terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Mensagem aberta a Luís Osório

 

Boa noite Luís Osório

Sou um grande admirador e seguidor dos seus postais diários mas não posso deixar de tentar responder a uma(ou duas) das suas perguntas:
“sem tudo isso, sem todas essas tragédias conseguiríamos nele pensar? Faria ele sentido se estivéssemos empanturrados de uma farta vida?”. 
Vou tentar responder partilhando a minha experiência: nunca me faltou nada nesta vida e, desde que me lembro, sempre procurei uma causa primeira de todas as coisas. Esta minha procura sempre coincidiu com a minha vontade de ser cientista, de encontrar o porquê das coisas e da Vida, no seu todo, que sempre me fascinou. Acabei como Engenheiro Informático trabalhando para um banco mas acreditando num Deus(Pai/Mãe) Criador(a) que me foi dado a conhecer pelo Coração e não pela Razão, já em adulto, num retiro Católico que com muita gratidão nunca esquecerei.
Nesses dias, “encontrei” um Deus que ama incondicionalmente toda a sua criação, respeitando o livre arbítrio de todos os seus filhos. A criação divina é Perfeita, a nossa ilusão, a nossa crença na separação, o nosso sentimento de culpa é fonte de todo o mal. 
Mas somos convidados a ser co-criadores, a seguir Jesus que é o Caminho, a Verdade e a Vida. E esse caminho é o Amor, perdoando tudo aquilo que entendemos como agressão, como injustiça. Eu, pessoalmente, tento fazer a minha pequena parte, não aumentando aquela ilusão de separação, tendo consciência de que não sei tudo, desconhecendo as causas de tanto sofrimento neste mundo mas acreditando que somos nós humanos os maiores e primeiros responsáveis pelos maiores males que a todos  afligem, nomeadamente a guerra, a fome, a solidão. Está mas mãos de cada um construir um mundo mais solidário: foi por isso que Deus nos deu um Coração. 
Sei que esta mensagem pode ter tocado o seu.
Um grande abraço, Filipe.

Mural de Luís Osório 


No dia em que escrevi esta mensagem tinha sido escrito:
Se Deus não fosse uma ficção, as guerras seriam impossíveis, as barbáries, a morte de crianças, a fome e qualquer miséria humana.”
Ontem o meu querido Luís escreveu isto a propósito da partida de Sara, a mãe de João Neves:
Se Deus existe, e eu acredito que sim, a Sara ainda será Sara até que os seus dois pequeninos precisem dela.
Fico tão contente com este sinal de Esperança! 
Parabéns Luís.


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