quarta-feira, 18 de maio de 2022

Ajudar ou não ajudar?

dar boleia?

Muitas vezes, na beira da estrada, encontramos pessoas que pedem boleia, pelos mais variados motivos. Avaliar o risco de lhes fazer o favor, nem sempre é um processo fácil mas o que me aconteceu hoje, apesar de nada ter de especial, leva-me a deixar aqui algumas considerações que talvez possam ser úteis. 

Quando me deslocava de carro para ir cortar o cabelo, vislumbrei ao longe um indivíduo que circulava no meio da estrada, com passo acelerado, pedindo boleia em tronco nú e mostrando alguma ansiedade. Eu circulava com alguma velocidade, pois estava atrasado e tive de me desviar para a faixa contrária, dando um sinal negativo com a cabeça, como que pedindo desculpa por não lhe fazer o favor. No exacto instante em que passo por ele, sou brindado com um agressivo palavrão:

“F***-se” 

De certa forma, apenas confirmou a minha boa decisão de não lhe dar boleia. 

Rezo por ele, mas também por todas as potenciais vítimas da sua agressividade, impaciência e clara falta de respeito pelo próximo.

Tenho dito.

Manuel Filipe Santos,

Oeiras, 18 de Maio de 2022

vidas perdidas…

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é bom saber…

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Peace begins with a smile

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Never enough

No filme e no mundo real…



segunda-feira, 16 de maio de 2022

Consagração a Nossa Senhora


 

Om Mani Padme Hum

 OM MANI PADME HUM

Por Sua Santidade o Dalai Lama.

É muito bom recitar o mantra OM MANI PADME HUM, mas enquanto você o está fazendo, deve estar pensando em seu significado, pois o significado destas seis sílabas é grandioso e vasto. A primeira, OM, é composta de três letras, A, U e M. Estas simbolizam as impurezas do praticante de corpo, fala e mente; eles também simbolizam o glorioso corpo, fala e mente do Buda.

Pode o corpo, fala e mente serem transformados em corpo, fala e mente puros ou eles são totalmente separados? Todos os Budas são casos de seres que eram como nós e que na dependência do caminho se tornaram iluminados; o Budismo não afirma que alguém está livre desde o começo, livre de falhas, e possui apenas boas qualidades. O desenvolvimento de corpo, fala e mente puros vêm de gradualmente deixarmos os estados impuros de modo árido, e transformá-los em puros.

Como isto é feito? O caminho é indicado pelas próximas quatro sílabas. MANI, que significa jóia, simboliza os fatores do método – a intenção altruísta para tornar-se iluminado, compassivo e amoroso. Assim como uma jóia é capaz de remover a pobreza, ou dificuldades, da existência cíclica e da paz solitária. Similarmente, como uma jóia preenche os desejos dos seres sencientes, assim é a intenção altruísta de se tornar iluminado para satisfazer as aspirações de todos os seres.

As duas sílabas, PADME, significam lótus, simbolizam sabedoria. Assim como um lótus cresce do lodo, mas não é sujo pelas falhas do lodo, assim a sabedoria é capaz de colocar você em uma situação de não-contradição, onde haveria contradição caso você não tivesse sabedoria.

Há a sabedoria que reconhece a impermanência, sabedoria que reconhece a vacuidade nas pessoas, de ser auto-suficiente ou existente por si, sabedoria que reconhece a vacuidade da dualidade – que é o mesmo que dizer, da diferença de entidade entre sujeito e objeto – e sabedoria que reconhece a vacuidade da existência inerente. Apesar de haver muitos diferentes tipos de sabedoria, a principal é a sabedoria que reconhece a vacuidade.

A pureza deve ser atinginda por uma indivisível unidade entre método e sabedoria, simbolizado na sílaba final HUM, que indica indivisibilidade.

De acordo com os sistemas dos sutras, esta indivisibilidade de método e sabedoria se referem à sabedoria afetada pelo método e o método afetado pela sabedoria. No mantra, ou veículo tântrico, se refere à consciência única na qual a forma completa de ambos, sabedoria e método como uma entidade indifirenciável. Nos termos das sílabas sementes dos 5 Budas Conquistadores, HUM é a sílaba de Akshobya – o imutábel, não-flutuante, que não pode ser perturbado por nada.

Assim, as seis sílabas, OM MANI PADME HUM, significam que na dependência da prática do caminho, que é a indivisível união do método e sabedoria, você pode transformar a impureza de corpo, fala e mente em um glorioso e puro corpo, fala e mente de um Buda.

