quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O ratinho, o queijo e a armadilha


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ARMADILHAS
Os problemas são armadilhas. Pensa só nisto. Os problemas não são mais do que armadilhas. Eu explico. Pensa num ser de luz – tu – a fazer a experiência da densidade, da negatividade – a vida na terra. Pensa que esse ser de luz desce à terra com o único intuito de reagir à densidade. E a escolha é dele. Pode reagir com luz, quem ele verdadeiramente é, ou pode reagir tornando-se denso, como a terra.

Durante a sua vida na terra, nós vamos enviando experiências densas – na realidade, o ser vai atraindo experiências –, problemas, frustrações, injustiças, traições. Experiências extremamente densas para testar a reacção. O ser ficará em luz e manter-se-á quem é – sai assim da roda das encarnações, missão cumprida – ou irá transformar-se em densidade e perpetuar as suas vindas à terra? Qual será a sua escolha?

Muitos seres, por não aguentarem a experiência, esta dura provação, tentam modificar a densidade. Querem que o mundo seja justo, seja perfeito. Ora, se o mundo fosse justo e perfeito, já não haveria a experiência da densidade. O ser ia à terra e não haveria nenhuma armadilha para testar a sua reacção. Em última análise, não haveria nada a escolher, tudo era luz. Era luz cá em cima, e era luz aí em baixo. Ora, isso não faz sentido.

Quando vos enviamos aí para baixo, ou melhor, quando vocês escolhem ir aí para baixo, a ideia é precisamente que vivenciem as armadilhas da matéria densa para testar se conseguem permanecer em luz ou se se transformam em seres materialistas, racionais e densos. Os problemas pelos quais todos vocês passam não são mais do que armadilhas do céu para testar o vosso nível de densidade e o vosso nível de luz. Para testar a vossa reacção à densidade. A escolha é vossa.

LUZ – Pergunte, o Céu Responde,
de Alexandra Solnado
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Obrigado Ratinho!
Obrigado Alexandra!
Obrigado Maria!
Obrigado Xanoca!
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Obrigado Jesus!
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Frase do dia

O Diabo pode citar as Escrituras
quando isso lhe convém.

in http://o-povo.blogspot.com/2010/02/frase-do-dia_24.html

A estátua


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Muitas pessoas passam a vida construindo a si mesmas.
De fora.
Como quem constrói um monumento ou esculpe uma estátua.
No começo são muitos ideais.
Tudo que há de melhor vai para o monumento.
Também o sofrimento da renúncia,
a dor de nem sempre encontrar o melhor material,
o peso da descrença ou do escárnio dos outros.
Depois começa a crescer a admiração.
A auto-admiração.
Isso, quando se consegue escapar da frustração.
Muitas vezes, a vida acaba antes da festa da cumeeira.
Se o monumento chegar a ficar acabado,
ou pelo menos utilizável,
não se pense que sobrevenha o gozo nem o sossego.
Não.
Aí vem o pior. Aí vem o medo
de que alguém derrube a casa ou de que a estátua se desfaça.
E todo o resto da vida é defesa e preocupação.
Com o acréscimo de uma dúvida escondida mas incômoda:
Será que mais alguém acredita nessa obra de arte?
Os pobres do Reino não fazem estátuas
nem constroem monumentos.
Vivem.
Vivem o dom gratuito das outras pessoas
e mesmo das outras coisas.
Não utilizam nada como material de seu próprio eu
nem como servidores, operários ou admiradores seus.

É vivendo, simplesmente vivendo,
que construímos uma vida para sempre.

Texto do livro "Dona Pobreza", de frei José Carlos Pedroso, Vozes, 1981.
in http://seguirjesus.ning.com/forum/topics/a-estatua?xg_source=activity

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Ar, Fogo, Água, Terra


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Um verdadeiro amigo é aquele,
que segura na tua mão, e aquieta o teu coração.
Raramente pensamos no que temos,
mas sempre naquilo que nos falta.
Não chores, pelo que já terminou,
ri, porque aconteceu.
Quanto mais planeias,
mais difícil se torna ao acaso encontrar-te.
Tudo o que acontece,
acontece por uma boa razão.
Não sejas tão exigente, pois as melhores coisas
ocorrem quando menos esperas.
Os maiores sucessos,
não são os mais ensurdecedores,
mas sim as nossas horas mais quietas.
O mais difícil de aprender na vida,
é quais as pontes a atravessar
e quais as ligações a cortar.
Todos vêm como és por fora,
mas apenas alguns
sentem como tu és por dentro.
Quem deseja algo que nunca tenha tido,
deverá fazer bem algo que nunca tenha feito antes.
Talvez Deus queira que tu ao longo da tua vida
conheças muitas pessoas falsas,
para que quando tu encontres as verdadeiras,
as saibas estimar e dar graças por elas.
Dá um nome a algo, e esse algo ocorrerá.
Amar não é olharmos um para o outro,
mas sim olharmos ambos na mesma direcção.
Viver é desenhar
sem borracha.
Que tenhas sempre
Ar para respirar,
Fogo para te aqueceres,
Água para beberes
e Terra para que haja vida.
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E nunca esquecer o 5º Elemento,
o mais importante:

O AMOR!
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Dedicado a todos os verdadeiros amigos!
Obrigado Dora,
Filipe.

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São João Evangelista (10 d.C. - 103 d.C.)



O nome deste evangelista significa: "Deus é misericordioso": uma profecia que foi se cumprindo na vida do mais jovem dos apóstolos. Filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, ele também era pescador, como Pedro e André; nasceu em Betsaida e ocupou um lugar de primeiro plano entre os apóstolos.

Jesus teve tal predileção por João que este assinalava-se como "o discípulo que Jesus amava". O apóstolo São João foi quem, na Santa Ceia, reclinou a cabeça sobre o peito do Mestre e, foi também a João, que se encontrava ao pé da Cruz ao lado da Virgem Santíssima, que Jesus disse: "Filho, eis aí a tua mãe" e, olhando para Maria disse: "Mulher, eis aí o teu filho". (Jo 19,26s). Quando Jesus se transfigurou, foi João, juntamente com Pedro e Tiago, que estava lá. João é sempre o homem da elevação espiritual, mas não era fantasioso e delicado, tanto que Jesus chamou a ele e a seu irmão Tiago de Boanerges, que significa "filho do trovão".

João esteve desterrado em Patmos, por ter dado testemunho de Jesus. Deve ter isto acontecido durante a perseguição de Domiciano (81-96 dC). O sucessor deste, o benigno e já quase ancião Nerva (96-98), concedeu anistia geral; em virtude dela pôde João voltar a Éfeso (centro de sua atividade apostólica durante muito tempo, conhecida atualmente como Turquia). Lá o coloca a tradição cristã da primeiríssima hora, cujo valor histórico é irrecusável. O Apocalipse e as três cartas de João testemunham igualmente que o autor vivia na Ásia e lá gozava de extraordinária autoridade. E não era para menos. Em nenhuma outra parte do mundo, nem sequer em Roma, havia já apóstolos que sobrevivessem. E é de imaginar a veneração que tinham os cristãos dos fins do século I por aquele ancião, que tinha ouvido falar o Senhor Jesus, e O tinha visto com os próprios olhos, e Lhe tinha tocado com as próprias mãos, e O tinha contemplado na sua vida terrena e depois de ressuscitado, e presenciara a sua Ascensão aos céus. Por isso, o valor dos seus ensinamentos e o peso de das suas afirmações não podiam deixar de ser excepcionais e mesmo únicos. Dele dependem (na sua doutrina, na sua espiritualidade e na suave unção cristocêntrica dos escritos) os Santos Padres daquela primeira geração pós-apostólica que com ele trataram pessoalmente ou se formaram na fé cristã com os que tinham vivido com ele, como S. Pápias de Hierápole, S. Policarpo de Esmirna, Santo Inácio de Antioquia e Santo Ireneu de Lião. E são estas precisamente as fontes donde vêm as melhores informações que a Tradição nos transmitiu acerca desta última etapa da vida do apóstolo.

São João, já como um ancião, depara-se com uma terrível situação para a Igreja, Esposa de Cristo: perseguições individuais por parte de Nero e perseguições para toda a Igreja por parte de seu sucessor, o Imperador Domiciano. Além destas perseguições, ainda havia o cúmulo de heresias que desentranhava o movimento religioso gnóstico, nascido e propagado fora e dentro da Igreja, procurando corroer a essência mesma do Cristianismo. Neste situação, Deus concede ao único sobrevivente dos que conviveram com o Mestre, a missão de ser o pilar básico da sua Igreja naquela hora terrível. E assim o foi. Para aquela hora, e para as gerações futuras também. Com a sua pregação e os seus escritos ficava assegurado o porvir glorioso da Igreja, entrevisto por ele nas suas visões de Patmos e cantado em seguida no Apocalipse.

Completada a sua obra, o santo evangelista morreu quase centenário, sem que nós saibamos a data exata. Foi no fim do primeiro século ou, quando muito, nos princípios do segundo, em tempo de Trajano (98-117 dC). Três são as obras saídas da sua pena incluídas no cânone do Novo Testamento: o quarto Evangelho, o Apocalipse e as três cartas que têm o seu nome.

São João Evangelista, rogai por nós!

São Policarpo (c. 70 — c. 160)



O santo deste dia é um dos grandes Padres Apostólicos, ou seja, pertencia ao número daqueles que conviveram com os primeiros apóstolos e serviram de elo entre a Igreja primitiva e a Igreja do mundo greco-romano.

São Policarpo foi ordenado Bispo de Esmirna pelo próprio São João, o Evangelista. De caráter reto, de elevado saber, amor à Igreja e fiel à ortodoxia da fé, era respeitado por todos no Oriente.
Com a perseguição aos cristãos, o santo Bispo de 86 anos, escondeu-se até ser preso e levado para o governador, que pretendia convencê-lo de ofender a Cristo. Policarpo, porém, proferiu estas palavras: "Há oitenta e seis anos sirvo a Cristo e nenhum mal tenho recebido dele. Como poderei rejeitar Àquele a quem prestei culto e reconheço como meu Salvador".

