quarta-feira, 7 de abril de 2021

terça-feira, 6 de abril de 2021

A última revelação


 "A última [revelação], a que nos abrirá plenamente portas de glória que serão ao mesmo tempo para o mundo e para fora dele, que serão simultaneamente de tempo e de eternidade, de individual e colectivo, de santidade estendendo-se na horizontalidade de todo o planeta e na total verticalidade de cada homem, e acabando assim com todas as falsas antinomias que, pela sua duração na História, se tinham quase visto como inerentes à própria natureza da Humanidade e do mundo; a última revelação, essa virá de nós para nós mesmos, e ninguém dará por ela a não sermos nós. Será como que o pleno lembrar-se daquele reino de pura essência de que falou Platão; e aquela plena transformação do homem de que Jesus falou."

- Agostinho da Silva, SÓ AJUSTAMENTOS, 1962, IN TEXTOS E ENSAIOS FILOSÓFICOS, II, Âncora Editora, 1999, p. 137.

Mural da Associação Agostinho da Silva

Via mural de Fernanda Pinto

Existe quem ama sem falar em amor

Mural XE

Conheço várias pessoas assim...
E duas o fizeram de formas 
completamente diferentes
e opostas...
Um deles foi o meu pai.
Outro é o meu (ex-)sogro...!
😍
Por ambos tenho enorme admiração,
por um como filho,
pelo outro como enteado
( ou mesmo genro como bem sugeriu XE )
Mas ambos respeito,
no dia de hoje,
na minha modesta humildade.
Que Deus a cada um dê a Luz,
e a cada um no reino 
em que actualmente habita,
para Viver o Amor de Cristo
em toda a sua plenitude.
Amen 🙏

man@
Oeiras, 6 de abril de 2021


Nunca compare seu filho com outras crianças

Flores e Frases

 

terça-feira, 30 de março de 2021

You raise me up

Quem estiver a passar momentos mais difíceis,
não esqueça que depois da tempestade
vem sempre a bonança. Poderá demorar,
poderá tardar, 
poderá não ser visível,
mas virá!
Santa Páscoa!!!
💘💚💙
🙏

 

sexta-feira, 26 de março de 2021

O bom selvagem

( a minha intervenção em 1h:38 )

Também há os que "por obras valorosas, se vão da lei da morte libertando"


Os outros, esses que "por obras asquerosas se vão à lei da morte condenando", esses que por todo o mundo enchem os bandulhos de petróleo, de diamantes de sangue e de sangue inocente, esses que compram a pátria dos outros a preço de saldo, os vampiros do tempo novo e dos novos tempos, - uma espécie zoológica que habita todos os continentes -, são os novos senhores do medo que graças à hipocrisia do "politicamente correcto" e do "economicamente inevitável" são presenteados com "vistos dourados".

Aqueles lutam pela dignidade que foi roubada, estes, nem sequer lutam com a própria consciência, simplesmente porque a não têm, simplesmente porque também a venderam... a preço de ouro, com que enchem os bandulhos, com o que falta no prato dos pobres.




 

Deus


Deus dorme na pedra 
respira na planta 
sonha no animal 
e desperta no homem.

💛 Poema Indiano

Arte: Carlos Cában

❤️💚💙


 

Ele é exaltado






 

quinta-feira, 25 de março de 2021

Festa da Anunciação



Tropário da Anunciação (4º Tom).

“Hoje é o prelúdio da nossa Salvação e a manifestação do Mistério preparado desde a eternidade: o Filho de Deus torna-se Filho da Virgem e Gabriel anuncia a graça. Por isso, com ele clamamos à Mãe de Deus: Salve, ó Cheia de Graça, o Senhor é contigo!”

Faça-se em mim segundo a tua palavra: porei ao mundo aquele que não tem corpo e que de mim tomará carne, para reconduzir o homem à sua primitiva dignidade, pois somente ele pode fazê-lo, mediante esta união.”

O evento que celebramos no dia 25 de março aconteceu em Nazaré, no Oriente. É compreensível, pois, que tal festa tenha começado a ser celebrada ali. Foi introduzida em Roma, posteriormente, pelo papa Sérgio I, já por nós citado, um siciliano de origem síria e de cultura grega.

O belíssimo hino Acatisto, em honra à Mãe de Deus, tão apreciado pela piedade popular bizantina há cerca de treze séculos, e que agora começa a ser conhecido também no Ocidente, está presente em diversos trechos do Ofício da festa, como, por exemplo, no proêmio que precede as vinte e quatro estrofes do hino, ou no Kondákion (8º tom) cujo texto transcrevemos em seguida:

Kondákion da Anunciação (8º tom)

"Nós, teus servos, ó Mãe de Deus, te conferimos os lauréis da vitória, penhor de nossa gratidão, como a um general que combateu por nós e nos salvou de terríveis calamidades. E, como tens um poder invencível, livra-nos dos perigos de toda espécie para que te aclamemos: Salve, Virgem Imaculada!"

fonte: WhatsApp (Shantivanam-inter-fé)

Formaste-me um corpo (Heb 10,5)

 
Vinte e cinco de Março, dia da solenidade da Anunciação. De hoje a nove meses é dia de Natal. Maria de Nazaré neste dia recebeu a saudação e foi-lhe anunciado que conceberá e dará à luz um filho e lhe porá o nome de Jesus.

Neste contexto sobressai duas ideias que devemos ter em conta. Uma é que há um corpo que será formado como nós todos também recebemos essa dádiva de termos sido formados para termos um corpo. Outra ideia é que para esta maravilha não é necessário ter medo. Porque, se para nós há impossíveis, para Deus nada é impossível.

A questão do corpo aqui levantada sob o pretexto da anunciação, serve para lembrar-nos que há uma Teologia do Corpo que serviu de inspiração para algumas intervenções do Papa João Paulo II, cujo pensamento se centrava nesta ideia basilar, só o corpo, afirmava o Papa, "é capaz de tornar visível o que é invisível: o espiritual e o divino". O corpo, com séculos a ser desvalorizado, porque o consideravam instrumento de pecado, descobre-se afinal que ele tem valor espiritual e divino.

O nosso corpo e o corpo dos outros requerem todos os dias respeito e veneração. Porque o corpo humano, em todas as suas dimensões, foi criado para expressar o dom de si mesmo que é reflexo do amor verdadeiro que nasce dentro dele. E não há neste mundo maior riqueza do que esta.

A segunda ideia desta reflexão é o medo. Não faz sentido viver com medo. Porque ele bloqueia a criatividade e a ousadia das decisões, que devem ser sempre corajosas e o mais possivelmente acertadas. Por isso, se há medo, e por sua vez escravidão, requer mais entrega e procura da libertação. Ao medo responde-se com a coragem. No lugar do medo a liberdade de pensar, de se expressão e vontade firme para construir uma história que deixe a marca do bem e da felicidade por onde passa o nosso corpo. 
(Picasso, como ele pinta o Corpo Humano)