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segunda-feira, 22 de agosto de 2022

sobre pessoas felizes... ( Elisabete Bárbara)


As pessoas felizes nem sempre estão felizes.
Mas ser é diferente de estar e não é porque não estão felizes que deixam de ser felizes. 
As pessoas felizes sabem que a tristeza é uma espécie de chuva. 
Não dura sempre e limpa o pó dos caminhos. 
Depois da chuva, o sol brilha mais. 
As pessoas felizes cuidam da sua vida e, por isso, não têm tempo para se meter na vida dos outros. 
Mesmo que tivessem tempo, não iriam desperdiçá-lo com coisas que não lhes dizem respeito. 
As pessoas felizes respeitam-se. 
As pessoas felizes têm vida própria, por isso não precisam da vida alheia. 
As pessoas felizes são aquelas que conhecem e sentem na pele as dificuldades da vida, 
mas que reconhecem facilmente todas as coisas maravilhosas que a vida guarda para elas. 
As pessoas felizes gostam de repartir com os outros essas coisas maravilhosas que a vida lhes oferece. 
A felicidade dividida por todos nunca divide, une. 
A felicidade dividida nunca faz com que ninguém tenha menos, mas todos mais. 
As pessoas felizes podem não ter muito dinheiro, mas nunca são pobres. 
Ter pouco dinheiro não significa ser menos. 
Pobres são as pessoas que se julgam mais. 
As pessoas felizes são as mais ricas como pessoas. 
Ser mais como pessoa é a maior riqueza a que podemos aspirar. 
As pessoas felizes irradiam luz. 
As pessoas felizes não se apagam.
~Elisabete Bárbara
lado.a.lado

sábado, 13 de agosto de 2022

O amor não acaba

Elisabete Bárbara 

ilustração de Karrie Evenson


- Mãe.

- Sim.

- O amor acaba quando as pessoas morrem?

- Claro que não.

- Mas o coração deixa de bater e deixa de sentir.

- Meu filho, quando um relógio para, o tempo deixa de passar?

- Não.

- Com o coração é a mesma coisa. Pode parar e deixar de bater, mas o amor que trazia nunca vai passar, porque o deixou ficar por onde passou.

~Elisabete Bárbara - lado.a.lado

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Lado a lado ( Elisabete Bárbara )

 

Antes de darmos à luz um filho, já ele no-la ofereceu. Uma mulher à espera de ser mãe tem um olhar luminoso e, mesmo que o corpo lhe pese, caminha como se flutuasse. Ninguém dá conta, mas as mulheres à espera de ser mães caminham um bocadinho acima do chão. Estão a meio caminho entre o humano e o divino. Antes de darmos vida a um filho, já ele nos deu vida a nós. Antes de pormos um filho no mundo, já ele é o nosso mundo. Antes de o vermos pela primeira vez, já o vimos mil vezes. Antes de o pormos ao peito pela primeira vez, já o coração era o mesmo. Antes de ele ser de carne e osso, já era a nossa alma. Antes de ser nosso, já nós não éramos de mais ninguém. Antes de lhe darmos um nome, já era do nosso sangue. Antes das noites em claro, já os dias lhe pertenciam. Ainda nada estava desarrumado, mas a sua presença já estava em tudo. Antes de ser, já era tudo. Elisabete Bárbara

fonte: lado.a.lado ( de Elisabete Bárbara )