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quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Exaltação da Cruz


Atei os meus braços com a tua Lei, Senhor,
E nunca os meus braços chegaram tão alto.

Ceguei os meus olhos com a tua Luz, Senhor,
E nunca os meus olhos viram tão longe!

Só desde que Te dei a minha alma, Senhor,
Ela é verdadeiramente minha.

Por isso, hei-de subir até à Vida,
Despedaçando o corpo na subida.
Por isso, hei-de gritar, de porta em porta,
A mentira das noites sem estrelas;

Hei-de fazer florir açucenas nos meus lábios;
Hei-de apertar a mão que me castiga;
Hei-de beijar a cinza dos escombros;
Hei-de esmagar a dor
E hei-de trazer, aqui, sobre os meus ombros,
A tua cruz, Senhor!

Nota:
Hino do Ofício de Leitura das Sextas-feiras

Exaltação da Cruz, 14 de setembro - Zimbórios 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Testemunho de um Pároco


«Sou pároco em Carpi, na Emilia Romagna, uma região onde a gente é honesta, trabalhadora mas, por tradição, indiferente à Igreja, ou até mesmo manifestamente hostil. A participação na missa dominical é muito baixa e muitos funerais realizam-se na forma civil.


Aquele pouco de fé que sobrevive, dificilmente se faz notar. Procuro reconhecer nesta situação um rosto de Jesus crucificado e ver as pessoas com o Seu olhar: Ele fez seu todo o vazio, todo o pecado, e veio para nos salvar.

Tinha chegado à paróquia há poucos dias quando me avisaram que, no condomínio, havia um doente. Bati à porta. Ele próprio me responde, dizendo não ter tempo para mim. Penso: também Cristo foi rejeitado. Por isso sou semelhante a ele numa pequena parte! Uno-me a Ele e, no meu coração, nasce a alegria. Aquele doente, depois, morreu nos braços da Igreja.

Estou convencido de que ninguém está longe do amor de Deus. Quando alguém me diz que não reza, não vai à missa e talvez nem creia, sublinho: tu és honesto, amas a tua família, fazes voluntariado. Também tu vives o Evangelho! A quem se sente excluído da vida da Igreja por estar só casado civilmente e não poder receber a Eucaristia, recordo-lhe que pode entrar em comunhão com Jesus doutros modos: vivendo a sua Palavra, amando o irmão, abraçando os sofrimentos. Isto atrai-os: as pessoas descobrem que já estão “dentro” do amor de Deus e, para muitos, começa uma nova busca.

Hoje, cerca de duzentas pessoas vêm uma vez por mês à paróquia, para aprofundar em pequenos grupos o Evangelho. Escutam a Palavra de Vida e depois partilham entre si as experiências. Mais de metade não tem prática religiosa e cerca de um terço está em situações familiares não regulares. Mas captam um clima de alegria que conforta e envolve. Sabem que não queremos impor-lhes nada e, por isso, sentem-se livres para expor também as dúvidas, os fracassos pessoais ou familiares, os problemas de trabalho. E, pouco a pouco, começam a contar os primeiros gestos de amor aos outros.

Pelo menos quinze casais frequentam agora a missa diária, e três deles decidiram pelo matrimónio na Igreja, após anos de união de facto ou de casamento somente civil. Alguns tornaram-se sensíveis à comunhão de bens e oferecem tudo quanto têm de supérfluo, às vezes com regularidade. Não nos cabe a nós converter as pessoas, mas apenas amá-las. A mudança nasce do encontro com Deus, da descoberta da sua Palavra.
No âmbito da paróquia há uma associação de idosos. A maior parte deles manteve sempre uma animosidade contra a Igreja. Quando construíram a sua nova sede, propus no conselho pastoral que déssemos um contributo. Na altura, ouve uma reação: seria melhor ir falar-lhes de Deus! Explico que nos cabe a nós, que acreditamos no Evangelho, ser os primeiros a amar. Decidimos dar uma pequena oferta, com uma carta de agradecimento pelo bem que têm feito em favor dos idosos do bairro. Este gesto disse-lhes mais do que uma pregação: os idosos tinham lágrimas nos olhos. E abriram-se ao encontro com a Igreja».

