sexta-feira, 15 de abril de 2022
A Paz sem Vencedor e sem Vencidos
quarta-feira, 13 de abril de 2022
Tornar alguém melhor…
Agostinho da Silva |
segunda-feira, 11 de abril de 2022
domingo, 10 de abril de 2022
Boa noite Putin
Peço a Deus que te perdoe,
pois tenho de confessar
que a cada dia que passa
mais isto custa aguentar.
Erraste tremendamente,
mas persistes na tua "operação",
insistindo na pretensão
de resgatar quem te não quer.
Comecei por ter pena de ti
mas hoje já não sei bem que sentir,
pois me é ainda muito difícil amar
quem na bestialidade insiste ficar.
Só posso terminar esta prece
acreditando que um dia terás
perante a tua consciência de estar,
lamentando que esse dia não traga de volta
as vidas perdidas sem par…
sexta-feira, 8 de abril de 2022
sobre os Salmos…
Os Salmos segundo Bede Griffiths, e que ele selecionou para a oração do Cristão, dos contemplativos, oblatos e para a comunidade Shantivanam.
ROLAND R. ROPERS
“Tomados em seu sentido literal, muitos dos Salmos expressam sentimentos de raiva, ódio e vingança contra os inimigos que são totalmente opostos ao ensino do Evangelho sobre o amor aos inimigos...”
(Bede Griffiths – 30 de março de 1992)
HarperCollins Londres 1995 editado por Roland R. Ropers / 160 páginas
Palavras como vingança e ódio levam à separação
O monge beneditino, místico e sábio Bede Griffiths (1906 – 1993) sempre usou uma linguagem de beleza poética que trazia a todos que entravam em sua aura um sentimento imediato de reconciliação e unidade.
Quando Dom Bede ingressou na ordem beneditina foi treinado com a rotina semanal de rezar todos os 150 Salmos do Antigo Testamento. Quanto mais ele se tornava consciente do significado mais profundo das palavras, ele sentia que essas orações precisam ser revistas. Ninguém jamais na história teve a coragem de manipular positivamente os salmos que estão sendo rezados mais ou menos inconscientemente.
No espírito do testemunho de Jesus Cristo para a paz e com os próximos, Bede Griffiths editou 95 dos Salmos para uso na oração cristã e libertou todos os textos de palavras que poderiam influenciar negativamente o subconsciente do homem.
Inspirado pela bela natureza no distrito bávaro do lago Tegernsee, Bede Griffiths escreveu em 30 de março de 1992 em Kreuth/Alemanha – vendo as Montanhas Azuis (sânscrito: Nil Giri) – sua corajosa introdução ao seu novo livro Psalms for Christian Prayer:
“Desde os tempos mais remotos, os cânticos do Saltério hebraico têm sido venerados pela Igreja Cristã. Eles foram considerados inspirados por DEUS e ter sido a oração do próprio Jesus. São Bento em seu governo teve o cuidado de providenciar para que todo o Saltério fosse cantado todas as semanas em coro, e declarou que os santos padres deveriam recitar em um único dia o que nós, monges tépidos, só podemos cantar em uma semana. Se havia algum problema sobre os sentimentos expressos em alguns dos Salmos, a dificuldade foi superada interpretando-os em um sentido alegórico... sentido literal dos Salmos, que para uma pessoa educada hoje é quase inevitável, torna-se cada vez mais difícil aceitar muitos deles como orações cristãs. Tomados em seu sentido literal, muitos dos Salmos expressam sentimentos de raiva, ódio e vingança contra os inimigos que são totalmente opostos ao ensino do Evangelho sobre o amor aos inimigos... cultura na qual Deus era considerado separado – a palavra “santo” originalmente significa separado – da humanidade e do mundo criado. Os seres humanos estavam separados de DEUS e uns dos outros do mundo circundante. Israel era uma nação ‘santa’ separada das outras nações do mundo. Como resultado, Israel foi cercado por ‘inimigos’ que eram hostis a DEUS e ao povo de DEUS. Os bons foram separados dos ímpios, os justos dos pecadores, e o final foi concebido para ser a destruição dos “ímpios” e de todos os “inimigos” de Israel. O Messias deveria conquistar seus inimigos e subjugá-los sob seus pés. Esta era a perspectiva do salmista e foi precisamente este dualismo que Jesus veio vencer. Ele derrubou as paredes divisórias entre judeus e gentios... Os Salmos ainda mantêm seu valor e pode ser usado na oração cristã. Podemos louvar a Deus por toda a obra da criação, agradecê-lo por sua providência sobre a vida humana, pedir misericórdia e perdão e esperar a alegria da reconciliação...”
