sábado, 6 de abril de 2024

Jesus, eu confio em Ti

 


Domingo, 07 de abril, Festa da Misericórdia.


A imagem de Jesus Misericordioso


Sua imagem foi revelada a Sor Faustina na visão de 22 de fevereiro de 1931 na sua cela do convento Plock. Ela escreve em seu diário: Ao anoitecer, estando eu na minha cela, vi o Senhor vestido com uma túnica branca. Tinha uma mão levantada para abençoar e com a outra tocava a túnica sobre o peito. Da abertura da túnica no peito, saíam dois grandes raios um vermelho e outro pálido.... Depois de um momento, Jesus me disse: Pinte uma imagem segundo o modelo que vês e assine: Jesus eu confio em Ti (Diário, 47). Eu quero essa imagem... seja abençoado com solenidade no primeiro domingo após a Páscoa da Ressurreição; esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia (Diário, 49).

O raio pálido simboliza a água que justifica as almas. O raio vermelho simboliza o Sangue que é a vida das almas... Bem-aventurado aquele que vive à sombra deles (Diário, 299)

fonte: Santa Faustina

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Help the needy

 


Helping the needy should be done as a humble act of service to God rather than pitying them, which is a condescending attitude, but out of compassion and love,  as God is present in everyone. 

Fr. Dorathick 

domingo, 31 de março de 2024

It’s all I have

 

via WhatsApp (Vicentinas)

Jesus Resurrection and Consciousness

 




In the realm of spirituality and philosophy, the concept of Jesus' resurrection and the connection to consciousness is a topic that has intrigued seekers and scholars for centuries. The idea that a man could rise from the dead and transcend physical limitations raises profound questions about the nature of reality and the power of belief. The resurrection of Jesus is a central belief of the Christian faith, marking the culmination of the Easter story. According to the Gospels, Jesus was crucified, died, and was buried, only to rise again on the third day. This miraculous event serves as a testament to the power of God and the promise of eternal life for all who believe. The resurrection of Jesus is not just a historical event but a profound spiritual truth that transcends time and space. The resurrection of Jesus symbolises the triumph of life over death and the promise of eternal salvation. From a spiritual perspective, the resurrection is not merely a historical event but a profound metaphor for the resurrection of consciousness from the limitations of the material world. By transcending death, Jesus exemplifies the power of divine consciousness to overcome the illusions of separation and fear.

❤️💚💙

The resurrection of Jesus represents the ultimate act of transcendence, demonstrating that the human spirit is not bound by the confines of the physical body. By rising from the dead, Jesus shows us that death is not the end but a transition to a higher state of being. This profound symbolism invites us to contemplate the nature of consciousness and the limitless potential of the soul.  Easter is a time of celebration and reflection. It is a time when we come together to commemorate the resurrection of Jesus Christ and to renew our faith. But Easter is not just about religious traditions and chocolate eggs; it also has a deep spiritual significance that can lead us to a higher state of consciousness.


Easter and consciousness are closely linked because Easter symbolises rebirth, renewal, and transformation. Just as Jesus rose from the dead on Easter Sunday, we too can experience a spiritual awakening that leads us to a higher level of awareness. This process of awakening can help us become more in tune with our inner selves, our purpose in life, and our connection to the divine.


Exploring the spiritual aspect of Easter allows us to inquire deeper into the true meaning of this day.  By connecting with our spiritual selves during Easter, we can experience a sense of inner peace, joy, and fulfilment that goes beyond the material pleasures of the season. This spiritual journey can help us grow and evolve as individuals, leading to a more meaningful and purposeful life. One way to cultivate consciousness during Easter is to engage in spiritual practices such as prayer, meditation, and contemplation. By setting aside quiet time for reflection and introspection, we can connect with our inner wisdom and deepen our understanding of the divine. We can also focus on acts of kindness, compassion, and forgiveness during Easter, as these qualities are essential for raising our level of consciousness.


