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sábado, 6 de janeiro de 2024

Nunca te julgues só

 


Ana Afonso desistiu da vida dura aos 47 anos

A atriz e ex-Quinta das Celebridades foi vista por um condutor a parar o carro na Ponte 25 de Abril, que liga Lisboa à Margem Sul


O condutor ligou às autoridades para alertar. Foram iniciadas buscas  e o corpo foi removido do rio Tejo sem vida. 

Ana teve uma vida dura e sofrida.

Mas será que encontrou a Paz que procurava?

Oremos nesse sentido.🙏


Há milhares de pessoas em sofrimento à nossa volta.


Se sentir que perdeu a vontade de viver peça ajuda 

Lance um grito de alerta.

Acorde quem está à sua volta 

Estou disponível para escutar e ajudar sem pedir nada em troca.


Linhas de apoio emocional e de prevenção do suicídio:

Linha SNS24 (disponível 24h todos os dias)

808 24 24 24


Voz de apoio (21h-00h)

22 550 60 70


SOS Estudante (22h – 1h)

23 948 40 20/ 91 524 60 60/ 96 955 45 45


Telefone da Amizade (16h-23h)

22 832 35 35


Conversa Amiga (15h-22h)

808 237 237/ 210 027 159


SOS Voz Amiga (15h30-00h30)

21 354 45 45/ 91 280 26 69/ 96 352 46 60

fonte: Nelson Lopes



terça-feira, 7 de novembro de 2023

um dia...

 

Se você está cheio de raiva, você cria mais sofrimento para si mesmo do que para a outra pessoa... Então você tenta primeiro trazer paz para dentro de si mesmo. Quando você estiver calmo, quando estiver lúcido, verá que a outra pessoa é vítima da confusão, do ódio, e da violência transmitidos pela sociedade, pelos pais, pelos amigos, pelo meio ambiente. Quando você consegue ver isso, sua raiva não existe mais...

sábado, 6 de agosto de 2022

Cuidar de si mesmo


 
Há momentos em que sua alegria produz um sorriso. 

Também há ocasiões em que o sorriso produz relaxamento, calma e alegria. 


Eu não espero até que haja alegria em mim para sorrir; a alegria virá mais tarde. 


Às vezes, quando estou sozinho em meu quarto no escuro, pratico sorrir para mim mesmo. 


Eu faço isso para ser gentil comigo mesmo, para cuidar bem de mim, para me amar. 


Sei que se não posso cuidar de mim, não posso cuidar de mais ninguém.


Ser compassivo consigo mesmo é uma prática muito importante. 

Quando estiver cansado, com raiva ou em desespero, você deve saber como voltar para si mesmo e cuidar do seu cansaço, da sua raiva e do seu desespero. 


É por isso que praticamos sorrir, caminhar, respirar e comer com atenção.


Thich Nhat Hanh, em "Be Free Where You Are".

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

o presente


Nosso verdadeiro lar é o momento presente. O milagre não é caminhar sobre a água. O milagre é caminhar sobre a terra verde no momento presente. A paz está à nossa volta — no mundo e na natureza — e dentro de nós — no nosso corpo e no nosso espírito. Tão logo aprendermos a entrar em contato com essa paz, ficaremos curados e seremos transformados.

Não é uma questão de fé; é uma questão de prática.


Precisamos apenas trazer nosso corpo e nossa mente para o momento presente, e entraremos em contato com algo repousante, benéfico e maravilhoso.


Thich Nhat Hanh

em “Vivendo Buda, Vivendo Cristo”.

domingo, 30 de janeiro de 2022

sobre meditação


Eu conheço uma monja budista graduada pela Universidade de Indiana nos EUA e que praticava no Vietnam (na época da guerra). Ela foi presa por suas ações pela paz e reconciliação entre os dois países.

Em sua cela, ela tentou praticar da melhor maneira possível. Era difícil, pois se a viam praticando durante o dia, achavam que era uma provocação e um desafio meditar daquela maneira, experimentando paz. Assim, ela foi proibida de meditar. Tinha que esperar até que apagassem a luz para que pudesse sentar e meditar.

Tentaram roubar dela até mesmo a chance de praticar. Mas ela foi capaz de continuar. Praticou meditação andando, mesmo confinada num espaço exíguo. Foi capaz também de falar com bondade e gentileza para aqueles que estavam presos com ela na cela. Graças à sua prática, pode ajudá-los a sofrer menos.

Tenho também um amigo vietnamita que foi levado para um campo de “reeducação”, numa área remota da selva. Durante os quatro anos em que esteve lá ele praticou meditação e foi capaz de viver interiormente em paz. Quando o soltaram, sua mente estava mais afiada que uma espada. Ele sabia que não havia perdido nada nesses quatro anos em que esteve preso. Ao contrário, ele sabia que havia se “reeducado” na meditação.

Muitas coisas podem ser tiradas de nós mas ninguém é capaz de roubar nossa determinação e nossa liberdade interior. Nem mesmo a nossa prática pode ser roubada. Mesmo nas situações mais extremas é possível manter nossa felicidade, nossa paz e nossa liberdade interior. Enquanto formos capazes de respirar, caminhar e sorrir,  estaremos em paz e poderemos ser felizes.

Thich Nhat Hanh

(em “At Home in the World: Stories and Essential Teachings from a Monk's Life”)

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

lavando a louça


Memórias do Templo Raiz: Lavando Louça

por Thich Nhat Hanh

Quando eu ainda era um noviço no Templo Tu Hieu, lavar a louça dificilmente era uma tarefa agradável.

Durante o retiro anual das chuvas, todos os monges voltavam ao mosteiro para praticar juntos por três meses e às vezes éramos apenas dois noviços que tinham que cozinhar e lavar todos os pratos para mais de cem monges.

