segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Significados do Amor (Chico Xavier)


«Vida é o Amor existencial.
Razão é o Amor que pondera.
Estudo é o Amor que analisa.
Ciência é o Amor que investiga.
Filosofia é o Amor que pensa.
Religião é o Amor que busca Deus.
Verdade é o Amor que se eterniza.
Ideal é o Amor que se eleva.
Fé é o Amor que se transcende.
Esperança é o Amor que sonha.
Caridade é o Amor que auxilia.
Fraternidade é o Amor que se expande.
Sacrifício é o Amor que se esforça.
Renúncia é o Amor que se depura.
Simpatia é o Amor que sorri.
Trabalho é o Amor que contrói.
Indiferença é o Amor que se esconde.
Desespero é o Amor que se desgoverna.
Paixão é o Amor que se desequilibra.
Ciúme é o Amor que se desvaira.
Orgulho é o Amor que enlouquece.
Sensualismo é o Amor que se envenena.
Finalmente, o Ódio,
que julgam ser a antítese do Amor,
não é senão o próprio Amor
que adoeceu gravemente.»
Francisco Cândido Xavier

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Thanksgiving- Cultivating a sense of gratitude in relationships


NAIKAN Reflection
What did I Receive from my partner?
What did I Give to my partner?
What Troubles and Difficulties did I Cause to my partner?

Amigos (Nobreza Humana)

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Nobreza Humana
Possivelmente você já ouviu ao menos falar sobre os três tenores.

O italiano Luciano Pavarotti, os espanhóis Plácido Domingo e José Carreras.

É possível mesmo que os tenha assistido pela TV, abrilhantando eventos como a Copa do Mundo de futebol.

O que talvez você não saiba é que Plácido Domingo é madrileño e José Carreras é catalão. E há uma grande rivalidade entre madrileños e catalães.

Plácido e Carreras não fugiram à regra. Em 1984, por questões políticas, tornaram-se inimigos.

Sempre muito requisitados em todo o mundo, ambos faziam constar em seus contratos que só se apresentariam se o desafeto não fosse convidado.

Em 1987, Carreras ganhou um inimigo mais implacável que Plácido Domingo. Foi surpreendido por um terrível diagnóstico de leucemia.

Submeteu-se a vários tratamentos, como auto-transplante de medula óssea e trocas de sangue. Por isso, era obrigado a viajar mensalmente aos Estados Unidos. Claro que sem condições para trabalhar, e com o alto custo das viagens e do tratamento, logo sua razoável fortuna acabou. Sem condições financeiras para prosseguir o tratamento, Carreras tomou conhecimento de uma instituição em Madrid, denominada Fundación Hermosa.

Fora criada com a finalidade única de apoiar a recuperação de leucêmicos.

Graças ao apoio dessa fundação, ele venceu a doença. E voltou a cantar. Tornando a receber altos cachês, tratou de se associar à fundação. Foi então que, lendo os estatutos, descobriu que o fundador, maior colaborador e presidente era Plácido Domingo.

Mais do que isso. Descobriu que a fundação fora criada, em princípio, para atender a ele, Carreras. E que Plácido se mantinha no anonimato para não o constranger por ter que aceitar auxílio de um inimigo.

Momento extraordinário, e muito comovente aconteceu durante uma apresentação de Plácido, em Madrid. De forma imprevista, Carreras interrompeu o evento e se ajoelhou a seus pés. Pediu-lhe desculpas. Depois, publicamente lhe agradeceu o benefício de seu restabelecimento.

Mais tarde, quando concedia uma entrevista na capital espanhola, uma repórter perguntou a Plácido Domingo por que ele criara a Fundación Hermosa.

Afinal, além de beneficiar um inimigo, ele concedera a oportunidade de reviver a um dos poucos artistas que poderiam lhe fazer alguma concorrência.

A resposta de Plácido Domingo foi curta e definitiva: "porque uma voz como essa não se podia perder." Fazer o bem sem ostentação é grande mérito.

"Que essa história não caia no esquecimento.
E, tanto quanto possível, nos sirva de inspiração e exemplo".
Recebido por email. Não consta o Autor.
in Nobreza Humana
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«Avozinha» corre com ladrões à pancada



Uma idosa britânica tornou-se na mais recente heroína do país ao impedir um assalto a uma ourivesaria, na cidade de Northampton. A mulher correu com seis assaltantes armados com marretas. Ela tinha como única arma uma mala de mão.