Condenado à morte no estádio da cidade, ele próprio subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o Vosso Nome adorável seja glorificado por todos os séculos". São Policarpo viveu o seu nome – poli=muitos, carpo=fruto – muitos frutos”, que foram regados com suor, lágrimas e, no seu martírio no ano de 155, regado também com sangue.

São Policarpo,
rogai por nós!

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A história do martírio de Policarpo (que era Pastor da igreja em Esmirna) foi publicada para as igrejas de todos os lugares, dando conta da forma resoluta e humilde com que este notável servo de Deus entregou sua vida. Trancrevo aqui sua oração final, proferida quando estava já atado em meio à lenha para ser queimado:

Oração de Policarpo
Senhor, Deus Onipotente,
Pai de Jesus Cristo,
teu filho predileto e abençoado,
por cujo ministério te conhecemos;
Deus dos anjos e dos poderes;
Deus da criação universal
e de toda família dos justos
que vivem em tua presença;
eu te louvo porque me julgaste

digno deste dia e desta hora;
digno de ser contado entre teus mártires,
e de compartilhar do cálice de teu Cristo,
para ressuscitar á vida eterna da alma
e do corpo na incorruptibilidade do Espírito Santo.

Possa eu hoje ser recebido na tua presença
como uma oblação preciosa e aceitável,
preparada e formada por ti.
Tu és fiel às tuas promessas,
Deus fiel e verdadeiro.
Por esta graça e por todas as coisas eu te louvo,
bendigo e glorifico, em nome de Jesus Cristo,
eterno e sumo sacerdote, teu filho amado.
Por Ele, que está contigo, e o Espiríto Santo,
glória te seja agora e nos séculos vindouros.
Sede bendito para sempre, ó Senhor;
que o Vosso nome adorável seja glorificado
por todos os séculos.
Amém!
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in http://pt.wikipedia.org/wiki/Policarpo_de_Esmirna
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Millennium bcp apoia vítimas de tempestade na Madeira


Contribua através do site do Millennium bcp ou por transferência bancária
2010/02/22

Millennium bcp acaba de abrir uma conta solidariedade para angariar fundos de apoio para as vítimas do temporal que causou severos danos, humanos e materiais, no arquipélago da Madeira, durante o último fim-de-semana.

Para dar o seu contributo, poderá efectuar um depósito ou uma transferência bancária para a conta solidariedade "Vítimas do Temporal da Madeira" Millennium bcp com o NIB 0033 0000 00251251244 05, utilizando a rede Multibanco, o portal do banco no millenniumbcp.pt, a banca directa pelo numero 707 50 24 24 ou em qualquer sucursal Millennium bcp.

Os fundos recolhidos serão distribuídos em articulação com as autoridades locais no apoio à reconstrução e reparação dos danos causados pela temporal.

Presente na Região Autónoma da Madeira desde 1961, o Millennium bcp dispõe de uma das maiores redes de sucursais bancárias na região: 21 sucursais servem mais de 54.400 clientes.
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in http://www.millenniumbcp.pt/pubs/pt/imprensa/
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Luigi Giussani (22 de Fevereiro de 2005)


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Faleceu dia 22 de fevereiro de 2005, na sua residência em Milão. No dia 24 de fevereiro, o então cardeal Joseph Ratzinger preside o funeral na Catedral de Milão como enviado pessoal de João Paulo II e pronuncia a homilia diante de quarenta mil pessoas.

Dom Giussani foi sepultado no Famedio do Cemitério Monumental de Milão. Sucessivamente o seu caixão foi levado para uma nova Capela, situada no fim da via central do Cemitério Monumental.
from http://www.catolicanet.net/sitepassos/pagina.asp?cod=280&tipo=0
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NATAL 2009 (Comunhão e Libertação)
Por que continua a fé sendo uma oportunidade? … porque ela corresponde à natureza do homem. No homem vive indelével o anseio do infinito. Nenhuma das respostas dadas foi suficiente: apenas o Deus que se fez a si mesmo finito para rasgar a nossa finitude e nos conduzir à imensidão da sua infinitude, responde às questões do nosso ser. Por isso, também hoje a fé cristã encontrará de novo o homem.
Joseph Ratzinger
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Ora, com estes músculos que não se aguentam, com este cansaço, com esta tendência para a melancolia, com este masoquismo estranho que a vida de hoje tende a favorecer ou com esta indiferença e este cinismo que a vida de hoje tornam necessários, como remédio, para não ter de suportar um mal-estar excessivo e não desejado, como é possível aceitar-se a si próprio e aos outros em nome de um discurso? O amor a si próprio não se sustenta sem que Cristo seja uma presença como é uma presença uma mãe para o filho. Sem que Cristo seja presença agora – agora! –, eu não me posso amar a mim agora e não te posso amar a ti agora.
Luigi Giussani
in http://prapacheco.blogspot.com/2009/07/assim-fe-cristao-resiste-ao-desafio-do.html
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Obrigado,
Senhor!
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see http://seguirjesus.ning.com/profiles/blogs/a-nossa-vida-pertence-a-outro
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SANTA MISSA
Por alma de D. Luigi Giussani
(no quinto aniversário da sua morte)
Em acção de graças pelo 28º
aniversário da Fraternidade de CL
Igreja da Encarnação, Chiado, Lisboa
22 de Fevereiro, 21h30
in http://www.taprobana.pt/cl/
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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Ignorância e falta de humildade

A maior fonte de incompetência é a ignorância,
conjugada com falta de humildade,
que não faculta a correcção do erro.

Ninguém é perfeito.
Ninguém sabe tudo.
Mas pior que não saber tudo,
é julgar que se sabe muito.

Quando tenho dúvidas,
questiono, procurando esclarecimento.
Mas há pessoas que,
ao detectar dúvidas (até legítimas) no seu interlocutor,
crescem com a alegria da descoberta da "fraqueza" alheia.
Nesse instante, deixam de procurar.
Repousam na sombra da vitória
e, assim, muitas vezes erram.

Não percebem que as dúvidas do outro,
poderiam ser importantes
para um melhor esclarecimento da verdade.

Não percebem que a procura da Verdade Absoluta
é um processo que nunca acaba.

E, por isso, param de procurar
e ficam pelo caminho.
Desistem e, assim, permanecem
um pouco mais ignorantes,
e distantes da Verdade.

Manuel Filipe Santos.
2010.02.21
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Diz o provérbio:
Errar é humano;
Perdoar é Divino.
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Perdoai, Senhor,
Tu que és a Verdade Absoluta,
A nossa ignorância e a nossa falta de humildade.
Ámen.
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Projecto Luz: Apadrinhe um Amigo

see http://www.projectoluz.com/pt-PT/media/2009_05_21_–_grande_entrevista_–_1.aspx
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O Projecto Luz - Associação Portuguesa de Apoio A Doentes Oncológicos é uma Associação particular, sem fins lucrativos, que tem como missão apoiar o doente oncológico e os que lhe estão próximos para melhorar a sua qualidade de vida.

A Associação Projecto Luz tem, nesta fase, como área geográfica de intervenção a Grande Lisboa.

Os voluntários que fazem parte da Associação são pessoas que, pela sua experiência de vida, estão sensibilizadas para esta problemática.

Temos voluntários das áreas profissionais de enfermagem oncológica e psicologia.

Estamos a lançar o Projecto “Apadrinhe um Amigo”.

Temos uma rede de “padrinhos”, doentes em remissão, que estão disponíveis para apoiar, orientar, conversar, dar esperança a novos doentes com a mesma patologia.

Não se tratando de um substituto das orientações médicas ou psicológicas dos profissionais, o objectivo é dar apoio ao doente oncológico, um ombro amigo, uma palavra, um espaço onde ambos possam partilhar a sua experiência e fazer uma catarse dos seus medos e ansiedades.

O padrinho, doente em remissão, poderá falar da sua experiência, da sua luta e da sua vitória, sentindo-se útil ao poder ajudar alguém que está agora a passar por algo que lhe é muito familiar.

O afilhado tem alguém que está disponível para o ouvir, que compreende os seus medos, problemas e dificuldades, ao mesmo tempo que vê no padrinho um caso de sucesso, ou seja, que é possível vencer.

Quer partilhar a sua Experiência? Quer falar com quem vive/viveu o mesmo problema?
Por favor, contacte-nos através do nosso email ou telefone.

Sozinho, o percurso é mais difícil...
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Telemóvel: 96 477 57 57
Correio electrónico: projluz@gmail.com
Página Web: http://www.projectoluz.com/

Manuela Matias
Projecto Luz - Associação Portuguesa de Apoio a Doentes Oncológicos

1º Domingo da Quaresma (Lucas 4,1-13)

Naquele tempo, Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão, e, no deserto, ele era guiado pelo Espírito. Ali foi tentado pelo diabo durante quarenta dias. Não comeu nada naqueles dias e, depois disso, sentiu fome. O diabo disse, então, a Jesus: “Se és Filho de Deus, manda que esta pedra se mude em pão”. Jesus respondeu: “A Escritura diz: ‘Não só de pão vive o homem’”
O diabo levou Jesus para o alto, mostrou-lhe por um instante todos os reinos do mundo e lhe disse: “Eu te darei todo este poder e toda a sua glória, porque tudo isto foi entregue a mim e posso dá-lo a quem eu quiser. Portanto, se te prostrares diante de mim em adoração, tudo isso será teu”.
Jesus respondeu: “A Escritura diz: ‘Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás’”.
Depois o diabo levou Jesus a Jerusalém, colocou-o sobre a parte mais alta do Templo e lhe disse: “Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo! Porque a Escritura diz: ‘Deus ordenará aos seus anjos a teu respeito, que te guardem com cuidado!’ E mais ainda: ‘Eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’”.
Jesus, porém, respondeu: “A Escritura diz: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’”.
Terminada toda a tentação, o diabo afastou-se de Jesus, para retornar no tempo oportuno.
in http://www.cancaonova.com/portal/canais/liturgia/index.php?&dia=21&mes=2&ano=2010

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Passo a rezar

O projecto www.passo-a-rezar.net é uma iniciativa do Secretariado Nacional do Apostolado da Oração, uma obra da Companhia de Jesus (jesuítas) que se dedica à promoção da oração pessoal.
Com o www.passo-a-rezar.net pretendemos adaptar a proposta da oração pessoal às circunstâncias da vida de todos os dias e à exigência de mobilidade que a caracteriza. A caminho do trabalho ou da faculdade, nos transportes públicos ou no trânsito, rezar não é uma “utopia” nem um “desejo irrealizável”: o www.passo-a-rezar.net oferece-te a possibilidade de fazeres de cada lugar um lugar de encontro com Deus, um ”espaço sagrado”.
Para tornar realidade este projecto, contamos com o generoso apoio de várias instituições, da Rádio Renascença a várias editoras e artistas (que nos cederam os direitos de uso das músicas), e também com a empenhada colaboração de tantos voluntários, das “vozes” do www.passo-a-rezar.net aos escritores dos pontos de oração que ouvirás cada dia.

