segunda-feira, 16 de janeiro de 2023
domingo, 15 de janeiro de 2023
sábado, 14 de janeiro de 2023
Pai, hoje farias 83 anos…
Obrigado Catarina, por esta deliciosa prenda de Natal que só hoje montei com a Clara. Dedicado a ti, pai 🙏 |
Sê o que és e torna-te contagioso
Aparição do Menino Jesus numa sala de aula
Hungria, outubro de 1956.
Enquanto nas ruas de Budapeste o país é agitado por manifestações revolucionárias, no âmbito de uma paróquia desenvolve-se um dos mais belos episódios da resistência húngara ao regime ateu.
Nele transparece todo o vigor da alma católica do povo magiar (húngaro), modelado ao longo de mil anos por uma incontável falange de santos. Uma frágil criança enfrenta com firmeza a perseguição contra sua fé infantil, mas já inquebrantável, e assim aniquila o adversário.
O maravilhoso milagre que a seguir vamos narrar, aconteceu em 1956. Transmitiu-o o próprio pároco, padre Norberto, um dos últimos fugitivos dos perseguidores da Igreja que atearam fogo para queimar a seiva ardente das almas cheias de fé, dessa sofrida nação.
Perseguição ideológica
A professora Gertrudes, ateia militante, ensinava na escola da paróquia, a serviço do governo ateu. Todas as suas lições giravam em torno da impiedade e da negação de Deus, pois essa era a sua missão. Tudo lhe servia para difamar e ridicularizar a Igreja Católica.
O seu programa de ensino era simples: arrancar a fé da alma das crianças e assim formar legiões de pequeninos “sem Deus”.
As crianças, mesmo intimidadas, não se deixavam convencer com as troças (zombarias) da mestra. Coisa curiosa:
Gertrudes parecia adivinhar quais as alunas que tinham comungado naquele dia, e eram as que mais perseguia. Uma tarde, a menina Ângela de 10 anos, procurou o padre Norberto, pedindo licença para comungar diariamente. Muito inteligente e bem dotada, era a melhor aluna da classe e da escola. O sacerdote mostrou-lhe os riscos a que se expunha, mas ela insistiu:
“– O senhor padre disse-me que eu devo dar bons exemplos na sala de aula e na escola. E para os dar, preciso de sentir-me forte na fé. Asseguro-lhe que a professora não conseguirá apanhar-me em erro ou em dúvidas. Nos dias em que comungo, sinto-me mais fortalecida. E assim saberei como conduzir-me quando ela caçoar da Igreja. Por favor, não me recuse o que lhe peço, senhor Padre.”
O Padre Norberto então acedeu. E desde esse dia, Ângela passou a viver um verdadeiro inferno na sala de aula. Apesar de saber sempre as lições, qualquer coisa era pretexto para a mestra implicar com ela. A criança resistia, mas ficava abatida, a olhos vistos.
Batalha da Fé
A partir de novembro, as aulas passaram ser autênticos duelos, entre essa mulher ateia e a pequena discípula. Aparentemente, a mestra triunfava e dizia sempre a última palavra. Todavia, a sua irritação era tão grande que até o silêncio de Ângela a punha fora de si. Apavoradas, as outras crianças pediam socorro ao padre Norberto, que nada podia fazer.
—“Graças a Deus – lembra ele – Ângela continuava firme na sua fé, e a nós restava rezar, e rezar com absoluta confiança na Misericórdia Divina.”.
Pouco antes do Natal, a 17 de Dezembro, a professora inventou um estratagema cruel, por onde esperava dar um golpe mortal nas “superstições que infestavam” a escola. E preparou a cena com todo cuidado. Naturalmente, a pobre Ângela foi a vítima. A cena merece ser contada por inteiro:
– Vamos, minha menina! Que fazes tu, quando os pais te chamam?
– Vou ter com eles, diz timidamente a criança.
– Muito bem! Tu ouves que eles te chamam e vais imediatamente. Como menina obediente que és. E que acontece, quando os pais chamam o limpa-chaminés?
– Ele vem, diz Ângela.
Montando a armadilha
O seu pobre coraçãozinho bate aceleradamente: adivinha uma armadilha, mas não compreende em que irá consistir. Gertrudes vai mais adiante. “Os seus olhos ardiam como possuídos pelo fogo, como os de um gato, quando se atira a um rato”, contou uma das suas amiguinhas. Tinha má, muito má cara.
– Muito bem, minha menina. O limpa-chaminés vem, porque existe.
Um minuto de silêncio.
– Tu vens, porque existes. Mas suponhamos que os teus pais chamam a tua avó, já falecida. Achas que ela virá?
– Não. Eu não penso isso!
– Bravo! E se eles chamarem o Barba Azul? Ou a Chapeuzinho Vermelho? Ou o Pele de Burro? Gostas de contos? Pois… que se passará, então?
