quarta-feira, 11 de julho de 2012

São Bento


Abade vem de "Abbá", que significa pai, e isto o santo de hoje bem soube ser do monaquismo ocidental. São Bento nasceu em Núrcia, próximo de Roma, em 480, numa nobre família que o enviou para estudar na Cidade Eterna, no período de decadência do Império.
Diante da decadência – também moral e espiritual – o jovem Bento abandonou todos os projetos humanos para se retirar nas montanhas da Úmbria, onde dedicou-se à vida de oração, meditação e aos diversos exercícios para a santidade. Depois de três anos numa retirada gruta, passou a atrair outros que se tornaram discípulos de Cristo pelos passos traçados por ele, que buscou nas Regras de São Pacômio e de São Basílio uma maneira ocidental e romana de vida monástica. Foi assim que nasceu o famoso mosteiro de Monte Cassino.

A Regra Beneditina, devido a sua eficácia de inspiração que formava cristãos santos por meio do seguimento dos ensinamentos de Jesus e da prática dos Mandamentos e conselhos evangélicos, logo encantou e dominou a Europa, principalmente com a máxima "Ora et labora". Para São Bento a vida comunitária facilitaria a vivência da Regra, pois dela depende o total equilíbrio psicológico; desta maneira os inúmeros mosteiros, que enriqueceram o Cristianismo no Ocidente, tornaram-se faróis de evangelização, ciência, escolas de agricultura, entre outras, isso até mesmo depois de São Bento ter entrado no céu com 67 anos.
São Bento, rogai por nós!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A cura do coração de Pedro (Pe. Léo)


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Pe. Léo S.C.J. (1961-2007)

Maria de Agreda


Maria Fernández Coronel y Arana (2 de Abril de 1602 — 24 de Maio de 1665), mais conhecida pelo nome de Maria de Jesus de Ágreda, foi uma religiosa abadessa de Ágreda, cidade situada na província espanhola de Sória, tendo nascido e falecido nessa mesma localidade. Além de freira da Ordem da Imaculada Conceição, foi ainda uma importante escritora mística espanhola. Teve fama de santa pelas suas sucessivas penitências e mortificações corporais e foi, inclusive, processada pela Inquisição. Entre os anos de 1643 e 1665 manteve uma continuada troca de correspondência com o Rei Filipe IV, de quem se tornou conselheira para os assuntos de Estado. Em 1627, com apenas 25 anos de idade, foi nomeada abadessa do convento franciscano de Ágreda (fundado pelos seus próprios pais). Nos anos seguintes, alegadamente terá recebido diversas aparições de Nossa Senhora e das quais resultaram as inúmeras revelações que acabou por publicar na sua famosa obra "Cidade Mística de Deus". Alegou-se que teria o dom da bilocação, surgindo mesmo em algumas pinturas feitas por missionários franciscanos e por indígenas de vários países. No entanto, sabe-se que nunca abandonou o seu convento em Espanha. Em 1673 iniciou-se o seu processo de beatificação, tendo chegado a ser declarada Venerável pelo Papa Clemente X. Passados quase quatrocentos anos após a sua morte, o seu corpo continua incorrupto e encontra-se exposto na Igreja do Convento de Ágreda. 

















Obra 
De natureza ascética e mística, a sua obra é composta por escritos que defendem a evolução da vida espiritual e a castidade absoluta. Dos diversos livros que escreveu, os mais célebres foram, sem dúvida, os volumes da "Cidade Mística de Deus" (que inicialmente fora proibida pela Inquisição e, mais tarde, permitida para divulgação). Essa obra conta já com mais de 173 edições em diferentes línguas e com imprimatur de bispos católicos. Entre a sua bibliografia constam:
"Escala ascética";
"Exercícios quotidianos e doutrina para fazer obras com maior perfeição";
"Conceitos e suspiros do coração para alcançar o verdadeiro objectivo de agradar o Esposo e Senhor";
"Cidade Mística de Deus";
"Correspondência privada com Filipe IV".

sábado, 7 de julho de 2012

Santo Adriano (Canção Nova)


Adriano viveu no século IV. Era casado com Natália. Recebia oração e via o testemunho de sua esposa nas pequenas coisas, na fidelidade, no amor a Deus e a ele.

