O meu lar me espera. Eu me apresso para voltar a ele.
Se eu assim escolher, posso deixar esse mundo inteiramente. Não é a morte que torna isso possível, mas a mudança da mente em relação ao propósito do mundo. Se eu acreditar que ele tem valor, tal como o vejo agora, ele permanecerá assim para mim. Mas se, ao contemplá-lo, eu não vir nenhum valor no mundo, nada que eu queira guardar para mim ou almeje como uma meta, ele me deixará. Pois não terei buscado ilusões para substituir a verdade.
Pai,
o meu lar aguarda o meu retorno alegre. Os Teus Braços estão abertos e eu ouço a Tua Voz. Que necessidade tenho eu de ficar num lugar de desejos vãos e de sonhos despedaçados, se o Céu pode ser meu com tanta facilidade?
Que as nossas mentes mais facilmente se abram ao sofrimento alheio, e que, desprovidos do julgamento pronto e automático, saibamos cada dia com mais prontidão acolher e assim perdoar toda a ansiedade e medo, ira e preguiça, cobiça e inveja, que tão miserável e infelizmente, ainda contaminam as nossas tristes, mas potencialmente santas, mentes...
JESUS CRISTO NÃO NOS SALVOU COM SUA MORTE, MAS COM SUA VIDA
A doutrina de que a morte de Jesus na cruz nos salva é insustentável. Sua origem se deve a dois fatos. O primeiro foi a grande emoção de tristeza que ela causou entre os primeiros cristãos. O segundo fato foi a crença judaica errada de que Deus se deleita com sacrifícios e que acabou sendo aceita por eles, o que não é surpreendente, pois eles eram também judeus. Aliás, o próprio Jesus era judeu, embora Ele tenha sido o maior herege do Judaísmo. Infelizmente, essa crença nos sacrifícios agradáveis a Deus se tornou uma das principais do cristianismo. Mas o próprio Jesus disse: "É a misericórdia que quero e não holocaustos" (Mateus 9: 13).
Ribeira dos Ossos ( Barcarena ) - Google Street View
Na minha caminhada de hoje, parei por uns instantes junto à Ribeira dos Ossos, perto da casa onde vivi cerca de 15 anos. Nunca ali me tinha sentado. Centenas de flores lilás a meus pés, dezenas de borboletas em grupos e aos pares, pequenas aves chilreando, a vida na sua plenitude. Não levava a máquina mas vou guardar aquela foto mental...
Mas uma outra foto de infância me veio à mente: na primária, apanhando uma borboleta pelas asas. Recordo a sua fragilidade... As suas finas asas quase se desfazendo nos meus dedos. Era a curiosidade própria de uma criança; conhecer aquele ser maravilhoso e frágil que se abeirava das flores... Hoje, como adulto, contento-me com o seu encanto. Aprendi a respeitar e amo aquelas criaturas. Hoje respeito a sua Liberdade. É assim a Humanidade; Com o Respeito para aprender e o Amor por Viver. Mano Barcarena, 1 de Julho de 2020
Hoje sonhei que estava numa conferência, à qual assistia com o meu avô, sentado do meu lado esquerdo. O conferencista era muito alto, tão alto que até parecia algo extra-terrestre. A sua esposa, também bastante alta, estava sentada ao lado dele. A determinada altura levantaram-se e dançaram juntos. Eu não pude deixar de me levantar e aplaudir o gesto. No final, o conferencista fez questão de vir ter comigo para me agradecer pessoalmente o aplauso. Este gesto emocionou-me brutalmente. Olhei para o meu avô que tinha uma expressão do tipo de quem pergunta: