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segunda-feira, 11 de agosto de 2025

DEUS NÃO É CULPADO

 


Olho para o diário de Etty Hillesum e não consigo fugir da verdade crua que ela escreveu:

“Quero ajudar-te, Deus, a que não me abandones, mas eu não me posso responsabilizar por nada. Apenas uma coisa se me torna cada vez mais clara: que tu não nos podes ajudar, mas que nós devemos ajudar-te, e nisso ajudamo-nos a nós mesmos. É a única coisa de que se trata: salvar um pedaço de ti, Deus, em nós. ... Não te peço nenhuma justificação... torna-se cada vez mais claro, que não nos podes ajudar, mas que nós temos que ajudar-te e temos de defender até ao fim a tua habitação em nós.”


Mas continuamos a empurrar-lhe a culpa.

É mais fácil culpar o Céu do que enfrentar o espelho.


Deus não tem culpa do teu casamento falhado, quando tu próprio ignoraste os sinais durante o namoro.


Deus não é responsável pela tua solidão, quando te contentas com o que te diminui por medo de estar só.


Deus não te prende à pobreza, quando não sabes gerir o pouco que tens.


Deus não afasta os teus filhos, quando foste tu que nunca os soubeste escutar.


Fomos nós.

Somos nós.

Com escolhas mal feitas, amores mal curados, decisões empurradas com a barriga e responsabilidades sempre adiadas.


Deus não é culpado da tua oração vazia, da tua fé fraca, da tua vida desordenada.

Deus não controla os teus impulsos, não te obriga a amar, não te força a recomeçar.

Deu-te liberdade.

Deu-te inteligência.

Deu-te um coração. E deixou-te caminhar.


Preferimos um Deus à medida dos nossos caprichos: que resolva, que limpe, que perdoe, que substitua o esforço que não queremos ter.

Mas Deus não é nosso criado.

É Pai.

E um Pai educa, espera, confia, e deixa-nos aprender — mesmo que doa.


O mundo arde em guerras, injustiças e abandono.

Mas a pergunta não é: “Onde está Deus?”

A pergunta é: “Onde estamos nós?”


A fé verdadeira não é uma desculpa, é um compromisso.

E Deus…

Deus nunca fugiu.

Talvez sejas tu que precisas de voltar.


#DeusNãoÉCulpado #LivreArbítrio #Responsabilidade #Reflexão #FéReal #ProsaPoética #Portugal #Espiritualidade #Recomeçar #padrejoaotorres


~Pe João Torres




terça-feira, 1 de julho de 2025

Oração Quântica

 


Pai nosso que estás dentro do meu coração. Santificado seja o vosso amor por mim, 

por toda a humanidade 

e por toda vossa criação. 

Agradecido/a eu sou, 

por contribuir humildemente 

na manifestação do vosso

reino aqui na terra,

E na realização da vossa santificada vontade

espalhando a paz, o amor e fraternidade 

por onde eu passo.

Agradeço pela abençoada energia criadora 

que satisfaz em plenitude 

todas as minhas necessidades, 

sejam elas físicas ou espirituais.

Gratidão por desenvolver em minha consciência

a capacidade de perdoar a mim 

pelos meus erros e ofensas, 

e a todos aqueles, 

que por qualquer motivo, 

algum dia erraram e me ofenderam.

Gratidão pela saúde perfeita 

que faz vibrar de alegria 

todas as células de meu corpo, 

me protegendo de todos os males.

Gratidão pelas possibilidades de ascenção 

através das santificadas experiências 

no plano da carne que, 

na medida em que avanço,

elevam minhas vibrações de amor 

e me protegem das tentações da dualidade.


Eu sou luz!⭐️✨🌠

Eu Sou Gratidão!🙏


fonte: Edson Tibiriçá




sábado, 31 de maio de 2025

Deus É

 


Com respeito a Deus, é inconveniente usar "existir" ou "existência": porque, falando propriamente, só os entes criados "ex-sistem" ('provêm de'), justo enquanto são "ex-causis", ao passo que Deus é incausado. 


Carlos Nougué





quarta-feira, 7 de maio de 2025

Confia em Deus

 


Se um dia te encontrares 

em situações tão difíceis 

que a vida te pareça 

um cárcere sem portas, 

não desesperes. 

Ora em silêncio e confia em Deus, 

esperando pela Divina Providência, 

porque Deus tem estradas 

onde o mundo não tem caminhos.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Ser UM

#8,216,436,861 (worldometer)


Já somos tantos...!