O assalto já decorria, quando surgiu a idosa. Enquanto uns assaltantes tentam partir as montras com ajuda de marretas, outros retiram tudo o que podem dos expositores. De um momento para o outro, surge a idosa, com mais de 70 anos, que espancou os assaltantes com a mala de mão.

Surpreendidos, os homens puseram-se em fuga. Um deles não conseguiu escapar e foi detido no local, com a ajuda de populares. Dos que conseguiram fugir na altura, outros três já foram entretanto detidos e dois continuam a monte.
in Diario IOL
08-02-2011 - 12:49h

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Robin Sharma


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FEAR IS A PORTAL
INTO YOUR BEST LIFE
Robin Sharma is the globally celebrated author of 11 major international bestsellers including The Greatness Guide Series, The Monk Who Sold His Ferrari and the blockbuster, The Leader Who Had No Title: A Modern Fable on Real Success in Business and in Life - a book that is inspiring a world-wide movement. His work has been published in over 60 countries and nearly 70 languages, making him one of the most widely read authors in the world today. He shot to fame with The Monk Who Sold His Ferrari which has topped bestseller lists and sold over 3 million copies.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

PORCELAIN UNICORN (Unicórnio de porcelana)

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ORAÇÃO MISSIONÁRIA A MARIA

Que Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe,
Senhora da Anunciação e da Saudação,
vele por nós,
nos molde no seu jeito maternal e evangelizador,
e abençoe os nossos trabalhos e propósitos.

Senhora da Anunciação,
que corres ligeira sobre os montes,
vela por nós, fica à nossa beira.
É bom ter a esperança como companheira.
Contigo rezamos ao Senhor:
Dá-nos, Senhor,
um coração sensível e fraterno,
capaz de escutar e de recomeçar.
Mantém-nos reunidos, Senhor,
à volta do pão e da palavra.
Ajuda-nos a discernir os rumos a seguir
nos caminhos sinuosos deste tempo,
por Ti semeado e por Ti redimido.
Ensina-nos a tornar a tua Igreja
toda missionária,
e a fazer de cada paróquia,
que é a Igreja
a residir no meio das casas
dos teus filhos e filhas,
uma Casa grande,
aberta e feliz,
átrio de fraternidade,
de onde se possa sempre ver o céu,
e o céu nos possa sempre ver a nós.

(Da Carta Pastoral CEP
Rosto Missionário da Igreja, Junho 2010)

in GAMO

A fidelidade no tempo, é o nome do amor (SS Bento XVI)

«A fidelidade no tempo, é o nome do amor»

Reencontrei-me com esta frase que o Papa Bento XVI
nos deixou durante a sua Peregrinação a Fátima.

Estremeci só de a ouvir.
A sua força foi como que um relâmpago
que me penetrou até ao mais íntimo de mim mesmo.

Num instante, vi toda a minha vida
como num exame de consciência.

Vi o rasto de um seguimento que é verdadeiro,
mas marcado pelos traços das minhas infidelidades
e em cada uma delas... a sombra do desamor.

Como é possível trair assim tanta graça e tanta luz,
tanto bem, tanta bondade... tanto amor?

Como é possível, ainda assim, tanta paciência e persistência,
tanta misericórdia e tanto perdão?

Como é possível que não desistas de mim, meu Deus?
E teimes em chamar por mim de novo
em cada manhã começada?

Não sei o que Te diga.
Só sei... que alguma coisa tem que mudar.

Rui Corrêa d'Oliveira
in Oração da Manhã (RR)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Abrazo

Un simple abrazo nos enternece el corazón;
nos da la bienvenida y nos hace más llevadera la vida.

Un abrazo es una forma de compartir alegrías
así como también los momentos tristes que se nos presentan.

Es tan solo una manera de decir a nuestros amigos
que los queremos y que nos preocupamos uno por el otro
porque los abrazos fueron hechos para darlos a quienes queremos.

El abrazo es algo grandioso.
Es la manera perfecta para demostrar el amor que sentimos
cuando no conseguimos la palabra justa.

Es maravilloso porque tan sólo un abrazo dado con mucho cariño,
hace sentir bien a quien se lo damos,
sin importar el lugar ni el idioma
porque siempre es entendido.

