“Tu podes até ter toda a razão do mundo,
mas se não aprenderes a saber ter razão,
tu perde-la de imediato.”
José Micard Teixeira
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Dia dos Avós (São Joaquim e Sant'Ana)
Com alegria celebramos hoje a memória dos pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Sant'Ana.
Em hebraico, Ana exprime "graça" e Joaquim equivale a "Javé prepara ou fortalece".
Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant'Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora.
Sant'Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.
O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Sant'Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça.
A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José. A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI.
São Joaquim e Sant'Ana, rogai por nós!
sexta-feira, 20 de julho de 2012
O que destrói o ser humano?
O que destrói o ser humano?
Política sem princípios,
prazer sem compromisso,
riqueza sem trabalho,
sabedoria sem caráter,
negócios sem moral,
ciência sem humanidade
e oração sem caridade.
Mohandas Karamchand Gandhi (1869-1948)
Política sem princípios,
prazer sem compromisso,
riqueza sem trabalho,
sabedoria sem caráter,
negócios sem moral,
ciência sem humanidade
e oração sem caridade.
Mohandas Karamchand Gandhi (1869-1948)
quinta-feira, 19 de julho de 2012
O tempo é
O tempo é
Demasiado Lento para os que Esperam
Demasiado Rápido para os que Receiam,
Demasiado Longo para os enlutados,
Demasiado Curto para os que Rejubilam
Mas para os que Amam,
O Tempo não existe.
Henry Van Dyke
fonte: "A Matriz Divina" - Gregg Braden (Pág. 177)
Demasiado Lento para os que Esperam
Demasiado Rápido para os que Receiam,
Demasiado Longo para os enlutados,
Demasiado Curto para os que Rejubilam
Mas para os que Amam,
O Tempo não existe.
Henry Van Dyke
fonte: "A Matriz Divina" - Gregg Braden (Pág. 177)
terça-feira, 17 de julho de 2012
Stephen Covey (Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes)
O escritor e palestrante motivacional, Stephen R. Covey, autor de livros como Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, morreu na madrugada desta segunda-feira (16), em Idaho Falls, Idaho, nos Estados Unidos, após cair de bicicleta em abril. Ele tinha 79 anos.
No dia do acidente, Covey pedalava pelas colinas de Provo, no estado de Utah, e, apesar de usar capacete, não conseguiu evitar danos causados pela queda.
Em nota divulgada aos funcionários da empresa fundada por ele, especializada em treinamento profissional, a família do autor lamentou a morte do norte-americano, mas afirmou que ele deixou a vida "em paz".
"Em suas últimas horas ele estava cercado de sua amada esposa e de todos os filhos, genros e noras, da forma como ele sempre quis", afirmou a família.
A filha de Covey, Catherine Sagers, disse ao periódico The Salt Lake City em abril que o pai chegou a sofrer de hemorragia cerebral.
Covey vendeu mais de 20 milhões de livros, que foram traduzidos para 38 idiomas, segundo o site oficial do autor.
fonte: Terra
visite: PequenoGuru
fonte: Terra
visite: PequenoGuru
sábado, 14 de julho de 2012
Hino à Alegria (flashmob Sabadell)
Campanha "Som Sabadell" - Homenagem no 130º aniversário do Banco Sabadell.
Flashmob com a participação de mais de 100 pessoas da "Orquestra Simfònica del Vallès" e os coros "Lieder y Amics de l'Òpera" e "la Coral Belles Arts".
O Rosário, a oração da Paz
«Gostaria de convidar-vos
a recitar o Rosário pelas
intenções do Papa,
pela missão da Igreja e
pela paz no mundo.»
Papa Bento XVI,
Angelus, 1 de Outubro de 2006
quinta-feira, 12 de julho de 2012
São João Gualberto
Com muita alegria nos deparamos com a santidade de vida de São João Gualberto, que pertenceu a uma nobre família de Florença, a qual muito bem o educou na cultura, porém, deixou falhas no essencial, ou seja, na vida religiosa. Por isso, facilmente, ele foi se entregando às liberdades perigosas e às vaidades do mundo.