Adriano pertencia à chefia da guarda romana, onde o Imperador Diocleciano perseguia duramente os cristãos. Numa ocasião, foram presos 22 cristãos, que testemunharam Jesus perante os tribunais. O coração de Adriano se decidiu por Cristo naquele momento e quis pertencer ao número daqueles heróis do Senhor. Decidiu-se por Cristo, foi preso, sofreu todas as pressões para negar a fé em Cristo e na Igreja.

Natália acompanhou tudo e orava pela fidelidade de seu esposo a Cristo. Adriano teve uma última chance de declarar seu amor à esposa e foi martirizado, queimado vivo, juntamente com os outros 22 cristãos. 

Santo Adriano, rogai por nós!


Padre Horácio Nogueira

Horácio Nogueira (António Horácio Alves Nogueira) nasceu em Góis (distrito de Coimbra - Portugal), a 16 de Julho de 1925.

Estudou nos Seminários de Alcains, Olivais (Lisboa), Évora e Gavião, vindo a receber a ordem sacra de Presbítero, em 25 de Dezembro de 1948, em Alcains, onde celebrou a Primeira Missa.

É também licenciado em Sociologia pela Pontífica Universidade Católica do Rio de Janeiro (1967-1971).

Foi professor no Seminário de Alcains (1946-1952 e 1954-1958) e na Escola Industrial Marquês de Pombal (1965-1967).



fonte: animus

Em 1958, partiu para Angola e em Malanje viveu grande parte da sua vida (até Dezembro de 2002), tendo sido Secretário do Bispo de Malanje e professor no Seminário-Colégio de S. José, no Colégio Veríssimo Sarmento e no Liceu Adriano Moreira. Foi ainda: capelão na Penitenciária da Damba; delegado diocesano do Ecumenismo; notário do Tribunal Eclesiástico; secretário e ecónomo da Diocese; capelão do Colégio de Nossa Senhora de Fátima, chanceler da Cúria, sob os Bispos Dom Manuel Nunes Gabriel, Dom Pompeu de Sá Leão e Seabra, Dom Eduardo André Muaca, Dom Alexandre do Nascimento, Dom Eugénio Salessu, Dom Luís Maria Pérez de Onraita.

No campo da escrita literária, teve vários prémios e publicou: Estrela da Planície - poemas (1955), Há Vida na Charneca - narrativas alentejanas (1ª edição, 1956; 2ª edição, 1957), Cabo Verde - poema (1960), Nova Rota - poemas (1959), A Vida Recomeça Hoje - novelas (1962), Natal em S. Tomé - conto (1ª edição - 1962, 2ª edição 2004), Bodas de Ouro - poesia e memória (1998).

Em preparação tem: Mundo que não mente - narrativas infantis e Na Terra do Meu Peregrinar.
fonte: Cabo Verde (poema)
🙏
O Sr. Padre Horácio é uma pessoa excepcional e um grande poeta, com uma disponibilidade e alegria contagiantes. É difícil não sorrir quando estamos na sua presença. Como amostra do seu grande coração, partilho aqui um pequeno poema retirado do seu livro "Estrela da Planície" (pág. 66)

Meu Coração
Meu coração não é meu.
Vai longe o dia em que o dei!
Dei-o todo a quem mo deu...
E quem mo deu fê-lo seu,
Quando nas mãos lho deixei!

Dei-o todo - sei-o bem!
Ninguém mo venha pedir.
Ninguém pretenda, ninguém,
Vir dizer-me: «É só por bem...»
- Não o posso dividir.

O coração, pouco a pouco,
Perde o domínio, a vontade.
E à deriva, cego e mouco,
É como se fosse um louco
Que só pensa em liberdade.

Sei que dei meu coração.
Não é meu, pois, de direito!
- Mas, se ele está dado, eu não
Entendo por que razão
O sinto ainda no peito!

Meu coração não é meu.
Ninguém mo queira roubar!
Deus, que mo deu, fê-lo Seu...
Foi Ele quem o escolheu
E fui eu quem Lho foi dar!

Por isso, já não é meu.
Ninguém mo queira roubar!
Padre Horácio Nogueira

2020.08.25:

Partilho aqui uma homenagem
que hoje dediquei ao Sr. Padre Horácio Nogueira.


🙏
Padre Horácio Nogueira ( 1925 - 2017 )

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Prece (Fernando Pessoa)

Vídeo actualizado em 2022.04.11

Senhor,
que és o céu e a terra, que és a vida e a morte! O sol és tu e a lua és tu e o vento és tu! Tu és os nossos corpos e as nossas almas e o nosso amor és tu também. Onde nada está tu habitas e onde tudo está — (o teu templo) — eis o teu corpo.