Por estas razones y por muchas más...
hoy te envío mi más cálido abrazo.
Autor desconocido
in http://www.cibernotas.com/poemas/abrazo.html
Nota: Recebi este poema como sendo de Pablo Neruda mas não consegui confirmar.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Dez coisas que Deus não vai perguntar


1. Deus não vai perguntar que tipo de carro você dirigiu.
    Ele vai perguntar quantas pessoas você levou
    que não tinham transporte.
2. Deus não vai perguntar o tamanho da sua casa.
    Ele vai perguntar quantas pessoas você recebeu na sua casa.
3. Deus não vai perguntar sobre as roupas que você tinha
    no seu roupeiro.
    Ele vai perguntar quantos você ajudou a vestir.
4. Deus não vai perguntar qual foi o seu maior salário.
    Ele vai perguntar se você comprometeu o seu caráter para obtê-lo.
5. Deus não vai perguntar qual era o nome do seu trabalho.
    Ele vai perguntar se você fez o seu trabalho
    da melhor maneira possível.
6. Deus não vai perguntar quantos amigos você teve.
    Ele vai perguntar de quantas pessoas você era amigo.
7. Deus não vai perguntar em que bairro você vivia.
    Ele vai perguntar como você tratou os seus vizinhos.
8. Deus não vai perguntar sobre a cor da sua pele.
    Ele vai perguntar sobre o conteúdo do seu caráter.
9. Deus não vai perguntar por que você levou tanto tempo
    para procurar a Salvação.
    Ele irá amavelmente levar você
    para a sua mansão no céu,
    e não para os portões do Inferno.
10. Deus não precisa de perguntar!...

O prazer de Servir (Gabriela Mistral)



Toda a natureza é um anelo de “serviço”. Serve a nuvem, serve o vento, serve o sulco. Onde houver uma árvore para plantar, planta-a tu; onde houver um erro para corrigir, corrige-o tu; onde houver tarefa que todos recusam, aceita-a tu.
Sê quem tira a pedra do caminho, o ódio dos corações e as dificuldades dos problemas.
Há a alegria de ser sincero e de ser justo; há, porém, mais que isto, a formosa, a imensa alegria de servir.
Como seria triste o mundo se tudo já estivesse feito, se não houvesse uma roseira para plantar, uma iniciativa para tomar.
Não te seduzam as obras fáceis. É belo fazer tudo que os outros se recusam a executar.
Não cometas, porém o erro de pensar que só tem merecimento o executar as grandes obras; há pequenos préstimos que são bons serviços; enfeitar uma mesa, arrumar uns livros, pentear uma criança.
Aquele critica, este destrói, sê tu quem serve.
O servir não é próprio dos seres inferiores. Deus, que nos dá o fruto e a luz, serve. Poderia chamar-se: O Servidor.
E tem seus olhos fixos em nossas mãos e nos pergunta todos os dias: serviste hoje? A quem?
À árvore, ao teu amigo, à tua mãe?
O prazer de Servir de Gabriela Mistral
Gabriela Mistral, pseudónimo escolhido de Lucila de María del Perpetuo Socorro Godoy Alcayaga (Vicuña, 7 de abril de 1889 — Nova Iorque, 10 de janeiro de 1957), foi uma poetisa, educadora, diplomata e feminista chilena. Foi agraciada com o Nobel de Literatura de 1945.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Bem-Aventuranças (Felicidade)


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Naquele tempo,
Vendo Jesus as multidões,
subiu ao monte e sentou-se.
Os discípulos aproximaram-se,
e Jesus começou a ensiná-los:
"Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados os aflitos,
porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos,
porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça,
porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados sois vós,
quando vos injuriarem e perseguirem,
e mentindo disserem todo tipo de mal contra vós,
por causa de mim.
Alegrai-vos e exultai,
porque será grande a vossa recompensa nos céus."
Mateus 1, 5-12a

