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domingo, 16 de novembro de 2025

Quando o sistema falha


💔 Justiça é reconhecer quando o sistema falha


A sala de audiências ficou em silêncio quando Helen entrou.

Tinha 91 anos, pouco mais de metro e meio de altura, vestida com a bata do hospital e algemada nos pulsos. Parecia mais uma avó fragilizada do que uma criminosa.


O juiz Marcus olhou para o processo: roubo qualificado.

Depois olhou para ela. Algo não fazia sentido.


Durante 65 anos, Helen e o marido, George, de 88, construíram uma vida simples. O centro de tudo era a medicação que mantinha o coração dele a bater — 12 comprimidos por dia.

Sempre conseguiram sobreviver com a reforma, até à semana passada, quando uma falha no pagamento cancelou o seguro complementar.


Na farmácia, Helen descobriu que a receita de George tinha subido de 50 para 940 dólares por mês.

Voltou para casa de mãos vazias e viu o marido definhar, a respiração fraca, o olhar cansado.

Durante três dias, o medo e o desespero tomaram conta dela.


Sem opções, voltou à farmácia.

Quando o farmacêutico se virou, Helen — de mãos trémulas e coração em pânico — colocou os medicamentos na mala.

Não chegou a sair: o alarme soou à porta.


Foi levada para a esquadra, mas a tensão subiu tanto que acabou no hospital.

Agora estava ali, diante do juiz, ainda com a bata, algemada.


— “Nunca pensei viver um dia assim, Meritíssimo”, sussurrou.


O juiz pousou o processo.

— “Retirem-lhe as algemas. Já.”


Olhou para o procurador.

— “Acusação por roubo qualificado? Por isto?”


Helen começou a chorar.

— “Ele não conseguia respirar… eu só queria ajudá-lo.”


O juiz ergueu a voz:

— “Isto não é uma criminosa. Isto é o reflexo de um sistema que falhou.”


Arquivou o caso de imediato.

Depois, suspendeu a audiência e contactou pessoalmente os serviços sociais do hospital:


“A senhora Miller não vai pagar esta estadia.

E o marido recebe a medicação hoje. Não amanhã. Hoje.”


Mais tarde, quando os jornalistas o questionaram, o juiz Marcus respondeu apenas:


“Por vezes, justiça é reconhecer quando o sistema se quebrou.

Aquela mulher não é uma criminosa. É uma heroína.”


💬 Reflexão:

Vivemos tempos em que a compaixão parece uma raridade.

Mas é nas histórias como a de Helen que percebemos que humanidade e justiça não são coisas distintas.

Podemos ter leis, mas sem empatia não temos sociedade.


Na verdade, não sabemos se a história de Helen Miller é verdadeira, já que não existem registos oficiais que confirmem o caso. Há indícios de que possa ser exagerada ou até fabricada.


Mas, independentemente disso, histórias como esta nos alertam para a importância da empatia e da compaixão, especialmente quando falamos de sistemas que lidam com vidas humanas. Precisamos estar atentos e sempre refletir sobre como a justiça e a humanidade podem caminhar juntas.


#Humanidade #JustiçaSocial #Compaixão #HistóriasQueInspiram #LiderançaComPropósito #Empatia


fonte: Aurora M Marinho





segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Justiça cega? - "Por favor, não compre a minha casa"


