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domingo, 7 de novembro de 2010

Das Crianças (O Profeta - Kahlil Gibran)

💝💚💙

E uma mulher que carregava o filho nos braços disse:

"Fala-nos das crianças."

E ele disse:


"Vossos filhos não são vossos filhos...


São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.

Podeis dar-lhes o vosso amor, mas não as vossas ideias,
Pois eles possuem as suas próprias ideias.
Podeis abrigar seus corpos, mas não as suas almas,
Pois as suas almas habitam nas moradas do amanhã,
que nem nos vossos sonhos podeis visitar.
Podeis esforçar-vos para vos tornardes como eles,
mas não procureis torná-los como vós,
Pois a vida não vive no passado
nem no ontem se detém.

Vós sois os arcos de onde, como flechas vivas, os vossos filhos
serão lançados.
O Arqueiro vê a presa no percurso do infinito
e dispara com toda a força
para que as suas flechas partam ligeiras

e cheguem longe.
Que a vossa inflexão na mão do arqueiro
se destine à alegria;
Pois tal como ele ama a flecha que voa,
ama também o arco que é estável."

fonte: O Profeta de Kahlil Gibran

vídeo criado em 2021.10.09 
e dedicado a CL

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A nossa vida pertence a Outro (Luigi Giussani)

TERRAMOTO NO HAITI

“A nossa vida pertence a qualquer coisa de Outro. A inevitabilidade [do que acontece] é o termo que melhor esclarece que nada nos pertence e, sobretudo, que não nos pertence aquilo de onde tudo deriva: a nossa vida pertence a Outro.
Neste sentido entende-se porque é que a vida do homem é dramática: se não pertencesse a Outro seria trágica. A tragédia é quando uma construção desaba e todas as pedras e pedaços de mármore e os bocados de muro se desmoronam. E tudo na vida se torna nada, está destinado a tornar-se nada, até porque do que vivemos no passado até há uma hora atrás, até há cinco minutos atrás, já nada existe que tenha sido feito, que esteja construído. E isto é trágico. A tragédia é o nada como meta, o nada, o nada daquilo que existe.
Mas se tudo pertence a Outro, a alguma coisa de diferente, então a vida do homem é dramática, não trágica. Reconheço que te pertenço, reconheço que o tempo não era meu, que não me pertencia, tal como o tempo hoje não me pertence, não me pertence. Toma, pois, a minha vida, reconheço que não me pertence, aceito que não me pertença.
Aquele que possui o nosso tempo morreu por nós, apresenta-se aos nosso olhos e ao nosso coração como o lugar onde o nosso destino é amado, onde a nossa felicidade é amada, a tal ponto que Aquele que possui o tempo morre pelo nosso tempo. O Senhor, Aquele a quem o tempo pertence é bom.”
(L. Giussani, É possível viver assim?)


“O nosso pensamento, nestes dias, volta-se para a caríssima população do Haiti, em consternada oração. Acompanho e encorajo os esforços das numerosas organizações caritativas, que estão tomando a cargo as imensas necessidades do País. Rezo pelos feridos, pelos que ficaram sem tecto, e por quantos perderam tragicamente a vida.”
(Bento XVI, Angelus de 17 de Janeiro de 2010)