Este projecto não teria sido possível sem o generoso e voluntário apoio de muitas pessoas, comunidades e organizações. A todos, MUITO OBRIGADO!
in http://www.passo-a-rezar.net/

We Are The World (2010 - Haiti)


Recorded on February 1st, 2010, in the same studio as the original 25 years earlier (Henson Recording Studios, formerly A&M Recording Studios) "We Are The World 25 For Haiti", in which Jones and Richie serve as executive producers and producers, was created in collaboration with executive producers Wyclef Jean, Randy Phillips and Peter Tortorici; producers Humberto Gattica and RedOne; and co-producers Rickey Minor, Mervyn Warren and Patti Austin to benefit the Haitian earthquake relief efforts and the rebuilding of Haiti.

Academy Award-winning writer-director Paul Haggis (Crash, Million Dollar Baby), whose own personal efforts as well as those of Artists for Peace and Justice have already saved countless lives in Haiti, filmed the private recording session to create the accompanying video and behind-the-scenes production, and serves as Film Director and as an Executive Producer with Jones, Richie, Jean, Phillips and Tortorici.

The 25th Anniversary recording features over 80 artists and performers. The recording of We Are The World 25 For Haiti embodied the same enthusiasm, sense of purpose and generosity as the original recording 25 years ago. Every one of the artists who participated, regardless of genre or generation, walked into the room with their hearts and souls completely open to coming together to help the people of Haiti.
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see http://wearetheworldfoundation.org/
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We are the world
There comes a time
When we head a certain call
When the world must come together as one
There are people dying
And it's time to lend a hand to life
The greatest gift of all

We can't go on
Pretneding day by day
That someone, somewhere will soon make a change
We are all a part of
God's great big family
And the truth, you know love is all we need

[Chorus]
We are the world
We are the children
We are the ones who make a brighter day
So let's start giving
There's a choice we're making
We're saving our own lives
It's true we'll make a better day
Just you and me


Send them your heart
So they'll know that someone cares
And their lives will be stronger and free
As God has shown us by turning stone to bread
So we all must lend a helping hand

[Chorus]
We are the world
We are the children
We are the ones who make a brighter day
So let's start giving
There's a choice we're making
We're saving our own lives
It's true we'll make a better day
Just you and me


When you're down and out
There seems no hope at all
But if you just believe
There's no way we can fall
Well, well, well, well, let us realize
That a change will only come
When we stand together as one

[Chorus]
We are the world
We are the children
We are the ones who make a brighter day
So let's start giving
There's a choice we're making
We're saving our own lives
It's true we'll make a better day
Just you and me


(Michael Jackson)
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in http://www.lyrics007.com/Michael%20Jackson%20Lyrics/We%20Are%20the%20World%20Lyrics.html

Quarta-feira de Cinzas (Mateus 6,1-6;16-18)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.
Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens.
Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, de modo que a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.
Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens.
Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. Ao contrário, quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.
Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando.
Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os homens não vejam que estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”.

Padre Fábio de Melo no Jô Soares



15 fevereiro 2010
Resposta à Carta Aberta – Pe. Fábio de Melo

Querido Gustavo,

Respondo, finalmente, as questões que me foram apresentadas por você. Se puder, publique a resposta em seu blog. Resolvi recortar as questões e respondê-las uma a uma.

“Uma das suas primeiras assertivas, que a mim causou muito espanto e preocupação, foi a de que “precisamos nos despir dessa arrogância de que nós somos proprietários da verdade suprema”. De fato, “donos” da verdade nós não somos. Mas nós a conhecemos! A Verdade é Cristo, e não há outra”.

Gustavo, a Teologia nos ensina que a Plentiude da Revelação é Cristo, mas esta plenitude não significa esgotamento da verdade. Os desdobramentos desta verdade estão em todos os lugares do mundo. Deus continua se revelando. Plenitude não significa finalização.

O que sabemos do Cristo é processual. É assim que o Espírito Santo trabalha na vida da Igreja. A Teologia está a caminho. A grandeza da Revelação não cabe nos documentos que temos, nem tampouco na Teologia que já sistematizamos. O dogma evolui, pois é verdade santa. Tudo o que é santo, movimenta, porque é vivo. O que alimentou o passado precisa continuar alimentando o presente, e o futuro. Não significa modificar a verdade, mas sim, à luz do Espírito e da autoridade da Igreja, buscar a interpretação que favoreça o conhecimento da verdade que o dogma resguarda. Este exercício eclesial manifesta ao mundo o zelo pela verdade que nos foi confiado cuidar e administrar.

Deus continua se revelando ao mundo. O limite da Revelação é a inteligência humana. Nós o vitimamos constantemente com nossas reflexões, mas mesmo assim, Ele não deixa de se manifestar. Onde houver uma brecha, lá Deus acontecerá. Não podemos nos esquecer que a salvação é oferecida a todos. É interesse amoroso de Deus que a humanidade o conheça.

Nós, enquanto proprietários desta verdade que é Jesus, cuidamos do que recebemos. O cuidado da verdade recebida está sustentado sobre dois pilares. Anúncio e Reconhecimento. Nós anunciamos o Cristo. Nisso consiste a ação evangelizadora da Igreja. Mas nós também reconhecemos a sua presença, indícios do sagrado, em outras religiões. Como reconhecemos? Através dos frutos que produzem.

O amor que temos ao Cristo deve ser suficiente para que saibamos respeitar tudo o que é cristão, mesmo que as pessoas não se reconheçam cristãs. É dialética, meu caro. É a tensão escatológica que também esbarra na hermenêutica cristã. Já, mas ainda não. É neste ainda não que nos abrimos com humildade para compreender que outras religiões também vivem e perseguem os rastros do sagrado, e que mesmo oculto, lá o Cristo já está sendo vivido. É uma questão de tempo.

Recordo-me de uma frase muito sábia, que um grande professor jesuíta costumava repetir em nossas aulas de mestrado. Ele dizia: “todo mundo tem o direito de viver o seu antigo testamento.” A administração desta verdade só pode ser responsável, à medida que reconhecemos que ela já ultrapassou os limites dos muros, que estão sob nossa custódia.

“E como explicar que, ao falar da condição adâmica do homem, o senhor tenha adotado a interpretação modernista segundo a qual a historicidade das escrituras fica reduzida ao nível das histórias da carochinha?! Dizer que Adão é uma imagem simbólica, metafórica, “fabulesca”, não faz parte da Doutrina Católica! O fato de a linguagem empregada no livro de Gênesis ser recheada de simbolismo não elimina o fato de que os acontecimentos nele narrados tenham se dado no tempo e no espaço tal como foram escritos. A interpretação literal complementa e enriquece a hermenêutica que se pode fazer a partir dos símbolos. Não é assim que ensina a Igreja?”

Não, não é isso que ensina a Igreja. Se você freqüentasse os meios teológicos saberia muito bem que a linguagem metafórica nem sempre está a serviço de um fato concreto, pontuado no tempo e no espaço. Por isso é metáfora.

A linguagem metafórica não é mentirosa. Sou professor universitário e ensinei Antropologia Teológica. É uma clareza que não posso perder de vista. Ao falar da condição adâmica nós precisamos pensar na humanidade como um todo. Não temos a certidão de nascimento de Adão. O que temos é a fé de que Deus criou a humanidade. Não posso pontuar a existência do primeiro homem. A sagrada escritura só que nos ensinar que somos filhos Dele.

Gustavo, toda a Antropologia teológica é construída na perspectiva da Cristologia. A narração das origens está diretamente ligada ao evento crístico. A Teologia da Criação não é uma ciência exata. O que precisa ser assegurado é o fato de que Deus é o criador do Universo. A maneira como tudo isso se deu é metáfora. Isso não significa meia verdade, nem tampouco conto da carochinha. O que não pode ser relativizado é a entrada de Jesus na história.

Há um destino Crístico que nos foi oferecido (Soteriologia). Jesus é histórico. Está situado no tempo e no espaço. Isso sim é fundamental para a fé. Quando a Sagrada Escritura narra o nascimento do primeiro homem, o grande objetivo não é pontuar o início da vida humana, mesmo porque o escritor sagrado não escrevia com essa finalidade. Volto a dizer. A exegese nos ensina que o escrito tem como principal objetivo salvaguardar que o princípio de todas as realidades criadas está em Deus (Criacionismo). É por isso que a fé não se opõe à ciência no que diz respeito à evolução (Evolucionismo). É simples. O primeiro homem criado não pode ter tido a experiência que a sagrada escritura relata. Ou você pode desconsiderar tod os os conhecimentos a respeito da origem do ser humano?

Gustavo, a fé não é um conjunto de certezas, meu caro. Não temos provas concretas para muitos aspectos da fé que professamos. Se as tivéssemos não precisaríamos ter fé. Acreditamos no que não vemos. Nem por isso é “conto da carochinha”, como você sugere.