By merging Easter and consciousness, we can experience a profound sense of spiritual growth and transformation. This integration allows us to tap into the higher realms of awareness and connect with the universal energy that surrounds us. Through this process, we can cultivate a deeper sense of gratitude, love, and compassion for ourselves and others, leading to a more harmonious and fulfilling life. Easter is not just a time for bunny rabbits and chocolate eggs—it is a time for spiritual reflection and growth. By exploring the connection between Easter and consciousness, we can deepen our understanding of the true meaning of this sacred day and embark on a journey towards higher awareness. the story of Jesus' resurrection offers profound insights into the nature of consciousness and the power of spiritual transformation. By contemplating the miraculous event of Jesus rising from the dead, we can unlock new levels of awareness and tap into the infinite potential of our souls. The resurrection of Jesus is not just a historical event but a timeless symbol of the human spirit's capacity to transcend adversity and embrace the light of divine consciousness. May we all be inspired by the story of Jesus' resurrection to awaken to our highest self and walk in the footsteps of the risen Christ! So, this Easter, let us all take a moment to connect with our spiritual selves and embrace the transformative power of consciousness

May the spirit of Easter fill your heart with love, peace, and joy..,


Shanti Shanti Shanti


Fr. Dorathick

https://oblatesofshantivanam.yolasite.com/new-messages.php

sexta-feira, 29 de março de 2024

A minha mãe (António Lobo Antunes)



Ninguém se sinta só


Hoje é o dia da nudez, hoje é o dia em que olhamos para as mãos vazias e não temos nada, vale tanto estar aqui como noutro sítio qualquer, nada nos distingue das outras mulheres e dos outros homens da terra. Nenhum sinal nós ostentamos senão as nossas mãos vazias. 


Essa é a nossa forma de oração neste dia, este dia e o dia de amanhã são os dias do ano em que não há Eucaristia, em que as Igrejas estão assim, como lugares vazios, como terra desolada. Essa é a lição da cruz.


“Tudo está consumado” quer dizer que se chegou à plenitude, que o destino, que o desígnio se realizou. O que a cruz nos grita, o que a cruz nos diz é: ama até ao fim, ama até ao fim, consuma a tua vida, consuma, realiza, plenifica a tua existência. Não vivas a 50%, a 40%.


Como se leu hoje na Carta aos Hebreus, nós temos um Sumo-Sacerdote capaz de se compadecer dos nossos sofrimentos, porque Ele próprio carregou a nossa culpa, carregou a nossa iniquidade. 


Ninguém se sinta só, ninguém se sinta só.


Muitas vezes até nos infernos que escolhemos percorrer é importante sentir que Ele está lá. Uma das frases mais extraordinárias aplicadas a Jesus pela Igreja primitiva e que nós encontramos no Evangelho é dizer: “Ele foi contado entre os malfeitores.” Ele foi contado, éramos um grupo de malfeitores e Ele foi contado entre nós, éramos um 

grupo de maldizentes e ele foi contado entre nós, éramos um grupo de miseráveis e Ele foi contado entre nós, éramos um grupo de condenados e Ele foi contado entre nós. Ele está sempre a ser contado entre nós porque é solidário com a fragilidade, com a  vulnerabilidade humana. Esta solidariedade de Cristo ajuda-nos a ser, é a âncora, é a mão estendida à nossa humanidade mas é também um desafio a nós ajudarmos Deus.


— Cardeal D. José Tolentino Mendonça

(homilia / Sexta-feira Santa, Celebração da Paixão do Senhor).


#tolentinomendonca #josetolentinomendonca #cardealtolentinomendonça

quinta-feira, 28 de março de 2024

O teu filho é gay!

