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sábado, 25 de maio de 2024

Como rezar o santo rosário?



Segundo uma explicação enormemente difundida, a oração do Rosário foi inspirada na vida dos monges. Os fiéis leigos, ao observarem a prática da oração contínua dos 150 salmos que os monges realizavam dentro dos mosteiros e conventos, passaram a querer imitá-los de alguma forma. Como muitos não sabiam ler ou não dispunham de tempo suficiente para cumprir esta prática monacal, em vez de 150 salmos, esses fiéis passaram a rezar 150 Ave-Marias.

Porém, hoje em dia, o rosário não conta mais com 150 Ave-Marias, mas com 200. Essa alteração se deu recentemente, no ano de 2002, pelo Papa São João Paulo II. Por meio da carta apostólica “Rosarium Virginis Mariae” (O Rosário da Virgem Maria), o Papa incentivou vividamente o acréscimo de mais um grupo de 50 Ave-Marias à oração do Rosário (este novo grupo foi chamado de “mistérios luminosos”). Contudo, o nome da oração das 50 Ave-Marias permaneceu sendo chamado de “Terço” ou “Santo Terço”.


Dicas para rezar  o terço

Em resumo, a estrutura do Santo Terço fica assim:

1) Oração inicial e/ou intenções;
2) Sinal da cruz;
3) Creio;
4) Um Pai-Nosso e três Ave-Marias;
5) Glória-ao-Pai;
6) Anúncio do mistério, seguido por um Pai-Nosso e dez Ave-Marias;
7) Glória-ao-Pai seguido pelas jaculatórias;
8) Rezam-se os demais mistérios conforme o primeiro;
9) Após o quinto mistério, reza-se a oração de agradecimento seguida pela Salve-Rainha;
10) Finaliza-se como Sinal da Cruz.


A lista completa de cada mistério é esta:


MISTÉRIOS GOZOSOS (segunda-feira e sábado)
1. A Anunciação do anjo à Virgem Maria.

2. A visitação de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel.
3. O nascimento do Menino Jesus em Belém.
4. A Apresentação do Senhor ao Templo (e a purificação da Virgem Maria).
5. A perda e o encontro do Menino-Deus no Templo.


MISTÉRIOS LUMINOSOS (quinta-feira)
1. O batismo do Senhor no Jordão.

2. A autorrevelação de Cristo nas bodas de Caná.
3. O anúncio do Reino de Deus e o convite à conversão.
4. A Transfiguração do Senhor.
5. A instituição da Santíssima Eucaristia.

MISTÉRIOS DOLOROSOS (terça e sexta-feira)
1. A agonia de Jesus no Horto das Oliveiras.

2. A flagelação do Senhor.
3. A coroação de espinhos.
4. Jesus carregando a cruz até o Calvário.
5. A crucificação e morte de Jesus.


MISTÉRIOS GLORIOSOS (quarta-feira e domingo)
1. A Ressurreição do Senhor.

2. A Ascensão do Senhor aos céus.
3. A vinda do Espírito Santo.
4. A Assunção de Nossa Senhora ao céu.
5. A coroação de Maria Santíssima no céu.

fonte das imagens dos mistérios: 


Reserve um momento para rezar

Muitos também se perguntam: “O que se deve pensar enquanto se reza o Santo Terço?”. São Luís nos ensina que, para bem rezar a oração do Rosário, é preciso, acima de tudo, estar bem concentrado, “pois Deus ouve muito mais a voz do coração do que a dos lábios”. Segundo ele, rezar com distrações voluntárias seria uma grande irreverência que tornaria nossos Rosários infrutuosos.

Porém, o santo também reconhece que ninguém consegue rezar o Rosário sem se distrair com alguma coisa. É preciso reconhecer a dificuldade de se rezar uma única Ave-Maria sem que a imaginação, sempre irrequieta, não desvie a nossa atenção. De qualquer forma, o esforço heroico para vencer as distrações também faz parte da oração.

