quarta-feira, 12 de janeiro de 2022
Exaltação da Cruz
Atei os meus braços com a tua Lei, Senhor,
E nunca os meus braços chegaram tão alto.
Ceguei os meus olhos com a tua Luz, Senhor,
E nunca os meus olhos viram tão longe!
Só desde que Te dei a minha alma, Senhor,
Ela é verdadeiramente minha.
Por isso, hei-de subir até à Vida,
Despedaçando o corpo na subida.
Por isso, hei-de gritar, de porta em porta,
A mentira das noites sem estrelas;
Hei-de fazer florir açucenas nos meus lábios;
Hei-de apertar a mão que me castiga;
Hei-de beijar a cinza dos escombros;
Hei-de esmagar a dor
E hei-de trazer, aqui, sobre os meus ombros,
A tua cruz, Senhor!
terça-feira, 11 de janeiro de 2022
pudesse o tempo aqui parar…
pudesse o tempo aqui parar
e nas ondas meu coração sentir,
este ar bem fundo respirar
e então a Vida descobrir…
sobre limpeza
Um jovem perguntou a um Ancião na Montanha Sagrada: "Ancião, como posso ver Cristo?"
O Ancião respondeu: "Para ver Cristo, meu filho, primeiro você precisa se limpar. Se você está esperando uma visita, limpe sua casa. Se você está esperando um hóspede, limpe o quarto em que ele ficará. A mesma coisa que você precisa fazer por Cristo, quando quiser vê-Lo, quando quiser que Ele entre em você. Você precisa se limpar."
Oração de Jesus.
fonte: Marcos Monteiro
entrevista com médico tibetano
via Deva Shamim Nascimento 🙏💖
ENTREVISTA COM UM MÉDICO TIBETANO, LAMA TULKU LOBSANG RINPOCHE
"Sou uma pessoa normal, penso o tempo todo.
Mas tenho a mente treinada.
Isso quer dizer que não sigo meus pensamentos.
Eles vêm, mas não afetam nem minha mente, nem meu coração."
Quando um paciente chega para consulta, como o senhor sabe qual o problema?
R – Olhando como ele se move, sua postura, seu olhar.
Não é necessário que fale nem explique o que se passa.
Um doutor de medicina tibetana experiente sabe do que sofre o paciente a 10 m de distância.
Mas o senhor também verifica seus pulsos.
R – Assim obtenho a informação que necessito sobre a saúde do paciente.
Com a leitura do ritmo dos pulsos é possível diagnosticar cerca de 95% das enfermidades, inclusive psicológicas.
A informação dada por eles é precisa como um computador. Para lê-los, é necessária muita experiência.
E depois, como realiza a cura?
R – Com as mãos, o olhar e preparados de plantas e minerais.
Segundo a medicina tibetana, qual é a origem das doenças?
R – Nossa ignorância.
Então, perdoe a minha, mas o que entender por ignorância?
R – Não saber que não sabe.
Não ver com clareza.
Quando vemos com clareza, não temos que pensar.
Quando não vemos claramente, colocamos o pensamento para funcionar.
E, quanto mais pensamos, mais ignorantes somos, mais confusão criamos.
Como posso ser menos ignorante?
R – Vou ensinar um método muito simples: praticando a compaixão.
É a maneira mais fácil de reduzir os pensamentos.
E o amor.
Se amamos alguém de verdade, se não o queremos só para nós, aumentamos a compaixão.
Que problemas percebe no Ocidente?
R – O medo.
O medo é o assassino do coração humano.
Por quê?
R – Porque, com medo, é impossível ser feliz e fazer felizes os outros.
Como enfrentar o medo?
R – Com aceitação.
O medo é resistência ao desconhecido.
Como médico, em que parte do corpo vê mais problemas?
R – Na coluna, na parte baixa da coluna:
as pessoas permanecem sentadas tempo demais na mesma posição.
Com isso, se tornam rígidas demais.
Temos muitos problemas.
R – Acreditamos ter muitos problemas, mas, na realidade, nosso problema é que não os temos.
O que isso quer dizer?
R – Que nos acostumamos a ter nossas necessidades básicas satisfeitas, de modo que qualquer pequena contrariedade nos parece um problema.
Então, ativamos a mente e começamos a dar voltas e mais voltas sem conseguir solucioná-la.
Alguma recomendação?
R – Se o problema tem solução, já não é um problema.
Se não tem, também não.
E para o estresse?
R – Para evitá-lo, é melhor estar louco.
???
R – É uma piada.
Mas não tão piada assim.
Eu me refiro a ser ou parecer normal por fora e, por dentro, estar louco:
é a melhor maneira de viver.
Que relação o senhor tem com sua mente?
R – Sou uma pessoa normal, penso o tempo todo.
Mas tenho a mente treinada.
Isso quer dizer que não sigo meus pensamentos.
Eles vêm, mas não afetam nem minha mente, nem meu coração.
O senhor ri muito?
R – Quando alguém ri nos abre seu coração.
