Cuidado com aquilo que pensas
Hoje fui ao IKEA com a minha filha do meio. Uma das peças, a mais importante
e que só foi montada no final, vinha com defeito. Tirámos a senha 48 e estava a
ser atendido o número 32 quando chegámos. Esperámos quase uma hora mas,
entretanto, aproveitámos para conversar. Como a conversa fugiu para temas
como a alegria que é termos de aturar alguns colegas insuportáveis, lembrei a
Catarina de um texto que tinha publicado ontem no face e que junto em
cima neste post. Para reforçar a minha convicção e lhe dar exemplos da força do
pensamento, referi que se, por exemplo, pensássemos num cão, a probabilidade
de algum aparecer poderia aumentar.
ser atendido o número 32 quando chegámos. Esperámos quase uma hora mas,
entretanto, aproveitámos para conversar. Como a conversa fugiu para temas
como a alegria que é termos de aturar alguns colegas insuportáveis, lembrei a
Catarina de um texto que tinha publicado ontem no face e que junto em
cima neste post. Para reforçar a minha convicção e lhe dar exemplos da força do
pensamento, referi que se, por exemplo, pensássemos num cão, a probabilidade
de algum aparecer poderia aumentar.
Devo clarificar que não apareceu nenhum cão...
Mas também não deu muito tempo porque fomos atendidos poucos segundos
depois desta minha observação.
No entanto, algo aconteceu para suportar a minha improvável teoria poucos minutos
depois. Quando trazíamos a peça sem defeito, que ainda era grande, quase
arrancámos a cabeça a um senhor. Eu nem sequer me apercebi do potencial acidente.
Brincalhão e aliviado, cheguei a brincar com a situação simulando uma possível
desgraça mas fiquei preocupado com a minha falta de atenção. Assim, alertado e
mais atento, passei a ter algum cuidado, abrandando bastante o meu ritmo. Ao
chegarmos perto de uma multidão, pouco depois da zona dos bares, abrandámos
ainda mais com receio da nossa guilhotina. As pessoas eram tantas que tivemos
mesmo de parar, para não correr o risco de cometer um grave crime por negligência.
arrancámos a cabeça a um senhor. Eu nem sequer me apercebi do potencial acidente.
Brincalhão e aliviado, cheguei a brincar com a situação simulando uma possível
desgraça mas fiquei preocupado com a minha falta de atenção. Assim, alertado e
mais atento, passei a ter algum cuidado, abrandando bastante o meu ritmo. Ao
chegarmos perto de uma multidão, pouco depois da zona dos bares, abrandámos
ainda mais com receio da nossa guilhotina. As pessoas eram tantas que tivemos
mesmo de parar, para não correr o risco de cometer um grave crime por negligência.
Estando nós completamente parados, olhei para baixo e vi um pequeno miúdo,
distraído com um brinquedo que levava nas mãos. Por algum motivo continuei a olhar
para ele, à medida que continuava a caminhar na nossa direcção. Porque o miúdo não
levantava o olhar, disse-lhe pelo menos duas vezes:
para ele, à medida que continuava a caminhar na nossa direcção. Porque o miúdo não
levantava o olhar, disse-lhe pelo menos duas vezes:
- Cuidado!
Não tive tempo de gritar a terceira porque ele deu com a testa exactamente numa
esquina da nossa peça "sem defeito". A pancada foi muito lenta porque nós estávamos
mesmo parados e o rapaz não se magoou mas os pais, que não estavam longe, riram-se
em coro, como num espectáculo de circo em que uma potencial tragédia quase tira a vida
ao trapezista.
esquina da nossa peça "sem defeito". A pancada foi muito lenta porque nós estávamos
mesmo parados e o rapaz não se magoou mas os pais, que não estavam longe, riram-se
em coro, como num espectáculo de circo em que uma potencial tragédia quase tira a vida
ao trapezista.
Isto foi hoje e aqui fica registado, grato por não ter sido responsável pela perda da
cabeça de alguém; pelo menos que eu tenha visto...
Mano,
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