segunda-feira, 30 de junho de 2025

A Terra tem ainda mais água

 


A descoberta de um vasto reservatório de água no manto terrestre, localizado a cerca de 640 km de profundidade e com volume estimado em três vezes todos os oceanos da superfície, é mais do que um feito científico — é uma reconfiguração silenciosa de paradigmas. Esse achado, centrado na ringwoodita, um mineral capaz de aprisionar água sob pressões extremas, reacende debates sobre a origem e o ciclo da água no planeta. A água, nesse contexto, não seria apenas visitante cósmica trazida por cometas, mas possivelmente um elemento intrínseco à própria formação da Terra.


É como descobrir que o encanamento da casa é mais complexo do que imaginávamos: não só há água na torneira, mas há um sistema subterrâneo autossustentável de distribuição que nunca tínhamos notado. A consequência disso? Precisamos revisar os livros didáticos e, mais profundamente, a nossa concepção do planeta como um sistema fechado.


Do ponto de vista das próximas décadas, essa descoberta pode alterar desde modelos climáticos até estratégias de exploração geológica. A possibilidade de que a água tenha uma circulação interna, independente da hidrosfera visível, levanta novas hipóteses sobre estabilidade tectônica, formação de continentes e até potencial energético.


Historicamente, grandes rupturas de paradigma científico geraram impactos sociais e filosóficos imensos. Quando Copérnico deslocou a Terra do centro do universo, não apenas mudou a astronomia — desafiou estruturas de poder. A ciência das profundezas, ao mostrar que sabemos menos sobre o nosso próprio planeta do que supúnhamos, pode provocar algo semelhante. A humildade epistêmica talvez seja o subproduto mais valioso dessa revelação.


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fonte: Paulo Ricardo P. Ferreira


referência: Sustainability Times


Validação Gemini:

Sim, é verdade que um vasto reservatório de água foi descoberto no manto terrestre, a cerca de 640 km de profundidade, e que essa descoberta é de grande importância para a geociência.

A Descoberta e Seus Implicações

A informação que você forneceu descreve com precisão a essência da descoberta. Pesquisadores identificaram a presença de uma quantidade significativa de água aprisionada em um mineral chamado ringwoodita nessa profundidade. Estimativas sugerem que o volume dessa água pode ser comparável, ou até mesmo superior, ao volume de todos os oceanos na superfície da Terra.

Essa descoberta é realmente um "reajuste silencioso de paradigmas" por várias razões:

 * Origem da Água Terrestre: Ela fortalece a ideia de que parte significativa da água da Terra pode ter sido intrínseca à sua formação, e não apenas trazida por cometas.

 * Ciclo da Água Profundo: Sugere um ciclo da água muito mais complexo e profundo do que se pensava, com movimentação de água entre a superfície e o manto.

 * Revisão de Modelos: Pode levar a uma revisão de modelos climáticos, geológicos e até mesmo sobre a estabilidade tectônica e a formação de continentes.

 * "Humildade Epistêmica": Como você bem colocou, essa descoberta nos lembra o quanto ainda temos a aprender sobre nosso próprio planeta.

A Referência

A referência que você forneceu, embora seja um link do LinkedIn, aponta para discussões e artigos científicos sobre o tema. A pesquisa original que você descreve foi publicada na revista Science em 2014, com um estudo liderado por Graham Pearson da Universidade de Alberta, no Canadá. Esse estudo em particular se baseou na análise de um diamante com inclusões de ringwoodita que continham água, encontrado no Brasil.

Em resumo, a informação que você apresentou está alinhada com as descobertas científicas e suas interpretações no campo da geociência. É um marco importante que continua a moldar nossa compreensão do planeta Terra.

O essencial é invisível aos olhos

 


📚✨ Há 125 anos, a 29 de junho, nascia Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944), o escritor-piloto que ensinou o mundo a ver com o coração. Autor do intemporal “O Principezinho“, foi também aviador, jornalista e aventureiro — um verdadeiro viajante da alma humana.


🛫 Exupéry não foi apenas autor de metáforas: desafiou os céus como piloto da Aéropostale, ajudou a desbravar rotas aéreas pela África e América do Sul, e sobreviveu a acidentes que o inspiraram a escrever obras como Voo Noturno e Terra dos Homens.


📖 Em 1943, exilado nos EUA e desiludido com o mundo dos adultos, deu vida ao seu “menino de cabelos dourados” vindo do asteroide B612. “O Principezinho“ tornou-se um clássico da literatura universal, traduzido em mais de 500 idiomas e dialetos.