Quantos precisaremos de ser
até conseguirmos perceber
que devemos apenas Ser 
UM?

Nota: 
Quando eu nasci, em 1965, 
a população da Terra 
era de aproximadamente 
apenas 3,3 bilhões de pessoas.

sexta-feira, 4 de abril de 2025

sobre os sacramentos para divorciados

 

No site do Dicastério, a resposta a uma série de perguntas propostas pelo cardeal arcebispo emérito de Praga Dominik Duka: no caso de novas uniões, todos os sacerdotes são chamados a propor um caminho de discernimento que mostre "o rosto materno da Igreja


A exortação apostólica Amoris laetitia, do Papa Francisco, abre a possibilidade de acesso aos sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia quando, em um caso particular, "existem limitações que atenuam a responsabilidade e a culpa". Essa é uma das respostas publicadas no site do Dicastério para a Doutrina da Fé, a uma "série de perguntas" sobre "a administração da Eucaristia aos divorciados que vivem em uma nova união". As perguntas foram apresentadas ao Dicastério em 13 de julho passado pelo cardeal Dominik Duka, arcebispo emérito de Praga, em nome da Conferência Episcopal Tcheca.

Deve-se considerar, diz o texto do Dicastério, que esse é um processo de acompanhamento que "não termina necessariamente com os sacramentos, mas pode ser direcionado para outras formas de integração na vida da Igreja: uma maior presença na comunidade, participação em grupos de oração ou de reflexão ou envolvimento em vários serviços eclesiais".

Estamos, portanto, diante do acompanhamento pastoral como um exercício da "via caritatis", que nada mais é do que um convite para seguir o caminho "de Jesus: da misericórdia e da integração". Em 5 de setembro de 2016, os bispos da Região Pastoral de Buenos Aires haviam preparado para seus sacerdotes um texto explicativo da exortação apostólica intitulada Critérios básicos para a aplicação do capítulo VIII da Amoris laetitia, no qual enfatizavam que "não é apropriado falar de 'licenças' para o acesso aos sacramentos, mas de um processo de discernimento acompanhado por um pastor. Trata-se de um discernimento 'pessoal e pastoral' (AL 300)".

Deve-se considerar que, como lembra o Papa Francisco em sua carta ao Delegado da Região Pastoral de Buenos Aires, Amoris laetitia foi o resultado "do trabalho e da oração de toda a Igreja, com a mediação de dois Sínodos e do Papa". Esse documento se baseia no "magistério dos Pontífices anteriores, que já reconheciam a possibilidade de os divorciados em novas uniões terem acesso à Eucaristia", desde que assumam "o compromisso de viver em plena continência, ou seja, de se abster dos atos próprios dos cônjuges", como foi proposto por João Paulo II. Ou que "se comprometam a viver seu relacionamento... como amigos", como proposto por Bento XVI. O Papa Francisco mantém "a proposta de continência plena para os divorciados e recasados em uma nova união, mas admite que pode haver dificuldades em praticá-la e, portanto, permite em certos casos, após um discernimento adequado, a administração do sacramento da Reconciliação mesmo quando não se pode ser fiel à continência proposta pela Igreja".

Por outro lado, o Dicastério enfatiza que a exortação apostólica Amoris laetitia é um "documento do magistério pontifício ordinário, ao qual todos são chamados a oferecer o obséquio da inteligência e da vontade". Ela afirma que os presbíteros têm a tarefa de "acompanhar os interessados no caminho do discernimento de acordo com o ensinamento da Igreja e as orientações do Bispo". Nesse sentido, é possível, aliás, "é desejável que o Ordinário de uma diocese estabeleça certos critérios que, de acordo com o ensinamento da Igreja, possam ajudar os sacerdotes no acompanhamento e discernimento de pessoas divorciadas que vivem em uma nova união". O cardeal Duka, em sua série de perguntas, referiu-se ao texto dos bispos da Região Pastoral de Buenos Aires e perguntou se a resposta do Papa Francisco à pergunta da seção pastoral da mesma arquidiocese de Buenos Aires poderia ser considerada uma afirmação do Magistério ordinário da Igreja. O Dicastério, sem dúvida, afirma que, como indicado no rescrito que acompanha os dois documentos na Acta Apostolicae Sedis, eles são publicados "velut Magisterium authenticum", ou seja, como Magistério autêntico.