Não sei se você a conhece, mas se não conhecer, sugiro que tenha contato com a obra do americano Joseph Campbell, que de maneira brilhante e pertinente, fez uma análise da linguagem mitológica nas culturas. Na primeira parte da obra “O poder do mito”, ele fala justamente deste grande equívoco que costuma ser muito comum entre as pessoas que não transcendem a linguagem. Campbell é uma das maiores autoridades no campo da mitologia, pois faz uma abordagem semiótica destas narrações. O mito não é uma mentira, mas também não precisa ser verdade, diz ele. O importante é a fé que ele sugere. O importante é reconhecer que ele está a serviço de uma verdade superior, porque não cabe no tempo. Foi mais ou menos isso que desejou Guimarães Rosa, ao escrever o conto “ A terceira margem do rio”. Onde fica a terceira margem?
O mesmo não se dá com as nossas convicções religiosas? O discurso religioso é o discurso da terceira margem. Guimarães Rosa compreendeu bem esta linguagem. E nós precisamos compreendê-la também.

“Depois o senhor falou que durante muito tempo “nós (subentenda-se: Igreja) fomos omissos”. Parece-me que essa omissão se referia às questões ecológicas. Pelo amor de Deus, padre! A missão da Igreja é salvar a Amazônia ou salvar as almas? Que conversa é essa de “cristificação do universo ”? Por que dar atenção a isso quando tantas almas se perdem na imoralidade, na heresia, na inércia espiritual?”

Gustavo, sua visão soteriológica é muito estreita. Salvar almas, somente? Essa visão compartimentada do ser humano é herética. Precisamos salvar a totalidade do humano, meu caro. Esqueceu o postulado fundamental da Antropologia cristã? Somos corpo e alma. Unidade. É só ler Tomás de Aquino, Santo Agostinho.

Fazer uma pregação desencarnada? A alma que quero salvar tem corpo, sente frio, tem fome, medo. A alma que quero salvar está num corpo que morre antes da hora, porque sofre as conseqüências de um meio ambiente marcado pelo pecado da omissão.

Se você fala da inércia espiritual, a Igreja fala da inércia espiritual e corporal. Cuidar do mundo é dar continuidade ao milagre da criação. Somos “co-criadores”. Deus continua criando, e nós correspondemos com a experiência do cuidado. Criar é atributo divino, mas cuidar é atributo humano. A horizontalidade da fé é real, concreta. Isso é Teologia da Criação. Está nos livros fundamentais, no catecismo da Igreja e também nos ensaios teológicos mais arrojados.

Quanto à essa conversa de “Cristificação do universo”, que você pareceu banalizar, fazer menor, é apenas uma interpretação belíssima da presença de Cristo no mundo, tomando posse de todos os lugares, mediante o movimento sacramental que Igreja celebra e propaga.

Todos os sacramentos que a Igreja celebra nos cristificam. O nosso comprometimento com o Cristo, mediante o processo de conversão, nos cristifica. O gesto de caridade nos cristifica. A oração nos cristifica. Ser cristão é ao Cristo estar configurado. É boba essa conversa?

“Em seguida, veio aquela colocação, esdrúxula e totalmente non sense, de que a Igreja – que se considerava barca de Pedro – após o Concílio Vaticano II passou a se enxergar como Povo de Deus. Devo informar-lhe que a Igreja permanece sendo barca de Pedro, e o povo de Deus é – por assim dizer – a tripulação desta barca. Onde é que houve mudança na compreensão da eclesiologia”?

A colocação esdrúxula não tem outro objetivo senão ensinar a busca que a Igreja tem feito de ser “Católica”. Você bem sabe que o significado de ser católica é ser “universal”. A expressão “barca de Pedro” não foi banida, Gustavo. Eu falei de superação conceitual. O problema não é a expressão, mas a interpretação que podemos fazer dela. É uma questão hermenêutica. A expressão “Povo de Deus” sugere a universalidade que a Igreja quer e precisa ter. O concílio Vaticano II compreendeu assim. É orientação da Igreja. Eu não inventei isso. Toda essa aversão que você tem ao Ecumenismo expõe uma fragilidade na sua reflexão. Não é bla, bla, bla, como você costu ma dizer. A Igreja trata com muito cuidado esta questão, pois sabe que as questões religiosas estão sendo causas de muito conflito no mundo. Banalizar a dimensão ecumênica da Igreja é, no mínimo, irresponsável.
Há uma vasta literatura na área da Eclesiologia refletindo sobre esse tema. Sugiro que você a conheça. Só vai lhe enriquecer.

Meu filho, o importante é a gente não esquecer, que mesmo estando na barca de Pedro, é sempre cordial e cristão, acenarmos com carinho e respeito aos que estão em barcas diferentes. As grandes guerras atuais são movidas por essa incapacidade de aceno.

Parte 2/5


“Entre as críticas feitas pelos blogueiros, salientava-se a sua posição – no mínimo, omissa – quando o apresentador Jô Soares comentou que achava um absurdo que a Igreja considerasse que o matrimônio servia apenas à procriação. Pergunto: por que o senhor não afirmou, como ensina a Igreja, que o matrimônio tem duas finalidades: a unitiva e a procriativa? Por que não disse que , sim, o amor dos esposos importa e ele é – ou, pelo menos, deve ser – expresso pela unidade (de pensamento e de vontade) que os cônjuges demonstram em todas e cada uma de suas ações? Era tão simples desfazer a argumentação errônea do entrevistador e, ao mesmo tempo, aproveitar para instruir as pessoas segundo a Sã Doutrina!”

Concordo com você. Eu errei ao não ter usado os termos técnicos. Quis levar a discussão através de outros recursos e acabei não sendo claro como deveria.

“Pior que não ter ensinado no momento oportuno, foi o senhor afirmar que “o nosso discurso já mudou”! Diga-me, Pe. Fábio, acaso a doutrina imutável da Igreja perdeu a sua imutabilidade? O senhor crê, convictamente, que a Igreja está, dia após dia, se amoldando à mentalidade atual? Não seria missão da Esposa de Cristo formar na sociedade uma mentalidade cristã, isto é, fomentar um novo modo de pensar e de viver que esteja impregnado do perfume de Cristo? Ou é o contrário: o mundo é que deve catequizar a Igreja?”

Não, não é a Igreja que precisa ser moldada aos formatos do mundo. Em nenhum momento alguém me viu pregar sobre isso. Quando eu disse que o discurso já mudou, eu me referia justamente à visão antiga que ele tinha do “sexo no casamento”. O apresentador desconhecia a reflexão a dimensão unitiva do sexo na vida do casal.

Parte 3/5


“Em outro momento da entrevista o senhor afirmou que não “conseguia” celebrar a missa todos os dias? Não lhe parece estranho, e prejudicial, que a sua “agenda” não permita que o senhor celebre todos os dias a Eucaristia? Qual deve ser o centro da vida do sacerdote: o altar ou o palco? E quanto ao breviário? A sua “agenda” permite que o senhor o reze diariamente (considerando que não fazê-lo é pecado grave para o sacerdote)?”

Gustavo, quanto ao zelo que tenho pela minha vida de padre, gostaria de lhe tranqüilizar. Não sou um aventureiro. Sou um homem responsável, e se tem uma coisa que não perco de vista é a maturidade humana. Se me conhecesse, talvez não incorreria no julgamento velado de suas palavras.

Deus conhece a vida que tenho, e conhece também minha dedicação aos seus projetos. Se você gosta de quantificar o que faz, este não é o meu caso. Eu sou filho do Novo Testamento. Jesus é o Senhor da minha vida. Com Ele eu aprendi que a salvação não está na obrigação dos ritos, mas na qualidade do coração que temos. Busco cumprir todas as obrigações que a Igreja me pede, mas não coloco nisso a certeza da minha salvação. Não sou rubricista, nem pretendo me tornar. A Igreja nos recomenda muitas coisas. Lutamos para cumprir tudo. O que não conseguimos, deixamos nas mãos de Deus. Só Ele poderá nos julgar.

Parte 4/5


“Depois veio a pergunta: “o senhor teve experiências sexuais antes de ser padre?” Creio um homem que consagrou (frise-se o termo: consagrou) sua sexualidade a Deus não deveria expor sua intimidade diante do público. Mas, já que a pergunta indecorosa foi feita, a resposta que esperei foi algo no sentido de fazer o interlocutor entender que aquela questão era de ordem privada; que não convinha ser tratada em público. Em resumo: algo como “não é da sua conta!”. Porém, que fez o senhor? Respondeu que teve, sim, experiências sexuais precedentes, mas “às escondidas”! Caro Pe. Fábio, o senhor acha que convém dar uma resposta deste tipo? Isso não induziria as pessoas a pensar que não existem padres castos (considerando que muitos confundem castidade com virgindade)? Isso não estimularia as pessoas a crer na falácia segundo a qual todo jovem já teve, tem ou deve ter experiências sexuais que precedam a sua decisão vocacional?”

Gustavo, a vida é o testemunho que temos. Não tenho dificuldade alguma de responder às perguntas que me expõem como homem. Não fiquei padre por acaso. Tenho uma história e dela não fujo. São Paulo não fez o mesmo? Leia as cartas que ele escreveu. Ele sempre fez referência à vida vivida. Em nenhum momento se esquivou de contar sua história, mas fez dela um instrumental para orientar e sugerir vida nova em Cristo. Não gosto da expressão “não é da sua conta”. Se eu me disponho a ser entrevistado por alguém, tenho que saber que a minha vida será a pauta. Só não admitiria o desrespeito, mas isso não ocorreu. Não vou mentir para o povo. Nas minhas pregações eu falo o tempo todo da minha vida. Não quero bancar o santo. Eu quero é ser santo.

“O senhor comentou, ainda, que “para a gente ser padre, a gente tem que ter amado na vida. É impossível (grifos meus) fazer uma opção pelo celibato, pela vida consagrada, se eu não tiver tido uma experiência de amar alguém de verdade”. O senhor acha, realmente, que o homem que nunca amou uma mulher não sabe amar? Baseado em que o senhor diz isso? Que dizer então do meu pároco que, tendo ido para o seminário aos 11 anos, nunca namorou? Ele é menos feliz por causa disso? Menos decidido pelo sacerdócio? Não creio que isso proceda.”

