Pensamento benevolente para…
Mano, 2021.09.29
Pensamento benevolente para…
Mano, 2021.09.29
The One Spirit in All Religion - Bede Griffiths
The function of comparative religion is to discern this essential Truth, this divine Mystery beyond speech and thought, in the language-forms and thought-forms of each religious tradition, from the most primitive tribal traditions to the most advanced world religions. In each tradition the one divine Reality, the one eternal Truth, is present, but it is hidden under symbols, symbols of word and gesture, of ritual and dance and song, of poetry and music, art and architecture, of custom and convention, of law and morality, of philosophy and theology. Always the divine Mystery is hidden under a veil, but each revelation (or ‘unveiling’) unveils some aspect of the one Truth, or, if you like, the veil becomes thinner at a certain point. The Semitic religions, Judaism and Islam, reveal the transcendent aspect of the divine Mystery with incomparable power. The oriental religions reveal the divine Immanence with immeasurable depth. Yet in each the opposite aspect is contained, though in a more hidden way. We have to try to discover the inner relationship between these different aspects of Truth and unite them in ourselves. I have to be a Hindu, a Buddhist, a Jain, a Parsee, a Sikh, a Muslim, and a Jew, as well as a Christian, if I am to know the Truth and to find the point of reconciliation in all religion.
Extract taken from Return to the Centre by Bede Griffiths
SHALOM PAX SHANTI PEACE OM+
#fatherbedehouseofprayer
Com interpretações de Harvey Keitel, Sónia Braga (Irmã Lúcia - nota do blogger), Goran Visnjic, Lúcia Moniz, Marco d’Almeida e Joaquim de Almeida, inspirado em acontecimentos históricos e nas Memórias da Irmã Lúcia, o filme de Marco Pontecorvo estreia a 7 de outubro deste ano simultaneamente em Portugal, Espanha, França e América Latina.
Breve sinopse: Em 1917, Lúcia, uma pastora de apenas 10 anos, e os seus dois primos mais novos, Jacinta e Francisco, tiveram visões da Virgem Maria, que lhes surgiu com uma mensagem de paz. As suas revelações inspiraram dezenas de milhares de fiéis que se deslocaram até Fátima, na esperança de testemunhar um milagre, mas não agradaram nem à Igreja nem ao Governo de Portugal, que tentaram forçá-los a recontar a sua história. O que se viveu em Fátima mudou para sempre as suas vidas…
Lisboa, 12 de maio de 2021
fonte: cinemundo
A proposta de “tradução” que aqui trazemos tem a tendenciosidade inerente a quem busca traduzir o intraduzível, “numa língua” que as pessoas entendam... Esta é uma tarefa que atravessa os tempos e que continua a ser uma tarefa ineludível e irrecusável, porque o Pentecostes se prolonga no tempo intemporal.
Esta tarefa torna-se tanto mais irrecusável quanto vivemos num tempo solteiro de afectos e viúvo de emoções, que vive a nível relacional essencialmente uma dimensão de utilitarismo.
Terminada a utilidade, termina a relação qual “pastilha elástica” miseravelmente cuspida no chão onde vagabundeia a nossa indiferença, indigentemente espezinhada quem sabe até pelos pés dos que continuam a passar a correr pela estrada de Jericó a caminho do Templo.
Outros tempos, outras culturas e outras civilizações inventaram, criaram e aperfeiçoaram formas de matar e mataram...! O nosso tempo, a nossa “cultura” e a nossa “civilização”, ou a falta dela, conseguiram matar o que nenhuma outra tinha sido capaz de matar. Nós, matámos as palavras! E porque matámos as palavras, matámos os afectos e porque matámos os afectos, suicidámo-nos!
De repente, deixou de ser possível “fazer amor”, porque quando nos demos conta, esta era já uma das palavras mais assassinadas... e ficámos sem saber o que fazer. Daqui, a partir daqui, tudo se complicou, tudo “nos complicámos”. E sobrámos nós, sozinhos, com afectos mortos, com solidões à espera de redenção.