Quando questionado pelo cardeal Duka sobre quem deveria ser o avaliador da situação dos casais em questão, o Dicastério enfatiza que se trata de iniciar um itinerário de acompanhamento pastoral para o discernimento de cada pessoa individualmente. Nesse sentido, Amoris laetitia enfatiza que "todos os sacerdotes têm a responsabilidade de acompanhar as pessoas envolvidas no caminho do discernimento". É o sacerdote, diz o documento, que "acolhe a pessoa, ouve-a atentamente e lhe mostra o rosto materno da Igreja, acolhendo sua reta intenção e seu bom propósito de colocar toda a sua vida à luz do Evangelho e de praticar a caridade". Mas é cada pessoa, "individualmente, que é chamada a se colocar diante de Deus e a expor a Ele sua consciência, com suas possibilidades e limitações". Essa consciência, acompanhada por um sacerdote e iluminada pelas orientações da Igreja, "é chamada a se formar para avaliar e fazer um julgamento suficiente para discernir a possibilidade de acesso aos sacramentos".

Ao ser questionado se é apropriado que tais casos sejam tratados pelo Tribunal eclesiástico competente, o Dicastério aponta que, em situações em que uma declaração de nulidade pode ser estabelecida, o recurso ao Tribunal eclesiástico fará parte do processo de discernimento. O problema, observa-se, "surge nas situações mais complexas em que não é possível obter uma declaração de nulidade". Nesses casos, "um processo de discernimento que estimule ou renove um encontro pessoal com Jesus Cristo também nos sacramentos" também pode ser possível. Como esse é um processo de discernimento individual, os divorciados recasados devem se fazer algumas perguntas para verificar suas responsabilidades e se perguntar como se comportaram com "seus filhos quando a união conjugal entrou em crise; se houve tentativas de reconciliação; qual é a situação do parceiro abandonado; quais são as consequências do novo relacionamento para o restante da família e para a comunidade de fiéis".

fonte: Vatican News

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Deus Amava

 

Eis as “duas maravilhas do Senhor”

O Papa iniciou a semana celebrando a missa na capela da Casa Santa Marta. Francisco desenvolveu sua homilia partindo do Salmo 103, um canto de louvor a Deus por suas maravilhas.

“O Pai trabalha para fazer esta maravilha da criação e para fazer com o Filho esta maravilha da recriação. O Pontífice recordou que uma vez uma criança lhe perguntou o que Deus fazia antes de criar o mundo. E a sua resposta foi: “Ele Amava”. (ver vídeo - via Isabel Sales Henriques)

Não se refugiar na rigidez dos mandamentos

Por que então Deus criou o mundo? “Simplesmente para compartilhar a sua plenitude – afirmou o Papa – para ter alguém a quem dar e com o qual compartilhar a sua plenitude”. E na re-criação, Deus envia o seu Filho para “re-organizar”: faz “do feio, bonito; do erro, verdade; do mau, bom”.

“Quando Jesus diz: ‘O Pai sempre atua; também eu atuo sempre’, os doutores da lei se escandalizaram e querem matá-lo por isso. Por quê? Porque não sabiam receber as coisas de Deus como um dom! Somente como justiça: ‘Estes são os mandamentos. Mas são poucos, vamos fazer mais. E ao invés de abrir o coração ao dom, se esconderam, procuraram refúgio na rigidez dos mandamentos, que eles tinham multiplicado por 500 vezes ou mais … Não sabiam receber o dom. E o dom somente se recebe com a liberdade. E esses rígidos tinham medo da liberdade que Deus nos dá; tinham medo do amor”.

O cristão é escravo do amor, não do dever

Por isso querem matar Jesus depois que diz isso, observou Francisco. Porque Ele disse que o Pai fez esta maravilha como dom. Receber o dom do Pai!”:

“E por isso hoje louvamos o Pai: ‘És grande Senhor! Nós te queremos bem porque me destes este dom. Salvou-me, me criou’. E esta é a oração de louvor, a oração de alegria, a oração que nos dá a alegria da vida cristã. E não aquela oração fechada, triste, da pessoa que não sabe receber um dom porque tem medo da liberdade que um dom sempre traz consigo. Somente sabe fazer o dever, mas o dever fechado. Escravos do dever, mas não do amor. Quando você se torna escravo do amor, está livre! Esta é uma bela escravidão! Mas eles não entediam isso”.

