quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025
terça-feira, 20 de fevereiro de 2024
terça-feira, 25 de abril de 2023
Feliz dia da Liberdade
O sentido da Liberdade é algo que ainda não foi entendido pela Humanidade. Sobre o conceito de Liberdade, lutando sempre de forma mais ou menos equivocada, cometeram-se erros gravíssimos.
Certamente luta-se por uma palavra, tiram-se deduções absurdas, cometem-se atropelos de todo tipo e derrama-se sangue nos campos de batalha. A palavra Liberdade é fascinante, todo mundo gosta, no entanto, não se tem verdadeira compreensão sobre a mesma, existe confusão em relação a esta palavra.
Não é possível encontrar uma dúzia de pessoas que definam a palavra Liberdade da mesma forma e do mesmo modo. O termo Liberdade, de modo algum seria compreensível para o racionalismo subjetivo. Cada um tem sobre este termo ideias diferentes: opiniões subjetivas das pessoas desprovidas de toda realidade objetiva. Ao pleitear-se a questão Liberdade, existe incoerência, imprecisão, incongruência em cada mente. Tenho certeza que nem sequer o senhor Emanuel Kant, o autor da Crítica da Razão Pura, e da Crítica da Razão Prática, jamais analisou esta palavra para dar-lhe o sentido exato.
Liberdade, bela palavra, belo termo: Quantos crimes foram cometidos em seu nome! Inquestionavelmente, o termo liberdade hipnotizou a multidão; as montanhas e os vales, os rios e os mares se tingiram com sangue ao conjuro desta palavra mágica. Quantas bandeiras, quanto sangue e quantos heróis apareceram ao longo da História, cada vez que sobre o tapete da vida foi colocada a questão Liberdade.
Desafortunadamente, depois de toda independência conseguida a tão alto preço, a escravidão continua dentro de cada pessoa. Quem é livre? Quem conseguiu a famosa liberdade? Quantos se emanciparam? Ai, ai, ai!
O adolescente anseia por liberdade; parece inacreditável que muitas vezes tendo pão, abrigo, e refúgio, queira fugir da casa paterna em busca de liberdade. É incongruente que o jovenzinho que tem tudo em casa, queira evadir-se, fugir, afastar-se de seu lar, fascinado pelo termo liberdade.
É estranho que gozando de todo tipo de comodidades no lar ditoso queira perder o que se tem, para viajar por essas terras do mundo e submergir-se na dor. Que o desventurado, o pária da vida, o mendigo, anseie de verdade afastar-se do casebre, da cabana, com o propósito de obter alguma mudança melhor, é correto; mas que a criança de bem, o filhinho da mamã, busque escapatória, fuga, é incongruente e até absurdo; mas isto é assim; a palavra Liberdade fascina, enfeitiça, embora ninguém saiba defini-la de forma precisa.
(...)
Enquanto a consciência, a essência, o mais digno e decente que temos em nosso interior, continue engarrafado no si mesmo, no mim mesmo, no eu mesmo, em minhas vontades e temores, em meus desejos e paixões, em minhas preocupações e violências, em meus defeitos psicológicos; estar-se-á em formal prisão. O sentido de Liberdade somente pode ser compreendido integralmente quando tiverem sido aniquilados os grilhões de nossa própria prisão psicológica. Enquanto o “eu mesmo” existir a consciência estará presa; evadir-se do cárcere só é possível mediante a aniquilação budista, dissolvendo o eu, reduzindo-o a cinzas, a poeira cósmica.
A consciência livre, desprovida de eu, na ausência absoluta do mim mesmo, sem desejos, sem paixões, sem apetites nem temores, experimenta de forma direta a verdadeira Liberdade. Qualquer conceito sobre Liberdade não é Liberdade. As opiniões que formemos sobre a Liberdade se distanciam muito de ser a Realidade. As ideias que forjamos sobre o tema Liberdade, nada têm a ver com a autêntica Liberdade. A liberdade é algo que temos que experimentar de forma direta, e isto somente é possível morrendo psicologicamente, dissolvendo o eu, acabando para sempre com o mim mesmo.
