domingo, 26 de setembro de 2021
Oração de despedida do meu antigo eu
sábado, 25 de setembro de 2021
Return to the Center
The One Spirit in All Religion - Bede Griffiths
The function of comparative religion is to discern this essential Truth, this divine Mystery beyond speech and thought, in the language-forms and thought-forms of each religious tradition, from the most primitive tribal traditions to the most advanced world religions. In each tradition the one divine Reality, the one eternal Truth, is present, but it is hidden under symbols, symbols of word and gesture, of ritual and dance and song, of poetry and music, art and architecture, of custom and convention, of law and morality, of philosophy and theology. Always the divine Mystery is hidden under a veil, but each revelation (or ‘unveiling’) unveils some aspect of the one Truth, or, if you like, the veil becomes thinner at a certain point. The Semitic religions, Judaism and Islam, reveal the transcendent aspect of the divine Mystery with incomparable power. The oriental religions reveal the divine Immanence with immeasurable depth. Yet in each the opposite aspect is contained, though in a more hidden way. We have to try to discover the inner relationship between these different aspects of Truth and unite them in ourselves. I have to be a Hindu, a Buddhist, a Jain, a Parsee, a Sikh, a Muslim, and a Jew, as well as a Christian, if I am to know the Truth and to find the point of reconciliation in all religion.
Extract taken from Return to the Centre by Bede Griffiths
SHALOM PAX SHANTI PEACE OM+
#fatherbedehouseofprayer
sexta-feira, 24 de setembro de 2021
Fátima, Estreia a 7 de Outubro
Com interpretações de Harvey Keitel, Sónia Braga (Irmã Lúcia - nota do blogger), Goran Visnjic, Lúcia Moniz, Marco d’Almeida e Joaquim de Almeida, inspirado em acontecimentos históricos e nas Memórias da Irmã Lúcia, o filme de Marco Pontecorvo estreia a 7 de outubro deste ano simultaneamente em Portugal, Espanha, França e América Latina.
Breve sinopse: Em 1917, Lúcia, uma pastora de apenas 10 anos, e os seus dois primos mais novos, Jacinta e Francisco, tiveram visões da Virgem Maria, que lhes surgiu com uma mensagem de paz. As suas revelações inspiraram dezenas de milhares de fiéis que se deslocaram até Fátima, na esperança de testemunhar um milagre, mas não agradaram nem à Igreja nem ao Governo de Portugal, que tentaram forçá-los a recontar a sua história. O que se viveu em Fátima mudou para sempre as suas vidas…
Lisboa, 12 de maio de 2021
fonte: cinemundo
quinta-feira, 23 de setembro de 2021
quarta-feira, 22 de setembro de 2021
sexta-feira, 17 de setembro de 2021
terça-feira, 14 de setembro de 2021
quinta-feira, 9 de setembro de 2021
9.9
terça-feira, 7 de setembro de 2021
sábado, 4 de setembro de 2021
Uma leitura (im)provável do nome de Deus
A proposta de “tradução” que aqui trazemos tem a tendenciosidade inerente a quem busca traduzir o intraduzível, “numa língua” que as pessoas entendam... Esta é uma tarefa que atravessa os tempos e que continua a ser uma tarefa ineludível e irrecusável, porque o Pentecostes se prolonga no tempo intemporal.
Esta tarefa torna-se tanto mais irrecusável quanto vivemos num tempo solteiro de afectos e viúvo de emoções, que vive a nível relacional essencialmente uma dimensão de utilitarismo.
Terminada a utilidade, termina a relação qual “pastilha elástica” miseravelmente cuspida no chão onde vagabundeia a nossa indiferença, indigentemente espezinhada quem sabe até pelos pés dos que continuam a passar a correr pela estrada de Jericó a caminho do Templo.
Outros tempos, outras culturas e outras civilizações inventaram, criaram e aperfeiçoaram formas de matar e mataram...! O nosso tempo, a nossa “cultura” e a nossa “civilização”, ou a falta dela, conseguiram matar o que nenhuma outra tinha sido capaz de matar. Nós, matámos as palavras! E porque matámos as palavras, matámos os afectos e porque matámos os afectos, suicidámo-nos!
