domingo, 26 de setembro de 2010

Oração da manhã (Rádio Renascença)

Abre os meus olhos e o meu coração a todas as misérias humanas...
Pergunto-me às vezes com quem me pareço mais:
Com o pobre Lázaro ou com o rico avarento?
E não sendo, nem rico, nem miserável
em boa verdade não sei responder.
Contaste esta história
para o nosso coração ouvir o brado mais débeis.
Ajuda-me a descobrir quem são
os verdadeiramente necessitados
e abre os meus olhos e o meu coração
a todas as misérias humanas
sem esquecer as que fazem parte de mim.
Ensina-me a coragem da decisão no momento
de me aproximar da pobreza
para que saiba partilhar o que tenho
e que nada de supérfluo eu retenha.
É difícil, Senhor, pois dentro da nossa pobreza
há riquezas envergonhadas que recusam
dividir os bens com os outros.
Ajuda-nos a sanar esta ferida em nós e nos outros
e a melhor compreender o que é a justiça.
Pe. António Rego
in Oração da Manhã - Rádio Renascença
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ver Liturgia diária
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sábado, 25 de setembro de 2010

Anjos

SÃO TOMÁS DE AQUINO, Summa Theologiae, I, q. 110, a. 2
«nada impede que por virtude dos anjos
se realizem certos fenómenos no mundo físico,
que as causas naturais não seriam capazes
de produzir por si mesmas»

SÃO TOMÁS DE AQUINO, Summa Theologiae, I, q. 111, a. 1
«os anjos apresentam aos homens
a verdade inteligível debaixo das imagens sensíveis»

SÃO TOMÁS DE AQUINO, Summa Theologiae, I, q. 111, a. 1
«os homens, que são inferiores aos anjos, são iluminados por eles»
in http://www.santidade.net/citacoes.htm#54

Proibido chorar

Peregrino do Amor - João Paulo II

Poema dos dons


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Poema dos dons
Graças quero dar ao divino
labirinto de efeitos e causas
pela diversidade das criaturas
que formam este singular universo,
pela razão, que não deixará de sonhar
com um plano para o labirinto,
pela face de Helena e a perseverança de Ulisses,
pelo amor, que nos deixa ver os outros
como os vê a divindade,
pelo firme diamante e água solta,
pela álgebra, palácio de precisos cristais,
pelas místicas moedas de Ângelo Silésio,
por Schopenhauer,
que talvez decifrou o universo,
pelo fulgor do fogo,
que nenhum ser humano pode olhar sem assombro antigo,
pelo mogno, o cedro, o sândalo,
pelo pão e o sal,
pelo mistério da rosa
que prodigaliza cor e não a vê,
por certas vésperas e dias de 1955,
pelos duros tropeiros que na planície fustigam os animais e a alva,
pela manhã em Montevidéu,
pela arte da amizade,
pelo último dia de Sócrates,
pelas palavras que no crepúsculo disseram
de uma cruz a outra cruz,
por aquele sonho do Islã que abarcou
mil e uma noites,
por aquele outro sonho do inferno,
da torre do fogo que purifica
e das esferas gloriosas,
por Swedenborg,
que conversava com os anjos nas ruas de Londres.
pelos rios secretos e imemoriais
que convergem em mim,
pelo idioma que, há séculos, falei em Nortúmbria,
pela espada e a harpa dos saxônios,
pelo mar, que é um deserto resplandecente
e uma cifra de coisas que não sabemos
e um epitáfio dos vikings,
pela música verbal da Inglaterra,
pela música verbal da Alemanha, pelo ouro que reluz nos versos,
pelo inverno épico,
pelo nome de um livro que não li: Gesta Dei per Francos,
por Verlaine, inocente como os pássaros,
pelos prismas de cristal e o peso de bronze,
pelas raias do tigre,
pelas altas torres de São Francisco e da ilha de Manhattan,
pela manhã no Texas,
por aquele sevilhano que redigiu a Epístola Moral
e cujo nome, como ele houvera preferido, ignoramos,
por Sêneca e Lucano de Córdoba,
que antes do espanhol escreveram
toda a literatura espanhola,
pelo geométrico e bizarro xadrez,
pela tartaruga de Zenão e o mapa de Royce,
pelo odor medicinal do eucalipto,
pela linguagem, que pode simular a sabedoria,
pelo esquecimento, que anula ou modifica o passado,
pelo hábito,
que nos repete e nos confirma como um espelho,
pela manhã, que nos proporciona a ilusão de um começo,
pela noite, sua treva e sua astronomia,
pelo valor e a felicidade dos outros,
pela pátria, sentida nos jasmins
ou numa velha espada,
por Whitmann e Francisco de Assis, que já escreveram o poema,
pelo fato de que o poema é inesgotável
e se confunde com a soma das criaturas
e jamais chegará ao último verso
e varia segundo os homens,
por Francisco Haslam, que pediu perdão aos filhos
por morrer tão devagar,
pelos minutos que precedem o sono,
pelo sono e pela morte,
esses dois tesouros ocultos,
pelos íntimos dons que não enumero,
pela música, misteriosa forma do tempo.
Jorge Luis Borges
in "O OUTRO, O MESMO"
Tradução de Paulo Mendes Campos