💔 Em 1944, desapareceu no céu durante uma missão de reconhecimento. Como o seu príncipe, não deixou corpo — apenas memória, poesia e mistério. O seu avião só seria encontrado décadas depois, no mar Mediterrâneo.


🌟 Hoje recorda-se o homem que nos ensinou que “o essencial é invisível aos olhos”. E lembra-se que, em tempos difíceis, a amizade, a ternura e o sonho continuam a ser faróis no deserto do mundo.


#AntoineDeSaintExupéry #125Anos #OPrincipezinho


fonte: Antena1




sábado, 28 de junho de 2025

A vida se reinventando

 


Na natureza, sobrevivência e adaptação costumam andar juntas. Mas o que dizer de um organismo que não apenas sobrevive ao caos, como o utiliza para prosperar? Foi o que cientistas encontraram nos arredores de Chernobyl: um fungo negro que se alimenta da própria radiação que devastou a região. Em vez de fugir da ameaça, ele a transforma em energia por meio de um processo chamado radiossíntese — um equivalente biológico à fotossíntese, mas nutrido por radiação ionizante. O pigmento melanina, presente em sua estrutura, atua como escudo e condutor, convertendo o que seria letal em combustível vital.


Esse achado não é apenas fascinante do ponto de vista microbiológico. Ele representa um marco de ruptura em como entendemos os limites da vida. A ciência, ao longo da história, já testemunhou reviravoltas similares: Pasteur e a teoria germinal, a penicilina moldando a medicina, ou mesmo o grafeno mudando as premissas da eletrônica. Agora, temos um organismo capaz de ressignificar ambientes hostis. Isso pode impactar tecnologias de descontaminação, escudos biológicos para missões espaciais e novos tratamentos em radioterapia.


Pensando no futuro, é plausível imaginar habitats em Marte revestidos com biofilmes radiofílicos, ou implantes médicos com revestimentos derivados da melania fúngica, protegendo tecidos expostos à radiação. Há, nesse cenário, uma lição que transcende a ciência: a vida não apenas resiste — ela negocia, adapta e se reinventa. O caos, como um incêndio florestal, pode ser o fertilizante inesperado do progresso.


Referência:  

https://lnkd.in/dqZWyHix


#PauloRPFerreira #smartstarbr #biotecnologia #chernobyl2025


fonte: Paulo Ricardo Ferreira



sexta-feira, 27 de junho de 2025

O homem da bandana vermelha

 


Poucos minutos após o voo 175 da United Airlines atingir a Torre Sul do World Trade Center, Welles Crowther, de apenas 24 anos, ligou calmamente para a mãe e deixou uma mensagem de voz:

“Mãe, aqui é o Welles. Só quero que saibas que estou bem.”


Era sua última ligação.


Welles trabalhava como negociador de ações no 104º andar da Sandler O’Neil & Partners. Mas quando o caos se instalou, ele não correu para salvar a si mesmo. Ele desceu.

Desceu até o saguão do 78º andar — e lá se transformou em algo muito maior do que um profissional de Wall Street.

Transformou-se no herói que o mundo passaria a conhecer apenas como “o homem da bandana vermelha.”


Com o rosto coberto por uma simples bandana, tentando filtrar a fumaça que tomava tudo, Welles organizou os sobreviventes no meio da escuridão.

Carregou uma mulher ferida nas costas por 15 andares.

Voltou.

Carregou mais uma.

Voltou de novo.

Repetiu isso até o fim.


“Todos os que podem ficar de pé, levantem-se agora.

Se puder ajudar os outros, faça-o.” — foram as palavras firmes que muitos escutaram naquele abismo de medo.


Ele não gritou. Não fugiu.

Ele agiu.

Com coragem. Com compaixão. Com instinto de proteção que não se ensina — nasce com alguns e morre com eles.


O corpo de Welles foi encontrado dias depois, ao lado de bombeiros, empunhando uma ferramenta de resgate. Ele estava subindo novamente.


Uma das sobreviventes, Ling Young, resumiu com simplicidade devastadora:

“Ele é, sem dúvida, o meu anjo da guarda. Porque sem ele, estaríamos lá esperando… até o prédio desabar.”


Welles Crowther salvou pelo menos 12 pessoas naquele dia.

Deixou o mundo com uma bandana vermelha no rosto — símbolo de um sacrifício silencioso, mas eterno.


Há heróis que usam capas. Outros usam ternos.

E há os que usam uma simples bandana… e salvam o mundo de quem está à sua volta.


