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segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Cores do Outono

foto de Mario Janeiro

As vinhas tingem-se de fogo e vinho,  

nas encostas suaves do Douro e do Minho.  

Folhas caem como cartas de amor,  

escritas pelo vento com ternura e cor.


O Tejo reflete o céu dourado,  

Lisboa suspira num fado calado.  

As ruas cheiram a castanha assada,  

e cada esquina guarda uma alma encantada.


Nos montes do Alentejo, o silêncio é rei,  

e o tempo abranda como nunca o fez.  

O sol, mais baixo, acaricia a terra,  

como quem se despede sem fazer guerra.


Outono em Portugal é saudade que dança,  

é memória viva, é esperança mansa.  

É o abraço quente de uma estação,  

que nos ensina a ouvir o coração.


Autoria de Rui Morgado 


Poema lindo que aquece o coração.

via Dulce Dias


 

domingo, 7 de setembro de 2025

Um Ano de Amor

 


Dulce e Filipe, que bela união,

Hoje festejam com o coração,

Doze meses de riso e ternura,

Um amor que cresce, doce e com doçura.


Foi um ano de sonhos partilhados,

De passos firmes, bem lado a lado,

Entre abraços, sorrisos e luar,

A história começa, pronta a brilhar.


Que venham mil dias, e muito mais,

Com gestos pequenos, tão especiais,

O tempo só prova, com todo o calor,

Que nada é mais forte do que o amor.


Parabéns ao casal, hoje é só celebrar,

Que a vida os guie sempre a amar,

Dulce e Filipe, que seja eterno,

Esse laço tão puro, tão doce, tão terno.


~Rui Morgado




sábado, 14 de junho de 2025

O que fica (Rui Morgado)

 

Não é o que se tem, é o que se dá.

É o gesto calado, é quem sabe escutar.

É o "obrigado" dito com o peito aberto,

mesmo quando o caminho parece deserto.


Gratidão não se escreve — vibra no ar,

é quando o coração aprende a pousar.

É olhar pra trás com alma lavada,

e saber que até a dor foi jornada.


O carácter?

É o que se faz quando ninguém vê.

É manter a palavra mesmo ao perder.

É cair de frente, é ser inteiro,

não moldar-se ao mundo por um ligeiro.


Humildade é rei sem coroa na mão,

é saber-se pequeno sem negar o chão.

É ter força e não precisar mostrar,

é saber que servir também é reinar.


A sabedoria…

não mora em livros sozinha,

mas em quem errou e guardou a linha.

Em quem prefere a paz ao ter razão,

e caminha leve com o perdão na mão.


O amor — esse é fio de tudo que fica.

Não grita, mas funda. Não prende, edifica.

É o que resta quando o resto se vai,

é o que cura sem saber como, nem por que vai.


E a felicidade?

Não é meta, é maneira.

É estar inteiro, mesmo em noite inteira.

É rir de dentro, chorar sem vergonha,

é ser verdade, mesmo sem medalha ou fama.


No fim de tudo, o que conta é isso:

a luz que deixamos, o bem que se diz,

o nome que ecoa em silêncio profundo…

e um simples "obrigado"

que muda o mundo.

~Rui Morgado