"Quanto menos inteligente um homem é,
menos misteriosa lhe parece a existência."
(Arthur Schopenhauer)
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in http://micelli.spaces.live.com/blog/cns!B004AFC1CB8B3837!2488.entry
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Positive Nations - Psicologia Positiva

1º Congresso Internacional de Psicologia Positiva
Positive Nations: looking for hope-inspiring collective processes
na Reitoria da Universidade de Lisboa
29 a 30 de Setembro

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O congresso enquadra-se e tem o apoio da Comissão de Comemorações dos 100 anos da Republica Portuguesa.

Esta conferência pretende fazer pontes entre o mundo académico e científico, o mundo empresarial e a sociedade civil, é aberta a pessoas de todas as áreas, e decorrerá num formato que permita constante interacção e conversas generativas entre os participantes, nacionais e internacionais.

Uma oportunidade única para "beber" de alguns dos nomes mais sonantes relativamente a esta área e se envolver, em formato de Democracia Participativa, activamente, na construção conjunta de ideias para inspirar as nossas comunidades a mudanças com sentido.
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http://www.positivenations2010lisbon.com/
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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Padre Pio

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Este digníssimo seguidor de S. Francisco de Assis nasceu no dia 25 de maio de 1887 em Pietrelcina (Itália). Seu nome verdadeiro era Francesco Forgione.

Ainda criança era muito assíduo com as coisas de Deus, tendo uma inigualável admiração por Nossa Senhora e o seu Filho Jesus, os quais via constantemente devido à grande familiaridade. Ainda pequenino havia se tornado amigo do seu Anjo da Guarda, a quem recorria muitas vezes para auxiliá-lo no seu trajeto nos caminhos do Evangelho.

Conta a história que ele recomendava muitas vezes as pessoas a recorrerem ao seu Anjo da Guarda estreitando assim a intimidade dos fiéis para com aquele que viria a ser o primeiro sacerdote da história da Igreja a receber os estigmas do Cristo do Calvário.

Com quinze anos de idade entrou no Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em Morcone, adotando o nome de "Frei Pio" e foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1910 na Arquidiocese de Benevento.

Após a ordenação, Padre Pio precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde e, em setembro desse mesmo ano, foi enviado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até o dia de sua morte.

Abrasado pelo amor de Deus, marcado pelo sofrimento e profundamente imerso nas realidades sobrenaturais, Padre Pio recebeu os estigmas, sinais da Paixão de Jesus Cristo, em seu próprio corpo.

Entregando-se inteiramente ao Ministério da Confissão, buscava por meio desse sacramento aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis e libertá-los das garras do demônio, conhecido por ele como "barba azul".