De repente, deixou de ser possível “fazer amor”, porque quando nos demos conta, esta era já uma das palavras mais assassinadas... e ficámos sem saber o que fazer. Daqui, a partir daqui, tudo se complicou, tudo “nos complicámos”. E sobrámos nós, sozinhos, com afectos mortos, com solidões à espera de redenção.
E aqui estamos nós, convidados, desafiados, e incentivados pelo próprio Deus a perceber a nossa missão, a única que nos toca realmente levar a cabo! Ressuscitar as palavras mortas, os afectos mortos! Um dia perceberemos que este é o tempo de nos entendermos como agentes de transformação da História.
A nós, a todos nós, cabe-nos a tarefa de “fazer amor com toda a gente, todos os dias, e sem preservativos!”
Pois é, isso mesmo, assim na crueza das palavras mortas à espera de ressurreição, à espera da ressurreição do amor, à espera de gente que deixe de viver “preservada” dentro dos penachos e preconceitos que toldam o entendimento, a capacidade de “ver”, a tal capacidade de “ver como se víssemos o invisível”, a própria capacidade de “ver a Deus”, porque não vemos o outro, porque começámos por não nos vermos a nós mesmos, escondidos numa castidade bacoca que nunca será capaz de, “serenamente” entender o corpo com o “lugar” por onde passam também os enlevos da alma... mais um ou dois milénios e lá chegaremos...
Mas Ele ali está, onde sempre esteve, no Horeb dos nossos medos e dos nossos desafios, nas rugas da montanha a conquistar, nos socalcos da vida a percorrer desafiada a deixar-se “incomodar” pelo que não conhece... porque é Ele está ali na sarça que arde mas não se queima, na realidade que escapa aos meus sentidos mas da qual não fujo, tal como Moisés não fugiu, mas vou à procura, à procura do sentido, à procura do sentido do(s) meu(s) sem sentido(s)... até encontrar Deus... até encontrar Aquele que me diz que É para que Eu seja.
E Ele ali está, e Ele ali me responde אֶהְיֶה אֲשֶׁר אֶהְיֶה. “Eu sou aquele que é sendo!” “Eu sou aquele que é sendo contigo!” “Preciso de ti para ser!”
Heresia! Gritarão os puristas. Como é que Deus se pode atrever a uma coisa destas?
Mas pode! Pode e deve. E diz. Vamos ver.
Na confusão da loquacidade com que nos vamos desentendendo, confundimos facilmente dois conceitos que não dominamos: gostar e amar. Quando percebermos a diferença, teremos entendido tudo, ou pelo menos, muita coisa...
Quando eu digo a alguém: “Eu gosto de ti”, estou a dizer “Eu preciso de ti para ser feliz”. Mas quando digo a alguém: “Eu amo-te”, estou a dizer “Eu não posso ser feliz sem ti”.
Aqui muda tudo. Aqui, acima de tudo mudo eu, na minha relação de intimidade comigo e com o outro, na minha relação de “ser sendo” e “sendo com”, na medida em que empurra o meu “eu” sozinho e solitário, para o “nós”, de uma relação que a dois se vive, se constrói e se celebra.
Voltemos à “heresia” de Deus. Diante daquele Moisés espantado mas corajoso, que vai à procura dos seus “comos” e dos seus “porquês”, Deus revela-se, Deus “diz” o Seu nome.
E diz de si próprio a essência do seu próprio ser: Porque Ele é, para que Eu seja e para que eu “seja sendo”, porque a relação com Ele só existe na medida em que, e se existir uma relação com o “outro” e com os “outros”.
Em última análise Deus diz a Moisés, Deus diz a cada um de nós, “eu amo-te”. Isso mesmo! Não posso ser sem ti!
Está aqui a heresia. Deus precisa de mim para ser! Escandalizado? Espero que sim.