 

Olá vizinha… o teu filho é gay! Sim, vizinha, o meu filho é gay! Imagino que faz as suas “coisinhas” longe de casa e longe de ti… Não vizinha! O meu filho não é nenhum fenómeno nem um “bicho” raro para viver escondido, e sabes porquê? Porque o amor não se esconde nem deve ser motivo de vergonha… o amor mostra-se. Ai vizinha, mas ser gay é pecado! Sabes vizinha, pecado é ser uma má mãe, um mau pai, um mau irmão… pecado é ser alguém que vive pendente da vida alheia. Tu, não te mumifiques na solidão pelo que os outros possam dizer acerca de ti. Se aquilo que és ou vives não perturba a paz, a vida e a liberdade de ninguém, vive do jeito que és, porque Deus ama-te tal como és. Ou não serás tu também, filho de Deus? Vergonha é viver a vida tentando roubar a alegria de viver dos outros. Vergonha é ultrajar os sonhos de quem quer ser feliz. Vergonha é falar acerca de tudo e todos sem consciência de quem se pode ferir. Vergonha das vergonhas é achar que se pode dizer tudo, por se pensar que se é livre, esquecendo que liberdade tem limites e exige responsabilidade. 

Um dia muito feliz para todos com Deus no coração🙏🍀❤️ 

~Pe Ricardo Esteves



Instituição da Santa Eucaristia

 


The institution of the Holy Eucharist by Christ on Holy Thursday


Holy Thursday is the commemoration of the Last Supper of Jesus Christ. It also commemorates His institution of the priesthood. It is a significant day in the Christian calendar that commemorates the Last Supper of Jesus Christ with his disciples. One of the most notable rituals performed on Maundy Thursday is the washing of feet by a priest or clergy member. This act holds deep symbolism and significance within the Christian faith, reflecting the teachings of Jesus on humility, service, and love for one another.

Washing the feet of religious or holy people seems to be a common ancient custom. It seems to have spread throughout the world in ancient times. This culture also seems to be prevalent in most major religions such as; it can be prevalent in Hinduism, Islam, Christianity, Shikhism, etc. The act of washing feet has its roots in ancient cultural practices, where hospitality and cleanliness were of utmost importance. In biblical times, it was common for hosts to wash the feet of their guests as a gesture of welcome and respect. In the Gospel of John, we see Jesus himself washing the feet of his disciples, setting an example of humility and service for us. The act of washing feet symbolizes humility and service, two essential virtues emphasized by Jesus in his teachings. By performing this act, the priest demonstrates a willingness to serve others selflessly, regardless of their status or position. It is a reminder that true leadership is not about power or authority but about serving others with compassion and love.

In the act of washing feet, there is an element of forgiveness and reconciliation. Just as Jesus washed the feet of his disciples, he also forgave them for their shortcomings and reconciled with them, setting an example of unconditional love and grace. The priest, by washing the feet of others, symbolizes a willingness to forgive and reconcile with those who may have wronged him.

Washing feet also symbolizes unity and fellowship within us. By humbling oneself to serve and be served, the priest and the congregation come together in a spirit of togetherness and camaraderie. It is a symbol of shared humanity and common purpose, reminding us that we are all equal in the eyes of God and should treat each other with kindness and respect. The ritual of washing feet on Maundy Thursday serves as a powerful reminder of the core values of Christianity – love, humility, and service. It is a call to action for all of us to follow in the footsteps of Jesus, embodying his teachings of compassion and selflessness. Through this simple yet profound act, the priest and the congregation reaffirm their commitment to live out the principles of their faith in their daily lives. The symbolism of the priest washing feet on Maundy Thursday goes beyond a mere ritual – it is a profound expression of love, humility, and service. It serves as a poignant reminder of the teachings of Jesus and challenges us to live out those teachings in our own lives. Pray for all our priests today to be strong in their vocation. Set their souls on fire with love for your people.


Happy feast to all our priests


Fr. Dorathick

quarta-feira, 20 de março de 2024

Sobre o purgatório


DEPOIMENTO DE UM EXORCISTA SOBRE A TREMENDA REALIDADE DO PURGATÓRIO

Padre Javier Sergio Hernández Ochomogo


Em um exorcismo, os demônios disseram que o inferno foi criado por eles, não por Deus. O Purgatório deve ser fruto da misericórdia do Pai Celestial.

Na minha experiência de exorcista, tive muito contato com as almas do Purgatório. Acredite, é IMPRESSIONANTÍSSIMO. Desde então, rezo constantemente por elas. O que lhes comunico faço-o com toda simplicidade e humildade porque acho importante que renovemos o nosso amor por elas.