Torturado, tentado e testado muitas vezes pelo maligno, esse grande santo sabia muito da sua astúcia no afã de desviar os filhos de Deus do caminho da fé. Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, conhecido como "Casa Alívio do Sofrimento", que se tornou uma referência em toda a Europa. A fundação deste hospital se deu a 5 de maio de 1956.

Devido aos horrores provocados pela Segunda Guerra Mundial, Padre Pio cria os grupos de oração, verdadeiras células catalisadoras do amor e da paz de Deus, para serem instrumentos dessas virtudes no mundo que sofria e angustiava-se no vale tenebroso de lágrimas e sofrimentos.

Na ocasião do aniversário de 50 anos dos grupos de oração, Padre Pio celebrou uma Missa nesta intenção. Essa Celebração Eucarística foi o caminho para o seu Calvário definitivo, na qual entregaria a alma e o corpo ao seu grande Amor: Nosso Senhor Jesus Cristo; e a última vez em que os seus filhos espirituais veriam a quem tanto amavam.

Era madrugada do dia 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a Cruz de Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra e o céu.

Foi beatificado no dia 2 de maio de 1999 pelo Papa João Paulo II e canonizado no dia 16 de junho de 2002 também pelo saudoso Pontífice.

Padre Pio dizia: "Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar!"

São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!
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domingo, 19 de setembro de 2010

São Januário

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A história do santo deste dia se entrelaça com a cidade italiana de Nápoles, onde o corpo e sangue de Januário estão guardados. Este santo viveu no fim do século III e se tornara Bispo de Benevento, cidade próxima a Nápoles.

Como cristão estava constantemente se preparando para testemunhar (se preciso com o derramamento do próprio sangue) seu amor ao Senhor, já que naqueles tempos em que a Igreja estava sendo perseguida, não era difícil ser preso, condenado e martirizado pelos inimigos da Verdade. Na função de Bispo foi zeloso, bondoso e sábio, até ser juntamente com seus diáconos, preso e condenado a virar comida dos leões no anfiteatro da cidade de Pozzuoli (a primeira terra italiana que pisou o apóstolo Paulo a caminho de Roma).

Igual ao profeta Daniel e muitos outros, as feras lamberam, mas não avançaram nestes homens protegidos por Jesus. Nesse caso, sob a ordem do terrível imperador Diocleciano (último grande perseguidor), a única solução era a espada manejada pela irracional maldade humana. Foram decapitados. Isto ocorreu no ano 305.

Alguns cristãos, piedosamente, recolheram numa ampola o sangue do Bispo Januário para conservá-lo como preciosa relíquia e seu corpo acabou na Catedral de Nápoles. A partir disso, os napolitanos começaram a venerar o santo como protetor da peste e das erupções do vulcão Vesúvio.

Dentre tantos milagres alcançados pela sua intercessão, talvez o maior se deve ao seu sangue,"aquele guardado na ampola". Acontece que o sangue é exposto na Catedral, no dia da festa de São Januário e o extraordinário é que há séculos, o sangue, durante uma cerimônia, do estado sólido passa para o estado líquido, mudando de cor, de volume e até seu peso duplica. A multidão edificada se manifesta com gritos, enquanto a ciência, que já provou ser sangue humano, silencia quanto a uma explicação para este fato, esclarecido somente pela fé.

São Januário, rogai por nós!
in Canção Nova

sábado, 18 de setembro de 2010

São José de Cupertino



O santo de hoje nasceu num estábulo, a exemplo de Jesus, em Cupertino, no reino de Nápoles, a 17 de junho de 1603. Filho de pais pobres, tornou-se um pobre que enriqueceu a Igreja com sua santidade de vida. José quando menino era a tal ponto limitado na inteligência que pouco aprendia e apresentava dificuldades nos trabalhos manuais, porém, de maneira extraordinária progrediu no campo da oração e da caridade.