Para nos ajudar, São Luís ainda dá uma dica. Ele pede que, antes de iniciarmos a oração, coloquemos o nosso coração na presença de Deus e acreditemos piamente que a Virgem Maria, juntamente com seu Filho Jesus, estão olhando para nós. A cada Ave-Maria bem rezada, nosso bom Anjo da Guarda recolhe-as como que recolhessem rosas para fazer uma coroa para Jesus e Maria.

fonte: Canção Nova








sexta-feira, 17 de abril de 2020

Fé & Razão


"A fé e a razão são duas asas que nos levam para a Salvação,
Jesus Cristo.
Ele que é Caminho, Verdade e Vida.
E a vida do santo de hoje demonstrou que aí está a fonte da felicidade.
Santo Aniceto, rogai por nós!"
fonte: Santo Canção Nova


11° Papa da Igreja Católica

São João 21,1-14
1.Depois disso, tornou Jesus a ma­nifestar-se aos seus discípulos junto ao lago de Tibería­des. Manifestou-se deste modo: 2.Estavam juntos Simão Pedro, Tomé (chamado Dídimo), Natanael (que era de Caná da Galileia), os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos. 3.Disse-lhes Simão Pedro: “Vou pescar”. Responderam-lhe eles: “Também nós vamos contigo”. Partiram e entraram na barca. Naquela noite, porém, nada apanharam. 4.Chegada a manhã, Jesus estava na praia. Todavia, os discípulos não o reconheceram. 5.Perguntou-lhes Jesus: “Amigos, não tendes por acaso alguma coisa para comer?”. – “Não”, responderam-lhe. 6.Disse-lhes ele: “Lançai a rede ao lado direito da barca e achareis”. Lançaram-na e já não podiam arrastá-la por causa da grande quantidade de peixes. 7.Então, aquele discípulo a quem Jesus amava, disse a Pedro: “É o Senhor!”. Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se às águas. 8.Os outros discípulos vieram na barca, arrastando a rede dos peixes (pois não estavam longe da terra, senão cerca de duzentos côvados). 9.Ao saltarem em terra, viram umas brasas preparadas e um peixe em cima delas, e pão. 10.Disse-lhes Jesus: “Trazei aqui alguns dos peixes que agora apanhastes”. 11.Subiu Simão Pedro e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinquenta e três peixes grandes. Apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. 12.Disse-lhes Jesus: “Vinde, comei”. Nenhum dos discípulos ousou perguntar-lhe: “Quem és tu?” –, pois bem sabiam que era o Senhor. 13.Jesus aproximou-se, tomou o pão e lhos deu, e do mesmo modo o peixe. 14.Era esta já a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado. São João, 21 - Bíblia Católica Online
Leia mais em: https://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/sao-joao/21/


Jo 21,1-14

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Santo Afonso Rodrigues


Diante da “galeria” de santos da Companhia de Jesus, voltamos o nosso olhar, talvez, para o mais simples e humilde dos Irmãos: Santo Afonso Rodrigues. Natural de Segóvia na Espanha, veio à luz aos 25 de julho de 1532.
Pertencente a uma família cristã, teve que interromper seus estudos no primário, pois com a morte do pai, assumiu os compromissos com o comércio. Casou-se com Maria Soares que amou tanto quanto os dois filhos, infelizmente todos, com o tempo, faleceram. Ao entrar em crise espiritual, Afonso entrega-se à oração, à penitência e dirigido por um sacerdote, descobriu o seu chamado a ser Irmão religioso e assim, assumiu grandes dificuldades como a limitação dos estudos. Vencendo tudo em Deus, Afonso foi recebido na Companhia de Jesus como Irmão e depois do noviciado foi enviado para o colégio de formação.
No colégio, desempenhou os ofícios de porteiro e a todos prestava vários serviços, e dentre as virtudes heróicas que conquistou na graça e querendo ser firme na fé, foi a obediência sua prova de verdadeira humildade. Santo Afonso sabia ser simples Irmão pois aceitava com amor toda ordem e desejo dos superiores, como expressão da vontade de Deus.
Tinha como regra: “Agradar somente a Deus, cumprir sempre e em toda parte a Vontade Divina”.Este santo encantador, com sua espiritualidade ajudou a muitos, principalmente São Pedro Claver quanto ao futuro apostolado na Colômbia. Místico de muitos carismas, Santo Afonso Rodrigues, sofreu muito antes de morrer em 31 de outubro de 1617.
Santo Afonso Rodrigues, rogai por nós!
+++

domingo, 3 de março de 2013

Santos Marino e Astério


Os santos de hoje foram mártires no século III. São Marino era oficial romano, mas sobretudo, cristão. Já tinha feito seu caminhar com Cristo, estando em constante aprofundamento. No Império, não era reconhecido como cristão, e nem era possível uma evangelização aberta. Mas com sua vida, seu jeito profissional de ser, comunicava a verdade e o amor. Era cogitado para ocupar uma posição chave: a de centurião romano na Cesareia.

