É da ordem natural da criação que o indivíduo tenha um corpo e mente conscientes, dos quais ele se serve, e que também desenvolva uma natureza afetiva. A consciência assim formada se expressa como um ser separado e age como se tivesse uma vida separada. Esse indivíduo percebe e sente de um ponto de vista separado, e isso não permite que a plenitude da Vida se expresse nele. O corpo físico é deficiente e seus desejos não se realizam. A natureza afetiva é sempre querer o que não pode obter. A natureza do intelecto é se esforçar pelo inatingível. E embora a esperança seja forte, e leve o indivíduo a ter as experiências de que precisa, ele não tem a Fé perfeita, pois há divisão nessa consciência. Há medo e derrota. Todas as experiências lhe mostram que das muitas coisas que deseja como eu, poucas são alcançadas. E as que são obtidas se mostram diferentes do que esperava. Desse modo o eu não tem descanso, não tem Vida plena, mas há experiências que o preparam para ela. Tu, a quem Eu escrevo, alcançou o ponto de desenvolvimento em que o tempo para a morte do eu chegou, ou em quem amadureceram as coisas da vida separada como indivíduo. Assim como o germe da vida está na semente, assim também o Espírito verdadeiro está em cada um. E assim como a semente deve morrer para que o germe da vida possa viver e se desenvolver, também as coisas do eu devem abandonar a existência para que o que existe no teu âmago aflore.
Há centenas de caminhos ascendentes para a montanha, todos conduzindo ao mesmo lugar, por isso não interessa o caminho que escolhes. A única pessoa desperdiçando tempo é aquela que corre à volta da montanha, dizendo a todos que estão seguindo um caminho errado.
~Provérbio Hindu (tradução minha da imagem em baixo)
There are hundreds of paths up the mountain, all leading to the same place, so it doesn’t matter which path you take. The only person wasting time is the one who runs around the mountain, telling everyone that his or her path is wrong.
Quando você está se debatendo na água, não é tão consciente da água quanto o é da sua luta contra ela. Mas quando se abandona e se descontrai, você flutua. E sente, então, todo o lago à volta de seu corpo acalentando-o de maneira reconfortante. É assim que Deus é. Quando você estiver tranquilo, sentirá todo um universo de felicidade balançando suavemente sob sua consciência. Essa felicidade é Deus.
Gilles Bouhours nasce em 27 de Novembro de 1944, em Bergerac, sul de França. Quando tinha apenas 1 ano, foi curado milagrosamente, graças à intercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus. Aos 4 anos foi portador de uma mensagem de Maria Santíssima, na qual se lhe ordenava que a sua missão era ir até ao Papa Pio XII para lhe transmitir o que a Virgem lhe tinha comunicado.
Gil, desde pequenino tinha muita piedade, rezava longas horas e era visto fazendo penitência. E com apenas três anos de idade, um dia apresentou-se diante de seu pai e disse: “Pai, a SMA. VIRGEM deu-me uma mensagem que eu tenho que passar o para o Papa. Devo ir vê-lo”.
No início, o pai não levou o assunto a sério, mas o pequeno Gil insistiu nessa missão por dois anos. E sua mãe por curiosidade perguntou-lhe como era a mensagem. A resposta foi imediata: “Mãe, a mensagem não é para você, é para o papa!” Em uma ocasião o pai perguntou-lhe: “E você sabe quem é o Papa?” GIL responde: “o Papa é o Papa e eu tenho que dar a mensagem da Virgem!”
Os vizinhos cientes deste fato, ofereceram para pagar a viagem do menino e seu pai a Roma. E no ano do Senhor de 1949, finalmente partiu.
Durante a viagem o senhor BOUHOURS tinha este pensamento, com que cara iria tocar as portas do Vaticano e dizer “Eu preciso de uma audiência com o Papa, mas não para mim, mas para meu filho de 5 anos!?”
E quando chegaram a Roma, hospedaram-se num colégio francês. A princípio, ninguém sabia de sua chegada, que ocorreu numa terça-feira. No dia seguinte, um emissário do papa perguntou na portaria do colégio, se uma criança da região de Lourdes, havia se hospedado ali. E quando o pai se inteirou deste fato, ficou maravilhado. Como o papa ficou sabendo da sua chegada? De qualquer modo, foi um alívio saber que a audiência foi facilitada de maneira extraordinária. A entrevista seria no dia seguinte, numa quinta-feira, no dia 10 de dezembro de 1949.
Um secretário recebe e leva a criança para falar com sua santidade o papa, e seu pai ficou esperando do lado de fora cerca de uma hora.
Ao final da audiência, o mesmo papa tomando a criança pelas mãos, devolve o pequeno para o seu pai, agradeceu e lhe disse: “Há tempos que peço ao céu que me dê uma confirmação, um sinal claro de aceitação do céu, de um dogma que desejo declarar. E seu filho me trouxe uma mensagem da Santíssima Virgem Maria”.
Nada se sabe da entrevista do Papa com o menino, que teve lugar em Maio de 1950, exceto o que o Pontífice deu a conhecer: o menino comunicou-lhe, da parte da Mãe de Deus, que esta Senhora, depois da sua vida mortal, subiu ao Céu em corpo e alma.
Precisamente, o Papa Pio XII havia pedido a Nosso Senhor um sinal sobrenatural para decidir-se a proclamar o dogma da Assunção de Maria. O pequeno Gilles foi o sinal que o Céu outorgou ao Pontífice, e assim, em 1 de Novembro de 1950, foi proclamado o Dogma da Assunção de Nossa Mãe Celestial.
