Texto de uma palestra de Dom Bede Griffiths proferida na Alemanha em 1992.
fonte: Marcos Monteiro / WhatsApp
Texto de uma palestra de Dom Bede Griffiths proferida na Alemanha em 1992.
fonte: Marcos Monteiro / WhatsApp
75 Anos com Deus: a Jornada do Padre Tobias
Há homens que são como as árvores antigas: fincados na terra com raízes profundas, não apenas no chão, mas na alma de um povo. Padre Tobias Álvares da Silva é desses. Há setenta e cinco anos que é sacerdote, e outros tantos a ser o coração que pulsa em Pedralva, freguesia que o conhece mais do que as suas próprias pedras. Nascido a 6 de agosto de 1926, em Vermil, no concelho de Guimarães.
O Padre Tobias tornou-se, ao longo das décadas, um fio de luz constante, discreto e firme. Levanta-se antes do mundo acordar. Um caldo simples sustenta-lhe o corpo, mas é na oração que se alimenta a alma. Às 05h30, a igreja espera-o em silêncio. A pedra fria e o escuro da madrugada envolvem-no como um manto, e às 06h30, a Eucaristia acende o dia. Pouca luz, apenas um candeeiro a repousar sobre o ambão, e é dele que se faz lume — sobre as letras sagradas que conduzem à Palavra da Salvação. E ali, naquela penumbra santa, o Verbo torna-se carne de novo, e o velho sacerdote, curvado pelos anos mas erguido pela fé, faz do altar um reencontro com o eterno.
Depois, desce à cidade, como quem desce ao mundo. Vai ao Café Brasileira, esse pequeno palco onde observa a cidade a nascer, folha a folha, nas páginas do Diário do Minho. Mastiga palavras, cumprimenta os rostos como quem beija a história de cada um. O Padre Tobias conhece as ruas como conhece as Escrituras: com reverência e familiaridade. E se o tempo deixar, visita um colega doente, um amigo que o tempo escondeu, mas que a amizade nunca deixou morrer.
Durante o dia, vê gente. Conversa. Escuta mais do que fala. Fala mais com o olhar do que com a boca. E quando o sol começa a render-se à noite, ele volta a palrar com o bom Deus — esse Amigo de sempre que nunca lhe falhou.
Pedralva é o Padre Tobias e o Padre Tobias é Pedralva. São inseparáveis como o tronco e o solo que o sustenta. Conhece cada batismo celebrado, cada primeira comunhão partilhada, cada crisma preparado com zelo. Foi testemunha de casamentos, abençoou filhos e depois netos, e carregou no peito o peso terno dos funerais. Viveu com os seus. Sofreu com eles. Riu e chorou ao seu lado. Não há muitos como ele — um homem que nunca quis ser mais do que alguém que conhece as suas ovelhas pelo nome, que vive no meio do rebanho, que se faz próximo sem invadir, que escuta sem julgar.
Porque ser padre, para Tobias, não é ter um título, é ser presença. É calçar as mesmas ruas, carregar os mesmos lutos, celebrar as mesmas alegrias. É conhecer as histórias, mesmo as que não se contam. É viver com, e não apenas para.
E por isso, quando alguém diz “o nosso padre”, não é só um costume — é verdade profunda. É pertença. É amor antigo. É Tobias, o pastor de almas, que nunca deixou de ser homem. E por isso, tornou-se mais do que isso: tornou-se memória, pilar, esperança.
Setenta e cinco anos de sacerdócio não se contam em datas. Contam-se em batimentos. No compasso sagrado entre o altar e a praça, entre a missa e o café, entre a fé e o mundo. E ali, nesse lugar onde céu e chão se tocam, vive — com humildade e grandeza — o Padre Tobias.
A gratidão é uma lição difícil para aqueles que olham para o mundo equivocadamente. O máximo que podem fazer é achar que se saíram melhor do que os outros. E procuram contentar-se porque um outro parece sofrer mais do que eles. Como são deploráveis e dignos de piedade tais pensamentos! Pois quem tem razão para agradecer quando os outros têm menos razão? E quem pode sofrer menos porque vê um outro sofrer mais? A tua gratidão só é devida Àquele Que fez com que todas as causas de pesar desaparecessem através do mundo todo.
fonte: ACIM L195
O AMOR É UM POEMA
O amor é um poema.
Dói e canta cá dentro.
Tem a filosofia das árvores, a lição do mar,
os ensinamentos que as aves recolhem
quando migram para lá dos desertos,
de onde hão-de regressar mais sábias e seguras.
O amor é uma causa.
Uma luta excessiva com a divindade dos dias
e a sua fogueira obscura.
Mas também contra o mistério de si mesmo,
uma paz que nos dá o cansaço e a loucura infeliz da felicidade, esse primitivo terror dos sinos que tocam
como um aviso aos densos nevoeiros súbitos do mar.
O amor é uma casa.
Erguida com os beijos,
com os versos da noite
e o gemido das estrelas.
Casa cujas paredes vestem o nosso júbilo,
a nossa intuição,
a nossa vontade,
sobretudo o nosso instinto e a nossa sabedoria.
Onde se acende e brilha a luz suplicante da pele comprometida dos amantes.
O amor é um gigantesco pequeno mistério,
uma estranha generosidade que faz com que,
quanto mais damos, com mais ficamos para dar.
Só o amor é o elixir da juventude.
Não esse que sempre se procurou
nas indecifráveis fórmulas dos antigos livros de magia
e de alquimia,
mas aquele que está tão perto de nós
que por vezes o pisamos sem reparar.