O homem mais feliz do mundo

A ciência diz que este deve ser
o homem mais feliz do mundo
por Vanda Marques , Publicado em 25 de Maio de 2010
Matthieu Ricard trocou a engenharia molecular pelo budismo. É um dos monges mais próximos de Dalai Lama e está (esteve) em Lisboa para falar sobre os efeitos da meditação.
Vinte minutos de meditação por dia são suficientes para melhorar a sua vida. Quem o diz não é o novo guru da auto-ajuda que acaba de chegar às estantes da bomba de gasolina, mas o braço-direito de Dalai Lama, o monge Matthieu Ricard. O francês de 64 anos foi até considerado o homem mais feliz do mundo, apesar de ficar embaraçado com o apelido. "Como podem dizer que sou o mais feliz do mundo se não analisaram todas as pessoas?", questiona a rir Matthieu Ricard.
O i devolve a explicação. O monge participou numa investigação da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, sobre os efeitos a curto e médio prazo da meditação nas funções cerebrais e deixou os cientistas de boca a aberta. Pode dizer-se que literalmente rebentou a escala da felicidade. "Quando fui convidado a participar no estudo, pensava que o efeito da meditação não se iria notar. Mas foi impressionante, os cientistas ficaram muito entusiasmados."

O cérebro do monge foi monitorizado, o que significou colar 256 sensores na cabeça durante três horas. A escala de felicidade, criada para a investigação (testada em centenas de pessoas) ia de um mínimo de felicidade, +0.3, ao máximo: -0.3. Matthieu Ricard atingiu -0.45.

Desde 2000 que Matthieu Ricard tem convencido outros monges experientes - com mais de 10 mil horas de meditação - a juntarem-se às investigações de neurociência e tem feito várias conferências para divulgar estas descobertas.

Acabado de chegar de mais um estudo nos Estados Unidos, Matthieu Ricard está pela quinta vez em Portugal. Amanhã dará uma conferência na Aula Magna, em Lisboa, sobre "neurociência e felicidade". "Quero mostrar uma nova maneira de ver o cérebro. Não há dúvidas de que devemos ir à escola para estudar ou de que quando temos um hobby, seja tocar piano ou fazer jogging, temos de treinar, o mesmo se passa com o cérebro. Temos de o trabalhar para sermos mais felizes. A felicidade é complexa e tem de vir de dentro de nós e não ficar dependente do exterior, senão vivemos numa montanha-russa."

Meditar
Para exemplificar melhor, o monge apressa-se a apresentar mais um estudo - talvez, seja um tique de ex-cientista. Aqui vai. Dividiram 30 pessoas, sem experiência em meditação, em dois grupos. Ao primeiro grupo pediram que, durante oito semanas, meditassem 20 minutos por dia. O outro ficou com a tarefa mais fácil: continuar a vida normal sem meditar. No final, o grupo que meditou tinha níveis de felicidade mais elevados e menos ansiedade. Até a pressão arterial estava mais baixa. "A meditação deve ser levada a sério. Se fazemos tudo para ter um corpo saudável, também devemos investir na mente. Arranja-se sempre tempo para a meditação", diz.

Outro conselho do monge é: "ser altruísta compensa". Aquela coisa da sociedade ocidental - cada um por si - afinal não resulta assim tão bem. "Um grupo de investigadores norte-americanos deu 15 dólares a dois grupos de jovens para gastarem durante uns dias. O primeiro só podia comprar coisas para si. O segundo teve de gastar o dinheiro com os outros, dar comida a pessoas que precisavam ou a levar alguém a passear. O primeiro grupo ficou aborrecido, enquanto o segundo registou níveis de felicidade muito mais elevados", diz o monge.

"Quero ser assim"
Matthieu Ricard nasceu no meio de intelectuais. Tomava café com prémios Nobel, jantou com Cartier-Bresson e almoçou com Stravinsky. Filho do filósofo Jean-François Revel e doutorado em Genética Molecular pelo Instituto Pasteur, Matthieu estava traçado para uma carreira académica de sucesso. Mas tudo mudou em 1967. "Vi um bonito documentário com os grandes mestres do Tibete e pensei: 'Quero ser assim.'" Em 1972 trocou de vez a França pelos Himalaias. Conheceu Dalai Lama através do seu professor Kangyur Rinpoche e há mais de 20 anos que é o tradutor e braço-direito de sua santidade.