A partir dos seus quatro anos, o pequeno Gilles teve autorização para comungar. A sua devoção a Jesus Sacramentado era extraordinária. Também desde a mais tenra idade manifestou o seu desejo de ser sacerdote e missionário. Em 12 de Junho de 1949 fez a Primeira Comunhão, e dois meses depois manteve o seguinte diálogo com um missionário conhecido:
– Que queres ser quando fores grande?
– Sacerdote.
– E porquê queres ser sacerdote?
– Para pôr Jesus na Hóstia Sagrada.
– Não gostavas também de ser missionário?
– Que quer dizer missionário?
– É um sacerdote que faz com que se amem muito a Jesus e a Maria.
– Sim, sim, claro que gostaria de ser missionário.
Este desejo chegou a ser nele como uma obsessão, traduzindo-se numa fome insaciável do Pão dos Anjos. Não temia a frio, nem nada deste mundo, quando ia comungar.
O seu recolhimento era algo insólito e nada usual. Inclusivamente chegou – nunca como um jogo, ou para se divertir – a celebrar “Missas Brancas”, o que significava recitar num altar, disposto num compartimento de sua casa, todas as orações da Missa, tais como as diz o sacerdote, do princípio ao fim, sem que se produzisse a Consagração, como é lógico, mas revestido com os paramentos que previamente lhe tinham confeccionado para esse efeito, tendo em conta a sua estatura.
Os sermões que pregava às pessoas que presenciavam estas cerimônias, dignas de um anjo, eram cheios de profundidade e fervor, sem erro algum. É preciso dizer-se que, quando se entrevistou com Sua Santidade o Papa Pio XII, cantou a antífona litúrgica “Parce Domine”, com os braços em cruz e como o ensinou a Santíssima Virgem.
Certo dia protestou durante a refeição, porque não gostava muito da sopa. Tinha 5 anos. Seu pai disse-lhe que isso não agradava à Santíssima Virgem, porque era um capricho tolo. O menino, então, comeu a sopa toda sem recalcitrar e quando acabou, disse: «Papá, dá-me um pouco mais. Está tão boa, esta sopa!»
Seguidamente, transcreve-se uma pequena parte de um sermão que Gilles pronunciou em 13 de Setembro de 1952:
«Hoje vamos falar da Paixão de Jesus. Estava no Jardim das Oliveiras com três dos seus Apóstolos. Sabia muito bem que havia um que O ia atraiçoar e que se acercava d’Ele com má intenção. Era em plena noite, e Jesus encontrava-se sob o peso dos pecados dos homens. E orava a seu Pai, dizendo: Que este cálice… Então, dirigindo-se aos seus Apóstolos, que dormiam, disse-lhes: “Não podeis velar uma hora co’Migo? Vigiai e orai, porque vão entregar o Filho do Homem”.»
Admiráveis expressões na boca de uma criança. Muito poucos anos depois, Nosso Senhor levá-lo-á para o Céu.
Em 24 de Fevereiro de 1960 Gilles cai doente, com um misterioso torpor que nenhum médico conseguiu diagnosticar. Ao cabo de 48 horas, e após receber os últimos Sacramentos, o adolescente (15 anos) morre. Antes de expirar, disse: «Vou morrer, mas não choreis. Estou bem e contente.» Seguidamente, juntou as mãos e orou assim: «Meu Deus, peço-Vos perdão de todos os meus pecados… Senhor meu, Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro…»
Entregou a sua alma a Deus em 26 de Fevereiro de 1960, às 6 horas da manhã. No seu túmulo estão gravadas estas palavras, que ele mesmo disse:
“Amai a Deus e a Santíssima Virgem. Oferecei-Lhes todos os vossos sofrimentos e assim recuperareis a paz da alma.”
Estou agora a ver a entrevista na SIC, que a Júlia Pinheiro deu à Judite de Sousa (Janeiro de 2023), e no meio de uma enorme dor e incómodo, daqui lhe envio um grande abraço com os meus parabéns pelo livro que publicou: Pedaços de VIDA. 🙏 Que Deus a abençoe e lhe dê a Luz para continuar com Esperança e entender que a VIDA não é só isto…! Muita força!!!❤️💚💙
Um pedido adicional:
Que todos os haters se calem, por favor!!! Quem diz mal, quem calunia, quem agride, que se cale por favor!!! Respeitem os outros, pois as vossas “palavras” podem ser autênticas facadas em corações já muito fragilizados!!!
Um milhão e meio de pessoas. O amor é a maior super-estrela do mundo. Nada nos move como ele. Somos o que sentimos, nunca o que temos. Passamos os dias amarrados, sem poder sentir — ou sem poder mostrar que sentimos. Quando chega a liberdade de ser, de sermos, vamos assim, em rio, em enxurrada, em euforia, felizes pela oportunidade de atirarmos a vergonha para longe. Somos tão singulares e tão iguais. Precisamos da ternura para fazer mais do que sobreviver. Precisamos do afecto para sabermos quem somos. O amor é a maior super-estrela do mundo. É por ele que as multidões correm. Tudo o que fazemos é por amor. Mais ou menos escondido, mais ou menos dissimulado, tudo o que fazemos é por amor. O amor une, e só assim é amor. O amor não é divisão, não é exclusão, não é guerra. Este não era o palco-mundo, era o palco que todo o mundo deveria ser: um palco de amor, em que todos, com coragem, actuam, artistas únicos da arte da vida. O amor não é preconceito, não é intolerância. O amor é a maior super-estrela do mundo.