sábado, 12 de março de 2011

Jejum (Isaías 58,1-9a)

Assim fala o Senhor Deus:
“Grita forte, sem cessar,
levanta a voz como trombeta
e denuncia os crimes do meu povo
e os pecados da casa de Jacó.
Buscam-me cada dia
e desejam conhecer meus propósitos,
como gente que pratica a justiça
e não abandonou a lei de Deus.
Exigem de mim julgamentos justos
e querem estar na proximidade de Deus:
“Por que não te regozijaste,
quando jejuávamos,
e o ignoraste, quando nos humilhávamos?”
- É porque no dia do vosso jejum
tratais de negócios
e oprimis os vossos empregados.
É porque, ao mesmo tempo que jejuais,
fazeis litígios e brigas e agressões impiedosas.
Não façais jejum com esse espírito,
se quereis que vosso pedido seja ouvido no céu.
Acaso é esse jejum que aprecio,
o dia em que uma pessoa se mortifica?
Trata-se talvez de curvar a cabeça como junco,
e de deitar-se em saco e sobre cinza?
Acaso chamas a isso jejum,
dia grato ao Senhor?
Acaso o jejum que prefiro não é outro:
quebrar as cadeias injustas,
desligar as amarras do jugo,
tornar livres os que estão detidos,
enfim, romper todo tipo de sujeição?
Não é repartir o pão com o faminto,
acolher em casa os pobres e peregrinos?
Quando encontrares um nu, cobre-o,
e não desprezes a tua carne.
Então, brilhará tua luz como a aurora
e tua saúde há de recuperar-se mais depressa;
à frente caminhará tua justiça
e a glória do Senhor te seguirá.
Então invocarás o Senhor e ele te atenderá,
pedirás socorro, e ele dirá:
“Eis-me aqui”.

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