Agora vou escrever umas palavras sobre o respeito ou mais adequadamente: 
Auto-Respeito.
Desde o dia do meu aniversário que estou a tentar vencer a minha batalha 
contra a Impulsividade mas ainda não consegui alcançar o meu objectivo inicial, 
tendo tido hoje a mais grave das falhas deste meu propósito.
Passaram exactamente 77 dias e já falhei um total de 15 vezes.
É verdade que não estou fechado num convento e, por isso, 
estou em contacto com potenciais conflitos. 
É verdade que o meu nível de exigência tem vindo a aumentar. 
É verdade que cada vez tenho maior foco nas questões mais importantes. 
É verdade que estou a conseguir bons resultados tendo chegado a alcançar 
um recorde de 15 dias de sucesso, segundo critérios cada dia mais exigentes, 
mas repito:
- Hoje tive a maior das falhas mas tive também a minha maior lição. 
A lição Final ( pelo menos assim espero :) 
Se me faltarem ao respeito eu devo comunicar o meu sentimento, 
por exemplo de humilhação que existe como fruto da minha necessidade 
de me sentir respeitado. Esta necessidade é minha e só eu a posso questionar. 
Sendo expressa e não havendo entendimento, 
mesmo aplicando as melhores técnicas de Comunicação Autêntica (Não-violenta), 
então resta-me calar.
Já me perdoei pela minha falha de hoje mas, já agora, e para concluir, 
vou tentar clarificar o que entendo por respeito. 
Por Respeito entendo a consideração que devo ter 
para com todas as pessoas que me rodeiam 
não as discriminando ou ofendendo, 
tal como devo tentar respeitar a mim próprio. 
Este objectivo duplo é quase uma missão impossível, 
pois em situações de conflito, como diz o provérbio, 
é complicado agradar a Gregos e a Troianos.
O impasse surge da recusa do outro em reconhecer que não respeitou, 
pois na mente dele, ou dela, essa falta de respeito não existia. 
Quando o outro argumenta que a falta de respeito só está na nossa mente, 
estão criadas as condições para uma brutal discussão, 
pois é muito fácil o outro, ou a outra, 
usarem expressões agressivas, como por exemplo:
- És doido!
- A verdade é que nunca gostaste de mim/dele/dela!
- És sempre o mesmo complicado.
- Só vês problemas onde não existem.
- Eu só queria ajudar...
- Tu não queres é ajudar!
- Estás a bloquear o processo porquê?
- Não consegues ter uma atitude mais construtiva??
- Já sabia que não podia contar contigo...
Se não tivermos o discernimento para entender que 
por trás daquelas expressões só está um problema de comunicação 
e que, com maior ou menor dificuldade até poderia ser resolvido, 
está o caldo entornado...
Resumindo, se bater com a minha cabeça na parede vou apenas magoar-me.
Mano ( quase lá - afinal o nascimento só deve ser para o ano que vem )
Oeiras, 14 de Dezembro de 2018.