Digo baseado no fato de ser padre, conviver com padres, morar em seminários desde os 16 anos de idade, ser diretor espiritual de inúmeros seminaristas, padres e freiras. Digo isso porque vivo os bastidores da Igreja. Sou amigo pessoal de muitos bispos, religiosos, diretores de seminários. Tenho 38 anos e sou profundamente interessado pela vida sacerdotal. A minha experiência, e a de tantos que passaram pela minha vida, mostraram-me que o celibato é ESCOLHA. Para haver escolha é preciso que haja possibilidades. Quanto à felicidade de seu pároco, sobre ela não posso dizer, pois não o conheço. Minha fala é fruto do que a vida me mostrou, e só.

“O que se viu nessa malfadada entrevista à rede globo foi a apresentação de um comunicador, um cantor, um filósofo, um homem qualquer. Pudemos enxergar Fábio de Melo. E só. O padre passou desapercebidamente. De comunicadores, cantores e filósofos, já basta: nós os temos em número suficiente! Precisamos de padr es! Padres que são, sim, homens por natureza; mas que tiveram sua dignidade elevada pelo caráter impresso no sacramento da Ordem. Homens que não são “como quaisquer outros” porque receberam a graça e a missão de agir in persona Christi. Temos carência de ver padres que ajam, falem e – até mesmo – se vistam, em conformidade com a sua dignidade sacerdotal.”

Gustavo, se os seus olhos me enxergaram como um “homem qualquer”,perdoe-me. Talvez eu não tenha conseguido revelar a você a sacralidade que move os meus objetivos. Talvez você esteja elevado demais em sua vida espiritual, e necessite de padres mais espiritualizados, menos humanos. Tenho consciência que ninguém precisa ser unanimidade. O que sei é que na Igreja de Cristo há um lugar para um padre com o meu perfil. Eu vejo a obra que Deus tem realizado na minha vida e na vida de tantas pessoas que se identificam com meu trabalho.

Meu filho, eu tenho encontrado pela vida as dores do mundo, e com elas tenho me ocupado. Demorei responder a sua carta justamente por isso. Tenho gastado o meu sangue nesta proeza de ser e agir “ in persona Christi”. Não tenho outro objetivo senão tentar atualizar a presença de Jesus na vida das pessoas. Eu o faço como posso. Evangelizo a partir da teologia que amo, mas também a partir da experiência que me guia. Conheci a Deus através do amor ágape. Fiquei fascinado quando me ensinaram que Deus é um pai amoroso que não despreza os filhos que tem, mesmo quando não correspondem ao que Ele espera.
O banquete em sua casa está sempre posto, pronto para receber o filho que tem fome. Adentrei a morada de Deus assim, na condição de homem qualquer, mas o surpreendente é que Ele não me recebeu como homem qualquer. Recebeu-me com festa, com carinho, com misericórdia, pois é capaz de me enxergar para além de minha aparência. É isso que tenho feito, meu caro. Tenho me esmerado para convencer as pessoas de que o mesmo pode acontecer com elas.

Quanto à minha dignidade sacerdotal, esta eu costumo preservar através das minhas atitudes. Minha roupa de padre não me garante muita coisa. O sacerdócio que o povo espera de mim não está no hábito que ostento, mas na sinceridade que preciso ter diante do meu compromisso assumido. Zelo para que Deus não seja transformado numa caricatura qualquer.

“Creio que muitos destes desdobramentos que eu estou expondo não foram sequer imaginados pelo senhor no momento em que concedeu a entrevista, e enquanto respondia às perguntas. Contudo, o ônus de quem se expõe à opinião pública é, exatamente, suportar os possíveis mal-entendidos que se geram quando as palavras são compreendidas de modo diverso da intenção e da mentalidade de quem as proferiu. Espero que tudo que eu falei aqui tenha sido realmente um grande mal-entendido… Sempre cabe, contudo, esclarecer os desentendimentos mais graves que possam prejudicar não só a sua imagem, mas a da Igreja como um todo. Um ensino errado pode levar uma alma à perdição.”

Querido Gustavo, como professor de Hermenêutica eu não tenho dificuldade com os que pensam diferente de mim. Não é nenhum crime termos diferenças. O problema é quando nós fazemos da diferença um motivo de pré julgamento e acusação.

“Perdoe-me, sinceramente, a franqueza e, talvez, a dureza em alguns momentos. Mas eu precisava lhe expor as minhas dúvidas, impressões e inquietudes com relação a essa entrevista. Se o senhor se dignar me responder esta carta, ainda que de modo breve, sucinto, ficaria imensamente grato. Despeço-me rogando mais uma vez a sua bênção e garantindo-lhe as minhas orações em favor de seu sacerdócio e de sua alma.
Gustavo Souza, Indigno filho da Santa Igreja Católica”


Perdôo, é claro que perdôo, afinal, este o meu ofício. Como padre eu sou ministro da reconciliação. Confesso que a ira de seus seguidores, blogueiros que acompanham os seus escritos, me feriu muito mais que suas indignações. E é sobre isso gostaria de dizer, ao final desta resposta. Não sei quem é você. Vi a sua foto, aquela em que você diz estar embriagado de Coca Cola, e nada mais. O pouco que sei de você está revelado nos textos do seu blog. Tenho acompanhado seus constantes combates, esforços para diminuir as heresias e afrontas à Igreja. Admiro o seu zelo. Ele expressa o amor que você tem a Deus. Mas confesso que sinto falta de “misericórdia” em suas falas, meu caro.

Gustavo, não faça do seu amor à Igreja um obstáculo ao seu amor pelos mais fracos, pelos diferentes. Defenda tudo o que quiser defender, mas não permita que o seu discurso seja causa de contenda e inimizades. Há sempre um jeito de discordar sem precisar ofender. A ofensa faz crescer o que é diabólico.

Cuidado com as generalizações. Você tem combatido as CEBS. Cuidado. Há muita gente honesta nestes movimentos. Eu as conheço. Vi de perto o trabalho frutuoso, espiritual, humano, salvação total acontecendo em muitos lugares deste grande Brasil. Vi nomes sendo citados de forma banal, irresponsável. Irmã Doroty morreu defendendo o evangelho, meu filho. Gostando você, ou não, ela é foi uma mulher comprometida com as causas de Jesus. É muito triste ver o nome dela citado no seu espaço, como se fosse uma “mulher qualquer”. Chico Mendes foi um homem que defendeu questões nobres. Só por isso já merece o nosso respeito. Frei Beto é um homem fabuloso. Já fez muita gente se aproximar de Deus, por meio de sua inteligência e sabedoria aguçada.

Não limite o seu blog a um lugar de combates. Que seja um lugar de discussões, mas que sejam feitas à luz do princípio fundamental que o evangelho nos sugere: o amor ágape.
Gustavo, aproxime-se cada vez mais do Coração de Jesus. Ele é a interpretação da verdade que tanto buscamos compreender. Deus está inteiro em Jesus. O grande desafio da conversão é aproximar a nossa humanidade de sua divindade.

Do Adão que há em nós ao Cristo que nos foi oferecido. Mesmo estando em estágios diferentes, uns mais à frente, outros mais atrasados, não importa. O importante é que saibamos ir juntos. Nossa salvação depende disso. Uma coisa é certa, meu caro. Todos nós estamos desejosos de acertar. Sigamos juntos nesta busca.

Com meu carinho e benção,
Pe. Fabio de melo.
Parte 5/5

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

E ainda não compreendeis? (Marcos 8,14-21)

Naquele tempo, os discípulos tinham se esquecido de levar pães. Tinham consigo na barca apenas um pão. Então Jesus os advertiu: “Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes”.
Os discípulos diziam entre si: “É porque não temos pão”. Mas Jesus percebeu e perguntou-lhes: “Por que discutis sobre a falta de pão? Ainda não entendeis e nem compreendeis? Vós tendes o coração endurecido? Tendo olhos, não vedes, e tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais de quando reparti cinco pães para cinco mil pessoas? Quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?”
Eles responderam: “Doze”. Jesus perguntou: E quando reparti sete pães com quatro mil pessoas, quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços? Eles responderam: “Sete”. Jesus disse: “E ainda não compreendeis?”

40 jours pour s'approcher de Dieu


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http://www.dptn.org/
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Des Prêtres pour Toutes les Nations (DPTN)
vous propose la 2ème édition de votre retraite en vidéo


L'abbé Gérard Thieux :
Docteur en théologie, l'abbé Gérard Thieux a été ordonné prêtre en 1973. Après avoir terminé ses études supérieures à l’École Supérieure de Commerce de Marseille, il a vécu de nombreuses années à l'étranger, en particulier au Liban et en Italie. Il est prêtre de l'Opus Dei et habite actuellement à Paris, où il exerce son ministère. Il est confesseur à la basilique Notre Dame des Victoires en plus de diverses activités, essentiellement auprès de jeunes professionnels et étudiants.
Conseiller de DPTN pour les ouvrages spirituels, il a prêché la retraite de l'Avent en 2009.

Les thèmes des méditations du Carême :
L'abbé Thieux méditera les textes que la liturgie de chaque dimanche nous offre. Les sujets seront bien entendu des sujets typiques du Carême, mais il s'attachera à ce que chaque méditation soit imprégnée de l’espérance chrétienne.
Si le Carême peut apparaître un peu « négatif » lorsqu’on ne considère que ce qu’il nous demande de faire ou d’éviter, il devient extraordinairement « positif » si l’on réfléchit au but qu’il nous propose d’atteindre, c’est-à-dire l’identification au Christ et la Vie avec Lui!

Nous vous proposons donc 40 jours pour avancer avec Lui.
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in http://www.dptn.org/1-actualites/45-40-jours-pour-s-approcher-de-dieu.html
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Sexto Sentido (TED)




Esta demonstração - da pesquisadora Pattie Maes do MediaLabs do MIT (Massachussets Institute of Technology), coordenado por Pranav Mistry (indiano pra variar...) - foi um destaque no TED (Technology, Entertainment, Design Conference).... É um dispositivo que se veste, com um projetor que abre caminho para uma profunda interação com o meio à sua volta. Imaginem "Minority Report", e então algo mais...