Se você não abre seu coração, é impossível entender o humor.
Quando rimos, tudo fica claro.
Essa é a linguagem mais poderosa que nos conecta uns aos outros diretamente.
O senhor acaba de lançar um CD de mantras com base eletrônica, para o público ocidental.
R – A música, os mantras e a energia do corpo são a mesma coisa.
Como o riso, a música é um grande canal para nos conectar com o outro.
Por meio dela, podemos nos abrir e nos transformar:
assim, usamos a música em nossa tradição.
O que gostaria de ser quando ficar mais velho?
R – Gostaria de estar preparado para a morte.
E mais nada?
R – O resto não importa.
A morte é o mais importante da vida.
Creio que já estou preparado.
Mas, antes da morte, devemos nos ocupar da vida.
Cada momento é único.
Se damos sentido à nossa vida, chegamos à morte com paz interior.
Aqui vivemos de costas para a morte.
R – Vocês mantêm a morte em segredo.
Até que chegará um dia em sua vida em que já não será um segredo:
não será possível escondê-la.
E qual o sentido da vida?
R – A vida tem sentido e não tem.
Depende de quem você é.
Se você realmente vive sua vida, então a vida tem sentido.
Todos têm vida, mas nem todos a vivem.
Todos temos direito a sermos felizes, mas temos que exercer esse direito.
Do contrário, a vida não tem sentido.
fonte: Miguel Sousa
outra fonte: Vitor Pomar
segunda-feira, 10 de janeiro de 2022
domingo, 9 de janeiro de 2022
Magnificat
sexta-feira, 7 de janeiro de 2022
Who You Are
era uma vez…
Uma história, de era uma vez… para a noite de reis.
Era uma vez um incêndio. A floresta ardia incontrolável, aparentemente sem solução à vista. Os animais em fuga atropelavam-se na ânsia de chegar à clareira, ali ao lugar “seguro” para onde todos corriam. Salve-se quem puder! O tropel era impressionante! Na ânsia de chegar todos se atropelavam. Era assim que tinha que ser... não havia remédio... o incêndio era gigantesco!
De repente todos pararam, espantados com o colibri que se atrevia a voar ao contrário! Pequenino, frágil, voava ao contrário como se não houvesse amanhã.
- Onde vais? Não vês que está tudo a arder?
- Vou apagar o incêndio!
A gargalhada foi geral.
- Tu? Apagar o incêndio? Com um bico desse tamanho não levas mais do que uma gota de água! Achas que vais apagar o incêndio?
- Se calhar não, mas eu faço o que posso!
Era uma vez…
Que saudades que eu tenho do tempo em que as histórias começavam assim… era uma vez!
Que saudades que eu tenho do tempo em que as histórias tinham sempre um final feliz, porque “uma vez”, alguma coisa tinha acontecido, alguma coisa tinha dado início a algo que não era, que começou a ser e que evoluiu até ao tempo que é agora, onde já se pode contar, onde já se pode saber, onde tudo ficou claro, porque aquilo que tinha tido início “uma vez”, chegara ao seu fim, um fim feliz, que cumpria a esperança do prometido e esperado…
Que saudades que eu tenho do tempo em que as histórias tinham sempre um fim feliz!
O tempo que é hoje, é um tempo de histórias que começaram quando “era uma vez”, mas que parece não terem fim; e estão por todo o lado... na política, no desporto, nas finanças e “financices” várias, nas pulhices e trafulhices variegadas que aparecem como cogumelos em todos os setores da sociedade, mas que se arrastam até à exaustão, até à prescrição, até ao esgotamento sobretudo da pachorra de viver num mundo gerido por inimputáveis em corrida desenfreada em direcção à clareira…, que “não sabiam”, que “não se lembram”, que “afinal não foi bem assim”; um mundo feito de “filhos de senhoras solteiras” que morrem assim mesmo, celibatárias, recauchutadas e a gritar que as “galdérias” são as outras...
Tenho muito respeito pelas galdérias assumidas; não tenho é paciência para “virgens recauchutadas”, da política, do desporto, da religião, da economia, das artes várias, aguçadas pelo engenho e pela cobiça, como diria Camões: “Desta vaidade a quem chamamos fama, do fraudulento gosto que se atiça, c’uma aura popular, que honra se chama! De repente ouve-se esta voz do velho, desse Restelo que é o chão da pátria.
Não, não moro no Restelo. Não tenho nada contra quem lá vive... mas moro na pátria, moro no tempo e no meu tempo, neste tempo de gente que grita no vozear e no tropel do “incêndio”. A este ainda ninguém o viu...
Para já estamos entretidos com as novelas e os novelos que desenrolamos de manhã à noite, e com as noites animadas com os “futebóis”, as “casas dos segredos”... não as do Restelo, mas as de S. Bento, as de Belém, sem reis mas com magos, que por estes dias se digladiam dois a dois em episódios no horário nobre.