Aconteceu que, com o assassinato do seu irmão, João Gualberto – como o pai – revoltou-se a ponto de jurar o causador de morte; mas um certo dia, numa estreita estrada, Gualberto encontrou-se com o assassino desarmado, por isso arrancou sua espada para vingar o irmão, quando de repente a súplica: "Por amor de Jesus que neste dia morreu por nós, tem piedade de mim, não me mates!".
Era uma Sexta-feira Santa, e assim, tocado pela misericórdia de Deus, João Gualberto não só acolheu o malvado com seu perdão, mas também ao entrar numa igreja, recebeu aos pés do Crucificado a graça do perdão e a vida nova.
No processo de conversão de São João Gualberto, Deus o encaminhou à vida religiosa, à vida eremítica e depois à fundação de uma nova Ordem, chamada de Vallombrosa, na qual São João Gualberto tornou-se pai do monges e modelo, já que, antes de entrar na Vida Eterna em 1073, com 73 anos partilhou para os irmãos: "Quando quiserem eleger um abade, escolham entre os irmãos o mais humilde, o mais doce, o mais mortificado".
São João Gualberto, rogai por nós!
Salam Aleikum
Gosto de jogar Xadrez na net. Há poucos dias estava a jogar com alguém que a determinada altura disse que tinha de parar porque tinha de ir rezar. Disse-lhe que não fazia mal porque eu também o ia fazer. Disse-me que era muçulmano e eu disse-lhe que era cristão. Despedimo-nos, tendo-lhe eu pedido que rezasse por nós, pois eu rezaria por ele e disse-lhe adeus. Respondeu-me com a expressão "Salam Aleikum" que eu lhe perguntei o que significava. Disse-me que era o mesmo que "Adeus".
Posteriormente procurei na net e percebi que estas palavras têm outra tradução mais correta que não invalida a do nosso "A-Deus" e que é: "Que a Paz esteja convosco".
É fantástica a beleza desta expressão que, de certa forma, nos liga e que Jesus usou várias vezes (ver João 20 [vers. 19,21,26]).
Salam Aleikum!Manuel Filipe Santos
12 de Março de 2012
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Here I am Lord (Celebrant Singers)
+++
I, the Lord of sea and sky
I have heard My people cry
All who dwell in dark and sin
My hand will save.
I who made the stars and night
I will make the darkness bright
Who will bear My light to them
Whom shall I send?
Here I am Lord
Is it I Lord?
I have heard You calling in the night
I will go Lord
If You lead me
I will hold Your people in my heart.
I the Lord of snow and rain
I have borne my people's pain
I have wept for love of them
They turn away.
I will break their hearts of stone
Fill their hearts with love alone
I will speak My word to them
Whom shall I send?
Here I am Lord
Is it I Lord?
I have heard You calling in the night
I will go Lord
If You lead me
I will hold Your people in my heart.
I, the Lord of wind and flame,
I will tend the poor and lame.
I will set a feast for them,
My hand will save
Finest bread I will provide,
till their hearts be satisfied.
I will give My life to them
Whom shall I send?
Celebrant Singers
+++
Celebrant Singers (Oeiras / Portugal - Igreja de S. Julião da Barra - 2012.07.10) |
São Bento
Abade vem de "Abbá", que significa pai, e isto o santo de hoje bem soube ser do monaquismo ocidental. São Bento nasceu em Núrcia, próximo de Roma, em 480, numa nobre família que o enviou para estudar na Cidade Eterna, no período de decadência do Império.
Diante da decadência – também moral e espiritual – o jovem Bento abandonou todos os projetos humanos para se retirar nas montanhas da Úmbria, onde dedicou-se à vida de oração, meditação e aos diversos exercícios para a santidade. Depois de três anos numa retirada gruta, passou a atrair outros que se tornaram discípulos de Cristo pelos passos traçados por ele, que buscou nas Regras de São Pacômio e de São Basílio uma maneira ocidental e romana de vida monástica. Foi assim que nasceu o famoso mosteiro de Monte Cassino.