Outros queriam esse cargo, e sabiam que ele era cristão. Por isso, um deles levantou uma lei antiga,onde para assumir o cargo era preciso antes sacrificar aos deuses. Imediatamente, Marino revelou publicamente que não poderia fazer isso e professou sua fé. Pela admiração que muitos tinham por ele, não o mataram na hora. Deram a ele três horas para escolher entre apostatar da fé ou morrer. 

Ao sair do pretório, encontrou-se com o bispo Teotecno que o levou à igreja e, apontando-lhe para uma espada e para o Evangelho, o motivou a fazer uma escolha digna de cristão. O oficial livremente abraçou o Evangelho. 

Passado o tempo, as autoridades o quiseram ouvir. Marino permaneceu fiel por amor a Cristo e à Igreja e acabou sendo degolado. Isto no ano de 260.

De repente, Astério se aproximou do corpo, cobriu-o e enterrou o oficial. Ele sabia que isso poderia levá-lo ao martírio também. E foi o que aconteceu.

O testemunho deles nos convida a evangelizarmos a partir da nossa vida, e em todos os lugares da sociedade, e a nunca renunciarmos nossa fé, mesmo que o martírio nos espere.

Santos Marino e Astério, rogai por nós!
fonte: Canção Nova

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Novo amanhã

Banda Canal da Graça

2022.07.09

Há cerca de 10 anos criei este post com o título "Novo Amanhã". Reparei agora que a música tem o título "Anjo Guardião". Não sei o que terá acontecido, nem por que motivo isto aconteceu mas penso que o título foi bem dado. A música é linda, o vídeo está muito bem concebido e dá, efectivamente, esperanças de um novo amanhã.
Bem hajam.
🙏

domingo, 30 de setembro de 2012

O verdadeiro discípulo não tem inveja do bem que os outros fazem

Estamos ainda em Cafarnaum, a cidade de pescadores situada junto ao Lago de Tiberíades. Jesus está “em casa” rodeado pelos discípulos. A ida para Jerusalém está próxima e os discípulos estão conscientes de que se aproximam tempos decisivos para esse projeto em que estão envolvidos.

O tema principal aparece na primeira parte do Evangelho. Refere-se à necessidade da comunidade cristã ser uma comunidade aberta, acolhedora, tolerante, capaz de aceitar como sinais de Deus os gestos de amor que acontecem no mundo.

O Evangelho deste domingo apresenta-nos um grupo de discípulos ainda muito atrasados na aprendizagem do “caminho do Reino”. Eles ainda raciocinam em termos de lógica do mundo e têm dificuldades em libertar-se dos seus interesses egoístas, dos seus esquemas pessoais, seus preconceitos e sonhos de grandeza e poder… Eles não querem entender que, para seguir Jesus, é preciso cortar com certos sentimentos e atitudes incompatíveis com a radicalidade exigida pelo Reino. As dificuldades que estes discípulos apresentam, no sentido de responder a Jesus, não nos são estranhas: também fazem parte da nossa vida e do caminho que, dia a dia, percorremos.

Assim, a instrução que, neste texto, Jesus se dirige aos Seus discípulos serve também a nós. As propostas de Jesus destinam-se aos discípulos de todas as épocas; pretendem ajudar-nos a purificar a nossa opção e a integrar, de forma plena, a comunidade do Reino.

Antes de tudo, Jesus mostra a eles que a comunidade do Reino não pode ser uma seita arrogante, fechada, intolerante, fanática, que se arroga na posse exclusiva de Deus e das Suas propostas. Tem de ser uma comunidade que sabe qual é o seu papel e a sua missão, mas que reconhece não ter a exclusividade do bem e da verdade e que é capaz de se alegrar com os gestos de bondade e de esperança, os quais acontecem à sua volta, mesmo quando esses gestos resultam da ação de não-crentes ou de pessoas que não pertencem à instituição da Igreja.

