Pedi ao ChatGPT:
Escreve-me um texto para um romance, ocupando não mais do que uma pagina A4 descrevendo a cerimónia de ordenação do primeiro grupo de "Madres" em Fátima, celebrada pelo Papa.
Resposta do ChatGPT:
A Primeira Ordenação das "Madres" em Fátima
O santuário de Fátima pulsava em silêncio sagrado, as primeiras luzes do amanhecer banhando suavemente a esplanada. O aroma de incenso misturava-se com o frescor da manhã, enquanto milhares de fiéis se reuniam, o murmúrio das suas orações entrelaçando-se com o vento suave. Ali, no coração espiritual de Portugal, a história estava prestes a ser escrita.
Sob o céu azul pálido, o Papa emergia, suas vestes brancas reluzindo como farol de fé e esperança. No altar decorado com lírios brancos e azuis, simbolizando a pureza e a devoção mariana, ele aguardava as protagonistas da cerimónia: o primeiro grupo de "Madres".
As mulheres avançavam em silêncio solene, os hábitos cinza-claros flutuando ao ritmo de seus passos. Cada rosto refletia uma mistura de humildade e determinação, o peso do momento gravado em seus olhos. Elas não eram apenas testemunhas de uma nova era; eram as sementes plantadas em solo fértil, prontas para florescer sob a bênção papal.
A voz do Pontífice ressoou clara e firme, entoando palavras de consagração que pareciam elevar-se até o céu. Ele as chamou, uma a uma, pelo nome, e cada mulher ajoelhou-se diante dele, enquanto gotas de óleo sagrado eram aplicadas em suas frontes, um símbolo milenar de compromisso e serviço. Cada gesto, cada palavra pronunciada, enraizava-se na história, ecoando promessas antigas renovadas para uma nova era.
"Servir a Deus através do exemplo feminino de fé e compaixão," proclamou o Papa, elevando as mãos num gesto de bênção. O coro começou a cantar "Ave Maria," as notas suaves enchendo o ar, transcendendo o tempo e a matéria. Lágrimas silenciosas escorriam pelas faces dos fiéis, tocados pela profundidade do momento.
Quando a cerimónia terminou, o sol já iluminava plenamente a esplanada. As "Madres" ergueram-se, ungidas, suas almas agora entrelaçadas a uma missão sagrada. O futuro da Igreja, sob o olhar materno de Fátima, parecia ter dado um novo passo.
fonte: ChatGPT
Enquadramento histórico:
O que diz a Igreja Católica sobre a ordenação de mulheres?
A ordenação de mulheres, tanto para o sacerdócio como para o episcopado, é apenas uma das diferenças entre a Igreja Anglicana e a Católica, mas é uma diferença significativa, considerada pelos católicos como "definitivamente" impeditiva do reconhecimento das ordens sacras dos anglicanos e de uma eventual reunificação.
A Igreja de Inglaterra começou a ordenar mulheres para o sacerdócio em 1994 e esta segunda-feira ordenou a primeira mulher para o episcopado. Outras províncias anglicanas, como a Igreja americana, canadiana e australiana, por exemplo, já ordenam mulheres bispo há muitos anos.
Mas na Igreja Católica, aliás como nas Igrejas ortodoxas, a ordenação de mulheres não só não é possível de momento como é considerada uma questão doutrinária que não pode ser mudada.
As raízes da questão são tanto da revelação como da tradição, os dois pilares sobre os quais assentam os ensinamentos da Igreja Católica. A revelação é tudo aquilo que foi transmitido pelas Escrituras, à luz dos ensinamentos de Cristo e dos apóstolos.
Considera-se que a Revelação terminou com a morte do último apóstolo. Já a tradição tem a ver com prática da Igreja desde os tempos apostólicos. A tradição, por natureza, vai evoluindo ao longo dos séculos, mas não se pode contradizer, pelo que novos ensinamentos ou reinterpretações de ensinamentos antigos só são aceitáveis se forem em linha com a tradição da Igreja, e nunca contrárias.
Por exemplo, a Igreja já ordenou, e ordena ainda sob certas condições, homens casados, pelo que a restauração desta tradição seria possível à luz da doutrina. Mas a Igreja não só nunca ordenou mulheres como sempre entendeu que a ordenação de mulheres seria inválida, pelo que a alteração desse ensinamento seria contrária à tradição da Igreja e, por isso, inválida.
Esta tradição assenta no facto de Jesus apenas ter escolhido homens como seus apóstolos, apesar de ter tido muitas seguidoras influentes, e radica no conceito de sacerdócio judaico do Antigo Testamento, que também era reservado aos homens, apesar de outros povos vizinhos terem sacerdotisas nas suas religiões.
Diz o Catecismo da Igreja Católica: "Só o varão baptizado pode receber validamente a sagrada ordenação. O Senhor Jesus escolheu homens para formar o colégio dos Doze Apóstolos, e o mesmo fizeram os Apóstolos quando escolheram os seus colaboradores para lhes sucederem no desempenho do seu ministério. O Colégio dos bispos, a que os presbíteros estão unidos no sacerdócio, torna presente e actualiza, até que Cristo volte, o Colégio dos Doze. A Igreja reconhece-se vinculada por essa escolha feita pelo Senhor em pessoa. É por isso que a ordenação das mulheres não é possível."
A questão nunca foi seriamente colocada na Igreja Católica até ao século XX.
João Paulo II pronunciou-se sobre ela, na sua qualidade de Papa, com a Carta Apostólica "Ordinatio Sacerdotalis", em 1994: "Para que seja excluída qualquer dúvida em assunto da máxima importância, que pertence à própria constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar os irmãos (cfr Lc 22,32), declaro que a Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja."
Mais recentemente, questionado sobre a mesma questão, o Papa Francisco remeteu precisamente para esta declaração de João Paulo II.
Nos documentos da Igreja sobre este assunto, faz-se questão de enfatizar que a impossibilidade de ordenação de forma alguma implica algum tipo de inferioridade por parte da mulher.
"De resto, o facto de Maria Santíssima, Mãe de Deus e Mãe da Igreja, não ter recebido a missão própria dos Apóstolos nem o sacerdócio ministerial, mostra claramente que a não admissão das mulheres à ordenação sacerdotal não pode significar uma sua menor dignidade nem uma discriminação a seu respeito, mas a observância fiel de uma disposição que se deve atribuir à sabedoria do Senhor do universo", escreve João Paulo II, no mesmo documento.
Actualmente há alguns casos de activistas pela ordenação das mulheres que se fazem "ordenar", passando a intitular-se sacerdotisas católicas. Contudo, à luz dos ensinamentos da Igreja Católica, estas ordenações não só são ilícitas como inválidas, isto é, infringem as regras da Igreja. Além disso, não têm qualquer efeito prático.
À luz do Código de Direito Canónico, qualquer pessoa que participe numa dessas falsas ordenações incorre em excomunhão automática.