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domingo, 5 de julho de 2020

A Vida numa Canção


Entre os Himba, um dos povos da Namíbia, no Sudoeste da África, a data de nascimento de uma criança não ocorre no momento da sua chegada ao mundo, nem na sua concepção, mas muito antes: desde o dia em que a criança é "sonhada"
na mente de Sua Mãe.⠀ ⠀ Quando uma mulher decide que vai ter um filho, ela se acomoda e descansa embaixo de uma árvore e fica escutando até ouvir o canto da criança que quer nascer.

E depois que ela ouviu a música dessa criança, ela volta ao homem que será o pai da criança para ensiná-lo essa música. E então, quando eles fazem amor para projetar fisicamente a criança, eles cantam a música da criança, para convidá-la. ⠀ Quando a mãe está grávida, ela ensina o canto dessa criança às parteiras e mulheres mais velhas da vila. Então, quando a criança nasce, as velhas e as pessoas ao seu redor cantam sua música para recebê-lo. ⠀ À medida que a criança cresce, os outros moradores aprendem sua música. Portanto, se a criança cai ou se machuca, ela sempre encontra alguém para buscá-la e cantar sua música.
Da mesma forma, se a criança faz algo maravilhoso, ou passa com êxito pelos ritos de passagem, as pessoas da vila cantam sua canção
como numa homenagem. ⠀ Na tribo, há outra oportunidade em que os moradores cantam para a criança. Se, a qualquer momento de sua vida, a pessoa comete um crime ou ato social aberrante, o indivíduo é chamado no centro da vila e as pessoas da comunidade formam um círculo ao seu redor. Então eles cantam a música dele. ⠀ A tribo reconhece que a correção do comportamento anti-social não passa pelo castigo, é pelo amor e pela lembrança da identidade. Quando você reconhece sua própria música, não quer ou precisa fazer nada que possa prejudicar a outra. E da mesma maneira em suas vidas. No casamento, as músicas são cantadas juntas. ⠀ E quando, ficando velho, esse garoto está deitado em sua cama, pronto para morrer, todos os moradores conhecem sua música e cantam, pela última vez, sua música. 🎶💞 Via Robby Bellastoria. fonte: @Quero.Florescer via mural de Joana Dolgner nova fonte: Fernanda Pinto


quarta-feira, 13 de maio de 2020

13 de Maio




A Criatividade não é um processo 
completamente consciente; 
é sobretudo conexão. 
Hoje tive este "sonho" consciente em que, 
quase adormecendo, 
planeava esta mesma publicação. 
Abri os olhos e registei estas palavras. 
Os vídeos aqui ficam.


💝💚💙



quinta-feira, 7 de maio de 2020

Eu te entendo


fonte: mural cc

Há um assunto tabu entre nós. Lamentamos sempre a morte mas fugimos à palavra.

Suicídio.


Flávio Migliaccio suicidou-se.

E deixou isto escrito: “Me desculpem, mas não deu mais. A velhice neste país é (…) como tudo aqui. A humanidade não deu certo. A impressão que foram 85 anos jogados fora num país como este e com esse tipo de gente que acabei encontrando. Cuidem das crianças de hoje”.

A tristeza mata. Mata demasiado. A solidão mata. O medo mata. A desilusão mata. 

A saúde mental não é assunto em lugar nenhum. Há maluquinhos e pronto.
Julgamos quem comete suicídio como fraco, achamos que é uma fuga fácil. Que lucidez, que consciência da dor é preciso ter para escrever uma carta destas? Que coragem? 
O mundo é-me cada vez mais um lugar que pesa. Mas há pessoas para quem ele é mesmo insuportável. E quase nunca chegamos a tempo de as ajudar.

Olhem uns pelos outros. Porque a tristeza mata.


fonte: mural ca

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Verdade

Por mais que a abelha
explique à mosca que a flor
é melhor que o lixo,
a mosca não a entenderá porque
Cada um vive na sua verdade!