terça-feira, 26 de setembro de 2023

O Senhor que cuida das estrelas

 

Amigos, fiquei muito tocado pelo Salmo 146, e sobretudo por esta estrofe, a estrofe segunda, que diz isto: “O Senhor sarou os corações dilacerados e ligou as suas feridas. Fixou o número das estrelas e deu a cada uma o seu nome.” 


Sensibilizou-me muito esta coisa, um bocado espantosa, que o poeta do salmo faz aqui, que é: está a falar de feridas e de repente começa a falar de estrelas. 


E diz: O Senhor cura o nosso coração dilacerado, liga, ata as nossas feridas, mas também é o Senhor que cuida das estrelas. Então a prece, a oração, liga a dor, a nossa pequena dor, a dor vivida nesta escala íntima, só nossa, que nos parece (quando olhamos para o universo sentimo-nos como um grãozinho de poeira) como um nada, um quase nada.


O Senhor liga este quase nada que cada um de nós é às estrelas, à imensidão, ao infinito, ao incontável, àquilo que nos deslumbra, àquilo que está tão alto desta terra onde às vezes nos sentimos prostrados, o Senhor faz essa ligação. 


E como é que Ele faz essa ligação? Tocando-nos, chamando-nos pelo nome, colocando-nos em pé.


~Cardeal D. José Tolentino Mendonça (homilia) 

Mural do Cardeal Tolentino


sábado, 23 de setembro de 2023

Humildade no serviço

Estando muito próxima a celebração do dia de São Vicente de Paulo, a 27 de setembro, propomos a toda a Família Vicentina que se inspire nas palavras, nas orações e nas ações do nosso fundador, durante os 7 dias que antecedem a sua festa. (Ver Septenário)

Fazemos como São Vicente de Paulo:
Para concretizar a minha vivência da humildade no serviço, procurarei realizar alguma actividade que menos gosto de realizar, principalmente aquela que considero inferior ao meu status.

Septenário de São Vicente de Paulo


quinta-feira, 21 de setembro de 2023

O mais difícil é encobri-Lo

Só entrei verdadeiramente em contacto com Xavier Zubiri após a sua morte, ocorrida faz hoje 40 anos.

Foi o título de um dos seus livros que me aproximou dele. Sobretudo aquele «y» de «El hombre y Dios».


Para ele, acerca de Deus, «o mais difícil não é descobri-Lo; é encobri-Lo».


Tudo fala de Deus. Até a Sua alegada ausência.


Porque Deus, quanto mais Se esconde, mais Se revela.


Uma das frases que Zubiri mais citava era um pensamento de Santo Agostinho: «Procuremos. Procuremos como quem há-de encontrar e encontremos como quem há-de voltar a procurar. Pois é quando parece que tudo acaba que tudo verdadeiramente começa».

fonte: mural de João António Pinheiro Teixeira

Xavier Zubiri (1898-1983)


sábado, 16 de setembro de 2023

Crer no Amor

 

Sabes… somos todos filhos do mesmo Deus. Apenas O sentimos de modos diferentes. Tal como a música, apesar de estilos diferentes, todos gostamos de a ouvir. Não percamos tempo a debater qual a melhor religião, respeitemos apenas a mesma essência: Deus! A maior parte dos habitantes do planeta, declaram-se crentes. Não devemos deixar de rezar e colaborar com quem pensa de modo diferente. Confiar em Buda; crer em Deus; crer em Jesus Cristo; crer em Alá… muitos pensam diferente, sentem diferente… procuram Deus e encontram Deus de diversas maneiras. Nesta multidão, nesta variedade de religiões, só há uma certeza que temos para todos: somos todos filhos de Deus. Crer em Deus é crer no amor. 

Um dia muito feliz para todos com Deus no coração🙏🍀❤️ 

~Padre Ricardo Esteves

Pe Ricardo Esteves


quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Complete o seu vazio

 

Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?


É ai que se revela a realidade total da situação humana, sua exposição à verdade última. É claro que num sentido estas forças do mal são Maya- ilusão, sem realidade última. São forças negativas, a negação da Verdade e do amor, mas adquiririam uma realidade terrível.

Na Cruz esta ilusão foi destruida, e para aqueles que aceitam a cruz, que morrem para o eu, a ilusão não tem poder.

 

( Bede Griffiths, Retorno ao Centro pág 103 e 104) 

 via Marcos Monteiro (WhatsApp)




Eis a minha noiva!

Rumi

 


segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Love coexists with imperfection

"Love does not have to perfect for us to value it...
Love coexists with imperfection."

~Pope Francis, Amoris Laetitia, Chapter 4
via Dorathick Vj

 

Lançamento de Amor Clonado de Luísa Ramos

10 de setembro de 2023.
Lisboa, Hotel Olissippo.

Foi assim: canto lírico  [soprano, Liza Veiga, a maior de entre as melhores] e David Manuel Carvalho Carrapo [saxofonista de grande referência] no embalo da apresentação de "Amor Clonado" / "Déjà Vu". 

Obrigada à excelsa mesa de prefaciadores e aos muitos amigos presentes. 

Luísa Ramos 

mural de Luísa Ramos

Sinopse de Eduardo Martins

Bibliografia e vida de Luísa Ramos em imagens

2000 anos entre duas histórias de amor...
(ainda não apresentado)

de Niquita para Filipe
(ainda não apresentado)

para Niquita de Filipe
(ainda não apresentado)

resumo da bibliografia de Luísa Ramos
(ainda não apresentado)













Santos Proto e Jacinto

Santos Proto e Jacinto, os irmãos pela fé em Cristo.

O martírio destes santos é comprovado por muitos documentos, mas a sua história é mais lendária. Proto e Jacinto eram dois escravos cristãos eunucos, que ajudaram a patroa, Eugénia, a se converter à fé. Depois fizeram o mesmo com a amiga Bassila. O noivo desta a acusou e os três foram martirizados. 

Que os irmãos mártires nos ensinem o mistério da amizade. Também pedimos a Deus que nos conceda irmãos na fé, pessoas que nos ensinem e nos ajudem na caminhada rumo ao céu. Amém.   Santos Proto e Jacinto, rogai por nós!

via WhatsApp/Leonor Castro



terça-feira, 5 de setembro de 2023

Parabéns Caetano Veloso

O cantor e compositor Caetano Veloso recebeu o título "doutor honoris causa" pela Faculdade de Doutores da Universidade de Salamanca, em cerimónia realizada nesta nesta segunda-feira.

fonte: Globo


domingo, 3 de setembro de 2023

Adeus de Eugénio de Andrade


Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.

Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo era um aquário,
no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.

Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.

E, no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.

Dentro de ti
Não há nada que me peça água.

O passado é inútil como um trapo.

E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

~Eugénio de Andrade
in Os Amantes sem Dinheiro