É dito que você não pode procurar pela Budeidade fora de você mesmo, as substâncias para alcançar a Budeidade são internas. Como Maitreya disse no “Contínuo Sublime do Grande Veículo” (Uttaratantra), todos os seres tem naturalmente a natureza de Buda em seu próprio contínuo. Nós temos dentro de nós as sementes de pureza, a essência “Daquele que Alcançou” (Tathagatagarbha), que é ser transformado e ter se desenvolvido plenamente na Budeidade.

Traduzido por Vitor Caruso Jr. 

De texto do Dalai Lama, 

no site do “The Office of Tibet” http://www.tibet.com/

via WhatsApp Marcos Monteiro 

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Praticai o bem

Praticai o bem!

Digo-vos: praticai o bem. Porquê? O que ganhais com isso? Nada, não ganhais nada. Nem dinheiro, nem amor, nem respeito, nem talvez paz de espírito. Talvez não ganheis nada disso. Então por que vos digo: Praticai o bem? Porque não ganhais nada com isso. Vale a pena praticá-lo por isto mesmo.


Fernando Pessoa 

quinta-feira, 12 de maio de 2022

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Volta ( Diogo Piçarra )

 

Ministério de oração


O nosso ministério espiritual, é um ministério de oração.

 …Os monges devem relacionar suas vidas com suas orações, ou então estarão vivendo uma vida dividida.  

…Os Mistérios salvíficos que celebramos ao longo do ano litúrgico podem ser chamados de “rosário monástico”.

 …Devemos “ligar” nossas sessões de oração comunitária com “cadeias” de meditação pessoal.

 …A oração, a meditação e a entrega a Deus são necessárias para poder aceitar acusações justas ou injustas sem retaliação.

 …Durante a oração comunitária, é melhor ouvir com o coração do que com a mente.

 …Em vez de reclamar do ruído externo durante a leitura espiritual, um monge deve tentar mergulhar no que está lendo.

 …Escrever sobre contemplação em vez de fazê-la é um desvio.

 … As congregações contemplativas são “órgãos de oração” no Corpo de Cristo.

 …Nossos cultos de oração correm o risco de se tornarem formalidades se não forem enriquecidos, apoiados e estendidos pela oração pessoal.

 …Lectio Divina* é uma ascese da mente que abre o coração à presença de Deus

 

(* Lectio Divina = leitura de forma espiritual e meditativa; ascese = autodisciplina, Ed)


Francis Acharya (kurisumal Ashram) 


Obs: Pe Bede Griffiths foi um dos fundadores do kurisumal Ashram.


fonte: WhatsApp Marcos Monteiro




segunda-feira, 9 de maio de 2022

Não nos usem…

Mia Couto

 

Tudo começa na Mãe


Um cliente me perguntou pq todo mundo perguntava sobre a sua relação com a mãe, quando ele começava a falar sobre suas questões. 

Eu respondi que "para achar a raiz, precisamos ir ao princípio, e o princípio é a mãe". É é.


O útero materno é nosso primeiro universo, nos provê de tudo que é necessário para formarmos nosso corpo, desenvolver nossas capacidades básicas para o grande sucesso que é o nascer.


A nossa relação com a mãe é uma experiência de desafios sucessivos, harmonizar nossa formação de vida dentro dela, o nascimento, a busca pelo peito que é o primeiro movimento de troca, quando temos que dar um pouco de nós, fazer um esforço para conseguirmos o alimento. 


Tudo começa na mãe.


Mesmo que a fonte venha fluindo através de várias gerações e dela, o SIM final para nossa chegada à vida, vem dela.


Talvez por isso, a maioria das questões que chegam nos atendimentos para serem tratadas, têm nessa relação a sua raiz, mesmo que possa estar mascarada por um conflito paterno ou algo semelhante.


Nosso primeiro sucesso é o nascer, orquestrado em conjunto com essa mãe.


Se idealizamos uma mãe que na vida real frustra nossa criança, sofremos. 


Segundo Jung, nosso inconsciente coletivo carrega vários arquétipos, entre eles o arquétipo da Grande Mãe. 


Quando esse arquétipo entra em conflito com a vida real, registramos no inconsciente pessoal esse momento, em forma de complexo. 


E esse registro fica ali, escondido e aparente, até que olhemos.


Escondido do nosso racional e aparente nas nossas ações, medos e dificuldades de sermos quem viemos para ser.  


Até que entendamos que, para crescer precisamos tratar da frustração dessa criança, e seguirmos.


É preciso que o nosso adulto cuide da nossa criança, que a ensine a compreender as frustrações, a se conscientizar da realidade da vida, e que a auxilie a acolher aquela mãe, real, da forma que ela é e foi. 


Um SIM para tudo, do mesmo jeito que essa mãe disse SIM, lá no princípio.


*🌻Patricia Naves Garcia🌻*

@institutopatricianavesgarcia

Ilustração: @iconeo

fonte: Espaço de Constelação

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