A Regra Beneditina, devido a sua eficácia de inspiração que formava cristãos santos por meio do seguimento dos ensinamentos de Jesus e da prática dos Mandamentos e conselhos evangélicos, logo encantou e dominou a Europa, principalmente com a máxima "Ora et labora". Para São Bento a vida comunitária facilitaria a vivência da Regra, pois dela depende o total equilíbrio psicológico; desta maneira os inúmeros mosteiros, que enriqueceram o Cristianismo no Ocidente, tornaram-se faróis de evangelização, ciência, escolas de agricultura, entre outras, isso até mesmo depois de São Bento ter entrado no céu com 67 anos.
São Bento, rogai por nós!segunda-feira, 9 de julho de 2012
Maria de Agreda
Maria Fernández Coronel y Arana (2 de Abril de 1602 — 24 de Maio de 1665), mais conhecida pelo nome de Maria de Jesus de Ágreda, foi uma religiosa abadessa de Ágreda, cidade situada na província espanhola de Sória, tendo nascido e falecido nessa mesma localidade. Além de freira da Ordem da Imaculada Conceição, foi ainda uma importante escritora mística espanhola.
Teve fama de santa pelas suas sucessivas penitências e mortificações corporais e foi, inclusive, processada pela Inquisição.
Entre os anos de 1643 e 1665 manteve uma continuada troca de correspondência com o Rei Filipe IV, de quem se tornou conselheira para os assuntos de Estado. Em 1627, com apenas 25 anos de idade, foi nomeada abadessa do convento franciscano de Ágreda (fundado pelos seus próprios pais). Nos anos seguintes, alegadamente terá recebido diversas aparições de Nossa Senhora e das quais resultaram as inúmeras revelações que acabou por publicar na sua famosa obra "Cidade Mística de Deus".
Alegou-se que teria o dom da bilocação, surgindo mesmo em algumas pinturas feitas por missionários franciscanos e por indígenas de vários países. No entanto, sabe-se que nunca abandonou o seu convento em Espanha.
Em 1673 iniciou-se o seu processo de beatificação, tendo chegado a ser declarada Venerável pelo Papa Clemente X. Passados quase quatrocentos anos após a sua morte, o seu corpo continua incorrupto e encontra-se exposto na Igreja do Convento de Ágreda.
Obra
De natureza ascética e mística, a sua obra é composta por escritos que defendem a evolução da vida espiritual e a castidade absoluta. Dos diversos livros que escreveu, os mais célebres foram, sem dúvida, os volumes da "Cidade Mística de Deus" (que inicialmente fora proibida pela Inquisição e, mais tarde, permitida para divulgação). Essa obra conta já com mais de 173 edições em diferentes línguas e com imprimatur de bispos católicos. Entre a sua bibliografia constam:
"Escala ascética";
"Exercícios quotidianos e doutrina para fazer obras com maior perfeição";
"Conceitos e suspiros do coração para alcançar o verdadeiro objectivo de agradar o Esposo e Senhor";
"Cidade Mística de Deus";
"Correspondência privada com Filipe IV".
sábado, 7 de julho de 2012
Santo Adriano (Canção Nova)
Adriano viveu no século IV. Era casado com Natália. Recebia oração e via o testemunho de sua esposa nas pequenas coisas, na fidelidade, no amor a Deus e a ele.
Adriano pertencia à chefia da guarda romana, onde o Imperador Diocleciano perseguia duramente os cristãos. Numa ocasião, foram presos 22 cristãos, que testemunharam Jesus perante os tribunais. O coração de Adriano se decidiu por Cristo naquele momento e quis pertencer ao número daqueles heróis do Senhor. Decidiu-se por Cristo, foi preso, sofreu todas as pressões para negar a fé em Cristo e na Igreja.
Natália acompanhou tudo e orava pela fidelidade de seu esposo a Cristo. Adriano teve uma última chance de declarar seu amor à esposa e foi martirizado, queimado vivo, juntamente com os outros 22 cristãos.
Santo Adriano, rogai por nós!
Padre Horácio Nogueira
Horácio Nogueira (António Horácio Alves Nogueira) nasceu em Góis (distrito de Coimbra - Portugal), a 16 de Julho de 1925.
Estudou nos Seminários de Alcains, Olivais (Lisboa), Évora e Gavião, vindo a receber a ordem sacra de Presbítero, em 25 de Dezembro de 1948, em Alcains, onde celebrou a Primeira Missa.