Matthieu Ricard é também fotógrafo e autor de diversos livros sobre meditação, incluindo o bestseller "The Monk and the Philosopher" - um diálogo com o seu pai. Pelo meio arranja sempre tempo para os 14 projectos de solidariedade social.
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in ionline
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Santa Jacinta Marescotti


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Em Roma, em 1585, nasceu Jacinta, dentro de uma família muito nobre, religiosa, com posses, mas que possuía, principalmente, a devoção, o amor acima de tudo. Seus pais faziam de tudo para que os filhos conhecessem Jesus e recebessem uma ótima educação.

Jacinta Marescotti que, então, tinha como nome de batismo Clarisse, foi colocada num convento para a sua educação, numa escola franciscana, juntamente com as irmãs. Uma das irmãs dela já era religiosa franciscana.

Crescendo na educação religiosa, com valores. No entanto, a boa formação sempre respeita a liberdade. Já moça e distante daqueles valores por opção, ela quis casar-se. Saiu da vida religiosa, começou a percorrer caminhos numa vida de pecados, entregue à vaidade, à formosura e aos prazeres. Enfim, ia se esvaziando. Até que outra irmã sua veio a se casar. Sua reação não foi de alegria ou de festa, pelo contrário, com inveja e revolta ela resolveu entrar novamente na vida religiosa.

A consequência foi muito linda, porque ao entrar nesse segundo tempo, ela voltou como estava: vazia, empurrada por ela própria, pela revolta. Lá dentro, ela foi visitada por sofrimentos. Seu pai, que tanto ela amava e que lhe dava respaldo material, faleceu, foi assassinado. Ela pegou uma enfermidade que a levou à beira da morte. Naquele momento de dor, ela pôde rever a sua vida e perceber o quanto Deus a amava e o quanto ela não correspondia a esse amor.

Arrependeu-se, quis confessar-se e o sacerdote foi muito firme, inspirado naquele momento a dizer: “Eu só entro para o sacramento da reconciliação se sair, do quarto dela, tudo aquilo que está marcado pelo luxo e pela vaidade”. Até as suas vestes eram de seda, diferente das outras irmãs. Ela aceitou, pois já estava num processo de conversão. Arrependeu-se, confessou-se e, dentro do convento, começou a converter-se.

Jacinta Marescotti de tal forma empenhou-se na vida de oração, de pobreza, de castidade e vivência da regra que tornou-se, mais tarde, mestra de noviças e superiora do convento.

Deus faz maravilhas na vida de quem se deixa converter pelo Seu amor.

Santa Jacinta Marescotti,
rogai por nós!

Ponte Sobre Águas Turbulentas


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Quando você estiver cansada,
se sentindo pequena
Quando as lágrimas
estiverem nos seus olhos,
eu as secarei todas
Estou do seu lado
quando os tempos estiverem ruins
E os amigos não puderem
ser encontrados
Como uma ponte
sobre águas turbulentas
Eu estarei a seu lado

Quando você estiver por baixo e deslocada
Quando estiver na rua
Quando tudo desmoronar
Eu irei confortar você!
Tomarei partido por você
Quando a escuridão vier
E a dor estiver em todo lado
Como uma ponte
sobre águas turbulentas
Eu estarei a seu lado

Continue navegando garota
Navegue a diante
Seu tempo de brilhar chegou
Todos os seus sonhos estão a caminho!
Veja como eles brilham
E se você precisar de um amigo
Eu estarei navegando bem atrás de você
Como uma ponte
sobre águas turbulentas
Eu aliviarei sua mente
Bridge Over Troubled Water
Simon & Garfunkel
Composição: Paul Simon
Porque eu,
O Senhor teu Deus,
te tomo pela tua mão direita,
e te digo:
Não temas,
que eu te ajudo!
Isaías 41,13

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

São Tomás de Aquino


Neste dia lembramos uma das maiores figuras da teologia católica: Santo Tomás de Aquino. Conta-se que, quando criança, com cinco anos, Tomás, ao ouvir os monges cantando louvores a Deus, cheio de admiração perguntou: "Quem é Deus?".

A vida de santidade de Santo Tomás foi caracterizada pelo esforço em responder, inspiradamente para si, para os gentios e a todos sobre os Mistérios de Deus. Nasceu em 1225 numa nobre família, a qual lhe proporcionou ótima formação, porém, visando a honra e a riqueza do inteligente jovem, e não a Ordem Dominicana, que pobre e mendicante atraia o coração de Aquino.