São José foi despedido de dois conventos franciscanos por não conseguir corresponder aos ofícios e serviços comuns. Ele, porém, não desistia de recomendar sua causa a Santíssima Virgem, pela qual tinha sido anteriormente curado de uma grave e misteriosa enfermidade.

O poder da oração levou São José de Cupertino para o convento franciscano e ao sacerdócio, precisando para isso que a Graça suprisse as falhas da natureza. Desde então, manifestavam-se nele, fenômenos místicos acompanhados de curas milagrosas, que o tornou conhecido e procurado em toda a região. Dentre os acontecimentos espirituais o que muito se destacou foi o êxtase, que consiste naquele estado de elevação da alma ao plano sobrenatural, onde a pessoa fica momentaneamente desapegada dos sentidos e entregue totalmente numa contemplação daquilo que é Divino. São José era tão sensível a esta realidade espiritual, que isto acontecia durante a Santa Missa, quando rezava com os Salmos e em outros momentos escolhidos por Deus; somente num dos conventos onde viveu 17 anos, seus irmãos presenciaram cerca de 70 êxtases do santo.

A fama das curas milagrosas se alastrava como uma epidemia, exaltando a imaginação popular, e obrigando o Frei José, a ser transferido de convento para convento. Mas, os fenômenos se repetiam e o povo lhe tirava todo o sossego. Como na vida da maioria dos santos não faltaram línguas caluniosas que, interpretando mal esta popularidade atribuiu-lhe poderes demoníacos aos seus milagres e êxtases, ao ponto de denunciarem o santo Frei ao Tribunal da Inquisição de Nápoles. O processo terminou reconhecendo a inocência do religioso, impondo-lhe, porém, a reclusão obrigatória e a transferência para conventos afastados.

Depois de sofrer muito e de diversas maneiras, predisse o lugar e o tempo de sua morte, que aconteceu em 18 de setembro de 1663, contando com sessenta anos de humilde testemunho e docilidade aos Carismas do Espírito Santo. Foi beatificado por Bento XIV em 1753 e canonizado por Clemente XIII em 1767.

São José de Cupertino, rogai por nós!
in Canção Nova

Carta atribuída a Abraham Lincoln enviada ao professor do seu filho

Caro professor,
ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, por cada vilão há um herói, que por cada egoísta, há também um líder dedicado, ensine-lhe por favor que por cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros do céu, as flores do campo, os montes e os vales.

Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.

Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.

Ensine-o a ouvir a todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando esta triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram.

Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.

Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.

Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.

Eu sei que estou a pedir muito, mas veja que pode fazer, caro professor.
Abraham Lincoln, 1830

* P.S.: Essa carta é um daqueles achados da internet que torna-se difícil encontrar o “pai”,  fiz algumas pesquisas e provavelmente essa carta não é de autoria de Abraham Lincoln. Penso que a autoria da mesma não tira a beleza e valores presentes. (in blogfilosofiaevida)
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Obrigado Oli,
Filipe.
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A lição da borboleta


Um dia, uma pequena abertura apareceu num
casulo; um homem sentou e observou a borboleta
por várias horas, conforme ela se esforçava
para fazer com que seu corpo passasse através
daquele pequeno buraco.
Então pareceu que ela havia parado de fazer
qualquer progresso.














Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia,
e não conseguia ir mais.
Então o homem decidiu ajudar a borboleta:
ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo.
A borboleta então saiu facilmente.



















Mas seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha
as asas amassadas.
O homem continuou a observá-la, porque ele
esperava que, a qualquer momento, as asas dela
se abrissem e se esticassem para serem capazes de
suportar o corpo que iria se afirmar a tempo.
Nada aconteceu!
Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida
rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas.
Ela nunca foi capaz de voar!
O que o homem, em sua gentileza e vontade de
ajudar não compreendia, era que o casulo apertado
e o esforço necessário à borboleta para passar
através da pequena abertura era o modo pelo qual
Deus fazia com que o fluído do corpo da borboleta
fosse para as suas asas, de forma que ela estaria
pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.



