Que falta que faz este escândalo. Que falta que faz perceber até e sobretudo a partir da nossa experiência humana que Eu não “sou” para alguém que não me “conhece”, que alguém que eu não “conheço” não existe para mim.
Preciso de ti para ser. Preciso de ti para ser contigo.
sexta-feira, 3 de setembro de 2021
quinta-feira, 2 de setembro de 2021
quarta-feira, 1 de setembro de 2021
segunda-feira, 30 de agosto de 2021
domingo, 29 de agosto de 2021
terça-feira, 24 de agosto de 2021
domingo, 22 de agosto de 2021
You Are The One
Pai, hoje volto a ser teu filho
“The reason it hurts so much to separate is because our souls are connected. Maybe they always have been and will be.
Maybe we've lived a thousand lives before this one and in each of them, we've found each other. And maybe each time, we've been forced apart for the same reasons.
That means that this goodbye is both a goodbye for the past ten thousand years and a prelude to what will come... ”
~ Nicholas Sparks
via Michelle Alter
Miracle Choice
sexta-feira, 20 de agosto de 2021
Até já, José Manuel
Boa noite José Manuel,
O Paulo deu-me há poucos minutos a triste notícia da tua partida. Estou chocado. Tantos minutos que partilhámos juntos, viagens e conversas. Admirava a tua inteligência, o teu espírito irreverente e critico, o teu sentido de humor, pragmatismo, a tua energia vibrante e a tua resistência perante as adversidades que as partidas da vida tantas vezes te pregaram. Tu sempre reagias com um grande sorriso. É assim que te recordo, com um grande sorriso. Fiquei a dever-te uma visita à casa que terá sido a tua última morada. A casa em cuja construção tanto amor puseste e que connosco partilhaste, cada pormenor, cada detalhe, cada sonho… Rezo neste momento pela tua Alma, para que te recordes das nossas conversas e que confies no Amor do Pai que irás finalmente encontrar. Esta vida foi apenas aprendizagem e tu deste-me tanto. Por tudo aquilo que me deste eu te agradeço e por isso agora te envio este grande abraço, que não deixa de ser sentido por não ser físico. É bem real na mesma! Um abraço de gratidão e saudade. Até já!🙏
quinta-feira, 19 de agosto de 2021
O Caminho do Aperfeiçoamento
Na Antiguidade, aquele que desejava aperfeiçoar o mundo ordenava primeiro o próprio país; para ordenar o próprio país, regulava antes a própria família; para regular a família, cultivava antes a sua personalidade.
Este é o caminho que qualquer homem de aspiração política deve seguir, e a inversão disso é nada exceto fuga de si.
~Charles Hartman
Um homem no campo de batalha conquista um exército de mil homens… Um outro conquista a si mesmo, e este é o maior.
~Buda.
fonte: WhatsApp diálogo inter-religioso
sábado, 14 de agosto de 2021
gostei da solidão e do silêncio…
Quem foi Kary Mullis?
Dr. Kary Mullis ( 1944 -2019 ) |
Dr Kary Mullis, invented the polymerase chain reaction (PCR) technique and he shared the 1993 Nobel Prize in Chemistry with Michael Smith. ( source: wikipedia )
É muito possível que este vídeo baseado num discurso de Noam Chomsky, com apenas duas semanas, venha a ser removido mas espero que não...
Acontece que a censura existente actualmente em todo o mundo é assustadora; espero que consigamos dar uma volta construtiva a este mundo que criámos...
O Dr Kary Mullis deu um testemunho ( 1997.07.12 ), que infelizmente não consigo encontrar no YouTube, de uma riqueza fantástica em relação ao que é o ser humano, o que são os vírus, o que é a doença, partindo do temas do teste PCR. Deixo aqui o link, na esperança de que não seja removida dentro de pouco tempo...
quinta-feira, 12 de agosto de 2021
não tenha receio de compartilhar
quarta-feira, 11 de agosto de 2021
segunda-feira, 9 de agosto de 2021
terça-feira, 3 de agosto de 2021
Nunca te orgulhes de vencer um adversário...
de ter vencido um adversário.