De nada serviria continuar sonhando com a Liberdade, se de todas as maneiras prosseguimos como escravos. Mais vale ver-nos a nós mesmos, tal como somos, observar cuidadosamente todos estes grilhões da escravidão que nos mantém presos. Autoconhecendo-nos, vendo o que somos interiormente, descobriremos a porta da autêntica Liberdade.
A Grande Rebelião
Samael Aun Weor
via WhatsApp/Mário Lima
sábado, 21 de janeiro de 2023
demasiadas coisas…
A nossa vida está carregada de coisas. Demasiadas coisas.
Obstáculos que se veem e que não se veem, mas que nos fazem caminhar esmagados pelo seu peso. Com o passar do tempo urdimos em torno da vida uma teia quase invisível de pequenas prisões, de círculos sem saída que implodem a nossa liberdade, de ínfimas concessões aparentemente insignificantes, mas que, amontoadas, prendem por muito tempo as nossas asas com cruéis alfinetes. E damos por nós, por exemplo, hipotecados ao materialismo mais primário, com a única preocupação de fazer crescer o aprovisionamento do nosso celeiro. Ou reféns de um vazio crescente que nos dinamita por dentro. Não conseguimos já levantar voo.
Queremos controlar os detalhes da vida, moldá-la à nossa ambição estreita, retê-la, como se isso estivesse na nossa mão. E, com isso, não enxergamos a lição fundamental: que a lei mais profunda da vida se acolhe no paradoxo do amor. Quando entrego a vida como dom é que ela se multiplica. Quando me abandono é que me encontro. Quando digo «a minha vida é tua» é que ela me pertence verdadeiramente.
A vida será uma aventura fecunda se estivermos seguros desse amor.
'O Pequeno Caminho das Grandes Perguntas'
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José Tolentino Mendonça |
segunda-feira, 16 de janeiro de 2023
sexta-feira, 23 de dezembro de 2022
sobre a Liberdade
segunda-feira, 8 de agosto de 2022
quarta-feira, 15 de junho de 2022
quarta-feira, 6 de abril de 2022
domingo, 25 de abril de 2021
Eu não sou livre
![]() |
António Rodrigues |
Eu não sou livre
Não!
Eu não sou livre
nem quero ser,
porque deixei-me prender
na doçura do teu olhar!
Tu és um mar
que me prende,
que me rende,
que me amordaça
a cada dia que passa!
Não!
Eu não sou livre
estou preso a ti,
rendido a ti,
ao teu encanto
e gosto tanto
desta prisão!
Aprisionado, meu coração
bate ao ritmo do teu,
o teu amor me prendeu
e me prende a cada instante
tornando o meu olhar brilhante,
tornando-me de ti escravo!
Não, hoje não quero um cravo,
colho uma rosa encarnada
para perfumar a tua chegada!
Não!
Eu não sou livre
nem quero ser,
pois só para ti quero viver!
25 de Abril de 2021
Dia da liberdade
sábado, 23 de janeiro de 2021
sábado, 14 de novembro de 2020
terça-feira, 7 de julho de 2020
triste desumanidade
e da Verdade...!
Mano Oeiras, 7 de Julho de 2020
sexta-feira, 22 de maio de 2020
sábado, 25 de abril de 2020
domingo, 17 de novembro de 2019
Pai, a minha liberdade está unicamente em Ti
domingo, 12 de maio de 2019
Olá Mano Livre
"Liberta o passado daquilo que pensavas anteriormente.
do que não queres achar."
fonte: Um Curso Em Milagres (Lição 132)
💖💚💙
quinta-feira, 25 de abril de 2019
Hoje alguém parou para sentir?
:)
sexta-feira, 9 de março de 2018
Do Cansaço à Liberdade por Pessoa
Cansaço
O que há em mim é sobretudo cansaço —
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimo, íssimo, íssimo,
Cansaço...
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
fonte: Citador
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
fonte: Citador