Algumas vezes, o esforço é justamente o que
precisamos em nossa vida.
Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas
sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados.
Nós não iríamos ser tão fortes
como poderíamos ter sido.
Nós nunca poderíamos voar.
Eu pedi forças...
e Deus deu-me dificuldades para fazer-me forte.
Eu pedi sabedoria...
e Deus deu-me problemas para resolver
Eu pedi prosperidade...
e Deus deu-me cérebro e músculos para trabalhar.
Eu pedi coragem...
e Deus deu-me obstáculos para superar.
Eu pedi amor...
e Deus deu-me pessoas com problemas para ajudar.
Eu pedi favores...
e Deus deu-me oportunidades.
"Eu não recebi nada do que pedi...
mas eu recebi tudo de que precisava".
in http://www.homemsonhador.com/Alicao.html
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Luís,
Muito obrigado,
Filipe.
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Esteja onde estiver, esteja plenamente

Veja se se consegue apanhar a lamentar-se, quer por palavras quer por pensamentos, por causa de determinada situação em que se encontra, de algo que as outras pessoas fazem ou dizem, do seu meio envolvente, da sua situação de vida, ou até mesmo por causa do tempo. Uma lamentação é sempre uma não-aceitação daquilo que é. E traz consigo, necessariamente, uma carga negativa inconsciente. Quando você se lamenta, está-se a fazer de vítima. Mas quando você se defende, está a reivindicar o seu poder. Por isso, mude a situação tomando providências, defendendo-se se for necessário ou possível; deixe a situação ou aceite-a. Ter qualquer outra atitude é insensato. De certa forma, a inconsciência comum está sempre ligada à recusa do Agora. O Agora, evidentemente, também significa o aqui. Estará você a resistir ao seu aqui e agora? Há pessoas que só estão bem onde não estão. O seu "aqui" nunca é suficientemente bom. Observe-se a si próprio para descobrir se é esse o seu caso. Esteja onde estiver, esteja lá plenamente. Se achar que o seu aqui e agora é intolerável e o deixa infeliz, você tem três opções à escolha: ou você se afasta da situação, ou a muda, ou a aceita totalmente. Se quiser ser responsável pela sua vida, tem de escolher uma dessas três opções, e tem de escolher agora. Mais tarde lidará com as consequências. Nada de desculpas. Nada de negatividade. Nada de poluição psíquica. Mantenha limpo o seu espaço interior. Se tomar quaisquer providências - deixar ou mudar a sua situação - liberte-se primeiro da negatividade, se for de todo possível. Agir com base na intuição do que é necessário é sempre mais eficaz do que agir com base na negatividade.
in "O Poder do Agora" de Eckhart Tolle
see http://jomasipe.no.sapo.pt/poderagora.htm#8

sábado, 4 de setembro de 2010

Santa Rosália


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Nascida em Palermo em 1130, viveu por alguns anos na corte de Rogério II, rei da Sicília, sendo seu pai Sinibaldo, descendente de Carlos Magno.

Quando tinha quatorze anos, a Santíssima Virgem apareceu-lhe e aconselhou-a a deixar o mundo. Rosália foi então viver numa gruta no monte Quisquita durante alguns meses e depois foi para o cimo do monte Pellegrino onde acabou por escolher este lugar até o fim de sua vida como lugar de retiro, pela áspera solidão que ofereciam seus penhascos rochosos inclinando sobre o mar azul.

Durante seus últimos dezesseis anos de vida, Rosália levou uma vida de dura penitência sendo alimentada miraculosamente pela Eucaristia. Morreu no ano de 1160, com a idade de 30 anos.

No Século XVII foi encontrado os restos mortais de Santa Rosália, mas, os ossos, recolhidos em uma gruta escavada entre as rochas, não traziam inscrição. O Arcebispo de Palermo, D. Giannetino Doria, constituiu uma comissão de peritos, composta de médicos e teólogos, que, em 11 de fevereiro de 1625, se pronunciou pela autenticidade das relíquias.