Aquele que venceste hoje
poderá derrotar-te amanhã.
A única vitória que perdura
é a que se conquista
sobre a própria ignorância.
JIGORO KANO
God is on Earth…
I think God is on Earth, inside every living being. What we call “the divine,” is none other than the energy of awakening, of peace, of understanding, and of love, which is to be found not only in every human being, but in every species on Earth. In Buddhism, we say every sentient being has the ability to be awakened, and to understand deeply. We call this Buddha nature. The deer, the dog, the cat, the squirrel, and the bird all have Buddha nature. But what about inanimate species: the pine tree in our front yard, the grass, or the flowers? As part of our living Mother Earth, these species also have Buddha nature. This is a very powerful awareness which can bring us so much joy. Every blade of grass, every tree, every plant, every creature large or small are children of the planet Earth and have Buddha nature. The Earth herself has Buddha nature, therefore all her children must have Buddha nature, too. As we are all endowed with Buddha nature, everyone has the capacity to live happily and with a sense of responsibility toward our mother, the Earth.
Carta de Amor
segunda-feira, 2 de agosto de 2021
Tesla livrando-se dos vícios…
2021.08.03
domingo, 1 de agosto de 2021
about fate…
sábado, 31 de julho de 2021
only love has eyes…
People say love is blind because they do not know what love is. I say unto you; only love has eyes; other than love, everything is blind. ~Osho |
quinta-feira, 29 de julho de 2021
quarta-feira, 28 de julho de 2021
about loneliness…
segunda-feira, 26 de julho de 2021
a compaixão chega ao coração
Nunca tenha medo de levantar a sua voz
em defesa da honestidade,
da verdade e da compaixão,
contra a injustiça, a mentira e a ganância.
Se as pessoas em todo o mundo
fizessem isso, mudaria a Terra.
sexta-feira, 16 de julho de 2021
uma razão convincente para ser espiritual na vida
Se vivemos a vida espiritual, contribuímos para a unidade, paz, justiça, igualdade, libertação e harmonia no mundo.
Se não vivemos a vida espiritual, contribuímos para a divisão, violência, injustiça, desigualdade, opressão e desarmonia no mundo.
Portanto, há uma razão convincente para ser espiritual na vida.
quarta-feira, 14 de julho de 2021
Francisco e o Lobo de Gubbio
Certa feita, estando Francisco de Assis em peregrinação pela cidade de Gubbio, ao norte de Assis, soube que a população daquela região estava em desassossego, pois ali morava, nas encostas de determinados penhascos, um lobo feroz, que já tinha devorado muitos animais, e mesmo algumas crianças. O lobo era remanescente de uma alcatéia, da qual ficara afastado por doença, fazendo morada de uma caverna que encontrara, alimentando-se de animais que por ali passavam, atacando igualmente seres humanos descuidados.
Tantos foram os prejuízos verificados e o pânico espalhado pela cidade, que a população foi ao seu encontro, para que ele abençoasse aquele lobo, e rogasse a Deus que o fizesse desaparecer, para que a paz se restabelecesse. As mães aflitas imploravam o Pai Francisco que tivesse piedade e as ajudasse, prometendo-lhe fazer qualquer penitência, desde que se livrassem do perigoso animal.
Pai Francisco ouviu, com paciência, o apelo da população e prometeu fazer alguma coisa em benefício de todos. Iria pedir a Deus para que o lobo procurasse outro lugar, que não fosse aglomeração humana. E Francisco, como de costume, à noite, entrou em meditação e em oração ao Senhor. Nestas horas, os seus ouvidos sempre registravam coisas fora do comum dos homens. E foi o que ocorreu, ao pedir a Deus nestes termos:
– Meu Deus!… Meu Senhor!… Permite que Te peça algo, talvez inoportuno, mas que está na alma do povo, por onde estamos passando, a quem queremos levar o Evangelho do Teu Filho e Nosso Mestre, que nos pede alguma coisa que nos possa trazer paz e tranqüilidade física. Que afastes Senhor, o lobo que os ataca,pois bem sabes o que ele anda fazendo, matando animais e ferindo homens, amedrontando a população. Se for do Teu agrado, e se o merecermos faça com que esse lobo saia desta região e procure outro lugar onde ele possa sentir-se melhor, e os homens viverem em paz.
