A obesidade do ego vem da anorexia de amor.
Não é autoestima.
É fome.
Uma fome crua, infantil, insaciável.
Uma fome que pede palmas, likes, confirmações diárias de que se é especial, necessário, acima da média. Um buraco negro de validação.
A ausência de amor próprio cria aberrações.
O fraco que se acha forte porque grita mais alto.
O inseguro que precisa de humilhar para se sentir grande.
O carente que se enfeita de arrogância para parecer autossuficiente.
Quando não há amor, fica a vaidade vazia.
O ego inchado é um sinal de desnutrição emocional.
Quem se sente amado não precisa de provar nada.
Quem é suficiente para si mesmo não precisa que o mundo o aplauda.
Quem não se alimenta de afecto empanturra-se de si mesmo.
O vazio nunca se sacia; disfarça-se com arrogância, com o inchaço patético de uma importância inflamada.
A obesidade do ego vem da anorexia de amor.
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