António Rodrigues |
via Ana Freirinha |
Deus disse: faz todo o bem
Neste mundo, e, se puderes,
Acode a toda a desgraça
E não faças a ninguém
Aquilo que tu não queres
Que, por mal, alguém te faça.
Fazer bem não é só dar
Pão aos que dele carecem
E à caridade o imploram,
É também aliviar
As mágoas dos que padecem,
Dos que sofrem, dos que choram.
E o mundo só pode ser
Menos mau, menos atroz,
Se conseguirmos fazer
Mais p'los outros que por nós.
Quem desmente, por exemplo,
Tudo o que Cristo ensinou.
São os vendilhões do templo
Que do templo ele expulsou.
E o povo nada conhece...
Obedece ao seu vigário,
Porque julga que obedece
A Cristo — o bom doutrinário.
António Aleixo, in "Este Livro que Vos Deixo..."
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via Joaquim Carlos Silva |
Queridos irmãs e irmãos, o Natal fica incompleto se cada um de nós não puder ver com os seus próprios olhos e não puder tocar o mistério de Deus. O Natal é a anti abstração.
O Natal possui a concreta objetividade de um acontecimento que se dá diante de nós e em nós. Cada um com as perguntas que traz, com as experiências que transporta, com a situação real que vive é chamado a ver Deus. A ver Deus naquele Menino de carne e osso, naquela criança, naquele Filho que nos foi dado. Ao mesmo tempo, que somos igualmente chamados a nos deixarmos ver por Ele.
A esse propósito escreveu Santo John Henry Newman: "Quem quer que tu sejas, Deus olha-te de um modo único e particular; Ele chama-te pelo nome; Ele te vê e compreende porque é Ele que te criou. Ele conhece tudo aquilo que existe em ti, cada uma das tuas emoções e dos teus pensamentos, a tua força e a tua fraqueza". Jesus não vem apenas ao encontro da Humanidade, vem ao encontro de mim, de ti, de cada um de nós. E o verdadeiro ver aplicado a Jesus implica a compreensão profunda de quanto somos vistos, quer dizer, de quanto somos olhados, amados e conhecidos.
José Tolentino Mendonça |
O SEGREDO POR TRÁS DO EQUILÍBRIO
Quando alguém próximo de você está em desequilíbrio, você se envolve no desequilíbrio do outro e se tornam duas pessoas desequilibradas.
Na minha experiência pessoal, a forma de não absorver esse desequilíbrio é se manter no centro.
É como se você estivesse em uma situação de afogamento. Você e outra pessoa nesse mesmo momento. Então o outro começa a se debater muito e vem para querer ajuda.
Se você não está conectado com seu centro, provavelmente se afogará também, mas diante do equilíbrio dos pensamentos, através da consciência, você consegue não somente se salvar, mas acalmar o outro que estava se debatendo, prestes a perder suas forças.
Então, é preciso fazer uma prática espiritual diária que leve a essa consciência que o seu centro é real. Que existe um EU capaz de guiar em situações de afogamento.
O EU se torna o ponto central de equilíbrio.
Constantemente entre em conexão com a prática espiritual. Essa prática irá transformar o seu caminho.
Envie para uma pessoa que precisa hoje começar essa prática para conseguir lidar com situações de desequilíbrio.
Ser Felicidade / Catia Simionato