Joaquim Pessoa, in 'Guardar o Fogo'
fonte: Poesia em Português (Fátima Soares)
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Abraço ao Entardecer na Costa - ChatGPT |
Pai nosso que estás dentro do meu coração. Santificado seja o vosso amor por mim,
por toda a humanidade
e por toda vossa criação.
Agradecido/a eu sou,
por contribuir humildemente
na manifestação do vosso
reino aqui na terra,
E na realização da vossa santificada vontade
espalhando a paz, o amor e fraternidade
por onde eu passo.
Agradeço pela abençoada energia criadora
que satisfaz em plenitude
todas as minhas necessidades,
sejam elas físicas ou espirituais.
Gratidão por desenvolver em minha consciência
a capacidade de perdoar a mim
pelos meus erros e ofensas,
e a todos aqueles,
que por qualquer motivo,
algum dia erraram e me ofenderam.
Gratidão pela saúde perfeita
que faz vibrar de alegria
todas as células de meu corpo,
me protegendo de todos os males.
Gratidão pelas possibilidades de ascenção
através das santificadas experiências
no plano da carne que,
na medida em que avanço,
elevam minhas vibrações de amor
e me protegem das tentações da dualidade.
Eu sou luz!⭐️✨🌠
Eu Sou Gratidão!🙏
fonte: Edson Tibiriçá
Não é o que se tem, é o que se dá.
É o gesto calado, é quem sabe escutar.
É o "obrigado" dito com o peito aberto,
mesmo quando o caminho parece deserto.
Gratidão não se escreve — vibra no ar,
é quando o coração aprende a pousar.
É olhar pra trás com alma lavada,
e saber que até a dor foi jornada.
O carácter?
É o que se faz quando ninguém vê.
É manter a palavra mesmo ao perder.
É cair de frente, é ser inteiro,
não moldar-se ao mundo por um ligeiro.
Humildade é rei sem coroa na mão,
é saber-se pequeno sem negar o chão.
É ter força e não precisar mostrar,
é saber que servir também é reinar.
A sabedoria…
não mora em livros sozinha,
mas em quem errou e guardou a linha.
Em quem prefere a paz ao ter razão,
e caminha leve com o perdão na mão.
O amor — esse é fio de tudo que fica.
Não grita, mas funda. Não prende, edifica.
É o que resta quando o resto se vai,
é o que cura sem saber como, nem por que vai.
E a felicidade?
Não é meta, é maneira.
É estar inteiro, mesmo em noite inteira.
É rir de dentro, chorar sem vergonha,
é ser verdade, mesmo sem medalha ou fama.
No fim de tudo, o que conta é isso:
a luz que deixamos, o bem que se diz,
o nome que ecoa em silêncio profundo…
e um simples "obrigado"
que muda o mundo.
🗓️ Discurso de Dissolução da Ordem da Estrela
📍 Ommen, Holanda – 3 de agosto de 1929
👤 Krishnamurti tinha 34 anos
👥 Cerca de 3.000 membros da Ordem estavam presentes
🎙️ Resumo Expandido das Ideias Principais
1. "A Verdade é uma terra sem caminhos"
> “A Verdade é uma terra sem caminhos, e você não pode alcançá-la por nenhum caminho, por nenhuma religião, por nenhuma seita.”
Krishnamurti afirma que não existe um caminho fixo ou autoridade externa que leve à verdade.
Religiões organizadas, gurus, tradições, sistemas filosóficos ou esotéricos não são necessários para encontrar a verdade.
A verdade só pode ser descoberta individualmente, em liberdade e autoconhecimento.
2. Rejeição da Autoridade Espiritual
> “Não quero seguidores. Não estou interessado em criar uma organização espiritual.”
Ele renuncia completamente ao papel de “Mestre” ou “Instrutor do Mundo”.
Cria uma ruptura radical com a ideia de líderes espirituais, mestres iluminados ou salvação vinda de fora.
Incentiva cada um a assumir total responsabilidade por sua própria transformação.
3. Liberdade como Essência da Vida Espiritual
> “A única espiritualidade autêntica é aquela que nasce da liberdade total.”
Ele alerta que as organizações tendem a criar dependência, rigidez e ilusão.
Qualquer organização religiosa corre o risco de aprisionar o ser humano, mesmo com boas intenções.
4. Revolução Interior, Não Externa
> “Não me importa se há ou não pessoas que seguem o que digo. Quero fazer uma coisa no mundo: libertar o homem.”
A verdadeira revolução é interna, psicológica, silenciosa e individual.
Não se trata de reformar instituições, mas de olhar diretamente para si mesmo — ver com clareza a mente, os medos, os desejos, os condicionamentos.
5. O Amor Não Pode Ser Organizado
> “O amor não pode ser organizado. O amor é livre como o vento.”
O amor verdadeiro, como a verdade, não pode ser estruturado em doutrinas ou comunidades fechadas.
O encontro com a verdade é como um sopro do espírito, e não algo que possa ser comercializado ou transmitido como conhecimento fixo.
🪶 Resultado
A Ordem foi dissolvida formalmente naquele mesmo dia.
Muitos membros da Sociedade Teosófica ficaram em choque.
Krishnamurti deixou para trás templos, reverências, discípulos — e partiu em uma jornada solitária e livre pelo mundo, onde passou a ensinar por mais de 60 anos.
📌 Frase final que resume seu espírito:
> “Minha única preocupação é tornar o homem absolutamente, incondicionalmente livre.”
fonte: Marcelo Magalhães