Testemunho de vida, Padre Carlo, Itália
fonte: Zimbórios

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Falling Plates


fonte: Zimbórios
Um pequeno filme sobre a vida, a morte e o amor. Se gostaste do video ou o achaste útil, partilha com outros. Isso fará a diferença!
http://www.fallingplates.com/

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Desiderata



Go placidly amid the noise and haste,
and remember what peace there may be in silence.
As far as possible without surrender
be on good terms with all persons.
Speak your truth quietly and clearly; and listen to others,
even the dull and ignorant; they too have their story.
Avoid loud and aggressive persons,
they are vexations to the spirit.
If you compare yourself with others,
you may become vain and bitter;
for always there will be greater and lesser persons than yourself.
Enjoy your achievements as well as your plans.
Keep interested in your career, however humble;
it is a real possession in the changing fortunes of time.
Exercise caution in your business affairs;
for the world is full of trickery.
But let this not blind you to what virtue there is;
many persons strive for high ideals;
and everywhere life is full of heroism.
Be yourself.
Especially, do not feign affection.
Neither be cynical about love;
for in the face of all aridity and disenchantment
it is as perennial as the grass.
Take kindly the counsel of the years,
gracefully surrendering the things of youth.
Nurture strength of spirit to shield you in sudden misfortune.
But do not distress yourself with imaginings.
Many fears are born of fatigue and loneliness.
Beyond a wholesome discipline, be gentle with yourself.
You are a child of the universe, no less than the trees and the stars;
you have a right to be here.
And whether or not it is clear to you,
no doubt the universe is unfolding as it should.
Therefore be at peace with God,
whatever you conceive Him to be,
and whatever your labors and aspirations,
in the noisy confusion of life keep peace with your soul.
With all its sham, drudgery and broken dreams,
it is still a beautiful world. Be careful. Strive to be happy.
Max Ehrmann (1927)
in: http://www.cs.columbia.edu/~gongsu/desiderata_textonly.html




Caminha serenamente por entre o barulho e a agitação,

e lembra-te da paz que pode haver no silêncio.
Tanto quanto possível sem capitulares, 
mantém-te em boas relações com todos.
Diz a tua verdade com calma e clareza, 
e escuta os outros 
ainda que menos dotados e ignorantes; 
também eles têm a sua história.
Evita as pessoas ruidosas e agressivas: 
elas são uma mortificação para o espírito.
Se te comparas com os outros, 
podes tornar-te vaidoso e amargo; 
pois haverá sempre pessoas superiores e inferiores a ti.
Alegra-te com as tuas realizações e com os teus planos. 
Aprecia a tua carreira, por modesta que seja: é um bem real, 
entre os sucessos mutáveis do tempo.
Sê prudente nos teus empreendimentos! 
O mundo está cheio de astúcia. 
Mas que isto não te cegue 
a ponto de não veres virtude onde ela exista. 
Muita gente luta por altos ideais 
e em toda a parte a vida está cheia de heroísmo. 
Sê tu mesmo. Especialmente, não simules amizade. 
Nem sejas cínico em relação ao amor, pois, 
sob a aparência de secura e desencanto, 
ele é perene como a relva. 
Acolhe de bom grado o conselho dos anos,
e abandona com dignidade as coisas da juventude. 
Alimenta a fortaleza de espírito 
a fim de poderes suportar alguma súbita desgraça.
Mas não te angusties com imaginações. 
Muitos temores são filhos do cansaço e da solidão. 
Para além de uma disciplina salutar, trata-se com delicadeza. 
És filho do universo, nada menos que as árvores e as estrelas; 
tens o direito de o habitar.
Seja isto claro ou não para ti, 
não há dúvida que o universo vai evoluindo como deve. 
Por isso, procura a paz com Deus, 
seja qual for a tua ideia que d'Ele fazes. 
Sejam quais forem as tuas lutas e aspirações, 
conserva a paz contigo mesmo no meio do bulício da vida. 
Não obstante a mentira, o cansaço e os sonhos desfeitos, 
este mundo é maravilhoso. 
Tem cautela. Esforça-te por ser feliz!

Tradução de João Valente Cabral, 
feita em Moçambique, talvez em 1972.
fonte: Zimbórios

sábado, 23 de junho de 2012

Redefinir possibilidades (Spencer West)



Um norte-americano sem pernas atingiu o cume do Monte Kilimanjaro, a montanha mais alta de África, caminhando com as mãos para chegar até ao topo. Spencer West perdeu as pernas quando tinha cinco anos, devido a uma doença genética. Com o feito, arrecadou mais de meio milhão de dólares para serviços de caridade. O Kilimanjaro tem quase 6 mil metros de altura e é a quarta montanha mais alta do mundo. Spencer cumpriu parte do trajeto em cadeiras de rodas e parte a caminhar. Antes da subida, trabalhou com um personal trainer durante um ano para fortalecer os músculos dos braços. Spencer precisou de seis dias para subir a montanha e dois para descer, tendo contado com a ajuda dos seus dois melhores amigos.
fonte: Zimbórios
 

domingo, 1 de abril de 2012

Era mesmo a sério

Quando Jesus falou do final bem difícil que previa para a sua vida, S. Pedro nem quis acreditar no que ouvia: «Deus te livre de tal, Senhor. Isso nunca te acontecerá!»