Diante da oposição familiar, principalmente da mãe condessa, Tomás chegou a viajar às escondidas para Roma com dezenove anos, para um mosteiro dominicano. No entanto, ao ser enviado a Paris, foi preso pelos irmãos servidores do Império. Levado ao lar paterno, ficou, ordenado pela mãe, um tempo detido. Tudo isto com a finalidade de fazê-lo desistir da vocação, mas nada adiantou.

Livre e obediente à voz do Senhor, prosseguiu nos estudos sendo discípulo do mestre Alberto Magno. A vida de Santo Tomás de Aquino foi tomada por uma forte espiritualidade eucarística, na arte de pesquisar, elaborar, aprender e ensinar pela Filosofia e Teologia os Mistérios do Amor de Deus.

Pregador oficial, professor e consultor da Ordem, Santo Tomás escreveu, dentre tantas obras, a Suma Teológica e a Suma contra os gentios. Chamado "Doutor Angélico", Tomás faleceu em 1274, deixando para a Igreja o testemunho e, praticamente, a síntese do pensamento católico.

Santo Tomás de Aquino, rogai por nós!
in Canção Nova
Conta-se que um dia um monge foi ter com São Tomás de Aquino e disse-lhe que andava um boi a voar. O santo levantou-se e foi à janela para ver tal fenómeno. O colega monge começou a rir-se por ele ter acreditado em algo tão surpreendente. São Tomás respondeu-lhe: é mais fácil ver um burro a voar que um monge a mentir...
in CARITAS IN VERITATE

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Deus Existe


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Deus existe, e Ele está no meio de nós
e por nós se deu numa Cruz.
Pra pagar os nossos pecados
de incrédulos cristãos.
Deus existe, e eu O posso tocar
se a Ele entregar o meu coração,
Pois é Nele que se encontra a Salvação!

Quero saber porquê não acreditas?
Quero saber porquê,
não o tens como Teu Senhor?
Por que não aceitas que existe,
uma força que move-nos para o Bem!
Que fé você tem? A fé que convém.
Mas não é de conveniência
que vive o cristão.
Sua vivência está naquele
que morreu por nós irmão!
Composição: Flavinho

Quando Tudo se Desfaz (Pema Chödrön)