Dom Bede Griffiths OSB cam.
Salmo 23
O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta.
Em verdes pastagens me faz repousar
e me conduz a águas tranquilas;
restaura-me o vigor.
Guia-me nas veredas da justiça
por amor do seu nome.
Mesmo quando eu andar
por um vale de trevas e morte,
não temerei perigo algum,
pois tu estás comigo;
a tua vara e o teu cajado me protegem.
Tu me honras,
ungindo a minha cabeça com óleo
e fazendo transbordar o meu cálice.
Sei que a bondade e a fidelidade
me acompanharão
todos os dias da minha vida,
e voltarei à casa do Senhor
enquanto eu viver.
fonte: Marcos Monteiro
Pai Nosso original
Está escrita em aramaico, numa pedra branca de mármore, em Jerusalém/Palestina, no Monte das Oliveiras, na forma que foi invocada por Yeshua. A tradução do aramaico para o português nos mostra quão bela, profunda e verdadeira é esta oração de Yeshua:
-Pai-Mãe, Respiração da Vida Fonte do som, Ação sem palavras, Criador do Cosmos!
Faça sua luz brilhar dentro de nós, entre nós e fora de nós, para que a possamos fazer útil.
Ajude-nos a seguir nosso caminho respirando apenas o sentimento que emana de Ti.
Que o nosso Eu, no mesmo passo, possa estar com o Teu, para que caminhemos como Reis e Rainhas com todas as outras criaturas.
Que o seu desejo e o nosso, sejam um só, em toda a Luz, assim como em todas as formas, em toda existência individual, bem como em todas as comunidades.
Faça-nos sentir a alma da Terra dentro de nós, pois, desta forma, sentiremos a Sabedoria que existe em tudo.
Não permita que a superficialidade e a aparência das coisas do mundo nos enganem, e nos livre de tudo que impede o nosso crescimento.
Não nos deixe cair no esquecimento de que Você é o Poder e a Glória do mundo, a Canção que se renova de tempo em tempo e que tudo o embeleza.
Que o Teu amor esteja apenas onde nossas ações crescem.
Que assim seja!
fonte: Reforma Íntima
outra fonte: Recanto das Letras
quinta-feira, 7 de abril de 2022
quarta-feira, 6 de abril de 2022
Preparar a Semana Santa
terça-feira, 5 de abril de 2022
O poder da humildade
segunda-feira, 4 de abril de 2022
novo amanhã
O mínimo que podemos fazer é partilhar o que pensa um Homem de 100 anos. No que todos devemos reflectir:
"O dia do novo amanhã
Adriano Moreira
12 março 2022
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A crise brutal que a Rússia provocou faz lembrar uma consideração de Teilhard de Chardin: "É uma coisa terrível ter nascido, quer dizer, de se encontrar irrevogavelmente conduzido, sem o ter querido, por uma corrente de energia formidável que parece querer destruir tudo aquilo que contém em si" (Hymne de l'Univers).
O mundo está em processo de mudança.
Claro que sempre esteve, mas atingiu um ponto crítico.
Maior quantidade e maior velocidade em todos os escalões do processo.
Nunca fomos tantos ao redor da Terra, nunca soubemos tanto uns dos outros, nunca dependemos tanto de cada um e cada um de tantos.
Mas, também, nunca as vizinhanças foram tão ocasionais e episódicas nem tão grave a falta de equação entre as instituições e a vida.