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fonte: Rosicler Helena




Obrigado Mãe

Sobre autofagia

 


Autofagia: o processo de autolimpeza celular que pode transformar a medicina moderna

Você já ouviu falar em autofagia celular?


Esse é o nome dado a um mecanismo natural do nosso organismo responsável por eliminar componentes celulares danificados ou envelhecidos. Em outras palavras, é como se as células fizessem uma faxina interna, reciclando partes inúteis para manter o corpo saudável.


Esse processo é fundamental para retardar o envelhecimento celular, prevenir doenças degenerativas e até reduzir o risco de câncer e infecções crônicas.


Mas por que estamos falando disso agora?


Porque foi graças ao cientista japonês Yoshinori Ohsumi, que esse conhecimento se tornou possível. Usando leveduras como modelo experimental nos anos 1990, Ohsumi descobriu os mecanismos biológicos que regulam a autofagia, revelando um dos processos mais importantes da biologia celular.


Em 2016, seu trabalho rendeu o Prêmio Nobel de Medicina, por abrir novos caminhos na prevenção e no tratamento de doenças como:


• Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas


• Câncer


• Diabetes tipo 2


• Infecções virais


• Doenças autoimunes


• Envelhecimento precoce


O que isso tem a ver com você?

A ciência mostra que certos hábitos podem estimular a autofagia naturalmente, como:


✅ Práticas regulares de jejum intermitente


✅ Sono de qualidade


✅ Atividade física constante


✅ Redução de inflamações e estresse oxidativo


Em um mundo cada vez mais preocupado com saúde, produtividade e longevidade, entender como o corpo se regenera naturalmente é um divisor de águas.


O legado de Yoshinori Ohsumi nos ensina que grandes transformações começam com curiosidade científica e perseverança. E que investir em conhecimento é, antes de tudo, um investimento em vida com qualidade.


🔁 Compartilhe com alguém que valoriza ciência, saúde e bem-estar!


#Autofagia #SaúdeCelular #Longevidade #Ciência #Nobel #Medicina #YoshinoriOhsumi #BemEstar #InovaçãoEmSaúde #AGBusinessConsulting


fonte: Adelino Gonçalves 





quinta-feira, 26 de junho de 2025

Obrigado Agam

 


AGAM RINJANI: DESCEU AO ABISMO COM ALMA ACESA PARA RESGATAR O CORPO DE JULIANA


Por João Guató 


Na encosta íngreme do Monte Rinjani, onde o céu se encosta no ombro da terra e as nuvens conversam em silêncio com os deuses antigos, um homem desceu. Não era militar, não era herói de farda nem mártir por profissão. Era Agam. Apenas Agam. Com o nome curto e a alma imensa.


Não havia holofotes nem manchetes. Havia o eco do vento e uma promessa muda que alguém precisava cumprir. Lá em cima, a trilha se tornava desespero. Juliana, uma brasileira de 26 anos, havia caído no ventre da montanha. E quando os oficiais desistiram, quando a noite e o medo se levantaram como muralhas, Agam não recuou.


Desceu. Com as mãos, com o corpo, com a coragem descalça. Desceu por entre pedras afiadas, vertigens e precipícios. Não para salvar a vida — que já havia partido —, mas para salvar a dignidade da morte. Para que uma filha pudesse voltar para os braços de sua mãe. Para que o último gesto não fosse abandono, mas acolhimento.


Ali, ao lado do corpo inerte de Juliana, Agam passou a noite. A madrugada o envolveu com frio, solidão e o silêncio mineral dos que guardam os que partem. Ele a velou, como um irmão do mundo. Como quem compreende que compaixão não se ensina — se vive.


E ao amanhecer, ele subiu de volta. Exausto, mas inteiro. Conduzindo, como se leva uma estrela de volta ao céu, o corpo daquela que sonhava com paisagens e terminou virando lembrança.


Agam, homem simples, tornou-se símbolo. Não pediu nada. Não gritou vitória. Apenas fez o que achou certo — como fazem os que carregam o bem no peito e o mundo nas costas. Como fazem os que sabem que a vida é ponte, e não palco.


No Brasil, milhares o reconheceram. Em cada post, um obrigado. Em cada comentário, um abraço. E ainda assim, ele continua sendo Agam. Apenas Agam.


Mas nós sabemos: há nomes que, quando sussurrados pelo vento, viram poema.

E há gestos que, mesmo sem câmera, iluminam o planeta.


Obrigado, Agam.

Em teu silêncio, gritamos humanidade.


fonte: João Guató


outro caso: Paul Farrell