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O Monastério Gampo fica num local amplo, onde o céu e o mar se fundem. O horizonte estende-se infinitamente e, nesse vasto espaço, pairam gaivotas e corvos. O cenário é como um enorme espelho que amplia a sensação de não haver esconderijo. Além disso, já que se trata de um monastério, quase não há como escapar — não há mentira, trapaça, álcool, sexo. Não há saída.
O Monastério Gampo era um lugar que há muito tempo eu desejava conhecer. Trungpa Rinpoche convidou-me para dirigi-lo e então, finalmente, lá estava eu. Estar ali era um convite para testar minha paixão por um bom desafio, já que os primeiros anos foram como estar sendo queimada viva.
O que aconteceu foi que, ao chegar lá, tudo desmoronou. Todas as minhas formas de proteção, todos os meios que usava para iludir a mim mesma e manter minha refinada auto-imagem — tudo isso se desintegrou. Por mais que tentasse, não conseguia manipular a situação. Meu estilo estava deixando todo mundo louco e eu não encontrava um lugar para me esconder.
Sempre me considerei urna pessoa flexível, amável, querida por quase todos. Consegui manter essa ilusão durante boa parte de minha vida. Em meus primeiros anos no monastério, descobri que estava vivendo um certo equívoco. Não que eu não possuísse qualidades. Simplesmente não era uma supermenina-prodígio. Havia investido muito nessa auto-imagem, mas ela simplesmente não se sustentava mais. Todos os meus conflitos estavam expostos, nitidamente e com clareza, ao vivo e em Technicolor, não apenas diante de mim mesma, mas também para todos os demais.
Tudo que ainda não tinha conseguido enxergar a meu respeito havia sido subitamente posto em evidência e, como se não bastasse, os outros estavam livres para expressar sua opinião sobre mim e sobre o que eu estava fazendo. O processo era tão doloroso que eu me perguntava se algum dia voltaria a me sentir feliz. Sentia como se bombas estivessem sendo lançadas quase o tempo todo sobre mim, minhas próprias ilusões explodindo por toda a parte. Nesse lugar, onde se desenvolvia tanto estudo e prática espiritual, eu não podia me perder tentando justificar a mim mesma e culpar os outros. Esse tipo de saída não estava disponível.
Lembro das palavras de uma professora, em visita durante esse período: "Quando fizer amizade consigo mesma, sua situação também se tornará mais amena".
Eu já havia aprendido essa lição e sabia que essa era a única maneira de prosseguir. Costumava manter, pregado na parede, um cartaz que dizia: "Só encontraremos aquilo que é indestrutível em nós à medida que nos expusermos cada vez mais à destruição". De algum modo, mesmo antes de conhecer os ensinamentos budistas, sabia que esse era o espirito do verdadeiro despertar. Tudo se resume ao total desprendimento.
Entretanto, é muito doloroso sentir faltar o chão e não ter onde se agarrar. E como o lema do Instituto Naropa: "O amor à verdade nos deixa expostos", podemos ter alguma visão romântica do que isso possa significar, mas sofremos quando somos aprisionados pela verdade. Olhamos no espelho do banheiro e lá estamos nós, com nossas espinhas, nosso rosto envelhecido, nossa falta de bondade, nossa agressão e timidez — está tudo ali.
É nesse ponto que surge a ternura. Quando tudo balança e nada funciona, é possível perceber que estamos à beira de algo. Esse é um lugar muito vulnerável e delicado, e essa delicadeza nos apresenta duas possibilidades. Podemos nos fechar e sentir ressentidos, ou tocar essa essência vibrante. Há, com certeza, uma qualidade delicada e vibrante quando experimentamos não ter nenhuma base.
Essa experiência é uma espécie de teste, o tipo de teste de que o guerreiro espiritual necessita para despertar seu coração. Às vezes, nós nos encontramos nesse ponto devido à doença ou à morte. Experimentamos um sentimento de perda — perda daqueles que amamos, perda de nossa juventude, de nossa vida.
Tenho um amigo que está morrendo, com AIDS. Estávamos conversando, antes de eu sair para uma viagem, e ele me disse: "Não queria isso, detestava essa situação e estava apavorado. No entanto, esta doença acabou se tornando meu maior presente. Agora, cada momento é valioso. Todas as pessoas com quem convivo são muito preciosas. Toda a minha vida significa muito para mim". Algo realmente havia mudado e ele se sentia preparado para a morte. O que tinha causado horror e medo havia se transformado em dádiva.
Quando tudo se desintegra, somos submetidos a uma espécie de teste, e também a um certo processo de cura. Achamos que o sentido está em passar no teste e superar o problema, mas a verdade é que as situações não têm uma solução definitiva. Elas se compõem e desmoronam. E mais uma vez se compõem e desmoronam. É simplesmente assim que funciona. O processo de cura ocorre ao deixarmos existir espaço para que tudo isso aconteça: espaço para o pesar, para o alívio, para a angústia e a alegria.
Pensamos que algo vai nos trazer prazer mas, na verdade, não sabemos exatamente o que vai acontecer. Achamos que algo vai nos trazer infelicidade, mas também não sabemos. Acima de tudo, o mais importante é deixar espaço para o não saber. Tentamos fazer aquilo que achamos que vai nos trazer alívio, mas é impossível ter certeza. Nunca sabemos se vamos nos sair muito bem ou se vamos falhar redondamente. Quando sofremos uma grande decepção, nem sempre chegamos ao final da história. Esse pode ser, simplesmente, o início de uma grande aventura.
