domingo, 15 de outubro de 2023

Em última análise, só o Amor conta

Francisco pede que doutora da Igreja
inspire comunidades e responsáveis,
para superar «lógica legalista e moralista»

Vaticano: Papa publica novo documento sobre Santa Teresinha, evocando «genialidade» do seu legado espiritual


O Papa publicou hoje uma nova exortação sobre a vida e legado espiritual de Santa Teresinha, Teresa do Menino Jesus, convidando a imitar a religiosa francesa na redescoberta do “essencial” da fé e da centralidade do amor, na vida cristã.
“Num momento de complexidade, ela pode ajudar-nos a redescobrir a simplicidade, o primado absoluto do amor, da confiança e do abandono, superando uma lógica legalista e moralista que enche a vida cristã de obrigações e preceitos e congela a alegria do Evangelho”, refere, no documento intitulado ‘C’est la confiance’ (é a confiança), uma citação da própria Santa Teresinha.
Teresa de Lisieux, monja carmelita (Alençon, França, 02 de janeiro de 1873 – Lisieux, França, 30 de setembro de 1897) morreu com 24 anos de idade, sendo umas das padroeiras dos missionários na Igreja Católica.
“Num tempo que nos convida a fechar-nos nos próprios interesses, Teresinha mostra a beleza de fazer da vida um dom. Num período em que prevalecem as necessidades mais superficiais, ela é testemunha da radicalidade evangélica”, indica Francisco.
“Numa época de individualismo, ela faz-nos descobrir o valor do amor que se torna intercessão. Num momento em que o ser humano vive obcecado pela grandeza e por novas formas de poder, ela aponta a via da pequenez. Num tempo em que se descartam tantos seres humanos, ela ensina-nos a beleza do cuidado, do ocupar-se do outro”, acrescenta.
O Papa fala num tempo de “entrincheiramento e reclusão” na Igreja, propondo a figura de Santa Teresinha como inspiração para a “saída missionária, conquistados pela atração de Jesus Cristo e do Evangelho”.
O documento começa com um texto escrito, em setembro de 1896, por Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face: “Só a confiança e nada mais do que a confiança tem de conduzir-nos ao Amor”.
Francisco considera que estas palavras “sintetizam a genialidade da sua espiritualidade e seriam suficientes para justificar o facto de ter sido declarada doutora da Igreja”.

"A sua genialidade consiste em levar-nos ao centro, àquilo que é essencial, àquilo que é indispensável. Com as suas palavras e com o seu percurso pessoal, mostra que, embora todos os ensinamentos e normas da Igreja tenham a sua importância, o seu valor, a sua luz, alguns são mais urgentes e mais constitutivos para a vida cristã”.

O Papa destaca outra frase da religiosa carmelita, “no coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor!”, para sublinhar que “o centro da moral cristã é a caridade, que é a resposta ao amor incondicional da Trindade”.
“Em última análise, só o amor conta”, insiste.
O texto sublinha que a vida e obra de Santa Teresinha fazem “parte do tesouro espiritual da Igreja”.
“Como teólogos, moralistas, estudiosos de espiritualidade, como pastores e como crentes, cada qual no respetivo âmbito, temos ainda necessidade de acolher esta intuição genial de Teresinha e tirar as devidas consequências teóricas e práticas, doutrinais e pastorais, pessoais e comunitárias. São precisas audácia e liberdade interior para o poder fazer”, apela o pontífice.
Francisco evoca o reconhecimento que foi prestado pelos seus predecessores ao percurso de vida da santa de Lisieux, começando com o Papa Leão XIII, que permitiu que ela entrasse no convento aos 15 anos; Pio XI canonizou-a em 1925 e, em 1927, proclamou-a como padroeira das missões; São João Paulo II declarou-a doutora da Igreja em 1997.
O Papa recorda ainda o “coração” da espiritualidade de Teresa, a que ela chamava o “pequeno caminho”, também conhecido como o caminho da infância espiritual.
“É a confiança que nos conduz ao Amor e assim nos liberta do temor; é a confiança que nos ajuda a desviar o olhar de nós mesmos; é a confiança que nos permite colocar nas mãos de Deus aquilo que só Ele pode fazer. Isto deixa-nos uma imensa torrente de amor e de energias disponíveis para procurar o bem dos irmãos”, indica.
A exortação apostólica conclui-se com uma oração do Papa: “Querida Santa Teresinha, a Igreja precisa de fazer resplandecer a cor, o perfume, a alegria do Evangelho. Ajuda-nos a ter sempre confiança, como tu fizeste,o grande amor que Deus tem por nós, ara podermos imitar todos os dias o teu pequeno caminho de santidade”.