Isso reacendeu a devoção popular. Inseriu o nome da santa no Martirológio Romano em 15 de julho e em 4 de setembro.

Em 25 de agosto de 1624, quarenta dias após a descoberta dos ossos, dois pedreiros, enquanto executavam trabalhos junto ao convento dos dominicanos de Santo Estêvão de Quisquina, acharam, numa gruta, uma inscrição latina, muito rudimentar, que dizia: "Eu, Rosália Sinibaldi, filha das rosas do Senhor, pelo amor de meu Senhor Jesus Cristo, decidi morar nesta gruta de Quisquina." Confirmando, assim, as tradições orais da época.

Santa Rosália, rogai por nós!

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fonte Canção Nova
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Anjos nos Meus Cabelos (Lorna Byrne)



Desde que se lembra, Lorna Byrne sempre viu anjos. Em criança, pensava que todos viam os seres de outro mundo que sempre a acompanhavam. Porém, aos olhos dos adultos, o seu estranho comportamento era interpretado como um sintoma de deficiência mental. Actualmente, pessoas do mundo inteiro, doentes e com problemas, procuram-na para serem curadas e consoladas, e é consultada por teólogos de diferentes fés. Lorna possui a capacidade de comunicar com anjos e espíritos e, ao partilhar o seu conhecimento profundo do mundo espiritual, transmite uma mensagem de esperança e de amor a todos nós.

Anjos nos Meus Cabelos é uma crónica absorvente da incrível história de vida de Lorna. Com um sentido descritivo admirável, invoca a infância pobre que viveu na Irlanda, a procura de emprego em Dublin, o casamento com o homem dos seus sonhos - e o trágico final deste casamento. O livro é um bestseller na Irlanda e transmite aos leitores uma visão singular sobre a ajuda angelical que está constantemente disponível à nossa volta. Como Lorna diz: «Só é preciso pedir».

Nesta autobiografia reconfortante, uma mística irlandesa moderna partilha os seus encontros e conversas com os anjos e espíritos que conheceu a vida toda.



Cada um de nós recebeu uma dádiva: um escudo feito com a energia da luz. Cabe ao anjo da guarda colocá-lo ao nosso redor. Quando olho para alguém, consigo ver o escudo em torno da pessoa – é como se ele estivesse cheio de energia.

Os seres humanos são muito mais do que carne e osso, e quando nos damos conta disso e passamos a acreditar que temos uma alma, a conexão com os anjos se desenvolve. - Lorna Byrne

Desde criança, Lorna Byrne vê anjos e conversa com eles. Por isso, acreditava que todo mundo enxergava aqueles seres incríveis que a rodeavam. No entanto, os adultos consideravam seu comportamento peculiar um sintoma de deficiência mental.

Graças ao seu dom de se comunicar com anjos e espíritos, hoje Lorna ajuda pessoas doentes e sofredoras que recorrem a ela em busca de cura e consolo. Até mesmo teólogos de diferentes credos procuram sua orientação.

Em Anjos em minha vida, Lorna compartilha seu profundo conhecimento do mundo espiritual, revelando que todos nós podemos contar com a proteção angelical. Basta ter fé. Independentemente de nossa crença, seu testemunho é uma inesquecível mensagem de amor e esperança.
in sextante

visit http://www.lornabyrne.com

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

São Gregório Magno


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Hoje, celebramos a memória deste Magno (Grande) de Cristo: São Gregório I. Nascido em Roma no ano 540, numa família nobre que muito o motivou à vida pública.

Gregório (cujo nome significa "vigilante"), chegou a ser um ótimo prefeito de Roma, pois era desapegado dos próprios interesses devido sua constante renúncia de si mesmo. Atingido pela graça de Deus, São Gregório chegou a vender tudo o que tinha para auxiliar os pobres e a Igreja.