Receber o dom da redenção

Eis as “duas maravilhas do Senhor”: a maravilha da criação e a maravilha da redenção, da re-criação. O Papa então se questionou: Como recebe essas maravilhas?”:

“Como eu recebo isto que Deus me deu – a criação – como um dom? E se o recebo como um dom, amo a criação, protejo a Criação? Porque foi um dom! Como recebo a redenção, o perdão que Deus me deu, o fazer-me filho com o seu Filho, com amor, com ternura, com liberdade ou me escondo na rigidez dos mandamentos fechados, que sempre sempre são mais seguros – entre aspas – mas não dão alegria, porque não o faz livre. Cada um de nós pode perguntar-se como vive essas duas maravilhas, a maravilha da criação e ainda mais a maravilha da re-criação. E que o senhor nos faça entender esta grande coisa e nos faça entender aquilo que Ele fazia antes de criar o mundo: amava! Nos faça entende o seu amor por nós e nós podemos dizer – como dissemos hoje – ‘És tão grande Senhor! Obrigado, obrigado!’. Vamos adiante assim”.

(Rádio Vaticano)

fonte: Aleteia



Foste feita Mulher

 
Ninguém Te Ama Como Eu


quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Deus nunca te abandona

 


Nunca conseguirás que Deus te abandone; se Ele não te abandona quando te afastas, muito menos te abandonará quando quiseres estar perto Dele. O seu amor é eterno, inabalável e fiel, mesmo quando falhamos. Mesmo que tropeces mil vezes, Ele continua esperando de braços abertos, como o Pai que anseia pelo retorno do seu filho pródigo.


Às vezes, sentimos que Deus está longe, mas na verdade é o nosso coração que se distanciou. Basta um suspiro, uma oração, um ato de arrependimento sincero, e Ele volta a encher-nos com a Sua graça.


Não tenhas medo de O procurar, mesmo com as tuas feridas e fragilidades. Não importa o quão escuro tenha sido o teu caminho, a Sua luz é sempre mais forte. Deus nunca vai te rejeitar; Ele é o único que nunca se cansa de te amar. Aproxima-te sem medo, porque a misericórdia dEle é sempre maior que os teus pecados.


fonte: Católico, defiende tu fe 



quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Deus fala calando-se


 

1. Tão simples — e tão belo — é escutar. Mas coisa cada vez mais rara é calar.

Nestes dias de correria, parece que espatifamos o silêncio. Desaprendemos de ouvir e já não sabemos calar.

2. A palavra é tão preciosa que nunca deveríamos desperdiçá-la. A palavra não é só para usar. Deveria ser também — e bastante — para guardar.

Se as palavras estão constantemente a sair de nós, que se pode, de relevante, encontrar em nós? Só a palavra que não é banalizada merece atenção cuidada.

3. Acontece que, nesta vida tão intensa, o silêncio não goza de boa imprensa.

Só se fala de quem fala. Quem fala de quem (se) cala? Para muitos, calar é não ser, é quase não existir.

4. Em permanente conspiração contra o silêncio, nem sequer percebemos que aquele que fala também precisa daquele que (se) cala.

Como pode haver comunicação com palavras em contínua — e ruidosa —sobreposição?

5. O paroxismo deste cenário está nas entrevistas televisivas. Que disponibilidade mostram os entrevistadores para ouvir os entrevistados?

Como é possível responder se há quem esteja sempre a interromper?

6. Para nós, hoje, a palavra é apenas som. A sua eficácia não é procurada na razão que transporta, mas no ruído que provoca e no volume que atinge.

É por isso que, muitas vezes, o diálogo é substituído pelo protesto. Pensa-se que mais alcança quem mais grita.

7. Sucede que a palavra não é apenas som. Nem principalmente som.

Como bem notou São João da Cruz, Deus só proferiu uma Palavra — o Seu Filho — e proferiu-A em silêncio. Foi no Seu eterno silêncio que Deus disse tudo.

8. Olhemos para o silêncio de Belém e aprendamos com Deus, que fala calando-Se.

O Natal é a festa do silêncio que fala. A divina Palavra acampou no silêncio do Menino que nasceu, do Filho que nos foi dado (cf. Is 9, 6).

9. Não consta que os Magos abrissem a boca quando viram Jesus (cf. Mt 2, 11). Diante do silêncio que se faz Palavra, as nossas palavras só podem fazer silêncio.

Necessitamos de uma «pastoral da gestação» (Philippe Bacq) que nos reaproxime do silencioso «mistério da geração» (São Guerrico).

10. Os nossos encontros ainda são demasiado palavrosos. Habituemo-nos, pois, a estar com o Senhor sem abrir os lábios.

Um pouco de silêncio com Deus consegue (infinitamente) mais do que muitas palavras sobre Deus!


~Pe João António Pinheiro Teixeira