domingo, 7 de julho de 2024

Presságio (Fernando Pessoa)

 



Datado de 24 de abril de 1928, o poema "Presságio", popularizado como "O amor, quando se revela", é uma composição de Fernando Pessoa. Escrito na fase final da vida do autor, é assinado com o seu nome (ortônimo), ilustrando várias características da sua lírica.

Embora trate um tema tão universal como o amor, Pessoa não faz o elogio do sentimento, algo muito comum na poesia. Pelo contrário, é um desabafo do sujeito lírico acerca da sua dificuldade em estabelecer relações amorosas.

fonte: Cultura Genial


segunda-feira, 1 de julho de 2024

Preciosíssimo Sangue de N. S. J. C.

 


A liturgia, esse admirável resumo da história da Igreja, recorda anualmente que nesta data, em 1849, foi vencida, graças ao concurso dos exércitos franceses, a Revolução, que havia expulsado o Papa de Roma. Para perpetuar a lembrança da vitória e mostrar que foi devida aos méritos do Salvador, Pio IX, refugiado em Gaeta, instituiu a festa do Precioso Sangue, recordando todas as circunstâncias em que foi derramado. O Coração de Jesus fez circular esse sangue adorável nos seus membros; por isso, como na festa do Sagrado Coração, o Evangelho nos faz assistir ao golpe de lança traspassando o Lado do Divino Crucificado, e fazendo dele correr sangue e água. É a união dos dois testemunhos prestados pelo Espírito Santo ao Messias, por ocasião do seu baptismo nas águas do Jordão e do baptismo do seu sangue na Cruz (Grad.). Veneremos o Sangue precioso de nosso Redentor, oferecido pelo sacerdote a Deus, sobre o altar. 

fonte: WhatsApp/Leonor Castro

Imagem: PlinioCorrea

sobre a dopamina

 

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

 


27 de junho


Hoje, fazemos memória de Maria, mãe de Jesus, com o nome de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Este título chega entre nós através de um ícone, uma pintura de caráter religioso-místico, que data do período bizantino.


Não sabemos quem foi o autor da pintura.

A história do ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro ficou conhecida a partir do século XV, quando esta pintura foi levada da ilha de Creta para Roma e colocada na igreja de São Mateus, onde foi venerada por três séculos.


Destruída a igreja de São Mateus, a célebre imagem permaneceu escondida até que, pela providência de Deus, foi descoberta e devolvida ao culto popular.


Em 1866, por ordem do Papa Pio IX, o ícone foi confiado aos cuidados dos Missionários Redentoristas.


Atualmente, o ícone missionário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro se encontra na Igreja de Santo Afonso, em Roma.


O centro da pintura não é Nossa Senhora e sim Jesus. Para se chegar a essa conclusão, basta traçar duas linhas imaginárias, uma ao longo do braço da Madona que forma um ângulo que aponta para o Menino. O mesmo indica os dois dedos da Madona, isto é, apontam para a cabeça do Menino Jesus. Isto mostra que o centro é Jesus Cristo, portanto é um ícone cristocêntrico.


Maria é, assim, "aquela que indica o caminho", ou como é mais conhecida: "a via de Cristo".


Nota-se também o olhar significante de Maria, isto é, o seu olhar está direcionado a quem olha o quadro e, ao mesmo tempo, a sua cabeça indica seu Filho Jesus.


Deve-se observar a sandália do Menino que está desatada e mostra seu pé. Conforme a tradição oriental, mostrar a planta do pé é dizer que se é homem. Assim, esta cena indica que Jesus mostra a planta do seu pé para dizer que ele é verdadeiramente homem.


Outro ponto importante a se observar, se refere às cores das vestes e seus significados. No quadro a Madona se veste com túnica vermelha e manto azul. E o Menino se veste de túnica verde com faixa vermelha e manto ocre.


Na simbologia oriental, verde e vermelho significam divindade. O azul e o ocre significam humanidade.