No Monte das Oliveiras, ficou bem gravada nos apóstolos a angústia de Jesus, a solidão, a falta de coragem para ser até ao fim fiel à razão de ser da sua vida. Antes, porém, os apóstolos não o levaram suficientemente a sério. O «querido mestre» ainda era novo, tinha a vida pela frente… Além disso, a sua sabedoria, «autoridade» e um estranho «poder» inspiravam a todos confiança!

Quando Pedro viu que era mesmo a sério o que Jesus tinha dito, até negou que era seu amigo…

O que os discípulos de Jesus, em que nos podemos incluir, só compreenderam depois da «ressurreição», é que o seu mestre levava a vida mesmo a sério. Momentos de alegria, momentos de dor e o momento da morte foram vividos para nos dizerem que somos chamados por Deus a sermos seus companheiros no projeto de criação. A força das nossas mãos é a força de Deus. A bondade das nossas mãos é a bondade de Deus. A beleza da criação, onde a justiça deve resplandecer particularmente na organização social, está assim nas nossas mãos.

É mesmo a sério.

E porque também quero viver a sério a minha vida e o compromisso com a fé, então hoje decido seguir a Cristo mais de perto. Porquê?
Porque sei que Cristo não me promete um bom salário,
mas garante-me uma vida abundante.
Ele não me promete estar sempre como no primeiro dia,
mas promete-me que nunca me vai faltar força.
Ele não me promete que façam caso do que eu digo
mas promete-me que vou querer repeti-lo uma e outra vez.
Ele não me promete a compreensão dos que me rodeiam,
mas promete-me que saberei qual é o caminho certo.
Ele não me promete que me venham ajudar,
mas promete-me que irão precisar de mim.
Ele não me promete decisões fáceis,
mas promete-me que nunca me irei arrepender.
Ele não me promete um trabalho perfeito
mas promete-me que eu faça parte de um projeto inesquecível.
Não me promete que eu tenha sempre sucessos,
mas promete-me que o meu trabalho vai dar muito fruto.
Não me promete que eu não tenha dúvidas e receios
mas garante-me que o amor é mais forte que o medo.
Não me promete que eu possa acabar com a dor,
o sofrimento e a injustiça,
mas promete-me que, onde estiver, eu poderei levar esperança.
Ele não me promete o reconhecimento do mundo,
mas promete-me uma palavra eficaz.
Ele não me promete títulos humanos,
mas promete-me a certeza de que eu foi escolhido.
E me promete
alimentarei o mundo,
unirei corações,
acompanharei os que sofrem,
confirmarei aqueles que querem ser fortes,
experimentarei com eles a verdadeira alegria,
levarei aos homens a verdade,
e serei cristão, testemunha de Jesus Cristo.
Ele não me promete apenas uma vida de aventuras,
Ele garante-me uma vida apaixonante!
fonte: Zimbórios

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Está nas nossas mãos evitar a decadência

A decadência do homem contemporâneo resulta da ausência e negação de Deus e realiza-se silenciosamente, de modo subtil e, por isso, perigoso.

Gradualmente, o Homem, em vez de adorar a Deus, passa a adorar o dinheiro, o ter e o poder. Passa a sobrepor o interesse pessoal a tudo o resto, tornando-se cada vez mais violento. E assim se destrói a paz. E, ao destruir a paz, o Homem destrói-se a si mesmo.

É um terrível retrato, perante o qual nenhum de nós está imune, pois, mesmo que teoricamente nos afirmemos do lado de Deus, a Sua ausência no concreto da nossa vida é uma triste possibilidade. Como aqueles que dizem ter de uma religião, mas não praticam...

Está, pois, nas nossas mãos 
evitar a nossa própria decadência!