O verdadeiro discípulo não tem inveja do bem que os outros fazem, não sente ciúmes se Deus atua por meio de outras pessoas, não pretende ter o monopólio da verdade nem ter “exclusividade” em relação a Jesus. O verdadeiro discípulo se esforça, a cada dia, por testemunhar os valores do Reino e se alegra com os sinais da presença de Deus em tantos irmãos com outros percursos religiosos, que lutam por construir um mundo mais justo e mais fraterno.

Os discípulos de que o Evangelho de hoje nos fala estão preocupados com a ação de alguém que não é do grupo, pois temem ver postos em causa os seus sonhos pessoais de poder e de grandeza. Por detrás dessa preocupação dos discípulos não está o bem do homem (aquilo que, em última análise, deveria “mover” os membros da comunidade do Reino), mas a salvaguarda de certos interesses egoístas. Nas nossas comunidades cristãs ou religiosas, há pessoas capazes de gestos incríveis de doação, de entrega, de serviço aos irmãos; mas há também pessoas cuja principal preocupação é proteger o espaço que conquistaram e continuar a manter um estatuto de poder e prestígio. Quando afastamos, com o pretexto de defender a pureza da fé, os interesses da moralidade ou tranquilidade da comunidade, aqueles que desafiam a comunidade a purificar-se e a procurar novos caminhos para responder aos desafios de Deus, estaremos a proteger os interesses de Deus ou os nossos projetos, os nossos esquemas interesseiros, as nossas apostas pessoais?

Jesus exige dos discípulos o corte radical com os valores, os sentimentos, as atitudes que são incompatíveis com a opção pelo Reino. O discípulo de Jesus nunca está acomodado, instalado, conformado, mas está sempre atento e vigilante, procurando detectar e eliminar de sua existência tudo aquilo que lhe impede o acesso à vida plena. Naturalmente, a renúncia ao egoísmo, ao comodismo, ao orgulho, aos esquemas pessoais, à vontade de poder e de domínio, ao apelo do êxito, ao “aplauso das multidões”, é um processo difícil e doloroso; mas é também um processo que gera vida nova.

O que é que eu necessito, prioritariamente, de “cortar” da minha vida, para me identificar mais com Jesus, para merecer integrar a comunidade do Reino, para ser mais livre e mais feliz?

O apelo de Jesus à sua comunidade, no sentido de não “escandalizar” os pequenos, faz-nos pensar na forma como lidamos, enquanto pessoas e enquanto comunidades, com os pobres, os que falharam, os que têm atitudes moralmente reprováveis, aqueles que têm uma fé pouco consistente, aqueles que a vida marcou negativamente, aqueles que a sociedade marginaliza e rejeita. Eles encontram em nós a proposta libertadora que Cristo lhes faz, ou encontram em nós rejeição, injustiça, marginalização, mau exemplo? Quem vê o nosso testemunho tem razões para aderir a Cristo ou para se afastar de Cristo?

Senhor Jesus, faz-me alegrar com o Reino que dá seus frutos, na história humana, das formas mais imprevistas, para além do controle humano.

Padre Bantu Mendonça
Canção Nova


sexta-feira, 27 de julho de 2012

São Pantaleão


O santo de hoje viveu no séc. III e IV da era cristã, durante um período de intensa perseguição aos cristãos que não podiam professar a própria fé, pois o que predominava naquela época era o culto aos deuses pagãos.

Pantaleão era filho de Eustóquio, gentio e de Êubola, cristã. Sua mãe encaminhou-o na fé cristã. Após o falecimento de sua mãe, Pantaleão foi aplicado pelo pai aos estudos de retórica, filosofia e medicina. 

Durante a perseguição, travou amizade com um sacerdote, exemplo de virtude, Hermolau, que o persuadiu de Nosso Senhor Jesus Cristo ser o autor da vida e o senhor da verdadeira saúde. 

