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segunda-feira, 21 de julho de 2025

Foi um espelho

 


Não foi apenas um beijo. Foi um espelho.


Quando a câmera passeou pelo estádio lotado no show do Coldplay, ela não flagrou apenas um casal envergonhado. Ela expôs um dilema antigo da humanidade — aquele que atravessa séculos, civilizações e consciências: o conflito entre a ética e o ego, entre o amor duradouro e a sedução do instante, entre a decência e o delírio de se achar acima das consequências.


A plateia riu. Chris Martin fez uma piada. O TikTok explodiu. E o CEO? Caiu de um cargo milionário, de um casamento, de um pedestal moral que ele achava que era só decorativo. Mas ele não despencou porque foi filmado. Ele tropeçou muito antes, quando achou que cargos, títulos ou charme o blindavam das consequências de suas escolhas. Quando acreditou que o segredo bastava. Mas o segredo é como uma dívida: quanto mais se esconde, mais caro se torna.


E tudo isso a troco de quê?


De um abraço que não era seu. De um beijo que não pertencia à sua história. De um prazer que passa, deixando um vazio que permanece. Em nome do "direito à felicidade", muitos abandonam o dever da lealdade. Confundem liberdade com licenciosidade, confundem aventura com ausência de caráter.


A verdadeira grandeza, nobre leitor, está em sustentar aquilo que se construiu. Em cuidar da mulher (ou do marido) que esteve ao seu lado quando nada havia. Em sentar-se à mesa com os filhos, sabendo que eles olham para você como espelho do que é certo. Ser correto nunca foi fácil, mas é a única forma de dormir com a consciência limpa. Porque o travesseiro, esse sim, nunca mente.


Vivemos em um tempo onde se romantiza a traição e se desdenha da família. Onde a fidelidade virou piada e a pornografia virou plano de fundo da vida. Mas ainda há quem escolha o caminho da honra. Quem entende que amor não é apenas sentimento: é compromisso. É renúncia. É pacto.


A tentação estará sempre por aí: cada vez mais jovem, mais fácil, mais sexy e mais ousada. Mas o que ela não te diz é que, depois dela, vem o silêncio. A perda. A vergonha. O arrependimento.


Não se trata de puritanismo, amigos. Trata-se de humanidade. Porque ser fiel à sua família, ao seu lar, aos seus valores — isso sim é ser superior. O resto é só vaidade com prazo curto de validade.


Mas por que isso nos fascina tanto?


Porque todos nós, em algum nível, vivemos cercados de tentações: nos deparamos diariamente com corpos esculpidos, likes fáceis e a doce ilusão de que a vida está sempre em outro lugar — geralmente sem aliança (ou compromisso) no dedo. Mas poucos se dão conta de que o verdadeiro luxo hoje é manter uma família em pé. É acompanhar o dia a dia do seu filho. É lembrar do aniversário da esposa sem a ajuda do Facebook.


Ser correto não é moda. É nos dias atuais quase que uma  subversão.


O CEO da vez caiu porque achou que podia tudo. A amante sorriu como se tivesse vencido um leilão. E a esposa? Bem, como toda mulher inteligente na história da humanidade, ela tirou o sobrenome, os sentimentos e o marido — nessa ordem.


No fim das contas, é isso: Trair é humano, mas ser fiel é arte. E ser flagrado pela “kiss cam” do Coldplay… bom, isso é só burrice mesmo.


A Toca do Lobo 🐺