Jesus ajuda-nos a compreender as necessidades dos nossos semelhantes, e fazer por eles alguma coisa; Maria, Mãe de Jesus, cobre-nos a todos com teu manto de luz, confortando os nossos corações tribulados, mas que seja feita a vontade do Senhor e não a nossa.
E no intervalo em que reinava o silêncio, Francisco, à espera de resposta, ouviu no fundo da alma um cântico a lhe responder o que deveria ser feito, em um tom harmonioso e cheio de ternura:
– Francisco, ouve-me!… O lobo tem o direito de ficar onde quer que seja arriscando também a sua vida. Para onde devemos mandá-lo? Ele tem necessidade de algo que existe entre os homens. Esses não procuraram melhoria no bem estar e no convívio com irmãos da mesma e de outras raças? É, pois, um direito que assiste a quem vive a qualquer criatura nascida de e por Deus. Como expulsar e sacrificar um animal, somente para satisfazer pessoas, algumas sem piedade até para com os próprios semelhantes? O egoísmo dos homens é o que os faz sofrer, não simplesmente animais, que pedem socorro com os recursos que possuem.
Vai, Francisco, conversar com ele, o lobo. Depois de entendê-lo, volta e conversa com os homens, e vê se os entende, o que acho mais difícil. Procura fazer uma aliança entre uns e outros, para que o que sobre, não falte a quem tem fome, e que, depois de amansada a fera, não a maltratem, pois quase sempre depois da paz, surge o abuso.
O lobo tem fome, Francisco!…
Francisco despertou do êxtase e sentiu o drama do velho lobo. E partiu para uma das gargantas do Monte Calvo, situado nos Apeninos. O grande animal, ao ouvir a voz cantante do homem, saiu do seu esconderijo, talvez pensando em alimento e água, esquelético e meio fraco. Vidrou os olhos no pequeno homem de Deus, e esse lhe falou mansamente:
– Irmão lobo!… Que a paz seja contigo, seja feita a vontade de Deus, e não a nossa! Eu sou de paz. Venho pedir-te em nome de Deus e de Jesus, que tenhas paciência, pois nada vai te faltar: água, comida e lugar seguro. Basta que tenhas um pouco de confiança nos homens, porque nem todos são violentos, muitos são bons e gostam de animais. Podes conviver em paz com eles e comer o mesmo que eles.
Espero que me ouças. Peço-te para ir comigo até eles e lhes pedirei para te atender nas tuas necessidades. Eu também sou um animal, nada tenho aqui para te dar, a não ser o meu carinho, mas prometo que te darei a amizade de todos, naquilo que possam te ofertar. As mães estão chorosas, temendo por seus filhos. Vem comigo, que serás compensado por Deus!
O lobo, a essa altura, já estava deitado aos pés de Francisco, roçando seu longo pescoço nas pernas do seu protetor, submetendo-se a confiança. Este se ajoelhou, pôs-lhe a mão sobre a atormentada cabeça e agradeceu a Deus pela nova amizade. Ao lado dos dois estava uma pequena falange de Espíritos da natureza, alguns na forma de animais, festejando aquela aliança no sentido de despertar nos homens, o amor para com os animais, e nestes, o amor para com aqueles.
O futuro nos promete que a cobra viverá em paz com o batráquio, o rato com o gato, o cão com o felino, o cordeiro com o lobo, e que os homens viverão em paz com os próprios homens.
Francisco olhou para o lobo e disse com piedade:
– Vamos, meu irmão; desçamos juntos, para junto dos homens, pois somos todos os filhos de Deus!