OC

Fonte: Ecclesia
via WhatsApp/João Pombo

A força manifesta-se na fraqueza

Santa Teresa de Jesus, que sabia bem conjugar santidade e humor — mistura muito saudável! — , diz que é uma ingenuidade supor que “as almas às quais Nosso Senhor se comunica, de uma maneira que se julgaria privilegiada, estejam, contudo, asseguradas nisso de tal modo que nunca mais tenham necessidade de temer ou de chorar os seus pecados”.

O caminho espiritual não nos impermeabiliza em nenhuma etapa em relação à vulnerabilidade, da qual temos de estar conscientes. Transportamos o nosso tesouro em vasos de barro - como nos recorda São Paulo - para demonstrar que “este poder que a tudo excede provém de Deus e não de nós mesmos” (2 Coríntios 4,7). Somos, por isso, chamados a viver o dom de Deus, até o fim, na fragilidade, na fraqueza, na tentação e na sede. Podem variar de gênero os problemas que vivemos, podem mudar de frequência, ou de intensidade, mas acompanhar-nos-ão sempre. As tentações vão existir.

#tolentinomendonca #josetolentinomendonca

no sofrimento

 

um abraço

Quando alguém está a sofrer muito
seja por fome, por dor ou ilusão,
não precisa logo das tuas filosofias,
nem da tua ideologia ou religião.
Precisa antes do teu abraço,
do teu carinho e atenção.
Não precisa tanto da tua inteligência 
mas mais do teu coração,
para ter força para assim reagir,
e, talvez, quem sabe, 
encontrar então um abrigo
e um pouco de água e pão…

Manuel Filipe Santos
Oeiras, 15 de outubro 2023





Escolhe o roteiro do Espírito Santo

 

Alexander Marchand

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Universal Human


Amar é uma decisão

 

Um soldado que estava no Iraque, recebe uma carta da sua noiva. A carta dizia o seguinte: Querido Alberto, já não posso continuar com esta relação. A distância que nos separa é demasiado grande. Tenho de admitir que te fui infiel duas vezes, desde que foste para o Iraque. Creio que nem tu nem eu merecemos isto. Por favor, devolve-me a foto que te enviei. Com amor… Daniela! O soldado, muito triste, ferido até às entranhas, sentiu mais dor do que se tivesse sido baleado no peito. Contudo, pediu aos amigos que lhe dessem uma foto das suas namoradas, irmãs, primas, etc… Junto com estas fotos colocou a foto de Daniela num envelope, e uma carta que dizia: Querida Daniela, perdoa-me mas não me recordo quem és. Por favor, procura a tua foto no meio dessas 57 fotos que estão no envelope e devolve-me o resto. Ora bem, qual a moral desta história? Ainda que muitas vezes saias magoado ou derrotado na vida, tens de saber irritar o inimigo. Acredito que não seja fácil manter uma relação à distância, mas quando se ama de verdade não se trai. É preferível terminar um amor com todas as consequências e dores que possa acarretar, do que destruir um coração que se enche de ânimo e coragem que sobrevive de amor mesmo longe. Não é o amor que mata, jamais. O que mata realmente é a falta dele, a falta de consideração. Lembra-te que te amar não é um sentimento, é uma decisão. Portanto, magoar ou não, está sempre na tua mão. Um dia muito feliz para todos com Deus no coração🙏🍀❤️

~Pe Ricardo Esteves

Ricardo Esteves


A Vida do Amado




 

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Será que Deus é culpado?