É também licenciado em Sociologia pela Pontífica Universidade Católica do Rio de Janeiro (1967-1971).
Foi professor no Seminário de Alcains (1946-1952 e 1954-1958) e na Escola Industrial Marquês de Pombal (1965-1967).
fonte: animus
Em 1958, partiu para Angola e em Malanje viveu grande parte da sua vida (até Dezembro de 2002), tendo sido Secretário do Bispo de Malanje e professor no Seminário-Colégio de S. José, no Colégio Veríssimo Sarmento e no Liceu Adriano Moreira. Foi ainda: capelão na Penitenciária da Damba; delegado diocesano do Ecumenismo; notário do Tribunal Eclesiástico; secretário e ecónomo da Diocese; capelão do Colégio de Nossa Senhora de Fátima, chanceler da Cúria, sob os Bispos Dom Manuel Nunes Gabriel, Dom Pompeu de Sá Leão e Seabra, Dom Eduardo André Muaca, Dom Alexandre do Nascimento, Dom Eugénio Salessu, Dom Luís Maria Pérez de Onraita.
No campo da escrita literária, teve vários prémios e publicou: Estrela da Planície - poemas (1955), Há Vida na Charneca - narrativas alentejanas (1ª edição, 1956; 2ª edição, 1957), Cabo Verde - poema (1960), Nova Rota - poemas (1959), A Vida Recomeça Hoje - novelas (1962), Natal em S. Tomé - conto (1ª edição - 1962, 2ª edição 2004), Bodas de Ouro - poesia e memória (1998).
Em preparação tem: Mundo que não mente - narrativas infantis e Na Terra do Meu Peregrinar.
fonte: Cabo Verde (poema)
🙏
O Sr. Padre Horácio é uma pessoa excepcional e um grande poeta, com uma disponibilidade e alegria contagiantes. É difícil não sorrir quando estamos na sua presença. Como amostra do seu grande coração, partilho aqui um pequeno poema retirado do seu livro "Estrela da Planície" (pág. 66)
Meu Coração
Meu coração não é meu.
Vai longe o dia em que o dei!
Dei-o todo a quem mo deu...
E quem mo deu fê-lo seu,
Quando nas mãos lho deixei!
Dei-o todo - sei-o bem!
Ninguém mo venha pedir.
Ninguém pretenda, ninguém,
Vir dizer-me: «É só por bem...»
- Não o posso dividir.
O coração, pouco a pouco,
Perde o domínio, a vontade.
E à deriva, cego e mouco,
É como se fosse um louco
Que só pensa em liberdade.
Sei que dei meu coração.
Não é meu, pois, de direito!
- Mas, se ele está dado, eu não
Entendo por que razão
O sinto ainda no peito!
Meu coração não é meu.
Ninguém mo queira roubar!
Deus, que mo deu, fê-lo Seu...
Foi Ele quem o escolheu
E fui eu quem Lho foi dar!
Por isso, já não é meu.
Ninguém mo queira roubar!
Padre Horácio Nogueira
Estudou nos Seminários de Alcains, Olivais (Lisboa), Évora e Gavião, vindo a receber a ordem sacra de Presbítero, em 25 de Dezembro de 1948, em Alcains, onde celebrou a Primeira Missa.
É também licenciado em Sociologia pela Pontífica Universidade Católica do Rio de Janeiro (1967-1971).
Foi professor no Seminário de Alcains (1946-1952 e 1954-1958) e na Escola Industrial Marquês de Pombal (1965-1967).
fonte: animus
Em 1958, partiu para Angola e em Malanje viveu grande parte da sua vida (até Dezembro de 2002), tendo sido Secretário do Bispo de Malanje e professor no Seminário-Colégio de S. José, no Colégio Veríssimo Sarmento e no Liceu Adriano Moreira. Foi ainda: capelão na Penitenciária da Damba; delegado diocesano do Ecumenismo; notário do Tribunal Eclesiástico; secretário e ecónomo da Diocese; capelão do Colégio de Nossa Senhora de Fátima, chanceler da Cúria, sob os Bispos Dom Manuel Nunes Gabriel, Dom Pompeu de Sá Leão e Seabra, Dom Eduardo André Muaca, Dom Alexandre do Nascimento, Dom Eugénio Salessu, Dom Luís Maria Pérez de Onraita.