Para quem não sabe, esse é um dos maiores, se não o maior dos Institutos de pesquisa científica do mundo) e apresenta o "Sexto Sentido", um dispositivo tecnológico de vestuário que pode (com os condicionantes que referi atrás) vir a mudar nossa vida no futuro...

As imagens que serão mostradas podem parecer estranhas no começo. Mas insiste e começarás a entender a nova invenção que está sendo apresentada. Então, ao veres as suas aplicações diárias, começas a deixar o espanto tomar conta de ti. Se desejares, basta escolheres legendas em Português, logo abaixo da tela de vídeo.

Prepara-te para ver o futuro...
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in http://www.ted.com/talks/pattie_maes_demos_the_sixth_sense.html
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La increíble vida de Michela, de «Nuovi Orizzonti»

De pertenecer a una secta satánica a monja,
tras intentar asesinar a la que hoy es su fundadora

Michela, en la actualidad religiosa de la Comunidad Nuovi Orizzonti, tiene una vida de película. Abandonada por su madre cuando era un bebé, atrapada por una peligrosa secta satánica, convencida de la necesidad de asesinar a una monja por indicación de la sacerdotisa, que a la vez era su psiquiatra... Cuenta su testimonio en ReL con una intensidad y pasión, que a más de uno le dejará pensativo...
Actualizado 15 febrero 2010

Cuando se experimenta el amor de Dios, se aprende que no se puede guardar para uno mismo. Yo llevo diez años viviendo esta forma de amor. Llevando el amor a quienes no conocen el amor de Dios.

«Chiara, sácanos de este infierno»
La comunidad a la que pertenezco nació en 1984, fundada por Chiara Amirante, que comenzó a llevar la palabra de Dios a los puntos de muerte de la ciudad de Roma. Tantos jóvenes que no conocían la palabra de Dios le pedían: «Chiara, sácanos de este infierno».

No creía absolutamente nada en Dios
Yo llevo doce años en la comunidad. Tengo 40, pero cuando entré, no creía absolutamente nada en Dios. Creía que los sacerdotes y las religiosas se hacían sacerdotes y religiosas por falta de trabajo. Veía una Iglesia que solo daba reglas. Una Iglesia que prohibía todo.

Además, yo me hacía una pregunta: «Si es verdad que Dios es amor, ¿por qué en el mundo hay sufrimiento?». Me lo preguntaba porque con el sufrimiento tuve contacto apenas nací. Mi papá y mi mamá me abandonaron en un hospital recién nacida. Viví mis primeros seis años de vida en un orfanato. Dos meses después de que saliese de allí, el instituto fue clausurado por maltrato a menores. Yo había conocido todo menos el amor, y cuando un niño no conoce el amor, es difícil que de adulto sepa dar amor. Crecí rebelde. En la escuela era instrumento de santificación para los profesores.

El dinero era el dios de mi vida
A los 18 años ya eres mayor de edad en Italia, así que me fui de la casa en que vivía. Pude hacerlo porque tenía un trabajo, una ocupación. Yo era chef de cocina internacional, muy reconocida. Comencé a trabajar en Italia y el resto de Europa y el dinero empezó a ser el dios de mi vida. Cuanto más tenía, mas quería tener, pero a fin de mes no me quedaba nada.

Novios de usar y tirar
En lo referente a todo lo que pertenece al mundo de la afectividad, era un desastre. Tenía novios según la estación del año. Uno para el invierno, otro para el verano…. Y me decía: «Yo el corazón no lo meto en esto». Eran novios de usar y tirar, pero cada historia que pasaba, era una herida más que dejaba mi corazón muy lastimado.

Un novio católico-convencido
Finalmente me enamoré de una persona que todas las madres de familia soñarían para su propia hija. Era inteligente, bueno, perfecto. Pero tenía un pequeño defecto: era un chico católico, un católico convencido. Esto, para mí, solo suponía un defecto por una razón, porque cuando yo le preguntaba cuando nos íbamos a ir a la cama, él me respondía: «Después del matrimonio». Él empezó a hablarme de Dios, pero yo le dije: «Escucha Luca, las relaciones de tres no funcionan. Somos tú y yo. Punto. Dios debe quedar fuera». Él fingió seguirme la corriente.

¿Quieres casarte conmigo?
Cuando ya llevábamos dos años saliendo, vino sin avisar una noche a mi casa. Era la primera vez en ese tiempo que vino a mi casa, por lo que pensé: «Hoy lo hacemos». Pero él tenía otras razones muy diferentes en su cabeza y me dijo: «Escucha Michela, hablé con mi padre espiritual, porque tengo intención de casarme contigo». Yo me le quedé mirando un poco perpleja, pero por un solo motivo: no sabía qué era un padre espiritual. Yo le respondí: «Vamos al registro civil, pedimos una cita, estampamos nuestras firmas y ya estamos casados». Y me dijo: «No. Para mí es importante el sacramento del matrimonio. Nos dan la posibilidad de efectuar un matrimonio mixto donde tu declares ser no creyente, pero yo pueda casarme contigo dentro de la Iglesia». Entonces mi siguiente pregunta fue: «¿Y esto cuanto cuesta?». «Nada», respondió mi chico. Pensé que si no costaba nada y no perdía mi imagen de atea, podía aceptarlo. Sólo le puse una condición: «Organiza tú la boda».

Murió antes de la boda
Pusimos una fecha y él comenzó a organizar todo. Era bonito, porque de verdad que Luca era un chico fantástico. Pero nunca me llegué a casar con él. Falleció cuatro días antes de la fecha escogida.

Poco después de comenzar los preparativos, contrajo el VIH por culpa de una transfusión de sangre contaminada. Ahí entré en contacto con la primera verdad de mí vida. Porque yo, con el dinero, hasta ese día había comprado todo y a todos. Pero descubrí que había una cosa que no podía comprar: la vida de mi novio. Eso para mí fue una derrota. Luca partió para el paraíso cuatro días antes de nuestra boda y ahí se me derrumbó el mundo.

«Dios, empeñaré mi vida en destruirte»
Me enfadé con Dios por haberme quitado a mis padres. Me enfadé con Dios por haber sufrido tanta violencia desde pequeñita. Me enfadé con Dios por la muerte de Luca. La noche de su funeral, me marché a la playa y allí mismo hice un juramento: «Dios, si tú no existes, pasaré toda mi vida diciéndoselo a todo el mundo. Pero si existes de verdad, empeñaré mi vida en destruirte».

New Age y el Reiki
Ahí empezó mi guerra con Dios. Para buscar a Dios y saber si existía, me acerqué a varias filosofías. Todo lo que era la New Age y el Reiki. Pero ahí no encontré nada de la presencia de Dios. A todo esto, mi vida era triste y angustiosa. Hasta que un día me propusieron comenzar psicoterapia. Yo pensé que si había probado ya tantas cosas, podía probar eso también. Así que comencé a ir un día a la semana. Poco a poco me iba sintiendo mejor en la consulta de aquella doctora. Empecé a ir en vez de un día a la semana, dos días, luego tres, y acabé teniendo cuatro sesiones semanales con ella. La psicoterapia se convirtió en mi droga. Yo no lo sabía, pero no tenía la facultad de decidir nada de mí vida.

Una sacerdotisa satánica
Un tiempo después la doctora me dijo que tal vez necesitase sesiones de hipnosis: «Tenemos que entrar a lo más profundo de tus heridas». Le dije que sí. Desafortunadamente no estaba en grado de tomar ninguna decisión. No se lo que hicieron conmigo, pero el problema fue que esta doctora era en realidad una sacerdotisa de una de las sectas satánicas más importantes de Italia. Y yo entré a formar parte de ella, de la mano de mi doctora.

Dos años en la secta
Pasé ahí dos años de mi vida. Dos años que me llevaron a perder mi dignidad de mujer, mi dignidad de ser humano. Allí he visto muerte y violencia. Llegué a alcanzar la muerte del alma. Me convertí en una auténtica marioneta manejada por manos satánicas.

«Mata a Chiara»
La noche de Navidad de hace catorce años (1996), durante un rito, me dijeron que existía la posibilidad de ser la sacerdotisa de una secta, en una ciudad de Italia. En ese mundo solo importa el poder, el tener, por lo que yo acepté, pero para ser la sacerdotisa tenía que afrontar una prueba de filiación, de pertenencia. Me dijeron: «En Roma hay una joven, de nombre Chiara, que ha fundado hace poco tiempo una comunidad. Está muy protegida por la Iglesia y para nosotros es un obstáculo, porque acerca a muchos jóvenes a Dios. Si tú verdaderamente quieres pertenecer a nosotros y tener el poder, debes hacer una cosa: mata a Chiara». Y acepté.

Decidida al asesinato
La noche del 5 de enero partí hacia Roma. Me habían dado toda la información de donde encontrar a Chiara y yo me dirigí a su casa, a la sede de la comunidad. A las 20.00 horas llegué hasta la puerta y sin dudar, convencida de lo que iba hacer, toqué el timbre.

«Por fin has llegado a tu casa»
Lo que ocurrió entonces lo tengo que contar desde el testimonio de Chiara, quien no me conocía absolutamente de nada, como es obvio.

Chiara cuenta siempre que, en ese momento, en su corazón escuchó una voz, la voz de la Virgen María que le decía: «Abre tú la puerta, que es una hija mía que tiene una gran necesidad».

Chiara se levantó, caminó apresurada hasta la puerta a cuyo otro lado la esperaba yo, y cuando abrió la puerta hizo una sola cosa. Me abrazo y me dijo: «Bienvenida hija mía. Por fin has llegado a tu casa».

Con el cuchillo en la mano
Ese abrazo cambió mi vida. Fue un abrazo indeleble que llegó a mi corazón. Fue más allá de mi cuerpo, de mis brazos. Yo no pude reaccionar, no pude moverme, no pude hacer nada. Chiara me desarmó absolutamente con ese abrazo, con su mirada.