Um dia que se viu diante de uma criança morta por uma víbora, disse para consigo: "Agora verei se é verdade o que Hermolau me diz". E, segundo isto, diz ao menino: "Em nome de Jesus Cristo, levanta-te; e tu, animal peçonhento, sofre o mal que fizeste". Levantou-se a criança e a víbora ficou morta; em vista disso, Pantaleão converteu-se e recebeu logo o santo batismo.

Acabou sendo convocado pelo imperador Maximiano como seu médico pessoal. As milagrosas curas que em nome de Jesus Cristo realizava, suscitaram a inveja de outros médicos, que o acusaram de cristão perante o imperador que, por sua vez, o mandou ser amarrado a uma árvore e degolado.

Desta forma, assumindo a coroa do martírio, São Pantaleão passou desta vida para a vida eterna.

São Pantaleão, rogai por nós!
fonte: Canção Nova

domingo, 15 de abril de 2012

João 20,19-31 (Canção Nova)

«Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”.
Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.
Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”.
Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”.
Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”.
Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”.
Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!
Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!
Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.»
fonte: Liturgia Diária (Canção Nova)

sábado, 17 de dezembro de 2011

São Lázaro (Canção Nova)


A Igreja, neste tempo do Advento, se prepara para celebrar o aniversário de Jesus e se renova no desejo ardente de que Cristo venha pela segunda vez e instaure aqui o Reino de Deus em plenitude. Sem dúvida estão garantidos para este reinado pleno, que acontecerá em breve, os amigos do Senhor.

Hoje vamos lembrar um destes amigos de Cristo: São Lázaro. Sua residência ficava perto de Jerusalém, numa aldeia da Judéia chamada Bethânia. Era irmão de Marta e de Maria. Sabemos pelo Evangelho que Lázaro era tão amigo de Jesus que sua casa serviu muitas vezes de hospedaria para o Mestre e para os apóstolos.

Lázaro foi quem tirou lágrimas do Cristo, quando morreu, ao ponto de falarem: "Vejam como o amava!". Assim aconteceu que, por amor do amigo e para a Glória do Pai, Jesus garantiu à irmã de Lázaro o milagre da ressurreição: "Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morto, viverá: e quem vive e crê em mim, não morrerá, Crês isto?" (Jo 11,26).

O resultado de tudo foi a ressurreição de São Lázaro, pelo poder do Senhor da vida e vencedor da morte. Lázaro reviveu e este fato bíblico acabou levando muitos à fé em Jesus Cristo e outros começaram a pensar na morte do Messias, como na de Lázaro. Antigas tradições relatam que a casa de Lázaro permaneceu acolhedora para os cristãos e o próprio Lázaro teria sido Bispo e Mártir.

São Lázaro, rogai por nós!

domingo, 13 de novembro de 2011

Santo Estanislau (Canção Nova)


O santo, que lembramos com muito carinho neste dia, nasceu na nobre e influente família dos Kostka, a qual possuía uma sólida vida de piedade familiar. Nasceu no castelo de Rostkow, na vila de Prasnitz (Polônia), a 28 de outubro de 1550. Nesse ambiente é que Estanislau cresceu na amizade e intimidade com Cristo.

Quando tinha 14 anos foi estudar em Viena, juntamente com seu irmão mais velho, Paulo. Devido a uma ordem do Imperador Maximiliano I, o internato jesuíta onde estudavam foi fechado, sobrando como refúgio o castelo de um príncipe luterano, que com Paulo, promoveu o calvário doméstico de Estanislau. Em resposta às agressões do irmão, que também eram físicas, e as tentações da corte, o santo e penitente menino permanecia firme em seus propósitos cristãos: "Eu nasci para as coisas eternas e não para as coisas do mundo".

Diante da pressão sofrida, a saúde de Estanislau cedeu, e ao pedir que providenciassem um sacerdote para que pudesse comungar o Corpo de Cristo, recebeu a negativa dos homens, mas não a de Deus. Santa Bárbara apareceu-lhe, na companhia de anjos, portando Jesus Eucarístico e, em seguida, trazendo-lhe a saúde física, surgiu a Virgem Maria com o Menino Jesus.