– Ninguém virá, porque são contos.
Tortura psicológica
Ângela levanta os seus transparentes olhos e baixa-os imediatamente. “Os olhos dela faziam-me mal”, disse Ângela, mais tarde, com simplicidade. E o diálogo continua:
– Muito bem, muito bem! Diz, com ar de triunfo, a professora. Acredito que hoje vais compreender tudo bem depressa. Vós vedes, minhas meninas, que os vivos respondem à chamada. E, pelo contrário aqueles que não respondem não vivem ou deixaram de existir. Isto é claro, não é verdade?
– Sim, respondeu a classe em coro.
– Ora, façamos uma pequena experiência.
Voltando-se, depois, para Ângela, diz:
– Sai, minha menina!
A menina hesita. Depois, levanta-se do banco e sai. A porta fecha-se, pesadamente, por detrás da sua figura dócil.
– E agora, meninas, chamai-a!
– Ângela! Ângela!, gritaram trinta vozes infantis.
Todas pensavam, a sério, que isto não passava de um jogo! Ângela entra, muito atrapalhada. A professora tenta moderar o prazer que já pressente, em proeza de tanta habilidade.
– Por conseguinte, estamos de acordo: se chamais alguém que existe, ele vem; se chamais alguém que não existe, ele não vem. E não pode, mesmo, vir. Ângela está aqui. Ela ouve. Ela vive. E, quando vós a chamais, ela vem. Suponhamos, agora, que vós chamais o Menino Jesus. Alguém de vós acredita ainda no Menino Jesus?
A cartada final
Faz-se um breve silêncio. Depois, algumas vozes, tímidas, respondem:
– Sim, sim!
– E tu, menina, ainda acreditas que o Menino Jesus ouve, quando tu o chamas?
Ângela, subitamente, sente um alívio: aí estava, então, a armadilha, embora ela ainda não previsse, muito bem, como iria terminar. Com decidido ardor, responde:
– Sim, acredito que Ele ouve.
– Muito bem: vamos, então, fazer a experiência. Agora mesmo, vistes como Ângela entrou, quando a chamastes? Se o Menino Jesus existe, ouve a vossa chamada. Chamai, pois, todas juntas e muito alto: “ VEM, MENINO JESUS”. Uma vez, duas, três, todas juntas!
As meninas baixaram a cabeça. No silêncio, pesado e triste, estala um riso malicioso:
– Aí está, onde eu queria levar-vos! Aí está a minha prova! Não ousais chamá-lo, porque sabeis muito bem que ele não virá, esse vosso Menino Jesus! E se ele vos não ouve, é porque não existe, como não existem o “Pele de Burro”, e o “Barba Azul”. É porque ele é somente uma fábula ou história. E ninguém leva isso a sério, porque não é verdade.
Unidade na oração
As meninas, perplexas, ficaram caladas. Esta brutal, e aparentemente sólida prova, era um verdadeiro golpe, rasgado no seu coração.
É preciso nada compreender da psicologia infantil para não apreciar, devidamente, a impressão desses argumentos, que se baseavam numa experiência concreta. Uma após outra – reconheceram-no mais tarde – começaram a duvidar.
E, de fato, se Ele existe, porque não o veem? Ângela estava de pé, pálida como a morte. “Eu temia que ela caísse”, disse uma das suas amigas. A professora, evidentemente, sentia um verdadeiro prazer, pela confusão das crianças. E, por fim, disse num ar triunfante:
– Acabei com o odioso Deus!
De repente, deu-se o imprevisto. Num lance inspirado, Ângela dirigiu-se para o meio da classe. Nos seus olhos que brilhavam, como relâmpago, gritou:
—“Meninas, vamos chamar o Menino Jesus. Vamos gritar todas juntas: “VEM, MENINO JESUS!”.
Num instante todas se puseram de pé e, pondo as mãos em prece, com o coração repleto de esperança, começara gritar: “VEM, MENINO JESUS”.
A professora não esperava esta súbita reação infantil. Retirou-se instintivamente, sem afastar os olhos de Ângela. Primeiro, um minuto de silêncio, pesado como a agonia. Depois, uma vozinha pura diz de novo:
– Mais uma vez!
Foi um grito que “faria cair os muros”, contou uma das garotinhas. Medo, impaciência, dúvida por um tempo vencida, mas pronta a renascer, sentido de solidariedade, provocado, pelo ardor de uma delas, que se impunha como chefe – tudo ali era evidente menos a mais pequena hipótese de um milagre.
“Eu chamei, mas não esperava nada de especial”, confessou Gisela. Mas foi nesse preciso momento que chegou a resposta do Céu. Eis como a contaram as meninas.