É a certeza desta pertença que sustenta a nossa esperança e nos faz sentir como nosso o drama dos irmãos do Haiti.
Por isso, acolhendo o apelo do Papa, sustentemos a recolha de fundos lançada pela AVSI para intervir em favor da população e fazer frente à grave emergência humanitária que se criou na ilha. A AVSI está presente no Haiti desde 1999 com alguns projectos de sustento à realidade local.
20 de Janeiro de 2010
Comunhão e Libertação
in http://www.taprobana.pt/cl/docs/TERRAMOTO_NO_HAITI_Jan_2010.pdf
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Luigi Giussani was born in Desio, near Milan, Italy. His father, Beniamino Giussani, was an artist and anarchist who instilled in him a love of beauty, particularly in poetry, painting and music, and a desire for justice. From his mother, Angelina Gelosa, he received his religiosity. Giussani entered the Milan diocesan seminary at a young age, where he discovered a way to understand "secular" works of art (such as the poetry of Giacomo Leopardi and the music of Ludwig van Beethoven) as expressive of the religious sense and as unconscious prophecies of Christ's incarnation. With his fellow seminarians, including Enrico Manfredini (who later became Archbishop of Bologna) Giussani founded a study group and newsletter under the name Studium Christi.
Giussani was ordained to the priesthood in 1945 at the young age of 23. His ordination had been accelerated by the authorities in the Milan archdiocese because they feared that the serious respiratory health problems he was experiencing at that time (and which would plague him his entire life) would lead to his death before becoming a priest. Following ordination Giussani began teaching at the Venegono Seminary. His academic interests were Eastern Christian Theology and American Protestantism. In the early 1950s he requested of his superiors to be allowed to leave seminary teaching to work in high schools. He taught at the Berchet Lyceum (classical high school) in Milan from 1954 to 1964. During this time his primary intellectual interest was the problem of education; his involvement with the religious instruction of the students at Berchet was instrumental in the rapid growth of Gioventú Studentesca (GS, Student Youth), at the time a student wing of Azione Cattolica (Catholic Action). In the booklets "Conquiste fondamentali per la vita e la presenza cristiana nel mondo" (Fundamental Conquests for Christian Life and Presence in the World) (1954, co-authored with Fr. Costantino Oggioni) and L'esperienza (Experience)(1963), Giussani outlined the fundamental ideas behind his approach to the formation of young people. Both texts received the imprimatur of the severe ecclesial censor Msgr. Carlo Figini.
In 1964 Giussani began teaching introductory theology at the "Università Cattolica del Sacro Cuore in Milan", a position he occupied until 1990. In obedience to a request of his Archbishop, Giovanni Colombo, Giussani left Gioventú Studentesca in 1965 and devoted himself to theological studies. In the late 1960s Fr. Giussani was sent by his religious superiors on several periods of study in the U.S. and wrote Grandi linee della teologia protestante americana. Profilo storico dalle origini agli anni 50 (An Outline of American Protestant Theology. An Historic Profile from the Origins to the 50s).
In 1969 he returned to guide the former GS group, which had broken away from Azione Cattolica in the wake of the tumultuous student rebellions that swept Europe following the events of May 1968. Under the new name Communion and Liberation the movement Giussani founded attracted university students and adults in addition to high school students. Members of the movement, which Giussani led from 1969 until his death in 2005, became influential not only in the Church but also in politics and business.
In 1983 he was given the title of Monsignor by Pope John Paul II. Giussani outlined his views on politics in a famous address to an assembly of the Italian Christian Democratic party at Assago on February 6, 1987.
Giussani died in 2005. Joseph Cardinal Ratzinger, who later became Pope Benedict XVI, delivered the homily at his funeral. Traces, the magazine of Communion and Liberation, published a retrospective issue on the life and work of Giussani in March 2005. He is interred in Milan's Cimitero Monumentale. Every day there are a large number of visitors who come to pray before his tomb, and Mass is celebrated there daily.
On January 17, 2006, the Holy See officially recognized Giussani as the co-founder, along with Fr. Étienne Pernet, A.A, of the Sisters of Charity of the Assumption, a community of women religious.
Giussani's writings have been translated in many different languages, attracting a worldwide following.
in http://en.wikipedia.org/wiki/Luigi_Giussani
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“Não me sinto um fundador - escreveu e repetiu muitas vezes Dom Giussani -; por toda a vida busquei simplesmente viver a fé católica que me foi comunicada por minha mãe e pelos meus professores no seminário”.
Luigi Giussani nasce em 1922, em Desio, uma cidadezinha nos arredores de Milão. De sua mãe, Angela, recebe a primeira introdução quotidiana à vida de fé. De seu pai, Beniamino, pertencente a uma família com dotes artísticos, entalhador e restaurador, o jovem Giussani recebe o convite constante a se perguntar o porquê, a razão das coisas. Muitas vezes, Dom Giussani recordou alguns episódios da sua vida em família, sinais de um clima de grande respeito pela pessoa e de ativa educação a manter despertas as dimensões verdadeiras do coração e da razão. Por exemplo, o episódio em que ainda criança, caminhando com sua mãe na penumbra do alvorecer para ir à missa matutina, de repente sua mãe exclama, em voz baixa, ao ver a última estrela que brilhava na crescente luminosidade do céu: “Como é belo o mundo e como é grande Deus!”. Ou ainda o amor de seu pai, um socialista anárquico, pela música. Paixão que não apenas levou aquele homem a dissolver momentos de dificuldade em família cantando árias célebres, mas a preferir, em relação aos poucos confortos de uma situação econômica modesta, o hábito de convidar a sua casa algum músico, aos domingos à tarde, para que escutassem trechos de música ao vivo.