Bento XVI, Assis, 27 de Outubro de 2011
fonte: Zimbórios

domingo, 16 de outubro de 2011

O pobre passarinho

O passarinho quereria voar para o Sol brilhante que lhe fascina o olhar; quereria imitar as Águias, suas irmãs, que vê elevarem-se até ao fogo divino da Santíssima Trindade... Pobre dele! tudo quanto pode fazer é agitar as suas pequenas asas; mas levantar voo, isso não está no seu pequeno poder! Que será dele? Morrerá de desgosto, ao ver-se impotente?... Oh, não! o passarinho nem sequer se vai afligir. Com um audacioso abandono, quer ficar a fixar o seu divino Sol. Nada seria capaz de o assustar, nem o vento nem a chuva; e se nuvens sombrias chegam a esconder o Astro do Amor, o passarinho não muda de lugar, pois sabe que para além das nuvens o seu Sol brilha sempre, e que o seu brilho não se poderia eclipsar nem por um instante sequer.

É verdade que às vezes o coração do passarinho se vê acometido pela tempestade; parece-lhe não acreditar que existe outra coisa, a não ser as nuvens que o envolvem. É então o momento da alegria perfeita para a pobre e débil criaturinha. Que felicidade para ela, permanecer ali, apesar de tudo, e fixar a luz invisível que se esconde à sua fé!!!...

Jesus, até agora compreendo o teu amor para com o passarinho pois ele não se afasta de Ti. Mas eu sei, e Tu também o sabes, muitas vezes a imperfeita criaturinha, ficando embora no seu lugar (isto é, sob os raios do Sol), deixa‑se distrair um pouco da sua única ocupação; apanha um grãozito à direita e à esquerda, corre atrás de um vermezito... Depois, encontrando uma pocita de água, molha as penas ainda mal formadas; quando vê uma flor que lhe agrada o seu espírito entretém-se com essa flor... Enfim! não podendo pairar como as Águias, o pobre passarinho entretém-se ainda com as bagatelas da terra. Não obstante, depois de todas as suas travessuras, em vez de se ir esconder num canto para chorar a sua miséria e morrer de arrependimento, o passarinho volta-se para o seu Bem‑amado Sol, expõe as asitas molhadas aos seus raios benfazejos, geme como a andorinha e, no seu doce cantar, confia, conta em pormenor as suas infidelidades, pensando, no seu temerário abandono, conseguir assim maior influência e atrair mais plenamente o amor d’Aquele que não veio chamar os justos mas os pecadores... Se o Astro Adorado continuar surdo ao chilrear plangente da sua criaturinha, se permanecer velado..., pois bem: a criaturinha continua molhada, aceita ficar transida de frio, e ainda se alegra com esse sofrimento que, aliás, mereceu...

Ó Jesus! como o teu passarinho está contente por ser débil e pequeno. Que seria dele se fosse grande?... Nunca teria a audácia de aparecer na tua presença, de dormitar diante de Ti... Sim, aí está mais uma fraqueza do passarinho: quando quer fixar o Divino Sol, e as nuvens o impedem de ver um único raio, contra sua vontade os seus olhitos fecham-se, a sua cabecinha esconde-se debaixo da asita, e a pobre criaturinha adormece, julgando fixar ainda o seu Astro Querido. Ao acordar, não fica desolado, o seu coraçãozinho fica em paz, e recomeça o seu ofício de amor. Invoca os Anjos e os Santos que se elevam como Águias em direcção ao Fogo devorador, objecto do seu desejo.

E as Águias, compadecendo-se do seu irmãozinho, protegem-no, defendem-no, e põem em fuga os abutres que o queriam devorar. Os abutres, imagem do demónio, o passarinho não os teme, pois não está destinado a ser presa deles, mas da Águia que contempla no centro do Sol do Amor.
Por tanto tempo quanto quiseres, ó meu Bem-amado, o teu passarinho ficará sem forças e sem asas; permanecerá sempre com os olhos fixos em Ti. Quer ser fascinado pelo teu divino olhar, quer tornar‑se a presa do teu Amor... Um dia, assim o espero, Águia adorada, virás buscar o teu passarinho e, subindo com ele para o Fogo do Amor, mergulhá‑lo‑ás eternamente no ardente Abismo desse Amor, ao qual se ofereceu como vítima...