São Bento exercia forte influência na vida de Gregório, por isso, além de ajudar a construir muitos mosteiros, entrou para a vida religiosa do "Ora et Labora".

Homem certo, no lugar certo, este foi Gregório que era alguém de senso de dever, de medida e dignidade. Além da intensa vida interior, bem percebida quando escreveu sobre o 'ideal do pastor':" O verdadeiro pastor das almas é puro em seu pensamento. Sabe aproximar-se de todos, com verdadeira caridade. Eleva-se acima de todos pela contemplação de Deus."

Com a morte do Papa da época, São Gregório foi o escolhido para "sentar" na Cátedra de Pedro no ano de 590, e assim chefiar com segurança a Igreja num tempo em que o mundo romano passava para o mundo medieval.

São Gregório Magno, Papa e Doutor da Igreja que conquistou o Céu com 65 anos de idade (no ano 604), deixou marcas em todos os campos, valendo lembrar que na Liturgia há o Canto Gregoriano, o qual eleva os corações a Deus, fonte e autor de toda santidade.

São Gregório Magno, rogai por nós!
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in Canção Nova
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Oração (Fernando Pessoa) Maria Bethânia


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PRECE
Senhor, que és o céu e a terra,
que és a vida e a morte!
O sol és tu e a lua és tu e o vento és tu!
Tu és os nossos corpos e as nossas almas
e o nosso amor és tu também.
Onde nada está tu habitas
e onde tudo está - (o teu templo) - eis o teu corpo.

Dá-me alma para te servir e alma para te amar.
Dá-me vista para te ver sempre no céu e na terra,
ouvidos para te ouvir no vento e no mar,
e meios para trabalhar em teu nome.

Torna-me puro como a água e alto como o céu.
Que não haja lama nas estradas dos meus pensamentos
nem folhas mortas nas lagoas dos meus propósitos.

Faze com que eu saiba amar os outros como irmãos
e servir-te como a um pai.

Minha vida seja digna da tua presença.
Meu corpo seja digno da terra, tua cama.
Minha alma possa aparecer diante de ti
como um filho que volta ao lar.

Torna-me grande como o Sol,
para que eu te possa adorar em mim;
e torna-me puro como a lua,
para que eu te possa rezar em mim;
e torna-me claro como o dia
para que eu te possa ver sempre em mim
e rezar-te e adorar-te.

Senhor, protege-me e ampara-me.
Dá-me que eu me sinta teu.
Senhor, livra-me de mim.
Fernando Pessoa
(Extraído de "O Eu Profundo")
in http://www.eurooscar.com/poesoutros/fernando_pessoa1.htm

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

St Hildegard of Bingen


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This is a chapter from The Wisdom of Women, a book and meditation DVD from http://www.seescapes.com/

Hildegard of Bingen (1098-1179) composed music, and spoke of Christ as God's song. At a time when few women wrote, Hildegard produced major works of theology and visionary writings. Hildegard was skilled in herbal healing. Her scientific books contain more than 2000 remedies and health suggestions.
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Prayer for peace on Earth - Day 6 (Sacred Space)

Blessed John XXIII was a man unafraid of the future. Moved by his trust in Providence, even in what seemed like a permanent situation of conflict, he did not hesitate to summon the leaders of his time to a new vision of the world. Let us all resolve to have this same outlook: trust in the merciful and compassionate God who calls us to brotherhood, and confidence in the men and women of our time because, like those of every other time, they bear the image of God in their souls. (John Paul II) As we long for peace we remember our brothers and sisters of all faiths - and none - who share our longings.