Li, em algum lugar, sobre uma família que tinha apenas um filho. Eram muito pobres e esse filho era extremamente precioso. O que mais importava é que ele lhes trouxesse algum apoio financeiro e prestígio. Um dia, o rapaz caiu de um cavalo e ficou aleijado. Parecia que a vida tinha acabado. Duas semanas depois, as tropas do exército chegaram à pequena cidade e todos os homens fortes e saudáveis foram convocados para a guerra. Aquele jovem teve permissão para ficar e cuidar da família.
Assim é a vida. Não sabemos de nada. Dizemos que algo é bom, dizemos que algo é ruim mas, na verdade, simplesmente não sabemos.
Quando tudo se desfaz e nos encontramos à beira sabe-se lá de quê, o desafio que se apresenta a cada um de nós é o de permanecer nesse limiar, sem buscar alguma ação concreta. O caminho espiritual não tem nada a ver com o paraíso, com chegar finalmente ao céu. Na verdade, esse modo de encarar a vida é que nos mantém infelizes. Pensar que podemos encontrar algum prazer duradouro e evitar a dor é o que o budismo chama de samsara, o ciclo inútil que gira e gira, infinitamente, e nos causa tanto sofrimento. A primeira nobre verdade que o Buda nos apresenta chama nossa atenção para o fato de o sofrimento ser inevitável para nós, seres humanos, enquanto acreditarmos que as coisas permanecem — que não se desintegram e que podemos contar com elas para satisfazer nossa ânsia de segurança. Sob esse ponto de vista, o único momento em que realmente sabemos o que está acontecendo é quando nos puxam o tapete e não encontramos nenhum apoio. Podemos utilizar situações desse tipo para despertar ou escolher dormir. Exatamente ali — precisamente no momento em que ocorre a experiência de faltar o chão — encontram-se as sementes que nos levarão a cuidar daqueles que precisam de nós e a descobrir nossa própria bondade.
Lembro-me muito claramente do dia, no início da primavera, em que perdi tudo o que considerava real. Embora isso tenha acontecido antes que eu tivesse qualquer contato com os ensinamentos budistas, representou o que alguns poderiam chamar de uma autêntica experiência espiritual. Ela ocorreu quando meu marido me contou que estava tendo um caso. Vivíamos na região norte do Novo México. Eu estava parada em frente à nossa casa de adobe, tomando uma xícara de chá. Ouvi quando o carro chegou e o barulho da porta batendo. Então, ele caminhou até a casa e, sem qualquer aviso, disse que estava tendo um caso e que queria o divórcio.
Lembro do céu e de como ele era imenso. Lembro do murmurar do rio e do vapor que saía da minha xícara de chá. O tempo não existia, não havia nenhum pensamento, não havia nada — apenas a luz e uma quietude profunda e ilimitada. Então, eu me recompus, peguei uma pedra e atirei nele.
Quando me perguntam como acabei me envolvendo com o budismo, sempre respondo que foi porque estava com muita raiva do meu marido. A verdade é que ele salvou minha vida. Quando esse casamento desmoronou, tentei arduamente — muito, muito arduamente — encontrar algum tipo de consolo, alguma segurança, algum lugar que me fosse familiar e onde pudesse repousar. Para minha sorte, nunca consegui. instintivamente, sabia que a destruição de meu velho eu, dependente e apegado, era o único caminho a seguir. Foi nessa época que pendurei o tal cartaz na parede.
A vida é uma boa professora e amiga. Se pudéssemos perceber, veríamos que tudo está sempre em transição. No fim, nada é como sonhamos. Esse estado descentralizado e indefinido representa a situação ideal. Nesse ponto, não estamos presos a nada e podemos abrir nosso coração e mente além de qualquer limite. Essa é uma situação sem agressividade, muito frágil e aberta.
Ficar nesse desequilíbrio — com o coração partido, o estomago apertado, o sentimento de desesperança e o desejo de vingança — é o caminho do verdadeiro despertar. Ficar na incerteza, pegar o jeito de relaxar no meio do caos, aprender a não entrar em pânico — esse é o caminho espiritual. Desenvolver a habilidade de perceber-se, de perceber-se com suavidade e compaixão — esse é o caminho do guerreiro. Gostando ou não, temos de nos flagrar um milhão de vezes e mais uma, quando congelamos em ressentimento, amargura e justificada indignação — quando congelamos de qualquer modo, até mesmo em sentimentos de alívio e inspiração.
Todos os dias poderíamos pensar na agressividade que existe no mundo — em Nova York, Los Angeles, Halifax, Taiwan, Beirute, Kuwait, Somália, fraque — em todo lugar. No mundo todo, há sempre alguém lutando violentamente contra um inimigo e a dor está em franca escalada. Todos os dias poderíamos refletir sobre isso e pensar: "Vou acrescentar mais agressão ao mundo?" Todos os dias, quando as situações se tornam tensas, poderíamos apenas nos perguntar: "Vou cultivar a paz ou me aliar à guerra?"
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Texto Pema Chödrön
extraído do livro "Quando tudo se desfaz"
Publicado por GRYPHUS
Traduzido por Helenice Gouvêa