Santa Teresa de Lisieux
(História de uma Alma, Ms B 5rº-vº)
fonte: Zimbórios

domingo, 3 de julho de 2011

Sonhar

Maria Bethânia declamando Fernando Pessoa
e cantando" Sonhar"

vídeo original removido (actualização em 2022.06.23)

Eu tenho uma espécie de dever
que é dever de sonhar
e sonhar sempre
pois sendo mais do que uma
espectadora de mim mesma
eu tenho que ter o melhor
espectáculo que posso
e assim me construo a
ouro e sedas
em salas supostas
invento palco, cenário
para viver o meu sonho
entre luzes brandas
e músicas invisíveis
Fernando Pessoa
fonte: Pensador

Sonhar

Mais um sonho impossível
Lutar
Quando é fácil ceder
Vencer
O inimigo invencível
Negar
Quando a regra é vender
Sofrer
A tortura implacável
Romper
A incabível prisão
Voar
Num limite improvável
Tocar
O inacessível chão
É minha lei
É minha questão
Virar este mundo
Cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã
Se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu delirar
E morrer de paixão
E assim
Seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar
Do impossível chão
Sonho Impossível

Composição: Joe Darion, Mitch Leigh
(versão em português de Chico Buarque)
Fonte: http://letras.terra.com.br/chico-buarque/86054/

Fonte: Zimbórios

2022.06.23
e a versão Walt Disney



quarta-feira, 23 de março de 2011

Duelo de Banjos



O filme "Amargo Pesadelo" estava a ser rodado no interior dos Estados Unidos. O director fez uma paragem num posto de gasolina nos confins do mundo, onde aconteceria uma cena entre vários actores contracenando com o proprietário do posto onde ele também morava com sua mulher e filho. Este último, autista, nunca saia do terreno da casa. A equipa parou no posto de gasolina para abastecer e aconteceu a cena mais marcante que o director teve a felicidade de encaixar no filme.

Num dos cortes para refazer a cena do abastecimento, um dos actores que sendo músico andava sempre acompanhado do seu instrumento de cordas aproveitando o intervalo da gravação e já tendo percebido a presença de um garoto que dedilhava um banjo na varanda da casa aproximou-se e começou a repetir a sequência musical do garoto.

Como houve uma 'resposta musical" por parte do garoto, o director captou a importância da cena e mandou filmar. O resto pode-se ver no vídeo.

Atentem para alguns detalhes:
- O garoto é verdadeiramente um autista;
- Ele não estava nos planos do filme;
- A alegria do pai curtindo o duelo dos banjos... dançando;
- A felicidade da mãe captada numa janela da casa; e
- A reacção autêntica de um autista quando o actor músico quer cumprimentá-lo.

Vale a pena o duelo, a beleza do momento e, mais que tudo, a alegria do garoto. A sua expressão. No início está distante, mas, à medida que toca o seu banjo, ele cresce com a música e vai deixando-se levar por ela, até transformar a sua expressão num sorriso contagiante, transmitindo a todos a sua alegria. A alegria de um autista, que é resgatada por alguns momentos, graças a um violão forasteiro. O garoto brilha, cresce e exibe o sorriso preso nas dobras da sua deficiência, que a magia da música traz à superfície. Depois, ele volta para dentro de si, deixando a sua parcela de beleza eternizada "por acaso" no filme "Amargo Pesadelo" (Ano: 1972).
fonte: Zimbórios

domingo, 23 de janeiro de 2011

Só de Passagem

Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo no Egipto, com o objectivo de visitar um famoso sábio. O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.
- Onde estão seus móveis? Perguntou o turista.
E o sábio, bem depressa olhou ao seu redor e perguntou também:
- E onde estão os seus...?
- Os meus?! Surpreendeu-se o turista.
- Mas estou aqui só de passagem!
- Eu também... - concluiu o sábio.

A vida na Terra é somente uma passagem. No entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente e esquecem-se de ser felizes.
in Zimbórios
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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Entrega


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Sei, Senhor, que na vida,
Nem sempre temos tudo, tudo dado!
Por isso, aqui estou,
Pronto para ser, ser ajudado.

Senhor, a Ti me entrego
Com todo o coração,
Eu nunca fui tão sincero,
Não sei mais o que fazer!
Sem ti, eu não sei viver,
Ouve a minha oração,
Senhor, dá-me a tua mão.