No campo da escrita literária, teve vários prémios e publicou: Estrela da Planície - poemas (1955), Há Vida na Charneca - narrativas alentejanas (1ª edição, 1956; 2ª edição, 1957), Cabo Verde - poema (1960), Nova Rota - poemas (1959), A Vida Recomeça Hoje - novelas (1962), Natal em S. Tomé - conto (1ª edição - 1962, 2ª edição 2004), Bodas de Ouro - poesia e memória (1998).
Em preparação tem: Mundo que não mente - narrativas infantis e Na Terra do Meu Peregrinar.
fonte: Cabo Verde (poema)
🙏
O Sr. Padre Horácio é uma pessoa excepcional e um grande poeta, com uma disponibilidade e alegria contagiantes. É difícil não sorrir quando estamos na sua presença. Como amostra do seu grande coração, partilho aqui um pequeno poema retirado do seu livro "Estrela da Planície" (pág. 66)
Meu Coração
Meu coração não é meu.
Vai longe o dia em que o dei!
Dei-o todo a quem mo deu...
E quem mo deu fê-lo seu,
Quando nas mãos lho deixei!
Dei-o todo - sei-o bem!
Ninguém mo venha pedir.
Ninguém pretenda, ninguém,
Vir dizer-me: «É só por bem...»
- Não o posso dividir.
O coração, pouco a pouco,
Perde o domínio, a vontade.
E à deriva, cego e mouco,
É como se fosse um louco
Que só pensa em liberdade.
Sei que dei meu coração.
Não é meu, pois, de direito!
- Mas, se ele está dado, eu não
Entendo por que razão
O sinto ainda no peito!
Meu coração não é meu.
Ninguém mo queira roubar!
Deus, que mo deu, fê-lo Seu...
Foi Ele quem o escolheu
E fui eu quem Lho foi dar!
Por isso, já não é meu.
Ninguém mo queira roubar!
Padre Horácio Nogueira
2020.08.25:
Partilho aqui uma homenagem
que hoje dediquei ao Sr. Padre Horácio Nogueira.
🙏
que hoje dediquei ao Sr. Padre Horácio Nogueira.
🙏
Padre Horácio Nogueira ( 1925 - 2017 ) |
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Prece (Fernando Pessoa)
Vídeo actualizado em 2022.04.11
que és o céu e a terra, que és a vida e a morte! O sol és tu e a lua és tu e o vento és tu! Tu és os nossos corpos e as nossas almas e o nosso amor és tu também. Onde nada está tu habitas e onde tudo está — (o teu templo) — eis o teu corpo.
Dá-me alma para te servir e alma para te amar. Dá-me vista para te ver sempre no céu e na terra, ouvidos para te ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em teu nome.
Torna-me puro como a água e alto como o céu. Que não haja lama nas estradas dos meus pensamentos nem folhas mortas nas lagoas dos meus propósitos. Faze com que eu saiba amar os outros como irmãos e servir-te como a um pai.
Minha vida seja digna da tua presença. Meu corpo seja digno da terra, tua cama. Minha alma possa aparecer diante de ti como um filho que volta ao lar.
Torna-me grande como o sol, para que eu te possa adorar em mim; e torna-me puro como a lua, para que eu te possa rezar em mim; e torna-me claro como o dia para que eu te possa ver sempre em mim e rezar-te e adorar-te.
Senhor,
protege-me e ampara-me. Dá-me que eu me sinta teu.
Senhor,
livra-me de mim.
Fernando Pessoa, Páginas Íntimas e de Auto-interpretação, Ática, Lisboa.
fonte: Zimbórios
in: O Eu Profundo
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Bó
Bó:
Amo-vos do fundo do meu coração e daqui vos mando montes de beijinhos.
Com muito carinho,
o vosso neto,
Filipe.