Dá-me alma para te servir e alma para te amar. Dá-me vista para te ver sempre no céu e na terra, ouvidos para te ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em teu nome.

Torna-me puro como a água e alto como o céu. Que não haja lama nas estradas dos meus pensamentos nem folhas mortas nas lagoas dos meus propósitos. Faze com que eu saiba amar os outros como irmãos e servir-te como a um pai.

Minha vida seja digna da tua presença. Meu corpo seja digno da terra, tua cama. Minha alma possa aparecer diante de ti como um filho que volta ao lar.

Torna-me grande como o sol, para que eu te possa adorar em mim; e torna-me puro como a lua, para que eu te possa rezar em mim; e torna-me claro como o dia para que eu te possa ver sempre em mim e rezar-te e adorar-te.

Senhor,
protege-me e ampara-me. Dá-me que eu me sinta teu.

Senhor,
livra-me de mim.

Fernando Pessoa, Páginas Íntimas e de Auto-interpretação, Ática, Lisboa.
fonte: Zimbórios
in: O Eu Profundo

quarta-feira, 4 de julho de 2012



Bó:
Esta carta é para ti mas partilha-a também com o Bú. Faz hoje um ano que partiste e tenho montes de saudades tuas. Hoje pensei muito em ti e não consegui deixar de me emocionar. Só tenho recordações felizes contigo. São sobretudo momentos da minha infância, os momentos da chegada ao Porto, os Natais em família, o meu primeiro relógio, a primeira vez que me equilibrei em cima duma bicicleta no vosso quintal, as idas à piscina no Inatel, as viagens a Chaves, os passeios a Bragança. É um facto que a minha afinidade sempre foi maior pelo Bú, com quem adorava jogar Eleven e King mas tu estavas sempre lá com ele e sempre com um sorriso. É assim que me lembro de ti. A sorrir. Para mim vocês sempre foram o casal modelo. Tinham as vossas discussões, as vossas pequenas zaragatas mas eram o meu casal modelo. Um casal que promovia a família e com muito Amor. Se um dia viesse a ter uma família seria como a vossa. Tenho muitas saudades de vocês e quero que saibam que sinto muito a vossa falta. Que Deus me ajude a prolongar o vosso legado.

Amo-vos do fundo do meu coração e daqui vos mando montes de beijinhos.

Com muito carinho,
o vosso neto,
Filipe.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Passeio vazio

Abrigado da chuva, debaixo da varanda dum prédio, gritava com todas as suas forças para quem passava:
- Vocês sabem lá o que é a vida. Vocês sabem lá o que custa...
A sua agressividade e provocação a todos incomodava mas ninguém parava. Antes, fingiam não ouvir. Olhando o vagabundo de lado, aceleravam o passo receando a sua proximidade. Como se tivesse uma doença grave, uma doença contagiosa que ninguém quer apanhar. 
E ele cada vez mais alto gritava, como se a todos quisesse matar. Todo o mundo era culpado do seu estado. Todo o mundo. Sozinho, com fome e sujo, ninguém lhe queria tocar e ele sabia. Ele sabia que o mundo o rejeitava, sabia que não havia lugar para ele. Sabia que não era amado. Sabia que o mundo era cruel. E essa crueldade magoava, magoava no mais fundo do seu ser. E magoava porque ele sentia que não merecia aquela situação. Sentia que não era justo e não conseguia mudar. O que é que ele podia fazer? Nada!
Tudo era escuridão e desespero. Cansado deixou de gritar e sua cabeça para baixo olhou. Por mais que gritasse, ninguém lhe falava, ninguém o queria escutar. Olhava para o chão e pensava:
- Que posso fazer eu para a minha vida mudar?
Foi então que por ele, uma criança passou e sorriu. 
A criança vinha acompanhada da sua mãe que apercebendo-se da proximidade do vagabundo, logo a puxou pela mão, dizendo:
- Vamos embora!
A criança não entendeu o puxão porque o pobre vagabundo para ela olhava com olhar amigo, emocionado com a ternura do seu sorriso. E os olhos do pobre homem se humedeceram. O sorriso daquela criança tinha tocado o seu coração. Era um sorriso de esperança e recordou-lhe os tempos em que também ele sorria. Os tempos em que brincando com os seus amigos, lugar para um futuro brilhante havia:
- Quando for grande quero ser polícia! - dizia ele com orgulho aos seus amigos do orfanato.
Mas isso não aconteceu.
Teve alguns empregos mas o último perdeu. A empresa faliu. Depois de algum tempo com subsídio de desemprego via-se agora condenado a vaguear pelas ruas. Não tinha família e, por isso, dormia hoje aqui e amanhã acolá. No Inverno era mais complicado:
- Este frio é tramado...!
Voltou a olhar para o passeio mas a criança tinha desaparecido. 
Agora só o passeio vazio, os pés molhados e o coração frio...