E aqui estamos nós, convidados, desafiados, e incentivados pelo próprio Deus a perceber a nossa missão, a única que nos toca realmente levar a cabo! Ressuscitar as palavras mortas, os afectos mortos! Um dia perceberemos que este é o tempo de nos entendermos como agentes de transformação da História.
A nós, a todos nós, cabe-nos a tarefa de “fazer amor com toda a gente, todos os dias, e sem preservativos!”
Pois é, isso mesmo, assim na crueza das palavras mortas à espera de ressurreição, à espera da ressurreição do amor, à espera de gente que deixe de viver “preservada” dentro dos penachos e preconceitos que toldam o entendimento, a capacidade de “ver”, a tal capacidade de “ver como se víssemos o invisível”, a própria capacidade de “ver a Deus”, porque não vemos o outro, porque começámos por não nos vermos a nós mesmos, escondidos numa castidade bacoca que nunca será capaz de, “serenamente” entender o corpo com o “lugar” por onde passam também os enlevos da alma... mais um ou dois milénios e lá chegaremos...
Mas Ele ali está, onde sempre esteve, no Horeb dos nossos medos e dos nossos desafios, nas rugas da montanha a conquistar, nos socalcos da vida a percorrer desafiada a deixar-se “incomodar” pelo que não conhece... porque é Ele está ali na sarça que arde mas não se queima, na realidade que escapa aos meus sentidos mas da qual não fujo, tal como Moisés não fugiu, mas vou à procura, à procura do sentido, à procura do sentido do(s) meu(s) sem sentido(s)... até encontrar Deus... até encontrar Aquele que me diz que É para que Eu seja.
E Ele ali está, e Ele ali me responde אֶהְיֶה אֲשֶׁר אֶהְיֶה. “Eu sou aquele que é sendo!” “Eu sou aquele que é sendo contigo!” “Preciso de ti para ser!”
Heresia! Gritarão os puristas. Como é que Deus se pode atrever a uma coisa destas?
Mas pode! Pode e deve. E diz. Vamos ver.
Na confusão da loquacidade com que nos vamos desentendendo, confundimos facilmente dois conceitos que não dominamos: gostar e amar. Quando percebermos a diferença, teremos entendido tudo, ou pelo menos, muita coisa...
Quando eu digo a alguém: “Eu gosto de ti”, estou a dizer “Eu preciso de ti para ser feliz”. Mas quando digo a alguém: “Eu amo-te”, estou a dizer “Eu não posso ser feliz sem ti”.
Aqui muda tudo. Aqui, acima de tudo mudo eu, na minha relação de intimidade comigo e com o outro, na minha relação de “ser sendo” e “sendo com”, na medida em que empurra o meu “eu” sozinho e solitário, para o “nós”, de uma relação que a dois se vive, se constrói e se celebra.
Voltemos à “heresia” de Deus. Diante daquele Moisés espantado mas corajoso, que vai à procura dos seus “comos” e dos seus “porquês”, Deus revela-se, Deus “diz” o Seu nome.
E diz de si próprio a essência do seu próprio ser: Porque Ele é, para que Eu seja e para que eu “seja sendo”, porque a relação com Ele só existe na medida em que, e se existir uma relação com o “outro” e com os “outros”.
Em última análise Deus diz a Moisés, Deus diz a cada um de nós, “eu amo-te”. Isso mesmo! Não posso ser sem ti!
Está aqui a heresia. Deus precisa de mim para ser! Escandalizado? Espero que sim.
Que falta que faz este escândalo. Que falta que faz perceber até e sobretudo a partir da nossa experiência humana que Eu não “sou” para alguém que não me “conhece”, que alguém que eu não “conheço” não existe para mim.
Preciso de ti para ser. Preciso de ti para ser contigo.