Oração:


Ó Virgem do Perpétuo Socorro, Santa Mãe do Redentor, socorre o teu povo que ressurgir. Concede a todos a alegria de caminhar para o futuro numa consciente e ativa solidariedade com os mais pobres, anunciando de modo novo e corajoso o Evangelho de teu Filho, fundamento e cume de toda a convivência humana que aspira a uma paz justa e duradoura.


Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR


quarta-feira, 26 de junho de 2024

sobre a história de Portugal


«Eu, Afonso, Rei de Portugal, filho do Conde Henrique e neto do grande rei D. Afonso, diante de vós, Bispo de Braga e Bispo de Coimbra e Teotónio, e de todos os mais vassalos de meu reino, juro em esta Cruz de metal e neste livro dos Santos Evangelhos, em que eu ponho minhas mãos, que eu, miserável pecador, vi com estes olhos indignos a Nosso Senhor Jesus Cristo estendido na Cruz, no modo seguinte:

«Eu estava com o meu exército nas terras do Alentejo, no Campo de Ourique, para dar batalha a Ismael e outros quatro reis mouros que tinham consigo infinitos milhares de homens.

«E a minha gente temerosa da sua multidão, estava atribulada e triste, sobremaneira.

«Em tanto que publicamente, diziam alguns ser temeridade acometer tal jornada. E eu, enfadado do que ouvia, comecei a cuidar comigo que faria.

«E como estivesse na minha tenda um livro em que estava escrito o Testamento Velho e o de Jesus Cristo, abri-o e li nele a vitória de Gedeão, e disse entre mim mesmo.

«Muito bem sabeis vós, Senhor Jesus Cristo, que por amor vosso tomei sobre mim esta guerra contra vossos adversários.

«Em vossa mão está dar a mim e aos meus, fortaleza para vencer estes blasfemadores de Vosso nome.

«Ditas estas palavras, adormeci sobre o livro e comecei a sonhar que via um homem velho vir para onde eu estava e que me dizia: Afonso, tem confiança, porque vencerás e destruirás estes reis infiéis e desfarás a sua potência e o Senhor se te mostrará.

«Estando nesta visão, chegou João Fernandes de Souza, meu camareiro, dizendo-me: Acordai, senhor meu, porque está aqui um homem velho que vos quer falar. Entre –  respondi-lhe – se é católico.

«E tanto que entrou, conheci ser aquele que no sonho vira, o qual mo disse:

«Senhor, tende bom coração, vencereis e não sereis vencido. Sois amado do Senhor porque sem dúvida pôs sobre vós e sobre vossa geração depois de vossos dias, os olhos de sua misericórdia, até à décima sexta descendência, na qual se diminuirá a sucessão, mas nela assim diminuída, Ele tornará a pôr os olhos e verá.

«Ele me manda dizer-vos que quando na seguinte noite ouvirdes a campainha de minha ermida, na qual vivo há sessenta e seis anos guardando no meio dos infiéis com o favor do mui Alto, saiais fora do real, sem nenhum criado, porque vos quer mostrar a Sua grande piedade.

«Obedeci, e prostrado em terra, com muita reverência, venerei o embaixador e Quem o mandava. E como, posto em oração, aguardava o som, na segunda vela da noite ouvi a campainha, e armado com espada e rodela, saí fora dos reais e subitamente vi à parte direita, contra o nascente, um raio resplandecente e indo-se pouco a pouco clarificando, cada hora se fazia maior. E pondo de propósito os olhos para aquela parte, vi de repente, no próprio raio o sinal da Cruz, mais resplandecente que o Sol, e um grupo grande de mancebos resplandecentes, os quais creio que seriam os santos anjos.

«Vendo pois esta visão, pondo à parte o escudo e a espada, (…) me lancei de bruços e desfeito em lágrimas comecei a rogar pela consolação de meus vassalos, e disse sem nenhum temor:

«A que fim me apareceis, Senhor? Quereis porventura acrescentar fé, a quem tem tanta?