O Milagre
Elas não olhavam para a porta, mas para a parede, adiante delas; e, nesse fundo branco, para a cara de Ângela. Mas, de repente, a porta abriu-se silenciosamente.
“Toda a luz do dia, como se dirigia para lá. Essa luz tornou-se cada vez mais forte e tomou a forma de um globo cheio de luz”.
E, nesse momento, “ficaram com medo” mas esse medo durou tão pouco, que “nem tiveram tempo para gritar”. O globo abriu-se e apareceu, nele, uma Criança “encantadora como nós ainda nunca tínhamos visto”. A Criança sorriu-lhes, sem lhes dizer nada. A Sua presença “era de infinita doçura”.
As crianças já não tinham medo. “Só sentíamos alegria”. Isto durou… um minuto, um quarto de hora, uma hora? A respeito do tempo, os testemunhos são divergentes (sabemos quanto, em fenômenos de ordem sobrenatural perde, mortalmente, a noção do tempo).
Em todo o caso, a aparição não durou mais do que o tempo de uma aula. A Criança “estava vestida de branco e parecia um pequeno sol”. Dela “saía uma luz”. “A luz do dia parecia escura comparada com ela”. Algumas meninas ficaram deslumbradas: “fazia mal aos olhos”.
Outras olhavam para o Menino Jesus, sem preocupação alguma. Ele não disse nada “apenas sorria”, e escondeu-Se no globo brilhante que se fechou de mansinho, “pouco a pouco, desapareceu”, pela porta, que também se fechou sem que ninguém lhe tocasse.
As crianças olhavam ainda para a porta. Em verdadeiro êxtase, com o coração “a transbordar de alegria”, as meninas não conseguiram pronunciar sequer uma palavra.
Bem Aventurados os que creram
De repente, um grito feroz rompeu o silêncio. Completamente aterrada, atordoada, “com os olhos fora das órbitas”, com os braços erguidos e mãos na cabeça, a professora começou a clamar em altos gritos: “Ele veio! Ele veio! Ele existe”. E, batendo com a porta “fugiu”, corredor fora.
Ângela parecia ter despertado. Disse apenas: “vistes todas? Ele existe. E agora vamos agradecer-Lhe”. Todas as meninas, docilmente, se ajoelharam e recitaram o “Pai Nosso”, a “Ave Maria” e o “Glória ao Pai”. Depois saíram da classe, pois, havia tocado a campainha para o recreio.
Quanto à professora Gertrudes, internaram-na numa casa de loucos. As autoridades abafaram o caso. Parece que não cessa de gritar: “Ele veio! Ele veio!”. Note-se que há lá não poucos “casos” de loucura por motivo de religião. Os profanadores das nossas igrejas acabam quase todos na loucura.
Quanto à Ângela, terminou a escola e passou a ajudar a mãe. Na altura deste acontecimento, ela é a mais velha de uma família numerosa.
fonte: Aliança de Misericórdia
Outra fonte: Legião Eucarística
sexta-feira, 13 de janeiro de 2023
terça-feira, 10 de janeiro de 2023
sobre as diferenças…
As diferenças são uma fonte de problemas na vida humana.
Em qualquer condição, tentemos encontrar parecenças ou semelhanças com aquilo que encontramos. Se nos focarmos apenas nas diferenças, surgirão preconceitos e pensamentos negativos.
Se formos capazes de ver as semelhanças que temos com outras pessoas, seremos capazes de tolerarmos e respeitarmo-nos uns aos outros.
Vitor Ribeiro |
domingo, 8 de janeiro de 2023
oops
I suddenly saw that all the time it was not I who had been seeking God, but God who had been seeking me. I had made myself the centre of my own existence and had my back turned to God.
Bede Griffiths |
somos nós
Queridos irmãs e irmãos, no final da celebração do mistério do Natal, temos a Festa da Epifania. O nascimento de Jesus, o Deus connosco, tem de resplandecer e cada um de nós é testemunha, cada um de nós que está aqui é um implicado nesse nascimento, e é chamado a transportar essa boa nova, essa alegria, essa possibilidade de encontro a todas as mulheres e a todos os homens. Nós não vivemos o mistério em função de nós próprios, da nossa auto referencialidade, da nossa auto preservação, mas nós vivemos este mistério em Deus que é amor, que tem um coração onde todos cabem. E por isso, na nossa maneira de olhar, na nossa maneira de estar, nas escolhas que fazemos, na construção do mundo que efectivamos, temos de ter isso em conta – a universalidade. Porque este Menino que nasceu ensina-nos a nascer.
Nós, dentro de dias, começamos a arrumar os presépios dentro dos sacos, dentro das caixas, mas é importante que não arrumemos o espírito do presépio porque Jesus já nasceu há dois mil anos. Quem precisa de nascer hoje somos nós. Somos nós.
Tolentino Mendonça |