Esta carta é para ti mas partilha-a também com o Bú. Faz hoje um ano que partiste e tenho montes de saudades tuas. Hoje pensei muito em ti e não consegui deixar de me emocionar. Só tenho recordações felizes contigo. São sobretudo momentos da minha infância, os momentos da chegada ao Porto, os Natais em família, o meu primeiro relógio, a primeira vez que me equilibrei em cima duma bicicleta no vosso quintal, as idas à piscina no Inatel, as viagens a Chaves, os passeios a Bragança. É um facto que a minha afinidade sempre foi maior pelo Bú, com quem adorava jogar Eleven e King mas tu estavas sempre lá com ele e sempre com um sorriso. É assim que me lembro de ti. A sorrir. Para mim vocês sempre foram o casal modelo. Tinham as vossas discussões, as vossas pequenas zaragatas mas eram o meu casal modelo. Um casal que promovia a família e com muito Amor. Se um dia viesse a ter uma família seria como a vossa. Tenho muitas saudades de vocês e quero que saibam que sinto muito a vossa falta. Que Deus me ajude a prolongar o vosso legado.
Amo-vos do fundo do meu coração e daqui vos mando montes de beijinhos.
Com muito carinho,
o vosso neto,
Filipe.
terça-feira, 3 de julho de 2012
Passeio vazio
Abrigado da chuva, debaixo da varanda dum prédio, gritava com todas as suas forças para quem passava:
- Vocês sabem lá o que é a vida. Vocês sabem lá o que custa...
A sua agressividade e provocação a todos incomodava mas ninguém parava. Antes, fingiam não ouvir. Olhando o vagabundo de lado, aceleravam o passo receando a sua proximidade. Como se tivesse uma doença grave, uma doença contagiosa que ninguém quer apanhar.
E ele cada vez mais alto gritava, como se a todos quisesse matar. Todo o mundo era culpado do seu estado. Todo o mundo. Sozinho, com fome e sujo, ninguém lhe queria tocar e ele sabia. Ele sabia que o mundo o rejeitava, sabia que não havia lugar para ele. Sabia que não era amado. Sabia que o mundo era cruel. E essa crueldade magoava, magoava no mais fundo do seu ser. E magoava porque ele sentia que não merecia aquela situação. Sentia que não era justo e não conseguia mudar. O que é que ele podia fazer? Nada!
Tudo era escuridão e desespero. Cansado deixou de gritar e sua cabeça para baixo olhou. Por mais que gritasse, ninguém lhe falava, ninguém o queria escutar. Olhava para o chão e pensava:
- Que posso fazer eu para a minha vida mudar?
Foi então que por ele, uma criança passou e sorriu.
A criança vinha acompanhada da sua mãe que apercebendo-se da proximidade do vagabundo, logo a puxou pela mão, dizendo:
- Vamos embora!
A criança não entendeu o puxão porque o pobre vagabundo para ela olhava com olhar amigo, emocionado com a ternura do seu sorriso. E os olhos do pobre homem se humedeceram. O sorriso daquela criança tinha tocado o seu coração. Era um sorriso de esperança e recordou-lhe os tempos em que também ele sorria. Os tempos em que brincando com os seus amigos, lugar para um futuro brilhante havia:
- Quando for grande quero ser polícia! - dizia ele com orgulho aos seus amigos do orfanato.
Mas isso não aconteceu.
Teve alguns empregos mas o último perdeu. A empresa faliu. Depois de algum tempo com subsídio de desemprego via-se agora condenado a vaguear pelas ruas. Não tinha família e, por isso, dormia hoje aqui e amanhã acolá. No Inverno era mais complicado:
- Este frio é tramado...!
Voltou a olhar para o passeio mas a criança tinha desaparecido.
Agora só o passeio vazio, os pés molhados e o coração frio...
Oeiras, 3 de Julho de 2012
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Faz ó Deus! (Senhor aqui nos tendes)
Senhor aqui nos tendes
Juntos para Te amar
Só Tu conheces e entendes
Tudo o que temos p’ra dar
Dor e pobreza, tanta alegria
Tanto sofrer e a paz
Que a vida oferece e cria
Que a vida leva e traz
Ó Cristo de braços cansados
Sem Ti senhor que seria
A tormenta dos pecados
E o medo da manha fria
Então, faz de nós, ó Deus
Teu repouso e morada
Que o amor dos que são Teus
Torne a Terra abençoada
Faz ó Deus
fonte: grupos de vida de Caxias
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