Dir-me-ão: Vês as almas do Purgatório? » Não, eu nunca vi com meus olhos as almas do Purgatório durante os exorcismos. Só as ouço falar quando surgem de pessoas afetadas por entidades maléficas ou durante as orações que fazemos por pessoas que sofrem. No time de libertação com quem trabalho, há pessoas a quem o Senhor deu o carisma de ver e ouvir as almas do Purgatório.

Tudo isso é muito misterioso. Eu não consigo entender muitas coisas. Meu interesse é transmitir a vocês várias ideias que possam ajudá-los a melhorar a sua percepção sobre o que está além da morte e principalmente a AMAR GRANDEMENTE OS DIFUNTOS.

Na minha maneira de ver, é preciso ERRADICAR a crença de que as almas quando morrem "JÁ ESTÃO ALEGANDO DE DEUS". Faz-lhes o seu novenário de missas e “já cumprimos”; por ano a sua outra missa e a santa Páscoa. “JÁ ESTÁ NO CÉU”. TUDO ISSO É FALSO. Quantas vezes ouço dizer: "Pobrezinho, sofreu tanto antes de morrer; agora está descansando, contemplando Deus". NÃO E NÃO E NÃO.

Poucas almas vão DIRETAMENTE para o Céu.

A esmagadora maioria entra num estado de PURIFICAÇÃO próprio caracterizado por grandes sofrimentos. Escuridão, solidão, tristeza, dor infinita na alma. E LONGOS ANOS, muitos anos nesse estado. Pedem orações: MISSAS, ROSÁRIOS, VIACRUCIS.

Eu tenho uma longa lista de pessoas que deram seu nome, sobrenome, ano em que morreram, disseram seus pecados, pediram coisas, pediram que lhes PERDOE SEUS PECADOS. A imensa maioria dos que vêm até mim são meus parentes falecidos. A grande maioria eu não os conhecia. Tive que ir buscá-los às árvores genealógicas e encontrei-os lá. Exatamente como eles dizem. Nomes e apelidos exatos. Idade, data da morte, circunstâncias exatas da morte. Eu fico "sorvete". Todos aparecem chorando, chorando, chorando. VESTIDOS DE CINZA, na maioria. Eles só falam o que Deus lhes permite dizer. Eu não lhes pergunto mais do que o mínimo para verificar se não se trata de um engano diabólico. O demônio não pede perdão, não se confessa, não reconhece seus pecados, não reza, não é humilde, não reconhece Jesus Cristo como seu Senhor e seu Deus.

As almas do Purgatório são prioridade para a Igreja. Eles devem ser prioridade para todos nós. O jejum rigoroso, os sacrifícios, as esmolas, as boas obras, as orações e, acima de tudo, as MISSAS e COMUNHÕES oferecidas pelos falecidos os ajudam grandemente. Eles sempre pedem missas.

O PROTESTANTISMO FEZ UM DANO IMENSO às almas do Purgatório. Pastores evangélicos ensinam que não existe Purgatório. Isso é um erro GRAVÍSSIMO Deitaram fora as indulgências quando estas são um enorme auxílio para os mortos. Existem almas de PASTORES EVANGÉLICOS que aparecem durante as orações de exorcismos e sempre CHORAM e PEDEM PERDÃO por terem ensinado erros.

Neste parágrafo Jesus nos ensina o grande valor da oração pelos falecidos. Lembre-se que essas almas pelas quais rezamos nos ajudam. Elas não conseguem NADA PARA ELAS MESMAS, mas podem INTERCEDER POR NÓS.

Consequentemente, devemos evitar até o mais MÍNIMO PECADO para não manchar a alma e não "ganhar" purgatório. Temos que fazer muitas obras de caridade para DIMINUIR NOSSO PURGATÓRIO. Vamos aproveitar para ganhar o maior número de indulgências, parciais e plenárias.


