Mostrar mensagens com a etiqueta Ruth Collaço. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Ruth Collaço. Mostrar todas as mensagens
sábado, 15 de agosto de 2020
segunda-feira, 10 de agosto de 2020
terça-feira, 4 de agosto de 2020
Inquietudes
No passado domingo tive a honra de assistir ao lançamento do livro "Inquietudes" de Ruth Collaço |
Foi um fim de tarde muito agradável, passado num local especial, a Estufa Real, que ainda não conhecia |
Entre palavras escritas e sentidas, palavras amigas, vividas e cantadas, fomos transportados para um ambiente de reflexão, um ambiente de paz e comunhão |
Apesar do cumprimento das regras de distanciamento social, sentiu-se a conexão, a força das emoções tocadas, dos olhares trocados, dos laços verdadeiros e autênticos de amizade |
A escrita de Ruth Collaço tem este condão de ressoar no meu coração e não posso deixar de agradecer o seu trabalho, tal como este momento que mostra também muito da sua generosidade; um coração que não se esconde e que não pode deixar de inquietar qualquer leitor. |
Muito obrigado!
domingo, 12 de julho de 2020
Mulher aprendiz
Feitiçaria de Carcaça Bonita
(Credito George Peters)
|
Não penses que tudo controlas
Não penses que tudo comandas
Não ponhas correntes à vida
Pensando que és seu comandante.
Não tomes por certo destino
que tu no teu mapa desenhas
Não tenhas por si garantido
que tudo o que queres é teu.
Não queiras prender-me a teu lado
Nem queiras guiar-me também
Sou folha nascida ao vento
Não fico com quem me detém.
Não queiras travar o meu voo
eu sigo por onde convém
se queres ficar a meu lado
Não prendas, não traves, nem tapes
as portas que a vida me dá.
Eu luto e rasgo caminhos
eu rujo perante o desdém
daqueles que o dedo me apontam.
por cada vez que me amarram
mais o horizonte eu almejo
Não queiras secar estas veias
com seiva, mulher da vida aprendiz!
Direitos de autor reservados
sexta-feira, 10 de julho de 2020
requisitos
Toda a mulher precisa de alguém
que a abrace e aconchegue
quando o peito racha
e o coração arde.
Toda a mulher quer alguém
que a deixe ser livre
presa em seus braços.
Alguém que preencha vazios
que saiba escutar, sem mesmo a ouvir.
Que leia silêncios e solte sorrisos.
Um homem verdade, que saiba mentir
só para a acalmar, antes de dormir.
Daqueles que sabem há muito
que as lágrimas se secam com beijos,
e quando se pede um abraço
não o faça com palmadinhas nas costas
mas a puxa para o seu peito
e a sufoca nos seus braços.
Que não tenha medo que ela brilhe
e não se afaste quando ela chora
que converse e questione razões
tentando saber o que a faz sorrir.
Que não a empurre para outros braços
cujos olhos brincam nos seus sonhos.
Um homem que se sinta fortalecido
pela força que ela tem dentro dela,
e se esse homem não estiver à altura
ela cala, consente.... ou ganha ganas
fecha a mala e bate com a porta!
Ruth Collaço
(Wise Winds - Ventus Sapientes)
Direitos de autor reservados
Judite decapitando Holofernes de Artemisia |
terça-feira, 7 de julho de 2020
Voltas da Vida
Dê ela as voltas que quiser
e as que ela bem entender
por mais que vire e revire
e por mais que me faça tombar,
confio, fico e persisto
não gosto de desfalecer.
Pois as voltas que a vida me dá
e cada vez que tropeço
depressa junto as minhas forças
e volto com ela a me erguer
a força e a raiva que tenho,
a sede que tenho em viver!
E se algum dia me vires
deitada prostrada no chão
não penses que vou desistir,
são gotas de luta escorridas
que ali deposito no chão.
Eu planto as minhas fraquezas
e rego-as com pingos de fé
pois as voltas que vida me dá
me vira, revira e me testa
são dores que me fortalecem
e que me mantêm de pé!