Me llevó dentro, a su pequeña habitación y comenzamos a hablar. Ella me preguntó cómo estaba, y yo sin decir ninguna palabra le entregué el arma con el que la iba a matar. Se lo conté y le dije: «Chiara, para mí ya no hay esperanza». Ella me respondió: «¡Sí, sí que hay esperanza, porque el amor ha vencido a la muerte! ¡Hay esperanza para ti porque hubo quien dio la vida por ti! ¡Y Jesús te ama!».

«Me matarán y te matarán a ti también»
Yo le contesté: «Chiara, yo les conozco. Sé como son. Tengo poco tiempo. Me matarán y te matarán a ti también». «No Michela –respondió Chiara muy firme-. No lo harán, porque María te quiso en esta casa». Y en aquella casa me quedé.

Sesión de exorcismos
Obviamente, la primera cosa por hacer era una buena confesión. Llamaron a un sacerdote, pero debido a las actividades en las que había estado involucrada no me pudieron dar la absolución. Hubo que escribir a la Santa Sede, a la Congregación para la Doctrina de la Fe, toda mi historia. Un cierto cardenal Ratzinger , respondió en pocos días: «Hoy la Iglesia está de fiesta porque un Hijo ha regresado a casa».

También tuve que pasar por varias sesiones de exorcismo. Obviemos los detalles.

Comunión y consagración
Con un permiso muy especial, la noche del 27 de enero, en la capilla de las hermanas de la Madre Teresa, en Roma, pude recibir la comunión, pude consagrar mi corazón al Corazón Inmaculado de María, y hacer los votos de pobreza, obediencia y castidad, más el cuarto voto propio de la comunidad de Chiara, que es el voto de ser y llevar la alegría de Cristo Resucitado.

Un nuevo camino
Ahí comenzó mi camino. Mi camino de sanación, un camino en el que nunca nadie antes pudo sanar mis heridas, y donde sí que las pudo sanar Jesús.

Pero pasado un tiempo, hubo una herida que no había podido sanar. Esa herida era la falta de una madre, porque a mí me faltaba una madre. Me faltaba en Navidad, cuando todas la madres telefonaban a las demás y yo no recibía una llamada. Me faltaba el día que celebraba mi cumpleaños... Esa ausencia de mi madre, cada vez que pasaba esto, reabría las viejas heridas y había que empezar de nuevo.

Un grito de dolor
Un buen día, a Chiara se le ocurrió enviarme a un centro de ayuda para la vida. Se me había encargado abrir una casa de acogida para madres solteras y jóvenes embarazadas con riesgo de someterse a un aborto por miedo o por dificultad. Allí las podríamos acoger. Pero al poco tiempo empecé a recoger un grito de dolor. Era el grito de dolor de aquellas mujeres que habían abortado y que me decían: «¿Sabes? Hoy tendría un hijo de ocho años, pero lo llevé a matar».

Aprendí a no juzgar
Por las noches llegaba a casa y me ponía delante de Jesús, en el sagrario, y le entregaba todo ese dolor que llevaba de las mujeres. Una de esas noches, empecé a escuchar en mi corazón: «Michela, si hoy existes tú, es porque tu madre dijo sí a la vida». Os tengo que decir que cuando se experimenta la misericordia de Dios, la primera cosa que se aprende es a no juzgar. Y yo no tenía ningún derecho de juzgar a mi madre. Porque si una madre llega a abandonar a un hijo es porque hay un gran dolor.

A la busqueda de la madre
En ese momento comenzó a despertar en mi interior la necesidad de buscar a mi madre, no para juzgarla ni regañarla, sino para darle las gracias por mi vida.

La ley italiana permite obtener información del propio origen y después de las investigaciones pertinentes localicé a mi madre. Comenzamos a telefonearnos, y un día me sugirió conocernos personalmente. La fecha concertada fue el 2 de Junio de 2004. Esa misma mañana partí hacia la ciudad donde ella vivía para encontrarme con ella, como habíamos quedado.

«Sal de mi vida»
Yo iba sola y en ese viaje había dos partes dentro de mí. Una parte era esa parte humana que se sentía entusiasmada por poder decirle por fin a alguien «mamá». Pero había otra parte más racional que me decía: «Michela, no sabes qué puedes encontrar allá». Mi error fue que en aquella duda venció la parte más humana. Pero el hombre propone y Dios dispone, porque pocos minutos después de encontrarnos, con una mirada que yo no le deseo ni a mi peor enemigo, mi madre me dijo: «Tú para mí no has existido nunca, no has existido hasta ahora, no existes hoy. Sal de mi vida». Yo no sé que siente una madre cuando un hijo dice no a su amor, pero les puedo decir lo que siente un hijo cuando una madre le dice no a su amor…

«¿Qué le hecho de malo a Jesús?»
Fue un gran dolor. Regresé a Roma, cogí a Chiara y sujetándola contra un muro le dije: «¿Pero yo qué le hecho de malo a Jesús? Trabajo para Él, ¿por qué no me puede ayudar?».

A mí pregunta de por qué Jesús me trata así, Chiara me contestó: «¿Sabes, Michela? Santa Teresa de Ávila le preguntó lo mismo a Jesús, y Jesús le dijo que así trataba Él a sus amigos». Ya sabéis lo que Santa Teresa le respondió a Jesús: «Ahora entiendo por qué tienes tan pocos».

Unas vacaciones para reflexionar
Era una situación dolorosa, de la que era difícil salir, por lo que entonces Chiara me propuso unos días de vacaciones. Yo pensé: «Estupendo, me iré a la playa y tomaré el sol», pero Chiara ya había pensado en todo: «Hay un lugar al que puedes ir. Es un pueblo en Bosnia que se llama Medjugorje. Cógete unas vacaciones y vete allí». Yo le dije a Chiara: «A Medjugorje yo no voy, Chiara. Mejor me pagas las vacaciones en Croacia, que está muy cerca y tiene un mar estupendo. Ya cuando esté allí, un día me acerco a Medjugorje. Pero yo no me voy a meter entre las colinas, las piedras y el calor. Eso no son vacaciones». Chiara me respondió: «Te recuerdo que hiciste un voto de pobreza y otro de obediencia. Elige por cual de los dos quieres ir a Medjugorje». Así que elegí el de la obediencia, y voluntariamente vine a Medjugorje.

Medjugorje
Llegué a Medjugorje ¡Me daban una pena los peregrinos! Porque yo pensaba que yo estaba allí porque me habían obligado, pero no entendía por qué ellos no iban al mar, pudiendo hacerlo.
En fin, los primeros diez días fueron un desastre. Yo no quise saber nada de peregrinos, ni del fenómeno de Medjugorje, ni de nada.

Una vidente y la aparición
El día decimoprimero, estaba tras la explanada, cerca de la carpa verde. Estaba tumbada en mi toalla, tomando el sol. En serio, pasaba de todo. Y ahí tirada me vio Marija, una de las videntes. No nos conocíamos de nada, pero a ella le llamó la atención, no sé si verme tumbada tomando el sol, o mi toalla verde chillona.
Se acercó a mí y me dijo: «Hola, ¿qué haces?». «Estoy esperando a que comience la Misa». Entonces Marija, sin más, con toda la naturalidad, me dijo: «Vente mañana conmigo a una aparición».

¡Imagínate! Era ridículo. Tanto que me dio la risa y le contesté: «Mira, va a ser mejor que la Virgen María venga a mí, porque yo de aquí no me muevo». Marija me miró un poco sorprendida, en silencio. Al cabo de unos segundos, cuando se me quitó la sonrisa de la cara, me dijo: «Tú vente mañana».

Unos días aburridos
En Medjugorje, si no vives el fenómeno, tampoco es que haya mucho que hacer. Mis primeros diez días allí fueron tan aburridos, que por muy absurdo que pareciese, asistir a una aparición suponía algo distinto en medio de aquel aburrimiento, así que el día siguiente aparecí a la hora que me había dicho Marija en el Oasis de la Paz, donde iba a vivir su aparición. Al llegar allí, aquello estaba lleno de gente.

Yo llegué a las seis y cuarto de la tarde y allí había gente que llevaba más de tres horas, con todo el calor. Yo pensé: «Qué tontería llegar tan temprano, si de toda formas a la Virgen solo la ve la vidente, pero bueno».

Al cabo de unos minutos llegó Marija. Me vio en el jardín, me cogió de la mano y me llevó dentro de la capilla con ella, delante del todo, a su lado. Me llevó hasta allí a rastras y de un empujón me puso de rodillas. Todo el mundo rezaba y yo pensaba: «Qué buenos todos estos peregrinos, mira cómo rezan», pero mi corazón estaba muy cerrado y no quería participar con ellos.
Recuerdo el momento en que comenzó la aparición. Todo el mundo se quedó en silencio y Marija se quedó mirando extasiada hacia arriba.

En medio de la aparición
En ese momento pensé: «Cualquiera desearía estar aquí a su lado, ¿cómo es posible que a mí no afecte?». La miré a Marija y vi que, sin emitir ningún sonido, movía sus labios, ¿y saben cual fue mi pensamiento en ese momento?: «Pero ella, con la Virgen, ¿habla en croata o en italiano?». Os prometo que lo pensé, de verdad, incluso quince días después de aquello se lo pregunté a ella. Me dijo que hablaban en croata.

¿Un trasplante del corazón?
Bromas a parte, en cierto momento de la aparición ocurrió algo. Y se lo cuenta la persona más racional que existe. Empecé a sentir un calor en el cuerpo. Era un calor que llegaba hasta la punta de mis dedos, hasta mis pies. Era un calor maravilloso. Sentí como si algo me abrazara, me rodeara y me cubriese entera, y entonces ocurrió lo más increíble, y es que sentí como si me hiciesen un transplante de corazón. Digo trasplante porque sentí como si algo se metía en mi pecho y me arrancara una piedra de dentro. Era un corazón herido, enfermo, y sentí como si me colocasen un corazón nuevo ahí dentro, en su lugar. Subrayo la palabra transplante, porque no fue un corazón curado, sino un corazón nuevo, que me llenaba de paz el alma, la mente y el cuerpo.