Finalmente a verdade é dita na TV Americana.

A filha de Billy Graham estava sendo entrevistada no Early Show e Jane Clayson perguntou a ela:


“Como é que Deus teria permitido algo horroroso assim acontecer no dia 11 de Setembro?”

Anne Graham deu uma resposta profunda e sábia:


“Eu creio que Deus ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós.

Por muitos anos temos dito para Deus não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas.


Sendo um cavalheiro como Deus é, eu creio que Ele calmamente nos deixou. 

Como poderemos esperar que Deus nos dê a sua bênção e a sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais conosco?”


À vista de tantos acontecimentos recentes; ataque dos terroristas, tiroteio nas escolas, etc...


Eu creio que tudo começou desde que Madeline Murray O'hare (que foi assassinada), se queixou de que era impróprio se fazer oração nas escolas Americanas como se fazia tradicionalmente, e nós concordamos com a sua opinião.


Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler mais a Bíblia nas escolas...

A Bíblia que nos ensina que não devemos matar, roubar e devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. E nós concordamos com esse alguém.


Logo depois o Dr. Benjamin Spock disse que não deveríamos bater em nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos prejudicar sua auto estima (o filho dele se suicidou) e nós dissemos:


“Um perito nesse assunto deve saber o que está falando”.

E então concordamos com ele.


Depois alguém disse que os professores e diretores das escolas não deveriam disciplinar nossos filhos quando se comportassem mal.

Então foi decidido que nenhum professor poderia disciplinar os alunos... (há diferença entre disciplinar e tocar).


Aí, alguém sugeriu que deveríamos deixar que nossas filhas fizessem aborto, se elas assim o quisessem.

E nós aceitamos sem ao menos questionar.


Então foi dito que deveríamos dar aos nossos filhos tantas camisinhas, quantas eles quisessem para que eles pudessem se divertir à vontade.

E nós dissemos: “Está bem!”


Então alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas, e disséssemos que isto é uma coisa sadia e uma apreciação natural do corpo feminino.


E nós dissemos:


“Está bem, isto é democracia, e eles tem o direito de ter liberdade de se expressar e fazer isso”.


Depois uma outra pessoa levou isso um passo mais adiante e publicou fotos de Crianças nuas e foi mais além ainda, colocando-as à disposição da internet.


Agora nós estamos nos perguntando porque nossos filhos não têm consciência e porque não sabem distinguir o bem e o mal, o certo e o errado;

porque não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios...


Provavelmente, se nós analisarmos seriamente, iremos facilmente compreender:

nós colhemos só aquilo que semeamos!!!


Uma menina escreveu um bilhetinho para Deus: 

“Senhor, porque não salvaste aquela criança na escola?”

A resposta dele: 

“Querida criança, não me deixam entrar nas escolas!!!”


É triste como as pessoas simplesmente culpam a Deus e não entendem porque o mundo está indo a passos largos para o inferno.


É triste como cremos em tudo que os Jornais e a TV dizem, mas duvidamos do que a Bíblia, ou do que a sua religião, que você diz que segue ensina.


É triste como alguém diz:

“Eu creio em Deus”.

Mas ainda assim segue a Satanás, que, por sinal, também ''Crê'' em Deus.


É engraçado como somos rápidos para julgar mas não queremos ser julgados!


Como podemos enviar centenas de piadas pelo e-mail, e elas se espalham como fogo, mas, quando tentamos enviar algum e-mail falando de Deus, as pessoas têm medo de compartilhar e reenviá-los a outros!


