terça-feira, 24 de julho de 2018
segunda-feira, 16 de julho de 2018
O Santíssimo Nome de Jesus
A minha mãe tinha este pequeno cartão na sua mesa de cabeceira que me chamou a atenção. No seu verso podia ler-se o seguinte:
Quando lhe perguntei pela origem do cartão referiu-me que já o tinha há uns tempos e que gostaria de ter o livrinho. Porque me despertou a curiosidade disse-lhe que o iría procurar na FNAC mas sabia que não seria fácil. Assim, fiz antes uma pequena pesquisa na Internet e encontrei. Deixo aqui o link para quem possa estar interessado. Contém muitos relatos que demonstram a grandeza do nome de Jesus.
domingo, 15 de julho de 2018
Vida
Vida
Sempre tive mais atritos com o meu pai do que gostaria mas
hoje julgo que se deveram a ser mais parecido com que ele do que pensaria. Tudo
aquilo que nele mais censurei estava presente em mim. A impulsividade, o
distanciamento, a frieza, a rigidez, o rigor excessivo, o sorriso irónico, a
infidelidade, a insensibilidade aparente, a indiferença e sobretudo a agressividade.
A dor associada a estas impressões impediu-me muitas vezes de ver nele os
atributos simétricos ou complementares que também nele sempre existiram; o seu
outro lado. O lado da perseverança, da entrega, da paixão, da vontade, da
disciplina, da alegria, da esperança, de todas as suas grandes virtudes como autêntico
guerreiro. Só valorizei devidamente essas suas características durante a fase
em que esteve doente e depois da sua partida.
Este lado “bom” do meu pai, apesar de sempre ter feito parte
da sua essência, sempre foi para mim menos relevante do que os restantes "atributos" que lhe "atribui". Os atributos que para mim sempre foram mais
importantes estavam com a minha mãe e foi sempre com ela que mais me
identifiquei, pois sempre me considerei mais parecido com ela do que com o meu
pai. O carinho, a atenção, a compaixão, a disponibilidade, a empatia, o sorriso
genuíno, a sensibilidade e a generosidade.
Mas hoje sei que em todos nós podemos encontrar o preto e o branco,
a luz e as trevas, o sim e o não. Cabe a cada um de nós, cabe-me a mim, decidir
o que quero fazer em cada instante. Cabe-me a mim, em cada instante, dizer sim
ou dizer não, sorrir ou fazer cara feia, ouvir ou gritar, ligar ou desligar,
sentir ou fugir, amar ou destruir e essa decisão é “minha”. O caminho é construído
com a riqueza da diversidade de cada um dos nossos contributos.
Mas só eu sou responsável por cada uma das decisões que tomo
em cada instante da minha vida e a ninguém mais posso responsabilizar pelas
consequências das mesmas. Essa é a beleza e a grandiosidade da Vida: Tenho a
Liberdade para decidir em cada instante, com as respectivas condicionantes, o
que quero fazer ou não. E mesmo que essa decisão não tenha aparentemente
impacto no mundo exterior, tem sempre um enorme impacto na forma como eu
vejo esse mesmo mundo, do qual eu sou, portanto, o primeiro obreiro e o maior
beneficiário. Os pensamentos que eu planto neste meu mundo, vão exactamente dar
origem aos frutos que irão ser colhidos, algures no futuro.
Se eu associo ao meu pai, ou a qualquer outra pessoa, uma
imagem de agressividade, é inevitável que no meu relacionamento com essa
pessoa, essa imagem surja permanentemente. Cabe-me, portanto, a mim, eliminar
essas associações, sempre de acordo com a minha capacidade e sempre com o
máximo bom senso.
A verdade é que se eu nada fizer, tudo seguirá, com grande
probabilidade, o seu rumo mais natural. Se eu acredito que algo deve ser transformado,
devo, portanto, construir essa mudança, partindo sobretudo de mim. Aplicando
essa transformação em mim e sabendo que ela também ocorre no meu exterior, em
quem me rodeia.
Resumindo e citando Neale Donald Walsch, se todos «compreendessem
de uma vez por todas que “todos somos Um”» (*), então seria quebrada a maior das
ilusões que é a da separação. Acredito, portanto, que a maior vitória na Vida
consiste em, partindo dessa mesma consciência, transformar a minha Vida,
dando-lhe um sentido, o sentido do Amor, o sentido da União, da Paz e do
regresso a tudo aquilo que nos liga, que sempre nos ligou e sempre nos vai
manter juntos.
Amén.
Manuel Filipe Santos
Oeiras, 15 de Julho de 2018.
Oeiras, 15 de Julho de 2018.
(*) Juro por Deus (pág. 23) Neale Donald Walsch e Brad Blanton 1ª Edição de 2004 / ISBN 972-711-575-6
quinta-feira, 12 de julho de 2018
quinta-feira, 5 de julho de 2018
terça-feira, 3 de julho de 2018
Devagar se vai ao longe
Hoje deixei a minha mãe na praceta onde mora e, como não
havia lugar para estacionar, preparei-me para ir procurar lugar noutro lugar pois
precisava de lá ir buscar uma coisa mas não queria perder muito tempo.
Reparei
que a minha mãe conversava com uma senhora que eu não conhecia mas deduzi que
moraria no nosso prédio. Por uns instantes questionei-me sobre que
conversariam, enquanto olhava para as duas. Talvez falassem sobre o
condomínio... Foi engraçado porque me recordo de ter hesitado, enquanto olhava
para ambas, como que impelido a interromper a sua conversa movido pela
curiosidade de saber o tema da conversação. No entanto, a pressa de estacionar
levou-me a carregar no acelerador e estacionar no lugar mais próximo que
encontrei: na praceta ao lado.
Quando voltava para a casa da minha mãe reparei
que agora havia um lugar vazio. Não me foi muito difícil de perceber que aquele
lugar era do carro da senhora com quem a minha mãe falava.
Devido à minha pressa, não me permiti entender que aquela
senhora estava prestes a sair, o que me teria poupado uns preciosos minutos de
tempo, alguns mililitros de gasolina e algumas calorias ao meu já idoso corpo.
Um novo dia e uma nova lição: devagar se vai ao longe.
Oeiras, 3 de Julho de 2018
Manuel Filipe Santos