Depois desse fato o jovem discerniu sua vocação à vida religiosa como jesuíta, por isso enfrentou familiares e, ousadamente, fugiu sozinho, a pé, e foi parar na Companhia de Jesus. Acolhido pelo Provincial que o ouviu e se encantou com sua história, com somente 18 anos de idade, viveu apenas 9 meses no Noviciado, porque adquiriu uma misteriosa febre e antes de morrer os sacerdotes ouviram do seus lábios sorridentes dizerem: "Maria veio buscar-me, acompanhada de virgens para me levar consigo".

Santo Estanislau, rogai por nós!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

São Pedro de Alcântara (Canção Nova)


"Aqueles que são de Cristo crucificaram a própria carne com os seus vícios e concupiscências" (Gal 5,24)

Esta Palavra do Senhor se aplica muito bem a São Pedro de Alcântara, o qual lembramos hoje, pois soube vencer o corpo do pecado através de muita oração e mortificações. Pedro nasceu em Alcântara, na Espanha, em 1499.

Menino simples, orante e de bom comportamento, estudou na universidade ainda novo, mas soube, igualmente, destacar-se no cultivo das virtudes cristãs, até que, obediente ao Mestre, o casto e caridoso jovem entrou para a Ordem de São Francisco, embora seu pai quisesse para ele o Direito. Pedro foi ordenado sacerdote e tornou-se modelo de perfeição monástica e ocupante de altos cargos, o qual administrou até chegar, com vinte anos, a superior do convento e, mais tarde, eleito provincial da Ordem.

Franciscano de espírito e convicção, era sempre de oração e jejum, poucas horas de sono, hábito surrado, grande pregador e companheiro das viagens. Como provincial, visitou todos os conventos da sua jurisdição, promovendo uma reforma de acordo com a regra primeira de São Francisco, da qual era testemunho vivo. Conhecido, sem desejar, em toda a Europa, foi conselheiro do imperador Carlos V e do rei João III, além de amigo dos santos e diretor espiritual de Santa Teresa de Ávila; esta, sobre ele, atestou depois da morte do santo: "Pedro viveu e morreu como um santo e, por sua intercessão, conseguiu muitas graças de Deus".

Considerado um dos grandes místicos espanhóis do séc. XVI e dos que levaram a austeridade até um grau sobre-humano, entrou no Céu com 63 anos, em 1562, após sofrer muito e receber os últimos Sinais do Amor (Sacramentos), que o preparou para um lindo encontro com Cristo.

São Pedro de Alcântara, rogai por nós!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Assunção de Nossa Senhora (Canção Nova)


Hoje, solenemente, celebramos o fato ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem tudo a ver com o mistério da nossa salvação. Assim definiu pelo Papa Pio XII em 1950 através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: "A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial."

Antes, esta celebração, tanto para a Igreja do Oriente como para o Ocidente, chamava-se "Dormição", porque foi sonho de amor. Até que se chegou ao de "Assunção de Nossa Senhora ao Céu", isto significa que o Senhor reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.

Maria contava com 50 anos quando Jesus subiu ao Céu. Tinha sofrido muito: as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, o desterro do Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a morte do Filho e, embora tanto sofrimento, São Bernardo e São Francisco de Sales é quem nos aponta o amor pelo Filho que havia partido como motivo de sua morte.

É probabilíssima, e hoje bastante comum, a crença de a Santíssima Virgem ter morrido antes que se realizasse a dispersão dos Apóstolos e a perseguição de Herodes Agripa, no ano 42 ou 44. Teria então uns 60 anos de idade. A tradição antiga, tanto escrita como arqueológica, localiza a sua morte no Monte Sião, na mesma casa em que seu Filho celebrara os mistérios da Eucaristia e, em seguida, tinha descido o Espírito Santo sobre os Apóstolos.

Esta a fé universal na Igreja desde tempos remotíssimos. A Virgem Maria ressuscitou, como Jesus, pois sua alma imortal uniu-se ao corpo antes da corrupção tocar naquela carne virginal, que nunca tinha experimentado o pecado. Ressuscitou, mas não ficou na terra e sim imediatamente foi levantada ou tomada pelos anjos e colocada no palácio real da glória. Não subiu ao Céu, como fez Jesus, com a sua própria virtude e poder, mas foi erguida por graça e privilégio, que Deus lhe concedeu como a Virgem antes do parto, no parto e depois do parto, como a Mãe de Deus.