~Padre Javier Sergio Hernández Ochomogo

fonte: Mural de São Padre Pio


Aprende a não elevar a tua voz

 


Um só Cristo para todos

Papa promove unificação da data da Páscoa entre os cristãos a partir de 2025


A actual diversidade de datas da Páscoa entre os cristãos se deve ao uso do calendário gregoriano por alguns e do calendário juliano por outros. O Papa Francisco está promovendo a unificação da data da Páscoa entre os cristãos a partir de 2025, um ano emblemático por recordar os 1700 anos do primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia.

No dia 19 de novembro de 2022, Francisco recebeu no Vaticano o Patriarca Mar Awa III, da Igreja Assíria do Oriente, a quem manifestou o desejo de “uma data comum para os cristãos celebrarem juntos a Páscoa”.

O Papa enfatizou a relevância dessa unificação fazendo um comentário bem-humorado:

-Tenhamos a coragem de acabar com esta divisão, que às vezes nos faz rir… 

“O seu Cristo ressuscita quando? E o seu Cristo, quando ressuscita?” 

Não. O sinal é um só Cristo para todos nós.



Calendários diferentes

Em parte, a atual diversidade de datas da Páscoa entre os cristãos se deve ao uso do calendário gregoriano por alguns e do calendário juliano por outros.


Em 325, o Primeiro Concílio de Nicéia determinou que a Páscoa seria celebrada no primeiro domingo após a lua cheia do início da primavera. Por este critério, a data sempre cairá entre 22 de março e 25 de abril.


Em 1582, o Papa Gregório reformou o calendário para corrigir imprecisões, dando origem ao modelo que até hoje é o mais usado em todo o mundo. Os cristãos ortodoxos, porém, não aderiram à reforma gregoriana e mantêm o calendário juliano até o presente.

Como o ano calculado pelo calendário juliano é um pouco mais longo e acumula 13 dias de atraso em relação ao gregoriano, as datas da Páscoa raramente coincidem entre os dois calendários.


No tocante à data da Páscoa, o líder dos cristãos ortodoxos orientais, patriarca Bartolomeu de Constantinopla, também se declarou favorável a fixar a data comum a partir de 2025, o que também é compartilhado pelo arcebispo ortodoxo Job Getcha de Telmessos.


Reunificação dos cristãos

O Papa Francisco declarou ao Patriarca Mar Awa III, além do mais, que deseja a reunificação também das Igrejas:

“Atrevo-me a expressar um sonho: que a separação com a amada Igreja Assíria do Oriente, a primeira duradoura na história da Igreja, possa também ser, se Deus quiser, a primeira a ser resolvida”.

Para isso, ele exortou “o clero e os fiéis das nossas Igrejas” a “oferecerem um testemunho comum do Evangelho de Cristo” mesmo em condições difíceis. O Papa observou ainda que as duas Igrejas “já experimentam uma comunhão quase completa em muitos lugares”.

“Rezemos e trabalhemos intensamente para preparar o tão esperado dia em que poderemos celebrar juntos a Eucaristia, a Santa Qurbana, no mesmo altar”.


Francisco Vêneto - publicado em 25/11/2022


fonte: Aleteia




sábado, 9 de março de 2024

Zé Tolentino

António Lobo Antunes

 