Manuel Filipe Santos
Oeiras, 3 de Julho de 2012

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Faz ó Deus! (Senhor aqui nos tendes)


Senhor aqui nos tendes 
Juntos para Te amar 
Só Tu conheces e entendes 
Tudo o que temos p’ra dar 

Dor e pobreza, tanta alegria 

Tanto sofrer e a paz 
Que a vida oferece e cria 
Que a vida leva e traz 

Ó Cristo de braços cansados 

Sem Ti senhor que seria 
A tormenta dos pecados 
E o medo da manha fria 

Então, faz de nós, ó Deus 

Teu repouso e morada 
Que o amor dos que são Teus 
Torne a Terra abençoada 

Faz ó Deus

fonte: grupos de vida de Caxias

sábado, 23 de junho de 2012

Redefinir possibilidades (Spencer West)



Um norte-americano sem pernas atingiu o cume do Monte Kilimanjaro, a montanha mais alta de África, caminhando com as mãos para chegar até ao topo. Spencer West perdeu as pernas quando tinha cinco anos, devido a uma doença genética. Com o feito, arrecadou mais de meio milhão de dólares para serviços de caridade. O Kilimanjaro tem quase 6 mil metros de altura e é a quarta montanha mais alta do mundo. Spencer cumpriu parte do trajeto em cadeiras de rodas e parte a caminhar. Antes da subida, trabalhou com um personal trainer durante um ano para fortalecer os músculos dos braços. Spencer precisou de seis dias para subir a montanha e dois para descer, tendo contado com a ajuda dos seus dois melhores amigos.
fonte: Zimbórios
 

5 ritos tibetanos (Peter Kelder)



"Há milhares de anos, os lamas descobriram que todas as respostas para os imponderáveis mistérios da vida são encontradas dentro de nós mesmos, que todas as coisas que se juntam para criar nossa vida se originam dentro do individuo. O homem ocidental jamais foi capaz de compreender esse conceito. Ele pensa, como eu fazia antes, que nossa vida é moldada pelas forças incontroláveis do mundo material. Por exemplo, a maioria dos ocidentais acredita que nosso corpo deve envelhecer e se deteriorar porque essa é uma lei da natureza. Os lamas olham para dentro de si próprios e sabem que isso não passa de uma ilusão criada pelo próprio homem. Os lamas, particularmente os que vivem nesse mosteiro, estão realizando um magnífico trabalho em benefício do mundo. No entanto, ele é feito no plano astral. A partir desse plano, os lamas auxiliam a humanidade em todo o globo terrestre, pois ele fica acima das vibrações do mundo físico e é um poderoso ponto focal onde é possível se realizar muito com pouco esforço.
Um dia, o mundo despertará surpreso para ver os resultados das grandes obras realizadas por esses lamas e outras forças invisíveis. Está chegando rapidamente a hora em que se iniciará o alvorecer de uma nova era, quando então poderemos ver um novo mundo.
Será uma época em que o homem aprenderá a usar suas poderosas forças interiores para vencer a guerra e a pestilência, o ódio e a amargura.
A assim chamada 'humanidade civilizada' está de fato vivendo na mais escura das idades das trevas. No entanto, estamos sendo preparados para coisas melhores e mais gloriosas. Cada um de nós que se esforça para elevar sua consciência a níveis mais altos ajuda a elevar a consciência da humanidade com um todo. Assim, a execução dos cinco ritos exerce um impacto muito maior do que os benefícios físicos que proporcionam."

in: A Fonte da juventude (Peter Kelder)

Obrigado, Mário!

sábado, 16 de junho de 2012

Midway (Chris Jordan)