Oxalá, Insh’Allah, a sério, sem sarcasmo, oxalá 2022 que agora começa seja um ano sem incêndio e sem incêndios, um verdadeiro ano de magia, que este ano os reis magos não venham, ou então, se vierem, tragam só o ouro. Já temos as narinas saciadas de incensos cultuais e não temos espaço para mais mirra do sofrimento de, mais uma vez, vermos a esperança adiada, na pandemia do nosso descontentamento…
Entretanto, se o incêndio vier, peço a Deus a coragem de ser colibri!
Para todos, um feliz 2022!
fonte: mural de Fernando Ventura
quinta-feira, 6 de janeiro de 2022
quarta-feira, 5 de janeiro de 2022
terça-feira, 4 de janeiro de 2022
O Quarto Rei Mago
O 4º REI MAGO
Há uma lenda de que, sem fazer parte da Revelação, nos ensina o que Deus espera de nós.
Dizem que houve um quarto Rei Mago, que também viu a estrela brilhar em Belém e decidiu segui-la. Como presente, pensou em oferecer ao Menino um baú cheio de pérolas preciosas. No entanto, em seu caminho, ele encontrou várias pessoas que estavam pedindo sua ajuda.
Este Rei Mago os assistiu com alegria e diligência, e ele deixou a cada um deles uma pérola. Mas isso estava atrasando sua chegada e esvaziando seu baú. Ele encontrou muitos pobres, doentes, aprisionados e miseráveis, e não podia deixá-los sem supervisão. Ele ficou com eles pelo tempo necessário para aliviar a dor e depois partiu, o que foi novamente interrompido por outro desamparado.
Aconteceu que quando finalmente chegou a Belém, os outros reis magos não estavam mais lá e o Menino Jesus fugira com seus pais para o Egito, porque o rei Herodes queria matá-lo. O Rei Mago continuou procurando-o sem a estrela que o guiara antes.
Ele procurou, procurou e procurou ... e dizem que ele passou mais de trinta anos viajando pela terra, procurando a criança e ajudando os necessitados. Até que um dia chegou a Jerusalém justamente no momento em que a multidão enfurecida exigia a morte de um pobre homem. Olhando-o, ele reconheceu algo familiar em seus olhos. Entre dor, sangue e sofrimento, pode ver em seus olhos o brilho daquela estrela. Aquele que estava sendo executado era a criança que ele havia procurado por tanto tempo.
A tristeza encheu seu coração, já velho e cansado pelo tempo. Embora ainda guardasse uma pérola na bolsa, era tarde demais para oferecê-la à criança que agora, transformada em homem, pendia de uma cruz. Ele havia falhado em sua missão. E sem mais para onde ir, ficou em Jerusalém para esperar a morte chegar.
Apenas três dias se passaram quando uma luz ainda mais brilhante do que mil estrelas encheram seu quarto. Foi o Ressuscitado que veio ao seu encontro! O Rei Mago, caindo de joelhos diante Dele, pegou a pérola que ficou e estendeu-a a Jesus, que a segurou e carinhosamente e disse:
"Você não falhou. Pelo contrário, você me encontrou por toda a sua vida. Eu estava nu e você me vestiu. Eu estava com fome e você me deu comida. Eu estava com sede e você me deu uma bebida. Eu fui preso e você me visitou. Eu estava em todas as pessoas necessitadas que você assistiu no seu caminho. Muito obrigado por tantos presentes de amor! Agora você estará comigo para sempre, porque o céu é a sua recompensa ".
A história não requer explicação ... somos o quarto Mago e damos continuidade ao seu trabalho todas as vezes que ajudamos alguém ao longo dessa caminhada chamada vida.
Por favor, conte esta história...
domingo, 2 de janeiro de 2022
Vive como as flores
ALGUÉM INDAGOU AO MESTRE
"Mestre, queria lhe perguntar algo: como faço para não me aborrecer com as pessoas?
Algumas falam demais, outras são maldosas e invejosas, algumas são indiferentes, outras são mentirosas e sofro com as que caluniam.
Viva como as flores, advertiu o mestre.
Mas como? Como é viver como as flores? perguntou a jovem..
Repare nestas flores, continuou o mestre, apontando os lírios que cresciam no jardim.
Elas nascem no esterco, entretanto são puras e perfumadas, extraem do adubo mal cheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas, não é sábio permitir que os erros e defeitos dos outros a impeçam de ser aquilo que Deus espera de você.
Precisamos entender que os defeitos deles, são deles e não seus, se não são seus, não há razão para aborrecimentos.
Exercitar a virtude é rejeitar todo mal que vem de fora. Isso é viver como as flores.
Você não precisa focar nos erros alheios, justificando assim sua insatisfação com a vida e as circunstâncias.
Tire a boa parte do adubo que chega até você, seja uma flor cujo aroma é agradável aos que estão ao seu redor.
Exale esse aroma.
Não deixe que o seu foco esteja no adubo.
sábado, 1 de janeiro de 2022
Deus te abençoe
O Senhor te abençoe e te guarde!
O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face,
e se compadeça de ti!
O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz!
Nm 6, 24-26