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sábado, 25 de fevereiro de 2023

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Não culpes ninguém

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Um poema atribuído internacionalmente a PABLO NERUDA

Não culpes Ninguém / No Culpes a Nadie
Nunca te queixes de ninguém, nem de nada,
porque fundamentalmente
Tu fizeste o que querias da Tua vida.
Aceita a dificuldade de edificares-te a ti mesmo
e o valor de começares corrigindo-te.
O triunfo do verdadeiro homem
surge das cinzas do seu erro.
Nunca te queixes
da Tua solidão ou da tua sorte,
Enfrenta-a com valor e aceita-a.
De uma maneira ou de outra
é o resultado dos teus actos e prova que Tu
sempre hás de ganhar.
Não te amargures com o teu próprio fracasso
nem carregues o fardo a outro,
aceita-te agora
ou continuarás justificando-te como uma criança.
Recorda que qualquer momento
é bom para começar
e que nenhum é tão terrível para claudicar.
Não esqueças
que a causa do Teu presente é o Teu passado
assim como a causa do Teu futuro será
o Teu presente.
Aprende com os audazes,
com os fortes,
com quem não aceita situações,
com quem viverá apesar de tudo,
pensa menos nos teus problemas
e mais no Teu trabalho
e os teus problemas sem os alimentares morrerão.
Aprende a nascer da dor
E a ser maior
que o maior dos obstáculos,
Olha-te no espelho de ti mesmo
e serás livre e forte
e deixarás de ser
um fruto das circunstâncias
porque Tu mesmo és
o Teu destino.
Levanta-te e olha o sol cada manhã
e respira a luz do amanhecer.
Tu és parte da força da Tua vida,
agora desperta, luta,
caminha,
decide-te e triunfarás na vida;
nunca penses na sorte,
porque a sorte é:
o pretexto dos fracassados.
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Morre lentamente - Dies slowly (Pablo Neruda)



Morre lentamente
"Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere O "preto no branco"
E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa
quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte
ou da Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo
exige um esforço muito maior do que o
Simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!»
Pablo Neruda

Dies slowly 
Dies slowly he who transforms himself in slave of habit,
repeating every day the same itineraries,
who does not change brand,
does not risk to wear a new color
and doesn't talk to whom doesn't know.
Dies slowly he who makes of television his guru.
Dies slowly he who avoids a passion,
who prefers black to white
and the dots on the "i" to a whirlpool of emotions,
just those ones that recover the gleam from the eyes,
smiles from the yawns,
hearts from the stumbling and feelings.
Dies slowly he who does not overthrow the table
when is unhappy at work,
who does not risk the certain for the uncertain
to go toward that dream that is keeping him awake.
Who does not allow, at least one time in life,
to flee from sensate advises. Dies slowly he
who does not travel, does not read,
does not listen to music, who does not find grace in himself.
Dies slowly he who destroys his self love,
who does not accept somebody's help.
Dies slowly he who passes his days
complaining of his bad luck or the incessant rain.
Dies slowly he who abandons a project before starting it,
who does not ask over a subject that does not know
or who does not answer
when being asked about something he knows.
Dies slowly he who does not share his emotions,
joys and sadness,
who does not trust, who does not even try.
Dies slowly he who does not relive his memories
and continues getting emotional as if living them at that moment.
Dies slowly he who does not intent excelling,
who does not learn from the stones of the road of life,
who does not love and let somebody love.
Let's avoid death in soft quotes,
remembering always that to be alive
demands an effort much bigger
that the simple fact of breathing.
Pablo Neruda
Pablo Neruda (1904-1973)
visit http://www.scribd.com/doc/4196529/Muere-Lentamente-Pablo-Neruda