Francisco seguiu na frente e o lobo acompanhou com passadas lentas, mas sem perder o seu guia. Ao chegar ao lugarejo, o povo saiu às portas assombrado com o fenômeno. Muitos já conheciam o feroz animal, que naquele momento tornou-se um companheiro manso e obediente, na sombra do santo. Esse se assentou em um cepo, ao lado de uma casa, e o lobo aproximou-se de seu companheiro, que passava levemente a mão sobre o seu corpo descarnado, falando-lhe com serenidade:
– Irmão lobo, este lugar é também teu. Considera-te filho deste abençoado rebanho de ovelhas humanas que irão te tratar como se fosse filho. Nada vai te faltar, nem água, nem comida e nem o carinho de todos os irmãos em Cristo que aqui residem, e para tanto, vamos de casa em casa confirmar o que desejamos. Se, porventura, tivesse de morder alguém aqui, faça isso comigo agora; não deves trair o que combinamos, eu te peço. Jesus Cristo gosta muito de animais, tanto que preferiu nascer em uma estrebaria, a nascer em palácio. Ele poderia escolher o lugar que quisesse, e buscou os animais, isto é uma prova de Amor por eles.
As mãos do Poverello corriam pelo lombo do animal, inundadas de luz que só o amor pode fornecer, e os olhos do animal deram um sinal que somente os humanos podem dar o sinal das lágrimas, porque é mais fácil chorar que sorrir.
Francisco levantou-se, tornou a chamar seu companheiro e foi de porta em porta, em nome de Deus e de Cristo, pedindo aos moradores para que não faltassem água e alimento para o lobo, e todos, vendo a mansidão do animal junto a Francisco, concordavam.
O filho de Assis ficou alguns dias na região, até o povo acostumar-se com a convivência do animal, e o lobo ficava de porta em porta, comendo e bebendo. Engordou, tomando outras feições, mas conservou-se sempre manso. Uivava nas madrugadas, sentindo saudades do Santo de Assis.
No fim de sua vida, já suportava até pancadas por parte dos transeuntes, ao tentar acompanhar algumas pessoas. Era mordido por cães agitados que percorriam a cidade, e muitos deles tomavam a sua comida, sem que ele se revoltasse com o fato. Nunca brigava com seus adversários e, por fim, já doente, não tinha forças para andar de casa em casa em busca de alimento. Acomodou-se em uma velha casa, onde mãos caridosas fizeram-lhe uma cama de palha, que foi o seu leito de morte. Muitos moradores levavam para ele o que comer e beber, e, em uma madrugada, escutou-se o lobo uivar, por ver na sua retina um frade a convidá-lo para um passeio. Quando fez força para levantar-se, o fez, não com o corpo físico: levantou-se no outro mundo, em seu duplo etérico, e acompanhou o frade, mostrando pela cauda, a alegria que estava sentindo no coração. E desapareceram no infinito os dois filhos de Deus.
Livro Francisco de Assis – João Nunes Maia
Pelo Espírito Miramez
(Páginas 355,356,357 e 358)
fonte: ROGER MATHIAS
sábado, 10 de julho de 2021
deixando correr o coração...
Tercena, 2021.07.10
quinta-feira, 8 de julho de 2021
relacionamento continuo com Deus...
Tenha em mente que nos primeiros estágios da prática da Oração de Jesus você não deve se preocupar com a qualidade da Oração, se sua mente está focada nas palavras ou não. O que quer que você faça nesse estágio, sua mente estará vagando. Não há como evitar isso. Mas a oração tem seu próprio poder e energia. Conforme você a repete em sua mente ou em voz alta, ela terá um impacto gradual em seu mundo psicoespiritual. Acredite em mim, vai funcionar como uma escavadeira que abre a estrada, demolindo pedras aos poucos e empurrando a sujeira para longe. É assim que a Oração funciona. Abre o caminho para Graça visitar o coração. E quando isso acontece, o coração funciona por si mesmo, independentemente de qualquer outra coisa que você faça. Ele entra em um relacionamento contínuo com Deus.
-- The Mountain of Silence - A Search for Orthodox Spirituality