Por isso agradeço à vida
por tantas voltas me dar
eu sofro mas cresço e me elevo
do fundo deste meu gritar
que eu amo e quero que a vida
me ensine a erguer,
Mesmo que venha a tombar!
e as que ela bem entender
por mais que vire e revire
e por mais que me faça tombar,
confio, fico e persisto
não gosto de desfalecer.
Pois as voltas que a vida me dá
e cada vez que tropeço
depressa junto as minhas forças
e volto com ela a me erguer
a força e a raiva que tenho,
a sede que tenho em viver!
E se algum dia me vires
deitada prostrada no chão
não penses que vou desistir,
são gotas de luta escorridas
que ali deposito no chão.
Eu planto as minhas fraquezas
e rego-as com pingos de fé
pois as voltas que vida me dá
me vira, revira e me testa
são dores que me fortalecem
e que me mantêm de pé!
Por isso agradeço à vida
por tantas voltas me dar
eu sofro mas cresço e me elevo
do fundo deste meu gritar
que eu amo e quero que a vida
me ensine a erguer,
Mesmo que venha a tombar!
Ruth Collaço
(Wise Winds - Ventus Sapientes)
Direitos de autor reservados
(Wise Winds - Ventus Sapientes)
Direitos de autor reservados
Imagem:
Obras Inquietas de Cândido Potinari "Mulher chorando"
sexta-feira, 3 de julho de 2020
terça-feira, 23 de junho de 2020
Árvore torcida
Tronco rugoso e torcido Vergado no vento da vida áspero és ao toque macio na tua seiva árvore forte e frondosa tronco que desafias o vento que aguentas com a geada de inverno com o sol escaldante do verão. Nem a maresia te seca muito menos a chuva te apodrece. Árvore mais bela não há que aquela torcida em espiral pedindo forças aos céus entregando-lhe os galhos em pedidos e gemidos. Que o vento não te quebre e que o solo não te falte que o relâmpago não te queime nem o mato te engula Quero ser tronco nu na floresta da vida Enfrentar a tempestade gritar-lhe cara na cara encostar-me testa com testa e mostrar-lhe a minha gana de manter-me de pé fustigada pela dor deste chão não arredo pé! São os meus nós minha história meus ramos meu louvor meu tronco minha raiva minhas raízes teimosia. Bato pé, grito e desafio nuvens por mais que desçam não me cobrem por mais que chovam Não me afogam! Ruth Collaço (Ventus Sapientes) Direito de autor reservados
fonte: Wise Winds-Ventus Sapientes
sexta-feira, 29 de maio de 2020
Na hora que acordei
Esta noite sonhei-te
andavas em passo sereno
discreto, sóbrio, decidido
Sabias para onde ias
e como lá chegar.
Da janela vi-te chegar
antecipei cada gesto da tua entrada
trazias nos olhos aquela luz que é só tua
e nas mãos o tremor de quem quer.
Os lábios, já húmidos e quentes
traziam vontade de falar
a minha língua, a tua língua a nossa língua.
Juntos inventámos poemas
embalámos os nossos corpos em serenatas
aprendemos a ler pautas e subir de escala
cantar baladas
as mais doces do compasso de um sonho.
Percorremos tantas estradas e caminhos
do céu, para o céu e descemos até ao inferno
e era quente, muito quente
cada passo que demos, cada abraço que roubámos.
Deixámos a nossa marca no tempo
e o coração, aos soluços abandonámos
sabendo que mais tarde ou mais cedo
na armadilha do tempo, a realidade nos prenderia.
Mas o tempo era pouco e a saudade era muita
a nossa razão toldada... névoas de paixão
e morríamos, desfalecidos, cansados.
Vínhamos de longe, para longe fugíamos
escalámos montanhas de prazer
esquecidos, perdidos, rendidos
e os dois fomos um...
apenas num sonho só.
E sem saber o mundo girou
e parou, na hora que acordei!
Ruth Collaço
(Ventus Sapientes)
Direitos de autor reservados
Imagem: Johana Harmon
mural Wise Winds-Ventos Sapientes
Subscrever:
Mensagens (Atom)