcou negativamente, aqueles que a sociedade marginaliza e rejeita. Eles encontram em nós a proposta libertadora que Cristo lhes faz, ou encontram em nós rejeição, injustiça, marginalização, mau exemplo? Quem vê o nosso testemunho tem razões para aderir a Cristo ou para se afastar de Cristo?

Senhor Jesus, faz-me alegrar com o Reino que dá seus frutos, na história humana, das formas mais imprevistas, para além do controle humano.

Padre Bantu Mendonça
Canção Nova


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Fanatismo

in http://pt.wikipedia.org/wiki/Fanatismo :
Fanatismo, do francês fanatique ou do latim fanaticus é qualquer coisa extremista, muito exagerada. Uma pessoa fanática tem comportamentos excessivos, particularmente por uma causa religiosa ou idéia ou política ou até mesmo atos extremos, ou com um entusiasmo obsessivo para uma postura ou um passatempo.
O fanatismo pode estar presente em qualquer ato do ser humano, não restringindo nenhum. Porém culturalmente, os fanatismos são referenciados quase que exclusivamente na religião e na política, sendo que os ataques terroristas de 11 de setembro contra as Torres Gêmeas do World Trade Center fizeram aumentar os debates sobre questões de fanatismo religioso. Outra forma de fatanismo em ponta nos últimos dias é no que diz respeito à tecnologia computacional, mas propriamente dito sobre as jogos eletrônicos, onde uma nova geração de fanáticos por tais jogos vêm se levantando e tornando-se motivo de debate em áreas tecnológicas e sociais.


in http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=fanatismo :
fanatismo
s. m.1. Paixão religiosa do fanático.
2. Facciosismo partidário.
3. Adesão cega e inconsiderada a um partido, uma opinião, uma pessoa.
4. Fig. Paixão excessiva.

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Resumindo, fanatismo é exagero e excesso.

O fanatismo acontece sempre que o "acto" supera todo o resto,
esquecendo até o próprio actor e/ou aqueles que o rodeiam.
Fanatismo é destruição, separação, isolamento e morte.
Fanatismo é abominável em qualquer processo.

Busquemos equilíbrio, harmonia e união.
Busquemos paz, tranquilidade e respeito.
Respeito por todo o ser vivo, e não vivo.
Respeito por toda a forma de pensar
ou até de não pensar.

Paz,
MFS.

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João 8, 1-11
Jesus foi para o Monte das Oliveiras. De madrugada, voltou ao templo, e todo o povo se reuniu ao redor dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. Os escribas e os fariseus trouxeram uma mulher apanhada em adultério. Colocando-a no meio, disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi flagrada cometendo adultério. Moisés, na Lei, nos mandou apedrejar tais mulheres. E tu, que dizes?” Eles perguntavam isso para experimentá-lo e ter motivo para acusá-lo. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever no chão, com o dedo. Como insistissem em perguntar, Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra!” Inclinando-se de novo, continuou a escrever no chão. Ouvindo isso, foram saindo um por um, a começar pelos mais velhos. Jesus ficou sozinho com a mulher que estava no meio, em pé. Ele levantou-se e disse: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” Ela respondeu: “Ninguém, Senhor!” Jesus, então, lhe disse: “Eu também não te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais”.