«Algo bellísimo»
Al acabar la aparición yo no entendía nada de lo que estaba sintiendo, pero era bellísimo. Empecé a darme cuenta de que tenía que marcharme y comencé a repetirme a mí misma que en realidad no pasaba nada, para ver si me calmaba, pero qué va, cada vez que lo decía mejor lo sentía.

Entonces Marija se levantó e hizo lo que hace siempre. Explicó a todos lo sucedido: «He presentado a la Virgen María todas vuestras intenciones de oración. La Virgen María ha orado por ustedes y les ha bendecido». A todo esto yo seguía de rodillas a su lado. Entonces ella, delante de todos me miró y dijo: «La Virgen María ha hecho suyo el dolor de tu corazón. A partir de hoy solo ella será tu madre».

«La Virgen te vió»
Salí de la capilla. Marija no sabía nada de mi historia. Cuando ella salió yo estaba en el jardín, desconcertada. Me cogió de nuevo por el brazo y, sin estar yo todavía muy convencida de lo que suponía que había pasado, le pregunté: «Marija, tu estabas ahí, ¿me viste durante la aparición?», y ella me respondió: «No, yo no te vi. Pero la Virgen sí».

«María me coge de la mano»
Desde aquel día hasta hoy he sentido a María en mi vida. La he sentido de una manera muy concreta. He descubierto que cada vez que tengo el rosario en las manos, es María quien me coge de la mano.

Modelo de santidad
Aquella tarde aprendí otra cosa. Era cierto que hasta ese día había trabajado para Dios, pero María quería que yo trabajase con Dios. Y otra cosa bellísima fue que si yo quería ser santa, debía tomar a la Virgen María como modelo de santidad. Os aseguro que eso, para un carácter como el mío, no es nada fácil. No es fácil vivir la obediencia. No es fácil vivir la humildad. No es fácil vivir el silencio de María. El silencio de María bajo la cruz. Pensad que María estaba bajo la cruz.

Un dolor transformado en amor
Aquella fue una experiencia bellísima, porque descubrí que el dolor puede ser transformado en amor por la humanidad.
Os digo que si aquella tarde del entierro de Luca dije que Dios no existía, después de doce años puedo deciros que Dios sí que existe.

Ocho años de silencio
Durante ocho años he vivido en silencio. Durante ocho años he estado escondida. Pero hace dos años, en un capítulo general de la familia salesiana, Chiara y algunos otros me pidieron que contara mi historia. Al principio tuve miedo. Pero cuando aprendes que la vida no te pertenece a ti, que la vida es un regalo, el miedo puede ser canjeado. Yo hice este pacto con Jesús: «Jesús, si mi vida, mi historia, sirve a un solo joven a encontrar tu misericordia, yo daré mi vida por esto».

No tener miedo del sufrimiento
Queridos jóvenes, no tengáis miedo del sufrimiento. El sufrimiento existe, sí. El mundo nos dice que no existe, nos enseña cómo cubrirlo, cómo barnizarlo con capas de cosas sin importancia. Pero Jesús nos enseña a vivirlo con Él. Lo que tiene a Jesús clavado en la cruz no son los clavos, sino el amor especial que tiene por cada uno de nosotros. Por eso os ruego, por favor, que como decía san Francisco de Asís, no permitáis que el Amor de los amores no sea amado. ¡Llevemos el amor de Dios a todas partes! Podemos hacerlo, Jesús nos ha enseñado cómo. Somos pequeños, pero seamoslo como decía la madre Teresa de Calcuta: como las gotas del mar, que hacen un océano.

Dios nos ama hasta morir
Queridos jóvenes, estáis todos callados. Hay un gran silencio, pero como decía san Pedro, yo no tengo oro ni plata. ¡Lo que yo tengo me llega de la Providencia! Mirad, ni si quiera este rosario que llevo en el bolsillo es mío. Me lo han dado. Queridos jóvenes, yo no tengo nada, y a diferencia de san Pedro yo no hago milagros. Pero os puedo decir una cosa: ¡Que hay un Dios que ha dado su vida! ¡Que hay un Dios que nos ama hasta morir! ¡Que debemos experimentar la alegría de Cristo resucitado!

Los satanistas creen más que nosotros
Mirad ese pedazo de pan. Ese pedazo de pan que nosotros adoramos, ese pedazo de pan blanco con el que nos nutrimos… ahí está realmente el cuerpo de Jesús. Y esto os lo digo con un gran dolor, porque los satanistas creen más que nosotros que ahí está el cuerpo de Jesús. Nosotros tenemos que empezar a creer. Tenemos que empezar a vivir a Jesús. Mirad san Pablo. Él decía: «No soy yo quien vive, es Jesús quien vive en mí» .

Utiliza el sufrimiento, pero no huyas de él
Os lo repito, no huyáis del sufrimiento, utilizarlo. Levádselo a Jesús y ese sufrimiento se transformará en amor.

Me despido con una frase de Edith Stein . Cuando Edith Stein se convirtió, le preguntaron por qué se había convertido al catolicismo, y ella respondió:
«Yo busqué el amor. Y encontré a Jesús».
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from http://jesus-logos.blogspot.com/2010/02/de-pertenecer-una-secta-satanica.html
in http://www.religionenlibertad.com/articulo.asp?idarticulo=7061

Verbal Engineering and the Swaying of Public Conscience

FATHER TADEUSZ PACHOLCZYK, PH.D.
Whenever longstanding laws are reversed, and practices come to be sanctioned that were formerly forbidden, it behooves us to examine whether such momentous legal shifts are morally coherent or not.

Over the years, a number of unjust laws have come to be replaced by more just ones. Laws overturning the practice of slavery, for example, were a significant step forward in promoting justice and basic human rights in society. Yet in very recent times, unjust and immoral laws have, with increasing frequency, come to replace sound and reasonable ones, particularly in the area of sexual morality, bioethics and the protection of human life. Whenever longstanding laws are reversed, and practices come to be sanctioned that were formerly forbidden, it behooves us to examine whether such momentous legal shifts are morally coherent or not.

Concerns about moral coherence have always influenced the crafting of new laws, as they did in 1879 when the State of Connecticut enacted strong legislation outlawing contraception, specified as the use of "any drug, medicinal article or instrument for the purpose of preventing conception." This law, like the anti-contraception laws of various other states, was in effect for nearly 90 years before it was reversed in 1965. It codified the longstanding dictate of the public conscience that contraception was harmful to society because it promoted promiscuity, adultery and other evils. It relied on the nearly universal sensibility that children should be seen as a help and a blessing to society, and that, as Joseph Sobran puts it, "a healthy society, however tolerant at the margins, must be based on the perception that sex is essentially procreative, with its proper locus in a loving family."

Such a view had been remarkably deeply engrained in Western society for millennia, and interestingly, until as late as the 1930's, all Protestant denominations agreed with Catholic teaching condemning contraception. Not until the 1930 Lambeth Conference did the Anglican church, swayed by growing societal pressure, announce that contraception would be allowed in some circumstances. Soon after, the Anglican church yielded entirely, allowing contraception across the board. Since then, every major Protestant denomination has followed suit, even though their founders, including Luther, Calvin and Wesley, had all unhesitatingly condemned contraception, and insisted that it violated the right order of sexuality and marriage. Today, it is only the Catholic Church which teaches this traditional view.

How is it that modern times have seen such a striking reversal of this ancient view of the moral unacceptability of contraception? How is it that our age continues to witness a seemingly endless stream of legislative activity that promotes contraception through exorbitant government funding initiatives in nearly every major country of the world, with A merican taxpayers providing, for example, more than $260 million of Planned Parenthood's total income for 2004? Can something almost universally decried as an evil in the past suddenly become a good, or is such a legislative reversal not indicative of a significant misuse of law, and of a collective loss of conscience on an unprecedented scale?

Here too, sophisticated verbal engineering was necessary, since nobody could reasonably expect the abortion ethic to advance by saying, "Let's kill the kids." Many things simply cannot be achieved when it is clear to everyone what is going on; obfuscation is essential.

Whenever widespread social engineering of this magnitude occurs, it is invariably preceded by skillful verbal engineering. The late Msgr. William Smith observed that the argument about contraception was basically over as soon as modern society accepted the deceptive phrase, "birth control" into its vocabulary. "Imagine if we had called it, 'life prevention'," he once remarked. The great Gilbert Keith Chesterton put it this way: " They insist on talking about Birth Control when they mean less birth and no control," and again: "Birth Control is a name given to a succession of different expedients by which it is possible to filch the pleasure belonging to a natural process while violently and unnaturally thwarting the process itself."

Fast on the heels of such seismic cultural shifts over contraception was even more radical legislation permitting abortion-on-demand. Since the early 1970's, such legislation has effectively enabled the surgical killing of 1 billion human beings worldwide who were living in the peaceful environment of a womb. Here too, sophisticated verbal engineering was necessary, since nobody could reasonably expect the abortion ethic to advance by saying, "Let's kill the kids." Many things simply cannot be achieved when it is clear to everyone what is going on; obfuscation is essential.

The growing child in the womb was thus recast as a "mass of tissue" or a "grouping of cells." The abortion procedure itself was re-described as "removing the product of conception" or "terminating a pregnancy" or simply, "the procedure." Those who were "pro-choice" obfuscated as to what the choice was really for. As one commentator put it, "I think a more realistic term would be 'pro-baby killing'."

Euphemism, of course, has a serious reason for being. It conceals the things people fear. It is defensive in nature, offsetting the power of tabooed terms and otherwise eradicating from the language those matters that people prefer not to deal with directly. A healthy legislative process, however, will abstain from euphemism and obfuscation, zeroing in on truth and moral coherence. It will safeguard and promote an enlightened public conscience, particularly when crafting laws dealing with the most foundational human realities like sexual morality, bioethics and the protection of human life.
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from http://jesus-logos.blogspot.com/search/label/Engenharia%20verbal
in
http://www.catholiceducation.org/articles/medical_ethics/me0130.htm