Muito jovem, Luigi Giussani entra no seminário diocesano de Milão, prosseguindo os estudos e concluindo-os na Faculdade Teológica de Venegono, sob a orientação de mestres como Gaetano Corti, Giovanni Colombo, Carlo Colombo e Carlo Figini.
Venegono será para Dom Giussani um ambiente importantíssimo não só pela formação cultural e pelas relações de estima e de viva humanidade que experimenta com alguns de seus mestres, mas pela experiência de companhia que viveu com alguns “colegas”, como Enrico Manfredini - futuro Arcebispo de Bolonha -, descobrindo juntos o valor da vocação, valor que se manifesta no mundo e para o mundo.
São anos de intenso estudo e de grandes descobertas. Como a leitura de Leopardi, com a qual, conta Dom Giussani, costuma acompanhar às vezes a meditação após a Eucaristia. Com efeito, nesses anos se reforça a convicção de que o vértice de todo gênio humano (como quer que se expresse) é profecia, mesmo inconsciente, do acontecimento de Cristo. Desse modo, aconteceu-lhe ler o hino À sua dama, de Leopardi, como uma espécie de introdução ao prólogo do Evangelho de São João, e reconhecer em Beethoven e em Donizetti expressões vivíssimas do eterno senso religioso do homem.
Desde então, o chamado de atenção para o fato de que a verdade se reconhece pela beleza em que se manifesta fará sempre parte do método educativo do movimento. Na história de CL pode-se falar de um privilégio que se dá à estética - entendida no sentido mais profundo, tomista, do termo - mais que à insistência sobre o chamado de atenção de ordem ética. Desde aqueles anos de seminário e de estudo, Dom Giussani aprende que senso estético e ético provêm juntos de uma correta e apaixonada clareza acerca da ontologia, e que um gosto estético vivo é seu primeiro sinal, como mostram a mais sadia tradição católica e ortodoxa.
A observância da disciplina e da ordem na vida no seminário se conjugará com a força de um temperamento que na conversa com os superiores e nas iniciativas com os companheiros se distingue pela vivacidade e agudeza. Por exemplo, junto com alguns companheiros promove uma espécie de folheto de circulação interna, intitulado Studium Christi, com o intuito de torná-lo uma espécie de órgão de um grupo de estudo dedicado a descobrir a centralidade de Cristo na compreensão de cada disciplina.
Ordenado sacerdote, Dom Giussani dedica-se ao ensino no seminário de Venegono. Naqueles anos se especializa no estudo da teologia oriental (especialmente sobre os eslavófilos), da teologia protestante americana e no aprofundamento da motivação racional da adesão à fé e à Igreja.
Na metade dos anos 50, abandona o ensino no seminário para lecionar nas escolas de nível médio. Durante dez anos, de 1954 a 1964, dá aulas no Liceu Clássico “G. Berchet”, de Milão. Começa a desenvolver naqueles anos uma atividade de estudo e de propaganda voltada a colocar dentro e fora da Igreja a atenção sobre o problema educativo. Redigirá, entre outros, o verbete “Educação” para a Enciclopédia Católica.
São os anos do nascimento e da difusão de GS (Gioventù Studentesca: primeiro núcleo do movimento de CL). Dom Giussani se empenha diretamente na condução das comunidades.
De 1964 a 1990 assumirá a cadeira de Introdução à Teologia junto à Universidade Católica do Sagrado Coração de Milão. Mais de uma vez foi convidado pelos superiores a ir para os Estados Unidos para períodos de estudo. Particularmente, em 1966 passa alguns meses por lá aprofundando os estudos sobre teologia protestante americana, publicando em seguida um dos raros textos sobre o tema, com o título “Grandes linhas da teologia protestante americana. Perfil histórico das origens até os anos 50”.
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Foi criado Monsenhor por João Paulo II, em 1983, com o título de Prelado de Honra de Sua Santidade.
A partir de 1993 dirige a produção de uma coleção editorial na Itália, denominada “Os livros do Espírito Cristão”, para a editora Rizzoli RCS, uma das mais importantes empresas italianas do setor. E a partir de 1997 também se dedica em dirigir a coleção de CD’s de música clássica “Espírito Gentil”, em associação com a Deutsche Grammophon, obtendo enorme sucesso de crítica e público.
Em 1995 foi-lhe concedido o Prêmio Internacional pela Cultura Católica.
É autor de inúmeros ensaios, que foram traduzidos para diversas línguas: inglês, francês, espanhol, alemão, russo, polonês, português, eslovaco, esloveno, húngaro, grego e albanês. Baseados nesses ensaios formaram-se centenas de milhares de jovens e adultos (ver Livros).
Em 2001, em ocasião da décima edição da «Corona Turrita», o reconhecimento da cidade de Desio aos seus ilustres cidadãos, o prêmio foi entregue a padre Luigi Giussani.
No dia 11 de fevereiro de 2002, em ocasião do vigésimo aniversário de reconhecimento pontifício da Fraternidade de Comunhão e Libertação (ver http://www.taprobana.pt/cl/), João Paulo II escreveu a Dom Giussani uma longa carta autógrafa.
No mesmo ano, o diretor da Província de Milão, on. Ombretta Colli, na presença do cardeal Dionigi Tettamanzi, confere a Dom Giussani o prêmio Isimbardi Medalha de Ouro de Reconhecimento, e a prefeitura de Giovani di Bassano del Grappa homenageia Giussani com a citadinância honorária.
Em 2003 Dom Giussani recebeu o Prêmio Macchi, oferecido pela Associação de pais das Escolas Católicas a quem se destaca no campo da educação.
Em 2004, em ocasião do aniversário de 50 anos do nascimento de Comunhão e Libertação, João Paulo II escreveu uma longa carta a Dom Giussani, datada de 22 de fevereiro de 2004.
Em 16 de março do mesmo ano, durante a quinta edição da festa da Região da Lombardia, padre Luigi Giussani foi premiado como uma das 16 personalidades lombardas, em reconhecimento aos cidadãos que se distinguem por particulares feitos sociais.

