San Antonio Abad, por Francisco de Zurbarán. |
Antão, que veneramos como santo, seria facilmente acusado, hoje em dia, de ser um excêntrico, alguém que fugia dos outros e fechado em si mesmo. Era importante que, olhando para o exemplo deste asceta solitário, reafirmássemos o nosso amor pela liberdade de cada um. A humanidade não é uniforme. Ela é uma sinfonia polifónica. Deus está em todas as consciências. Não há um só caminho nem uma única visão. A vida em comunidade é fecunda e profundamente bela. Mas não podemos estigmatizar quem opta pela solidão. Que, no fundo, acaba por ser uma solidão habitada. Antão foi autêntico. Não seguiu a corrente. Benditos os que ousam!
Pe João António Pinheiro Teixeira
O tormento de Santo Antão. Óleo e têmpera no painel. |
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