Um cliente me perguntou pq todo mundo perguntava sobre a sua relação com a mãe, quando ele começava a falar sobre suas questões.
Eu respondi que "para achar a raiz, precisamos ir ao princípio, e o princípio é a mãe". É é.
O útero materno é nosso primeiro universo, nos provê de tudo que é necessário para formarmos nosso corpo, desenvolver nossas capacidades básicas para o grande sucesso que é o nascer.
A nossa relação com a mãe é uma experiência de desafios sucessivos, harmonizar nossa formação de vida dentro dela, o nascimento, a busca pelo peito que é o primeiro movimento de troca, quando temos que dar um pouco de nós, fazer um esforço para conseguirmos o alimento.
Tudo começa na mãe.
Mesmo que a fonte venha fluindo através de várias gerações e dela, o SIM final para nossa chegada à vida, vem dela.
Talvez por isso, a maioria das questões que chegam nos atendimentos para serem tratadas, têm nessa relação a sua raiz, mesmo que possa estar mascarada por um conflito paterno ou algo semelhante.
Nosso primeiro sucesso é o nascer, orquestrado em conjunto com essa mãe.
Se idealizamos uma mãe que na vida real frustra nossa criança, sofremos.
Segundo Jung, nosso inconsciente coletivo carrega vários arquétipos, entre eles o arquétipo da Grande Mãe.
Quando esse arquétipo entra em conflito com a vida real, registramos no inconsciente pessoal esse momento, em forma de complexo.
E esse registro fica ali, escondido e aparente, até que olhemos.
Escondido do nosso racional e aparente nas nossas ações, medos e dificuldades de sermos quem viemos para ser.
Até que entendamos que, para crescer precisamos tratar da frustração dessa criança, e seguirmos.
É preciso que o nosso adulto cuide da nossa criança, que a ensine a compreender as frustrações, a se conscientizar da realidade da vida, e que a auxilie a acolher aquela mãe, real, da forma que ela é e foi.
Um SIM para tudo, do mesmo jeito que essa mãe disse SIM, lá no princípio.
*🌻Patricia Naves Garcia🌻*
@institutopatricianavesgarcia
Ilustração: @iconeo
fonte: Espaço de Constelação
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