Prayer of an 11 year old Indian boy
on hearing of Sino-Indian border fighting
    Lord, make this world last as long as possible
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in http://sacredspace.ie/en/peace-on-earth-day-6/

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Urbano Medeiros


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Urbano Medeiros (*31/10/1956) é um saxofonista reconhecido internacionalmente.Nasceu numa família judaica na região do Seridó (RN). Aos sete anos de idade, o garoto já tocava saxofone soprano na filarmônica de sua cidade. Seu principal impulsor na carreira musical foi o pai, Bill Medeiros, que o instruiu nas primeiras lições.
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Neste tempo, Urbano já chamava a atenção do público por onde se apresentava, uma vez que executava melodias de um nível bastante difícil. Com tanto talento, ele ficou marcado na música por intermédio do acordeonista Sivuca, que conheceu num concerto musical em São João do Sabugi.Ainda adolescente, com 17 anos, foi nomeado pelo Ministério da Cultura como “o maestro mais jovem do Brasil”, já que era regente da Filarmônica do Colégio Estadual de Caicó. Aos 18 anos era o primeiro saxofonista do Batalhão de Engenharia de Construção (BEC), ainda em Caicó (RN), e depois em São Gabriel da Cachoeira (Amazonas). Suas profissões foram as mais diversas. Após ter morado muitos anos em São Paulo, pôde experimentar ser radialista, ator, arte-educador e comunicador; além de apresentar-se como músico instrumentista erudito.Urbano Medeiros é casado e tem três filhos e um neto. Já passou por quase 5.000 cidades do Brasil e do mundo divulgando a nossa cultura e tocando músicas com finalidades terapêuticas para pessoas doentes. O musicista corre mundos com o objetivo de levar, ao vivo e pelos meios de comunicação, a sua prática artística. Suas obras - vinte CDs, seis DVDs e dois livros - viajam pelos quatro cantos da terra. Países como o Brasil, USA, Canadá, Argentina, Itália, França, Suíça, Portugal, Lituânia, Ucrânia, Iraque, Afeganistão, Rússia, Egito, Israel, Líbano, Síria e outros já ouviram falar neste artista de Deus.
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Santa Beatriz


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Obediência, pobreza, assistência aos pobres, oração e recolhimento, foi o exemplo que Santa Beatriz da Silva e Meneses deixou.

Beatriz nasceu no Século XV em Ceuta, ao norte da África, cidade que nessa época se encontrava sob o domínio da coroa de Portugal. Nasceu portuguesa, portanto. Seu pai foi governador de Ceuta. Ainda pequena mudou-se para Portugal com sua família, que cultivou na menina uma profunda devoção a Nossa Senhora da Conceição. Aos vinte anos de idade foi enviada para a Espanha como dama de honra de D. Isabel, neta de D. João I, que tornou-se esposa do rei João II de Castela, onde começou seu calvário.

Beatriz era muito bonita, e a rainha, dominada por uma mistura de ciúme e inveja, fechou Beatriz em um caixão durante dias, a fim de que morresse asfixiada, mas uma invisível proteção da Virgem Maria a salvou.

Como gesto concreto de agradecimento Santa Beatriz aceitou sua vocação para a vida religiosa, e logo em seguida partiu a Toledo, onde se recolheu no mosteiro das Dominicanas (ramo feminino da Ordem de São Domingos de Gusmão), cujas religiosas viviam sob a regra cisterniense, onde viveu cerca de 30 anos.

Mas Deus a tinha predestinado para uma obra maior: fundar uma Ordem de estrita clausura numa vida contemplativa na oração, penitência e trabalho.

Santa Beatriz da Silva deixou o mosteiro dominicano e foi habitar numa nova sede que veio a ser o berço das monjas concepcionistas. Essa Ordem está caracterizada por três heranças espirituais de Santa Beatriz: o amor à Maria Imaculada, a Paixão de Jesus Cristo e a Santíssima Eucaristia.

Santa Beatriz faleceu a 09 de agosto de 1490 com 66 anos de idade. No momento de sua morte, seu rosto fora visto transfigurado por uma grande claridade e uma estrela resplandecente sobre sua cabeça até ela expirar.

Beatificada em 1926 pelo Papa Pio XI, sua canonização ocorreu no dia 03 de Outubro de 1976 por Paulo VI.

Santa Beatriz, rogai por nós!
fonte: Canção Nova
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