O drama principal do que resta da geração que atingiu a maturidade foi o de ter sido formada para o mundo da estabilidade, e obrigada a viver a época da mudança.
Tentando futurar dos resultados, e converter, e adaptar, e reinventar as categorias com que é obrigada a entender a passagem de um mundo para outro.
Foi sempre necessário que uma geração contestasse alguma coisa da obra da anterior.
Que rejeitasse um tanto e que aceitasse o resto.
Mas provavelmente não aconteceu antes que a mesma geração tivesse de optar entre rever a sua própria atitude ou morrer na angústia de não ter adivinhado o mundo, de ter acreditado, e de reconhecer que muitas vezes os valores que lhe pregaram foram uns e os atos dos que a guiaram foram outros.
Sonhou a paz, por ela sacrificou milhões dos seus jovens, sem acabar com a guerra; aceitou lutar pela abundância, e encontra o mundo dividido entre povos ricos e pobres que não se estimam; adotou a igualdade do género humano, e defronta com o racismo; acreditou na igualdade dos povos, e reencontrou o genocídio.
Nesta contradição foi morrendo.
O que sobra são restos de uma geração de maioridade tardia.
É já sacudida pela geração seguinte.
Entre o desejo de receber veneração e a raiva de só poder exibir sacrifícios.
E estes não contam.
Só contam os resultados úteis.
E estes ninguém os agradece.
Se não tiverem a humildade da revisão, os que restam por esse mundo fora, da geração que foi morrendo traída, só podem entoar o cântico do desespero.
Sem vantagem em olhar para trás, sem frente para onde possam olhar.
A sós.
O verdadeiro inferno.
E, todavia, é mais fácil o caminho da coragem.
Olhar o mundo em processo de mudança.
Lutar para reinventar.
Porque há sempre um amanhã.
E amanhã sempre tudo estará melhor.
Oportunamente Mazower publicou um livro com o título “Governar o Mundo”, estudando o mundo desde 1815 até à época da paz que começámos a viver em 1945.
A violação jurídica de Putin voltou à intervenção da competência do Tribunal Penal Internacional e a coragem de defender a Ucrânia.
Foi profundamente assumido pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a solidariedade crescente de todos os países que formaram os princípios da ONU.
O sacrifício crescente das vítimas está rodeado de veneração dos que assumem o novo futuro.
E neste ameaçado grupo estão jovens numerosos que serão vítimas do sacrifício imposto pela evidente loucura do responsável das agressões.
É exemplo da exigência da intervenção em defesa do direito e instituições globais, procurando legar aos jovens que sobrevivam e que devem ser salvaguardados palavras que há anos, que eram de esperança, proferi.
Estou com o desgosto de já não poder contribuir, de algum limitado modo, para o desafio que a universidade assume e enfrenta não desanimando perante as restrições, no sentido de não ver diminuído o seu papel institucional, a sua natureza de alicerce da soberania portuguesa igual na dignidade das nações, a sua capacidade de fazer avançar o saber e o saber fazer, de, enfim, assumir a quarta dimensão que os tempos lhe impõem, que é a de conseguir definir a estrutura, interdependências e consequencialismos do globalismo que tão severamente ataca a dignidade dos povos, e sobretudo um desafio severo no que respeita ao povo que é o nosso, nesta terra que, no dizer do patriarca D. Manuel Clemente, nos calhou ou em que encalhámos.
A nossa geração tem mais do que motivos para se interrogar sobre se fez tudo o que poderia ter feito para que o legado que deixa aos jovens, que enfrentam a difícil tarefa de redefinir um futuro, para não tornar este tão indecifrável e difícil.
Mas também espero da sua humana generosidade e compreensão que entendam como a nossa tarefa não foi fácil e espero que fique pelo menos o exemplo da não desistência."
sexta-feira, 1 de abril de 2022
calai-vos
Vós que lá do vosso império
Prometeis um mundo novo,
Calai-vos que pode o povo
Querer um mundo novo a sério.