Sei, Senhor, que não posso
Ter tudo o que quero,
Ou que gosto.
Por isso, peço-Te a Ti
Que me leves sempre, sempre contigo.
Simplus
in Zimbórios
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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Podemos sempre fazer algo


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in Zimbórios
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O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) é uma organização humanitária, independente e neutra, que se esforça em proporcionar proteção e assistência às vítimas da guerra e de outras situações de violência.

sábado, 23 de janeiro de 2010

What about Us (Earth Song) / Michael Jackson


see http://zimborios.blogspot.com/2009/11/earth-song.html
Title: Michael Jackson - Earth Song lyricsArtist: Michael Jackson Lyrics

What about sunrise
What about rain
What about all the things
That you said we were to gain.. .
What about killing fields
Is there a time
What about all the things
That you said was yours and mine...
Did you ever stop to notice
All the blood we've shed before
Did you ever stop to notice
The crying Earth the weeping shores?

Aaaaaaaaaah Aaaaaaaaaah

What have we done to the world
Look what we've done
What about all the peace
That you pledge your only son...
What about flowering fields
Is there a time
What about all the dreams
That you said was yours and mine...
Did you ever stop to notice
All the children dead from war
Did you ever stop to notice
The crying Earth the weeping shores

Aaaaaaaaaaah Aaaaaaaaaaah
I used to dream
I used to glance beyond the stars
Now I don't know where we are
Although I know we've drifted far

Aaaaaaaaaaah Aaaaaaaaaaaah
Aaaaaaaaaaah Aaaaaaaaaaaah


Hey, what about yesterday
(What about us)
What about the seas
(What about us)
The heavens are falling down
(What about us)
I can't even breathe
(What about us)
What about the bleeding Earth
(What about us)
Can't we feel its wounds
(What about us)
What about nature's worth
(ooo,ooo)
It's our planet's womb
(What about us)
What about animals
(What about it)
We've turned kingdoms to dust
(What about us)
What about elephants
(What about us)
Have we lost their trust
(What about us)
What about crying whales
(What about us)
We're ravaging the seas
(What about us)
What about forest trails
(ooo, ooo)
Burnt despite our pleas
(What about us)
What about the holy land
(What about it)
Torn apart by creed
(What about us)
What about the common man
(What about us)
Can't we set him free
(What about us)
What about children dying
(What about us)
Can't you hear them cry
(What about us)
Where did we go wrong
(ooo, ooo)
Someone tell me why
(What about us)
What about babies
(What about it)
What about the days
(What about us)
What about all their joy
(What about us)
What about the man
(What about us)
What about the crying man
(What about us)
What about Abraham
(What was us)
What about death again
(ooo, ooo)
Do we give a damn
http://www.lyrics007.com/Michael%20Jackson%20Lyrics/Earth%20Song%20Lyrics.html
Ontem acordei a cantar esta canção que me acompanhou durante todo o dia. Foi um dos dias mais loucos e ricos da minha vida.Que Deus nos guarde...
Uma tradução minha (da Canção da Terra):
Como fica o nascer do sol e a chuva?
Como fica tudo o que disseste que iríamos ganhar?

Como ficam os campos de morte?
Haverá descanso?

Como ficam todas as coisas que disseste tuas e minhas?

Agumas vez paraste para pensar
Em todo o sangue que já derramámos?
Alguma vez paraste para pensar
No choro da Terra que gera os mares?

O que fizemos ao mundo? Vê o que fizemos.
O que aconteceu à Paz
Que prometeste ao teu único filho?

Como ficam os campos floridos? Iremos descansar?
Como ficam todos os sonhos que disseste teus e meus?

Alguma vez paraste para pensar
Em todas as crianças mortas na guerra?
Alguma vez paraste para pensar
Nos mares que nascem do choro da Terra?

Eu costumava sonhar
Costumava viajar para além das estrelas.
Agora já não sei onde estamos
Mas sei que fomos longe demais!

Como fica o passado? (como ficamos nós?)
Como ficam os mares? (como ficamos nós?)
Os céus estão a cair (como ficamos nós?)
Nem consigo respirar... (...)
E a Terra que sangra? Não sentimos as suas feridas?
E o valor da Natureza? Este Planeta é o nosso ventre!

E os animais? Transformámos seus reinos em pó!
E os elefantes? Perdemos a sua confiança?
E as baleias que choram? Nós enfurecemos o mar!
E as trilhas da floresta?
Queimadas apesar dos nossos protestos...

E a terra sagrada? Rasgada ao meio pelos nossos dogmas.
E o homem comum? Não o podemos libertar?
E as crianças que morrem? Não as ouves chorar?

Onde é que errámos? Alguém me diz porquê?
E os bebés? E os dias? Como fica toda a alegria?
Como fica o Homem? E o homem que chora? E Abraão?

Como fica a morte, de novo?
Nós ligamos alguma?...
Obrigado Michael! Thank You! (#782,515)