Não havia sabão. Tínhamos apenas cinzas, cascas de arroz e cascas de coco, e isso era tudo. Limpar uma pilha tão alta de tigelas era uma tarefa difícil, especialmente durante o inverno, quando a água estava gelada.

Então tínhamos que aquecer uma grande panela de água antes que pudéssemos fazer qualquer lavagem. Hoje em dia com sabonete líquido, esfregões especiais e até água quente corrente é muito mais fácil desfrutar de lavar a louça.

Na minha opinião, a ideia de que lavar pratos é desagradável só pode ocorrer quando você não os está lavando. Uma vez que você está na frente da pia com as mangas arregaçadas e as mãos na água morna, é realmente muito agradável.

Gosto de tomar um tempo com cada prato, estar plenamente consciente do prato, da água e de cada movimento das minhas mãos. Sei que se me apressar para terminar, afim de sentar-me mais cedo e comer a sobremesa ou tomar um chá, a hora de lavar a louça será desagradável e não valerá a pena ser vivida. Seria uma pena, pois cada minuto, cada segundo de vida é um milagre. A louça em si e o fato de eu estar aqui lavando são milagres.

Se sou incapaz de lavar os pratos com alegria, se quero terminá-los rapidamente para ir tomar uma sobremesa ou uma xícara de chá, serei igualmente incapaz de saborear minha sobremesa ou meu chá quando finalmente os tiver.

Se com o garfo na mão, fico pensando no que fazer a seguir, a textura e o sabor da sobremesa, junto com o prazer de comê-la, se perderão.

Serei constantemente arrastado para o futuro, perderei completamente a vida e nunca serei capaz de viver no momento presente.

Cada pensamento, cada ação à luz do sol da consciência torna-se sagrado. Sob essa luz, não existe fronteira entre o sagrado e o profano.

Devo confessar que demoro um pouco mais para lavar a louça, mas vivo plenamente cada momento e sou feliz.

Lavar a louça é ao mesmo tempo um meio e um fim. Lavamos a louça não apenas para ter louça limpa, mas também lavamos a louça apenas para lavar a louça, para viver plenamente cada momento enquanto a lavamos e para estarmos  verdadeiramente em contato com a vida.

fonte: Thich Nhat Hanh

sábado, 15 de janeiro de 2022

uma pessoa é muito


Contam-me os refugiados sobreviventes que quando um barco é surpreendido por uma tempestade é mais provável que ele afunde, se os passageiros entrarem em pânico. Mas se uma só pessoa permanecer calma, lúcida e consciente, ela sozinha poderá ajudar os outros, e todos sobreviverão ao perigo. Os ensinamentos budistas convergem todos para esse ponto: cada um de nós é essa pessoa.

A terra é como um pequeno barco em meio a perigosa tempestade; por isso temos que ser, nós mesmos, o melhor que pudermos ser. Lembrem-se: uma pessoa é muito importante; uma pessoa é muito.

Thich Nhât Hanh

terça-feira, 3 de agosto de 2021

God is on Earth…


I think God is on Earth, inside every living being. What we call “the divine,” is none other than the energy of awakening, of peace, of understanding, and of love, which is to be found not only in every human being, but in every species on Earth. In Buddhism, we say every sentient being has the ability to be awakened, and to understand deeply. We call this Buddha nature. The deer, the dog, the cat, the squirrel, and the bird all have Buddha nature. But what about inanimate species: the pine tree in our front yard, the grass, or the flowers? As part of our living Mother Earth, these species also have Buddha nature. This is a very powerful awareness which can bring us so much joy. Every blade of grass, every tree, every plant, every creature large or small are children of the planet Earth and have Buddha nature. The Earth herself has Buddha nature, therefore all her children must have Buddha nature, too. As we are all endowed with Buddha nature, everyone has the capacity to live happily and with a sense of responsibility toward our mother, the Earth.

~Thich Nhat Hanh 

domingo, 13 de dezembro de 2020

Não confunda o dedo com a Lua


ABRAÇANDO A DIMENSÃO ÚLTIMA
Somos inteiramente capazes de abraçar 
a dimensão última. 
Quando tocamos uma coisa 
com consciência profunda, 
tocamos tudo. 
Tocando o momento presente, 
percebemos que o presente é feito do passado 
e está criando o futuro. 

Thich Nhat Hanh

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

O vazio do bambu

 


– O vazio do bambu

Se o bambu tivesse o talo maciço, ele seria pesado, rígido, inflexível. Com isso, os taoístas perceberam que é o vazio que garante as qualidades do bambu. 
O vazio é um dos conceitos fundamentais do pensamento oriental.

Para a maior parte das pessoas, o vazio tem um sentido negativo. Significa nulidade, inexistência, zero. Para os orientais é o oposto. Se o bambu tem suas virtudes por causa do caule oco, então o vazio tem um sentido positivo. O vazio é a origem de boas qualidades, é algo que se valoriza e permite a existência das coisas. Basta pensarmos de modo inverso. 
Se o elevador estiver lotado, não podemos entrar. Se nossa mente estiver entulhada de preocupações, não podemos pensar direito.

É dessa forma que os sábios antigos viam o vazio. 
Não pela ausência, mas sim pelas possibilidades que ele abre, pelos benefícios que ele traz. 
É uma visão positiva e não negativa. 
Um antigo texto chinês, o Tao Te Ching, diz:
 “O vaso é feito de argila, mas é o vazio que o torna útil. Abrem-se portas e janelas nas paredes de uma casa, mas é o vazio que a torna habitável".

- A sabedoria da Natureza, de Roberto Otsu