Zé Tolentino: ele tem as duas coisas em grau altíssimo, o malandro. Uma bondade enorme e a inteligência metida lá dentro. De que serve ela, aliás, fora disso? A bondade
(e, já agora, a modéstia)
rodeiam-no como um halo, a inteligência possui uma descrição e uma delicadeza que não sei se encontrei em mais alguém. Para além disto
(ele, de facto, é escandalosamente rico)
carrega uma agudeza e uma cultura de cristal de rocha e um talento poético de excepção. Nós somos, felizmente, um país de poetas, de grandes poetas, e José Tolentino Mendonça é sem dúvida um deles. E isto é verdade porque eu digo. A sua voz é inteiramente pessoal, compreende-se, ao lê-lo, que o seu conhecimento das obras alheias é muito grande, nota-se, como em qualquer artista, o halo dos autores que foram importantes para ele, mas a sua voz não deve nada a ninguém a não ser a si mesmo. (Se eu fosse parvo escrevia eu próprio, que é como pôr ketchup em cima de rodelas de tomate.) Não só não deve nada a ninguém a não ser a si mesmo como se sente que a qualidade da sua voz vai continuar a crescer. E o pouco
(o muito pouco)
que conheço da sua prosa é de altíssima qualidade. Não é um ficcionista nem me interessaria que o fosse, é um magnífico escritor com um perfeito domínio da ondulação e do ritmo, capaz de pensar numa musicalidade de cristal, denso sem nunca ser pesado, fundo sem nunca sair pela outra ponta, de palavras todas dominadas como cavalinhos de circo. O talento deste homem, naturalmente humilde, faz-nos sentir aquela inveja boa da qual o Zé Cardoso Pires me falou tantas vezes:
— Tenho uma inveja boa de ti,
dizia ele todo vaidoso
tenho uma inveja boa de ti
e é óptimo ter uma inveja boa dos camaradas de ofício. Infelizmente, Zé, falta-me a tua qualidade humana e nisso invejo-te também. Eu, que me acho o melhor do mundo
(não tenho lugar em mim para falsas modéstias)
invejo-te de um modo que me faz morder-me todo. Invejo-te a quantidade e invejo-te a qualidade, quase que dava o cu
(desculpa lá, não sou padre)
para compor poemas assim. Sendo um homem complexo, por vezes aparentemente contraditório, consegues sempre tocar-me no coração do coração porque a tua inteligência é uma doçura de gume que me penetra sempre até ao centro de mim, onde estou eu e tudo o que amo também. Devo-te o prazer de te ler, devo-te o prazer de aprender contigo
(que ensinas sempre aprendendo, malandro, outra virtude rara)
devo-te o prazer de, ao estarmos juntos, sermos dois sobretudo quando conseguimos ser um. Esta crónica não vai ser comprida porque está cheia de amor, amizade, respeito e ternura e esses sentimentos poupam-se. Só quero dizer quanto te agradeço não por seres meu amigo, só quero dizer quanto te agradeço por eu ser teu amigo. Quem não necessita de um amigo assim nesta vida? Espero que tenha sobrado suficiente papel nesta página para caber lá um abraço.
© ANTÓNIO LOBO ANTUNES
The Dancing Words

Amen

 

No baptism, no communion, no confirmation, no speaking in tongues, no mission trip, no volunteering, no financial gifts, and no church clothes. He couldn't even bend his knees to pray. He didn't say the sinner's prayer and among other things, he was a thief. Jesus didn't take way his pain, heal his body, or smite his scoffers. Yet, it was a thief who walked into paradise the same hour as Jesus simply by believing. He had nothing more to offer other than his belief that Jesus was who He said He was. No spin from brilliant theologians. No ego or arrogance. No shiny lights, skinny jeans, or crafty words. No haze machine, donuts, or coffee in the lobby. Just a naked dying man on a cross unable to even fold his hands to pray.


For God so loved the world that He gave His only Son so that WHOEVER believes in Him will not perish but have everlasting life.

                John 3:16 


Period!!!

Terry Baker ( via Michael Phillips )



quarta-feira, 6 de março de 2024

Muita Luz!

Ilumina, Senhor, o que resta em nós da noite. 


O escuro fixa-se à vida, propaga-se uma treva pelos corredores da casa, a esperança que tanto queríamos tem as luzes apagadas há tanto tempo! Tropeçamos dentro de nós, e por toda parte, em fios que não vemos. Assistimos ao nascer do teu dia, mas nem sempre renascemos para ele, já que nos aprisionam os laços de seda desta e daquela escuridão, que bem conheces. lumina, por isso, Senhor, os pátios da tristeza pequenina que contamina tudo. Entreabre-nos à tua verdade, que é o cotidiano vigor dos nossos recomeços. Faz-nos olhar a maré alta, o oceano vasto, as coisas simples e plenas como sinais do que somos chamados a ser. Alimenta-nos do pão claro da alegria. Dá-nos a vida intacta. 

Cardeal D. José Tolentino Mendonça


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