«Melhor é, por certo, que Vos vejam os inimigos e creiam em Vós, que eu que desde a fonte do batismo Vos conheci por Deus verdadeiro, Filho da Virgem e do Padre Eterno e assim Vos conheço agora.

«A Cruz era de maravilhosa grandeza, levantada da terra quase dez côvados. O Senhor. com um tom de voz suave, que minhas orelhas indignas ouviram, me disse:

«Não te apareci deste modo para acrescentar a tua fé, mas para fortalecer o teu coração neste conflito e fundar os princípios de teu reino sobre pedra firme. Confia, Afonso, porque não só vencerás esta batalha, mas todas as outras em que pelejares contra os inimigos da minha Cruz.

«Acharás a tua gente alegre e esforçada para a peleja e te pedirá que entre na batalha com o título de Rei. Não ponhas dúvida, mas tudo quanto te pedirem, lhes concede facilmente.

«Eu sou fundador e destruidor dos reinos e impérios e quero em ti e em teus descendentes fundar para mim um império, por cujo meio seja meu nome publicado entre as nações mais estranhas.

«E para que os teus descendentes conheçam Quem lhes dá o reino, comporás o escudo de tuas armas do preço com que Eu Remi o género humano e daquele por que fui comprado pelos judeus, ser-me-á reino santificado, puro na fé e amado na minha piedade.

«Eu, tanto que ouvi estas coisas, prostrado em terra, O adorei dizendo: Por que méritos, Senhor, me mostrais tão grande misericórdia?

«Ponde, pois, Vossos benignos olhos nos sucessores que me prometeis, e guardai salva a gente portuguesa. E se acontecer que tenhais contra ela algum castigo aparelhado, executai-o antes em mim (…) e livrai este povo que amo como o único filho.

«Consentindo nisso, o Senhor me disse: Não se apartará deles nem de ti, nunca, nunca minha misericórdia, porque por sua via tenho aparelhadas grandes searas e a eles escolhidos por meus seguidores em terras muito remotas.

«Ditas estas palavras desapareceu e eu, cheio de confiança e suavidade me tornei para o real. E (para) que isto passasse na verdade, juro, eu, D. Afonso, pelos Santos Evangelhos de Jesus Cristo, tocados com estas mãos.

«E, portanto, mando a meus descendentes que para sempre sucederem, que em honra da Cruz e cinco chagas de Jesus Cristo, tragam em seu escudo, os cinco escudos partidos em cruz, e em cada um deles os trinta dinheiros e por timbre a serpente de Moisés, por ser figura de Cristo e este seja o troféu da nossa geração.

«E se alguém intentar o contrário, seja maldito do Senhor e atormentado no inferno com Judas, o traidor.

«Foi feita a presente carta em Coimbra aos vinte e nove de outubro, era de 1152,

«eu, el-rei D. Afonso»

(Fonte: Crônica de Dom Afonso Henriques)

fonte: IPEC

terça-feira, 25 de junho de 2024

Que a Paz esteja contigo

 


"Quando terminou a nossa partida contra Portugal queria encomendar a camisa do Ronaldo mas fui um pouco tímido porque sou um rapaz tímido para tais pedidos mas conheço o João Félix há muito tempo então disse-lhe para ir e encomendar a camisa do Ronaldo."


"Depois de 10 minutos o Félix veio com o Cristiano ao nosso camarim e todos ficaram surpresos que o Cristiano foi quem veio sozinho e disse 'que a paz esteja contigo' e me deu a camisa dele, não percebi isso mas percebi quer o Cristiano ama agradar a todos que ele ama as pessoas mais felizes mesmo que ele não as conheça."


"Acho que essa situação vai ficar presa na minha memória pra sempre, que o melhor jogador da história venha até você, e te dá a camisa dele isso é incrível."