Faleceu dia 22 de fevereiro de 2005, na sua residência em Milão. No dia 24 de fevereiro, o então cardeal Joseph Ratzinger preside o funeral na Catedral de Milão como enviado pessoal de João Paulo II e pronuncia a homilia diante de quarenta mil pessoas.
Dom Giussani foi sepultado no Famedio do Cemitério Monumental de Milão. Sucessivamente o seu caixão foi levado para uma nova Capela, situada no fim da via central do Cemitério Monumental.
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in http://www.catolicanet.net/sitepassos/pagina.asp?cod=280&tipo=0
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Thank You!
OBRIGADO!
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Ma come è bello il mondo e come è grande Dio,
Millumino dimmenso perchè ci sono anchio.
Ci son con la Ragione, che si chiede:... perchè?
Che centrano le stelle, con tutto quel che cé?

Partire da se stessi, è prima condizione
se no si corre il rischio, di fare confusione.
Confondersi le idee, e credere perfetti
solo delle opinioni, solo dei Preconcetti.

Sorprenditi in Azione, in tutto quel che fai
ti costerà fatica, ma certo capirai.
Impegnati con Tutto, non essere parziale
non trascurare nulla, se no ci resti male.

Impegnati anzitutto, con la tua Tradizione
verifica se é vera, col cuor fai paragone.
E parti dal Presente, ricco di tanti segni
non essere distratto, capisce chi simpegna.

E scoprirai che tu, non sei sol quel che appari
sei molto, molto più, sei un tipo Eccezionale.
E lo sei sol perché, ti poni la Domanda
non dici signor sì, a quello che comanda.

Perchè chi ti comanda, tarparti vuol le ali
ma al Cuor non si comanda, rimanigli leale.
Rimanigli fedele, anche se fa un po male
e la Tristezza cè!, sei mica unanimale!?

E la tristezza cè, quandè tutto finito
ti dico io il perché: sei Sete dInfinito.
E anche se al dì festivo, non ascolti la Messa
il cuor sempre ti dice: la vita è una Promessa.

Promessa di trovare, un giorno allimprovviso
qualcosa dImprevisto, che illumini il tuo viso.
Speranza dincontrare, la vera novità
Qualcuno che ti doni, la sua Felicità.