The MIDWAY media project is a powerful visual journey into the heart of an astonishingly symbolic environmental tragedy. On one of the remotest islands on our planet, tens of thousands of baby albatrosses lie dead on the ground, their bodies filled with plastic from the Pacific Garbage Patch. Returning to the island over several years, our team is witnessing the cycles of life and death of these birds as a multi-layered metaphor for our times. With photographer Chris Jordan as our guide, we walk through the fire of horror and grief, facing the immensity of this tragedy—and our own complicity—head on. And in this process, we find an unexpected route to a transformational experience of beauty, acceptance, and understanding. 
We frame our story in the vividly gorgeous language of state-of-the-art high-definition digital cinematography, surrounded by millions of live birds in one of the world's most beautiful natural sanctuaries. The viewer will experience stunning juxtapositions of beauty and horror, destruction and renewal, grief and joy, birth and death, coming out the other side with their heart broken open and their worldview shifted. Stepping outside the stylistic templates of traditional environmental or documentary films, MIDWAY will take viewers on a guided tour into the depths of their own spirits, delivering a profound message of reverence and love that is already reaching an audience of tens of millions of people around the world. 

Production of the feature film "MIDWAY" continues through 2012. 
Chris Jordan - Director/Producer 
Stephanie Levy - Producer 
Terry Tempest Williams - Writer 
Jan Vozenilek - Director of photography 
Rob Mathes - Composer 
Jim Hurst - Location sound 
Joseph Schweers - Camera 
Manuel Maqueda - Advisor 

For more information: http://www.MidwayFilm.com

Nota: Obrigado Ana, pela partilha!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Tudo depende só de mim


Hoje levantei cedo
pensando no que tenho a fazer
antes que o relógio marque meia noite.
É minha função escolher
que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo
ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro
ou me sentir encorajado
para administrar minhas finanças,
evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre minha saúde
ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais
por não terem me dado tudo o que eu queria
ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar
ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com o trabalho doméstico
ou agradecer a Deus.
Posso lamentar decepções com amigos
ou me entusiasmar com a possibilidade
de fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planejei
posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente
esperando para ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.
Tudo depende só de mim.

Charles Chaplin

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Fechado no Sonho

"Talvez tivesse orelhas de burro, mas o Dumbo era um príncipe. Não o príncipe dos elefantes, nem isso seria importante; … mas príncipe aos olhos da mãe, perante quem talvez Dumbo se sentisse culpado pela sua prisão mas, também, a convicção dos felizes (que acreditam em si só porque se sentem reconhecidos e amados), e perante a qual até os elefantes voam. Um homem (e com os elefantes não será muito diferente) não voam por voar: voa em direcção a alguma coisa que, do seu interior, o faça elevar-se. Eu, se fosse a mãe de Dumbo, sentir-me–ia orgulhoso, não pelo seu voo mas porque lhe confiou argumentos de peso que lhe permitiram transcender-se, tentar encontrar-se e ressurgir. 
… 
Dumbo só saltou porque se pode sentir, também por dentro, acompanhado. Muitas vezes, fugimos de saltar para alguém ou para alguma coisa dentro de nós, talvez não tanto por aquilo que ela seja, mas porque toda a nossa vida representa um conflito, mais ou menos silencioso, entre o desejo de termos consciência do que é essencial que se viva e o medo das transformações, e da dor, que o reconhecimento disso represente. E, depois de saltar, Dumbo descobriu isso; descobriu que ninguém domina ninguém, quem nos domina por dentro é o medo. E, também, que só quando se fica fechado no sonho, é que "quanto mais alto se sobe, maior é a queda". 
fonte: "Más maneiras de sermos bons pais" de Eduardo Sá

Obrigado Cristina!



domingo, 10 de junho de 2012

Anjo da Guarda de Portugal (Canção Nova)