É que, devido a um imbróglio jurídico, a habitação vai ser posta em leilão depois de amanhã. "Por favor, não me comprem a casa" é o apelo que Ana Paula Guedes fez no Facebook, e que tem sido partilhado por centenas de vimaranenses. O problema começou em 1997, quando a casa foi paga. Um ano depois, Ana Paula mudou-se para lá, mas a imobiliária EPP, de Felgueiras, nunca se mostrou disponível para fazer a escritura, acusa: "A imobiliária enganou-nos. O meu pai pagou a casa porque sabia que ia falecer e quis oferecer-ma. Só que a escritura nunca foi feita".
Na mão de Ana Paula ficou uma declaração da imobiliária a comprovar que o dinheiro foi transferido, e o contrato-promessa de compra e venda. Os documentos foram suficientes para conseguir impedir que a casa fosse executada pelas dívidas da imobiliária, mas o direito de propriedade nunca foi transmitido. Ou seja, apesar de ter recebido o dinheiro, a imobiliária nunca entregou o imóvel.
Entretanto, a imobiliária faliu e entrou em processo de insolvência. E no leque de bens figurou o T2 da Rua D. Cristóvão Sousa Ventura, precisamente a casa de Ana Paula. A habitação foi entregue pelo administrador de insolvência ao banco Montepio, ao qual a imobiliária devia dinheiro. É agora uma empresa de crédito malparado ligada ao Montepio que contratou uma leiloeira online para ajudar na venda da habitação.
"Ainda vou ter de abrir a porta a quem quiser ver a casa para a comprar, quando a casa já foi paga", desabafa a vimaranense, que vive o drama da propriedade da casa há quase 20 anos. As soluções jurídicas podem ainda não estar esgotadas, mas o leilão é mais um episódio numa novela de tormento.
Ana Paula soube da licitação em maio passado, quando encontrou a própria casa à venda num leilão eletrónico. Desde então que voltou a recorrer a advogados para impedir a venda. Depois de amanhã, começa o prazo de licitação, que se prolonga-se até 10 de novembro. A esperança de Ana Paula é que ninguém tente comprá-la. "Quem fizer oferta vai ter uma data de problemas jurídicos, porque não vou desistir de ter a casa que o meu pai me deixou, pagou e que tem um valor sentimental muito grande", refere. O JN tentou, sem sucesso, contactar a EPP.
fonte: JN

Partilhar!!! Este é o nosso país? Esta é a única forma de ajudar esta senhora a ficar com aquilo que lhe é devido??? Não há ninguém com poder neste País que possa ajudar esta senhora??? É dramático mas acredito que esta história seja verdadeira pois a gestão dos processos de insolvência, infelizmente, e falo por experiência própria, é muito dada a este tipo de situações. Encontramos muitas vezes uma gestão um pouco cega que satisfaz apenas os interesses dos mais poderosos (credores com maior peso e influência) e alheia a uma Justiça Verdadeira que tenha em consideração situações particulares como esta. Apesar de estar em Lisboa faço questão de partilhar com a esperança de que algum grande coração e poderoso, eventualmente algum Bom Advogado, possa intervir.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Pobres e ricos...

"Os pobres são perseguidos por exigirem trabalho
e os ricos são aplaudidos por escaparem à justiça"
Papa Francisco

sábado, 1 de setembro de 2012

Aula prática de Direito


AULA DE DIREITO


Uma manhã, quando nosso novo professor de "Introdução ao Direito" entrou na sala,a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:

- Como te chamas?
- Chamo-me Juan, senhor.
- Saia de minha aula e não quero que voltes nunca mais! - gritou o desagradável professor.

Juan estava desconcertado.
Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala.
Todos estávamos assustados e indignados, porém ninguém falou nada.

-Agora sim!
- e perguntou o professor - para que servem as leis?...
Seguíamos assustados porém pouco a pouco começamos a responder à sua pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondia o professor.
- Para cumpri-las.

- Não!

- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.

- Não!!

- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou timidamente uma garota.

- Até que enfim! É isso... para que haja justiça.

E agora, para que serve a justiça?
Todos começávamos a ficar incomodados pela atitude tão grosseira.
Porém, seguíamos respondendo:

- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor.
- Para diferençar o certo do errado... Para premiar a quem faz o bem...

- Ok, não está mal porém... respondam a esta pergunta:
agi corretamente ao expulsar Juan da sala de aula?...
Todos ficamos calados, ninguém respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não!! - respondemos todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Sim!!!
- E por que ninguém fez nada a respeito?

Para que queremos leis e regras
se não dispomos da vontade necessária para pratica-las?

- Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos.

Não voltem a ficar calados, nunca mais!

- Vá buscar o Juan - disse, olhando-me fixamente.

Naquele dia recebi a lição mais prática no meu curso de Direito.
Quando não defendemos nossos direitos perdemos a dignidade e a dignidade não se negoceia.
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fonte: mail recebido ontem (com inclusão de algumas imagens que retirei do google) e que aproveito para agradecer a MJS.
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