~Arda Guler

segunda-feira, 24 de junho de 2024

Milagre da rosa de Santa Teresa De Jesus

 


“Milagre” (um dos vários fatos ocorridos durante sua exumação) de Santa Teresinha do Menino Jesus, durante a sua exumação em 1923 uma das pétalas que estavam no seu túmulo tinha a face de Cristo.
Santa Teresinha do menino Jesus rogai por nós!

sábado, 22 de junho de 2024

Ri sempre

 


Uma vez Charlie Chaplin contou uma piada na frente da plateia.

Todo mundo riu

E ele contou pela segunda vez, então só alguns riram.

Quando ele contou pela terceira vez, ninguém riu.

Depois disse palavras bonitas.

Se você não pode rir e rir da mesma piada, por que chora e chora da mesma dor e aflição?

Então aproveite cada momento da sua vida.


Charlie Chaplin partiu deixando um grande legado sem dizer uma palavra ou ferir os sentimentos de ninguém.


Lembramos dessas frases que tocam o coração.

1- Nada nessa vida é permanente, nem mesmo nossos problemas

2- Amo andar na chuva para que ninguém veja minhas lágrimas

3- O dia que você mais desperdiça na sua vida é o dia que você não ri. 

fonte: Facebook

quinta-feira, 20 de junho de 2024

O poder da delicadeza

 


O PODER DA DELICADEZA
Há 4 anos, Portugal acordava, chocado e triste, com a notícia da morte de um ator que nos habituara ao lado alegre e leve da vida.
Nao me esqueci nunca da resposta da mulher a um dos media: “o P. morreu de suicidio.” Dando, assim, ao suicídio um grau de enfermidade igual ao de um cancro ou de um ataque cardíaco.
Ninguém morre de suícido por fraqueza ou coragem súbitas. Morre-se de suicido porque se sofre de doença prolongada, que cresce silenciosamente e que destrói por completo as células da esperança no Amanhã, no mundo e no eu.
Ninguém tem o poder de salvar alguém. Mas todos temos o poder de não matar. Basta pormos em prática a terapêutica da delicadeza. Para connosco e para com o outro.
Porque todos somos frágeis. E porque todos, como diz a frase do post, estamos numa trincheira, resguardados dos disparos da vida, esperando sair ilesos - e, se possível, felizes - desta grande guerra. Que ninguém se engane! Todos somos “brothers in arms”.
Lembro me que na altura fiz um post sobre a depressão; uma doença de que também sofro - segundo dizem os médicos - mas que se manifesta apenas sob a forma de não fechar gavetas ou de chamar o Uber Eats quando chega a hora de ir para o fogão.
🙃
Mas recebi tantos telefonemas que acabei por apagá-lo. Há que não confundir “1 em cada 10” com “1 em cada 10.000”. A diferença é gigantesca. Eu sou a norma.
Lembro-me também de dizer que a melhor forma de percebemos que a vida é uma luta para todos é quando encontramos alguém que nos diz “Eu”. Quase sempre a nossa resposta é “Eu”, também. Não “Tu” ou “Fala me de ti.” Ouvir “Eu sou Sagitário” recebe quase sempre a resposta: “Eu sou Caranguejo”. “Eu dormi mal.”, arrisca se a um “Eu não durmo há uma semana.” E por aí fora.
E está tudo certo. É a vida a ser vida. A guerra a ser guerra. A batalha a ser travada. Por cada um, na sua individualidade, à qual dificilmente alguém chega. Inclusive o próprio.
Resta nos por isso a arma da delicadeza. A terapêutica da doçura. O elixir do amor.
Que saibamos todos, hoje, e sempre, por cada “Eu” que ouvirmos, respondermos com a mais difícil das delicadezas do mundo atual:
- Fala me de ti.


divulgação: meu mural

domingo, 16 de junho de 2024

Viva a solidariedade humana

 

O proprietário de uma livraria em Southampton, Inglaterra, pediu ajuda na mudança da sua biblioteca devido ao elevado valor da renda, desejando transferir os livros para o novo local. Foi surpreendido com a presença de mais de 250 jovens, idosos e portadores de necessidades especiais que também estiveram envolvidos. Eles formaram uma corrente humana transferindo milhares de livros de mão em mão, do local antigo para o novo a uma distância de cerca de 150 metros. O trabalho foi feito em apenas uma hora. 

fonte: Story of life (via Abilio Oliveira)

sábado, 15 de junho de 2024

Até já Vera

 


Só me apetece chorar e fiquei com o coração bem apertadinho pensando em ti.