Anjo da Paz, da Pátria, da Eucaristia. As 3 aparições deste anjo em Portugal compuseram o ciclo angélico da mensagem de Fátima.
Na primavera de 1916, as 3 crianças estavam na Loca do Cabeço (Fátima) a pastorear, quando apareceu-lhes um jovem de mais ou menos 14 ou 15 anos, mais branco que a neve, dizendo: “Não temais, sou o Anjo da Paz, orai comigo: Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam”. As crianças rezaram por três vezes, com o rosto ao chão. Depois ouviram do anjo: “Orai assim. Os corações de Jesus e de Maria, estão atentos à voz de vossas súplicas”. Esta oração acompanhou os pastorinhos sempre.
A segunda aparição deu-se num dia de verão, no quintal da casa de Lúcia, no Poço do Arneiro. As crianças estavam brincando sobre o poço, quando o anjo apareceu-lhes dizendo: “Que fazeis? Orai, orai muito. Os corações santíssimos de Jesus e de Maria, tem sobre vós desígnios de misericórdia... eu sou o Anjo da sua guarda, o anjo de Portugal”.
Na terceira aparição, outono do mesmo ano, novamente na Loca do Cabeço, as crianças rezavam a oração que aprenderam na primeira aparição, e o Anjo lhes apareceu com o cálice e uma hóstia. A hóstia a pingar gotas de sangue no cálice. Elas ajoelharam, e o anjo ensinou-lhes esta oração profundíssima que diz da essência da mensagem de Fátima: “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espirito Santo, adoro-vos profundamente. E ofereço-vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo presente em todos os sacrários da Terra. Em reparação aos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido, e pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores”. Depois disso, o Anjo da Eucaristia, entregou a hóstia para Lúcia e o cálice entre Francisco e Jacinta e disse-lhes: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.
Esta oração nos une com Maria, ao reparador Jesus Cristo, no mistério da Eucaristia para a glória da Santissima Trindade.

Beato

Há poucos dias recebi uma crítica ao meu blog que considerei como bastante construtiva e que por isso não posso deixar de agradecer. Dizia este meu amigo que o meu blog era muito "beato". Fiquei contente, apesar de ter a noção clara de que este meu amigo usou esta palavra na sua conotação menos positiva.
Não tendo a pretensão de ser santo, que estou longe de ser, confesso que gostaria de ser uma pessoa melhor, um dia. Ainda não desisiti de deixar a minha preguiça, o meu orgulho e o meu egoísmo para trás. Sei que não é fácil. Foram muitos anos de comportamentos repetidos e marcados mas tenho fé. Foi com essa mesma fé que criei este blog. Para me ajudar nesse mesmo crescimento. Um crescimento que pretendo aberto e transparente, aberto ao apoio de todos aqueles que achem que me podem ajudar e pretendendo ao mesmo tempo ser também uma ajuda para todos aqueles que, como eu, têm a consciência de que podem fazer melhor. Eu sei que posso.
Neste dia de 10 de Junho, Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas, não posso deixar de fazer um apelo tão querido ao nosso Beato João Paulo II: Não tenhas medo!

Obrigado,
Manuel Filipe Santos.
Oeiras, 10 de Junho de 2012.
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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Vote em Castelo de Vide

O jornal Washington Post está a levar a efeito um concurso para eleger o melhor destino turistico na Europa em 2012. Portugal está representado pela linda Vila de Castelo de Vide (1 destino entre 18).

Perde 2 minutos e vota! Acedes pelo "link" abaixo (WashingtonPost) e Castelo de Vide é logo o primeiro destino (#1). Clicas na imagem e na parte inferior esquerda, onde está escrito "Vote for this", clica na seta cor de laranja ao lado e o teu voto é automaticamente somado:

WashingtonPost

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Nota: No dia desta publicação Castelo de Vide tinha 24,639 votos e na segunda posição estava a ilha Grega de Ios, com apenas 1,239 votos.
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Castelo de Castelo de Vide

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Fazes novas todas as coisas

Espírito Santo, quem és Tu, que não Te ouço, nem Te vejo,nem mesmo Te consigo imaginar?

Sendo como és, desafias a minha inteligência
e avivas a minha curiosidade.

Sei que estás e que me habitas,
sei que me iluminas a razão e o entendimento,
que és Um com o Pai e o Filho,
mas escapas a todos os meus sentidos.

A verdade é que não posso negar que Te encontro
no mais fundo e no mais íntimo de mim,
quando no silêncio da oração,
no ruído do mundo ou na fadiga do trabalho,
geras um juízo de verdade sobre quanto me rodeia.

Quantas surpresas, quanta novidade descubro eu,
olhando as mesmas coisas,
ouvindo as mesmas palavras, mil vezes repetidas,
esbarrando nas mesmas pessoas com quem vivo e convivo.

Não posso negar as muitas vezes em que me dou conta
de como «fazes novas todas as coisas».

Por isso Te peço, Espírito Santo de Deus,
fica comigo, permanece,
silencioso e oculto sim, mas vivo e operante,
para que seja sempre novo
o meu desejo, o meu olhar, o meu coração…

Rui Corrêa d’Oliveira
fonte: Oração da Manhã (RR)
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