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domingo, 11 de outubro de 2020

domingo, 7 de junho de 2020

Pretérito perfeito que não sou

Preso no passado por um pai que pecou,
na contradição de um pretérito perfeito
que não sou,
porque a Perfeição nunca existiu...
Porque ele foi admirado 
mas também odiado,
porque ele foi o Poder
jamais conquistado, 
o agressor mais receado,
qual progenitor rejeitado...!
Acolher-te hoje é Perdoar
a minha ingratidão,
tão grande falta de Visão,
o medo de nunca alcançar 
a tal Perfeição inexistente,
É aceitar a Vida, simplesmente,
sentir, amar, estar Presente.
Obrigado AE/LG.

Mano
Porto 7 de Junho de 2020


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A Perfeição


A perfeição não existe. E, como não é um objectivo, não pode ser uma meta. Tu só podes querer chegar a um lugar que seja acolhedor, confortável e leve. Não é suposto o ser humano querer ir para um local desarmonioso e desarmonizado.
Pois a perfeição é isso. É um estado de exigência, de stresse, de angústia e depressão.
É um local em que o ser humano deposita demasiadas expectativas, mas é ao mesmo tempo um lugar desconhecido, pois visto não existir, nunca ninguém lá esteve. A não ser por breves instantes. O problema é que os homens não levam isso em consideração. Querem ser perfeitos. Lutam para ser perfeitos, julgam tudo o que é imperfeito retirando todo o seu valor.
O homem só não percebe que: O céu é perfeito. O Universo é perfeito. O céu alberga seres de luz. O mundo alberga homens, seres imperfeitos em busca do caminho da evolução. E como vão evoluir? Entrando em contacto com a imperfeição do mundo, para, e por conflito com essa mesma imperfeição, conseguirem evoluir, conseguirem avançar.
Agora imagina que o ser fosse perfeito. Não existiria conflito, e pelo facto de ser pelo conflito que se evolui, não haveria evolução. Era tudo perfeito, e a experiência da terra nunca teria existido. E agora? O que é preciso fazer?
É preciso fazer as pazes com a sua própria imperfeição. Aceitar que não somos perfeitos, e nem temos de ser. Devemos, isso sim, fazer o melhor que sabemos, da maneira mais responsável. Só. E só por isso, eu, daqui de cima, já fico muito feliz.

O LIVRO DA LUZ – Pergunte, O Céu Responde,
de Alexandra Solnado


domingo, 6 de setembro de 2009

Goethe

Goethe falece em Weimar, em março de 1832, aos 82 anos.
Suas últimas palavras antes de morrer foram:
"Deixem entrar a luz".
in http://pt.wikipedia.org/wiki/Johann_Wolfgang_von_Goethe

...
Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco;
à medida que vamos adquirindo conhecimentos,
instala-se a dúvida.
...
Nada mais assustador
que a ignorância em acção.
...
O homem que sabe reconhecer os limites
da sua própria inteligência
está mais perto da perfeição.
...
Pensar é fácil.
Agir é difícil.
Agir conforme o que pensamos,
isso ainda o é mais.
...
É certo, afinal de contas,
que neste mundo nada nos torna necessários
a não ser o amor.
...
É melhor estar triste com amor,
do que alegre sem ele.
...
O homem deseja tantas coisas,
e no entanto precisa de tão pouco.
...
O verdadeiro é semelhante a Deus;
não aparece espontaneamente,
temos de o adivinhar
pelas suas manifestações.
...
Falar é uma necessidade,
escutar é uma arte.
...
Muitos são orgulhosos
por causa daquilo que sabem;
face ao que não sabem,
são arrogantes.
...
Quando um homem não se encontra a si mesmo,
não encontra nada.
...
A alegria não está nas coisas,
está em nós.
...
É feliz apenas aquele que dá.
...
Só é possível ensinar uma criança a amar,
amando-a.
...
from http://www.citador.pt/citador.php?cit=1&op=7&author=16&firstrec=0

...
What God from outside would propel his world,
The universe around his finger twirled!
He rightly is the earth's deep-centered motion,
Nature and He in mutual devotion,
So that what lives and moves and is in Him
Will never find His strength and spirit dim.

In the next to the last line he refers to the words: "For in Him we live and move and have our being," which, according to the report in the Acts of the Apostles, belongs in the speech given by Paul on the Areopagus at Athens. This speech was provoked by the altar dedicated "to the unknown God" (Acts 17:16-34).

The objection that this pantheism seems to exclude the idea of a personal God does not move Goethe. He believes that spirit is personal, in a way that we cannot imagine.

He is in complete sympathy with the religious instruction that his son August receives from Herder in preparation for his confirmation. Herder makes the boy see that the natural state of man is one of confusion and conflict between light and darkness, between God and evil, and that the Christian religion sets before him the question of whether he wishes to belong to the darkness, or to the light that came into the world with Jesus. Going on from this, Herder teaches the boy about man's need of help, from which springs the necessity of salvation arising from the love of God.

Goethe discusses Christianity with Eckermann on March 11, 1832, a little while before his death: "No matter how far our spiritual culture may continue to progress, no matter how much the natural sciences may grow, becoming ever more profound and more inclusive, no matter how much the human spirit may will to expand, that human spirit will never escape from the majesty and ethical sublimity of Christianity, as it shimmers and shines in the Gospels."
...
from http://www.tennesseeplayers.org/goethebyschweitz.html