É triste ver como o material imoral, obsceno e vulgar corre livremente na internet, mas uma discussão pública a respeito de Deus é suprimida rapidamente na escola e no trabalho.


Você mesmo pode não querer reenviar esta mensagem a muitos de sua lista de endereços porque você não tem certeza a respeito de como a receberão, ou do que pensarão a seu respeito, por lhes ter enviado.


Não é verdade?

Gozado que nós nos preocupamos mais com o que as outras pessoas pensam a nosso respeito do que com o que Deus pensa...


“Garanto que Ele que enxerga tudo em nosso coração e está torcendo para que você, no seu livre arbítrio, envie estas palavras a outras pessoas”. 

Via Leonor Castro/WhatsApp

Outra fonte: Site do Pastor




O faz andar a estrada?

 

O que faz andar a estrada?

É o sonho. Enquanto a gente sonhar

A estrada permanecerá viva.

É para isso que servem os caminhos,

Para nos fazerem parentes do futuro


~Mia Couto "Terra Sonâmbula"

Parabéns Mano, continua na estrada!


terça-feira, 26 de setembro de 2023

Scriptures on Peace of Mind


 

O Senhor que cuida das estrelas

 

Amigos, fiquei muito tocado pelo Salmo 146, e sobretudo por esta estrofe, a estrofe segunda, que diz isto: “O Senhor sarou os corações dilacerados e ligou as suas feridas. Fixou o número das estrelas e deu a cada uma o seu nome.” 


Sensibilizou-me muito esta coisa, um bocado espantosa, que o poeta do salmo faz aqui, que é: está a falar de feridas e de repente começa a falar de estrelas. 


E diz: O Senhor cura o nosso coração dilacerado, liga, ata as nossas feridas, mas também é o Senhor que cuida das estrelas. Então a prece, a oração, liga a dor, a nossa pequena dor, a dor vivida nesta escala íntima, só nossa, que nos parece (quando olhamos para o universo sentimo-nos como um grãozinho de poeira) como um nada, um quase nada.


O Senhor liga este quase nada que cada um de nós é às estrelas, à imensidão, ao infinito, ao incontável, àquilo que nos deslumbra, àquilo que está tão alto desta terra onde às vezes nos sentimos prostrados, o Senhor faz essa ligação. 


E como é que Ele faz essa ligação? Tocando-nos, chamando-nos pelo nome, colocando-nos em pé.


~Cardeal D. José Tolentino Mendonça (homilia) 

Mural do Cardeal Tolentino


sábado, 23 de setembro de 2023

Humildade no serviço

Estando muito próxima a celebração do dia de São Vicente de Paulo, a 27 de setembro, propomos a toda a Família Vicentina que se inspire nas palavras, nas orações e nas ações do nosso fundador, durante os 7 dias que antecedem a sua festa. (Ver Septenário)

Fazemos como São Vicente de Paulo:
Para concretizar a minha vivência da humildade no serviço, procurarei realizar alguma actividade que menos gosto de realizar, principalmente aquela que considero inferior ao meu status.

Septenário de São Vicente de Paulo


quinta-feira, 21 de setembro de 2023

O mais difícil é encobri-Lo

Só entrei verdadeiramente em contacto com Xavier Zubiri após a sua morte, ocorrida faz hoje 40 anos.

Foi o título de um dos seus livros que me aproximou dele. Sobretudo aquele «y» de «El hombre y Dios».


Para ele, acerca de Deus, «o mais difícil não é descobri-Lo; é encobri-Lo».


Tudo fala de Deus. Até a Sua alegada ausência.


Porque Deus, quanto mais Se esconde, mais Se revela.


Uma das frases que Zubiri mais citava era um pensamento de Santo Agostinho: «Procuremos. Procuremos como quem há-de encontrar e encontremos como quem há-de voltar a procurar. Pois é quando parece que tudo acaba que tudo verdadeiramente começa».

fonte: mural de João António Pinheiro Teixeira

Xavier Zubiri (1898-1983)