São agora 3h20 da manhã e acordei a meio da noite. Abri o telemóvel para ver se estava carregado, entrei no Facebook e, para minha dor, percebi que partiste. Li que o teu funeral foi ontem pelas 15h30. Tinha pensado em ti no dia do teu aniversário a 13 de maio e tocou-me muito a dor que vi na tua imagem com as amigas que te visitaram. 


Daqui te envio um grande abraço, que nunca tive a coragem para te procurar e dar, durante estes meses em que te segui pelo Facebook. Daqui de Fátima, onde estou há 3 dias, neste mesmo instante, eu rezo por ti.


Foi há quase de dois anos que te conheci graças a um post do Luís Osório no Facebook que me tocou bastante. Nesse mesmo dia, pedi a tua amizade e encomendei o teu livro “Se puder adiar a morte”, pelo Messenger. O livro só chegou no dia do meu aniversário em 2022 e no processo trocámos mensagens que guardo com muito carinho, pela simpatia das tuas palavras que transpiram a grandeza do teu coração. 


Nessa mesma altura, li um texto teu no Facebook que achei lindo e para o qual senti a necessidade de criar um vídeo: Éramos quase uma feira. Merecias uma homenagem bem maior, pelo teu exemplo e generosidade, mas peço a Deus que estas minhas palavras cheguem aos Céus onde sei que tens um lugar muito especial.


Um grande abraço do coração,

Filipe. 

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Amor

 


Muitas vezes acontece que, diversamente das nossas expetativas, o amor não nos reclama força, antes espera de nós uma fraqueza ainda maior do que aquela que já transportamos em nós.

Muitas vezes acontece que o amor não dê importância, ou pelo menos a grandiosa importância que tínhamos idealizado, ao quanto temos de dar, mostrando-se, antes, sobretudo interessado em adestrar o nosso coração para a arte de receber.


E, do mesmo modo, que o amor não exija de nós novas palavras a adicionar àquelas que já dissemos, mas desafia-nos à aprendizagem de uma contemplação e de um silêncio que tínhamos até agora ignorado.


Na verdade, o amor, para revelar-se, não escolhe esta ou aquela preciosa veste, mas decide-se na exata e difícil nudez da vida normal. O amor não é um estado excecional caracterizado pelo extraordinário e pelo entusiasmo, mas o reiterado percurso de espinhos que conduz à rosa.


Por isso, Senhor, ajuda-nos a compreender que amar é descobrir, no próprio coração, o quanto o amor é grande e livre, mais do que as imagens que dele possamos fazer. Que o compromisso incondicional com tal amor seja o nosso modo quotidiano de estar diante de ti. 

Cardeal D. José Tolentino Mendonça© 


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sábado, 8 de junho de 2024

Os nomes são todos bonitos

 


- Como te chamas?

- Lurdes. E tu?

- Benjamim.

- Que nome bonito.

- Os nomes são todos bonitos.


A assistente operacional dos Cuidados Intensivos ficou em silêncio. Eu e a tua mãe ficámos em silêncio. Ao fim de alguns segundos, todos percebemos a mensagem que tinhas acabado de passar. Os nomes valem pessoas. Não há nomes feios. Cabe a cada um de nós, pelo que faz, pelo que é, pelo que espalha, pelo que deixa ficar, dar ao nosso nome aquilo que ele pode representar. Benjamim, por exemplo, representa coragem, alegria, amor. Obrigado, meu filho.

~Pedro Chagas Freitas